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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Brincadeiras ajudam no desenvolvimento infantil


Em meio a constante exposição à tecnologia nos dias atuais, muitas brincadeiras tradicionais da infância acabam se perdendo. Porém, essas brincadeiras, normalmente feitas ao ar livre são importantes e trazem muitos benefícios para as crianças.

Segundo a especialista em desenvolvimento infantil e criadora do Projeto Filhos Brilhantes, Sheila Leal, além de tirar as crianças da rotina, as brincadeiras ao ar livre também trabalham o desenvolvimento e promovem melhorias em vários pontos, como criatividade, agilidade, concentração, raciocínio lógico, socialização e estratégia, eos benefícios não se limitam somente às crianças. “Incorporar a brincadeira ao ar livre também reforça os laços entre a família”, explica ela, que complementa aconselhando que os pais aproveitem esse momento para se desligar o celular e se dedicar realmente às crianças.

Pensando nisso, Sheila separou 10 brincadeiras divertidas que contribuem para o desenvolvimento infantil e deixam os pais mais próximos de seus filhos, relembrando os antigos jogos com as crianças.

1.   Ciranda
Para brincar, as crianças ficam em roda cantando e obedecendo aos comandos da música, ao final da canção uma criança entra na roda e deve dizer um verso, depois todos voltam a cantar a música até que todas entrem na roda. Esta brincadeira, além de trabalhar a imaginação para escolher a frase, estimula as crianças a terem mais noção de espaço, além do equilíbrio.

2.   Cabra-cega
Para brincar de cabra-cega, basta colocar uma venda nos olhos e encontrar as outras pessoas em uma sala. Segundo Sheila, essa brincadeira estimula os sentidos do olfato e principalmente a audição. “Como os olhos estão vendados, as crianças precisam se utilizar dos outros sentidos para encontrar os amigos”, aponta e ressalta que a brincadeira também estimula o equilíbrio e a noção de espaço.

3.   Esconde-esconde
Todos conhecem a brincadeira, que funciona da seguinte forma: uma pessoa fica de olhos fechados contando até determinado número, enquanto as outras se escondem. Quando ela termina de contar, vai em busca das outras crianças escondidas. “O esconde-esconde ajuda a trabalhar a coordenação motora e a agilidade, além de outros benefícios como pensamento estratégico”, explica Sheila.

4.   Amarelinha
Segundo a especialista, os benefícios da brincadeira já começam ao desenhar a amarelinha no chão. Quando as crianças desenham o caminho, elas precisam pensar no trajeto, desenhar os quadrados e os números. Os números podem ser trocados por letras ou desenhos. “Abuse da criatividade”, sugere. A brincadeira também ajuda muito a trabalhar o equilíbrio das crianças, salienta a especialista. “Além do equilíbrio, a brincadeira ajuda a fortalecer os músculos das pernas e ajuda na percepção de espaço.”

5.   Bolinha de gude
Existem várias formas de brincar, no entanto a mais conhecida consiste em desenhar um círculo no chão onde os jogadores devem, com um impulso do polegar, jogar a bolinha, e os próximos precisam acertar a primeira. Se conseguirem retirá-la do círculo, elas se tornam suas. Vence aquele que ficar com mais bolinhas de gude. “Essa brincadeira ensina a criança a respeitar os amigos e lidar com derrotas e vitórias” afirma Sheila.

6.   Pula corda
Essa brincadeira com certeza está presente na infância de todas as crianças. Para brincar, duas crianças devem bater a corda cantando, enquanto a outra pula. Segundo a psicopedagoga, a brincadeira traz diversos benefícios para a saúde e o desenvolvimento. “A brincadeira é considerada um exercício físico completo, e também ajuda na coordenação motora, equilíbrio, velocidade e agilidade”, explica, sugerindo que os pais invistam muito nela.

7.   Bambolê
O objetivo da brincadeira é dar o maior número de voltas ao redor do corpo. Embora um tanto simples, Sheila afirma que a brincadeira traz muitos benefícios. “Com diversão, as crianças trabalham fatores como agilidade e ritmo, além de ajudar na prática de exercícios físicos e ensinar as crianças a controlarem seu corpo.”

8.   Bolinha de sabão
Essa brincadeira leva as crianças a um mundo de fantasias. Conforme a especialista conta, é uma brincadeira simples e mágica que estimula a criatividade da criança e ajuda também em habilidades motoras. “A reação dos pequenos é correr atrás da bolha para estourá-la, então podemos considerar como uma brincadeira simples, que você pode fazer em casa com água e sabão”.

9.   Siga o mestre
A brincadeira é basicamente escolher uma pessoa que será o mestre e as outras terão que imitar todos os movimentos que ela faz. “Essa brincadeira é importante para estimular a liderança e imaginação nos pequenos” explica Sheila. Ela completa que as crianças ficam mais confiantes, trabalhando a capacidade de criatividade e fazendo movimentos diferentes.

10.Caça ao tesouro
Para brincar, basta esconder um prêmio em algum lugar e dar dicas para as crianças encontrarem o tesouro. Conforme conta a especialista, essa brincadeira ajuda em muitos aspectos. Estimula a agilidade, atenção, concentração, raciocínio lógico, cooperação e estratégia. São muitos os estímulos trabalhados com essa brincadeira.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Relação virtual

Logo que surgiram os tablets e smartphones não havia tantos aplicativos e aparelhos que se destinavam a facilitar o dia a dia dos adultos. Após alguns anos, es­ses aparelhos destinam-se também às crian­ças e adolescentes, o que facilita a vida dos pais, pois gosto de chamar essas tecnologias de babás eletrônicas. Enquanto as crianças ou os jovens estão conectados, não há com o que se preocupar no mundo real – os filhos não vão correr, se sujar, se ma­chucar, e fi­carão quieti­nhos naquele momento em que os pais estão cansa­dos e não têm pique para in­teragir com os filhos.
Cada vez mais cedo in­duzimos as crianças a se fascinar com os jogos eletrônicos. Já existem aplicativos da Galinha Pintadinha e Peppa Pig, que são desenhos destinados a crian­ças de aproximadamente 1 a 2 anos. Nessa fase é onde a criança explora e percebe que o mundo e ela são dimensões diferentes, é quando ela tem conhecimento do eu, do ou­tro e do objeto. Em seguida começa o desen­volvimento da organização psicológica bási­ca, ou seja, do aspecto motor, perceptivo, afe­tivo, social e intelectual.
Como uma criança que passou a maior par­te do tempo se relacionando com um apare­lho tecnológico aprenderá a se relacionar com outras pessoas? Há crianças que não co­nhecem jogos de tabuleiro, pega-varetas, blo­cos de montar, quebra-cabeças aos 7 anos! E ao serem indagadas sobre o que fazem no tempo livre, respondem que jogam no tablet/ computador/smartphones, poucas brincam de jogos coletivos, como pega-pega e escon­de-esconde quando encontram os amigos/ primos da mesma idade, e cada um fica com seu jogo no mesmo ambiente fechado e li­vre de acidentes.
Até os adultos estão se esquecendo de se relacionar com as pes­soas. Basta ir a um local público e ob­servar quan­tas pesso­as estão jun­tas, cada uma em seu smar­tphone pro­vavelmente falando com outras e até mesmo entre elas. A tecno­logia até pode nos auxiliar na comunicação, como encontrar pessoas com as quais não temos mais contato ou ter notícias de quem está longe, mas não podemos nos esquecer daquelas que nos rodeiam todos os dias e valorizar cada momento único que passare­mos com elas. Viver no mundo real é inten­so, é verdadeiro, e nós adultos ainda pode­mos contar histórias sobre determinadas ci­catrizes que temos em função de ótimas lem­branças e casos de traquinagem de quando éramos crianças. Mas, e as crianças de hoje, vão contar que histórias? 

(Artigo da psicóloga Cintia Tonetti)


domingo, 26 de outubro de 2014

Divertudo: um site infantil que une conteúdo à criatividade



Diversão ou tra­balho? Os dois. Liliana Akstein e Eve­lyn Heine produzem o conteúdo do site infanto-juvenil Diver­tudo (www.divertudo. com.br) há 15 anos e ainda se divertem com essa atividade, apesar de encará-la com toda a seriedade que o público infanto-juvenil merece. 
Evelyn bateu um papo com o Mexa-se e contou detalhes desta empreitada de sucesso. 
Como vocês tive­ram a ideia de criar o site? 
Nós já fazíamos passatempos infantis para jornais pequenos de várias cidades do Brasil. Eu e a Liliana fomos apresentadas por nossos maridos, que nos sugeriram criar esse tipo de serviço. Eu tinha experiência em publicações para crianças porque trabalhava com quadri­nhos, na Editora Abril. A Liliana fazia a parte visual, diagramação. Foi ela que teve a ideia de criar o site, juntando todo o material que a gente já havia produzido. 
Quando foi isso? 
O site entrou no ar em 1999, no mês de agosto. Naquela época, eu nem sabia direito para que ia servir (rs), mas achei bacana. O Divertudo tinha algumas páginas de passa­tempos para imprimir. Era isso. Então a Lili começou a criar os joguinhos virtuais. Sozinha, pesquisando, ela descobria como fazer. Aí a gente inventava o conteúdo, eu fazia o texto e pronto. Aos pouquinhos, as páginas e as ati­vidades foram aumentando. Hoje temos uma porção de seções: entrevistas com autores, brincadeiras, ilusões de ótica, dicas de leitura, histórias, oficinas de quadrinhos, de poesia... 
Nosso acesso é de mais de 1 milhão de pageviews por mês. 
E quando veio o reconhecimento? 
Na verdade veio sempre. Mesmo pou­co conhecido e sem nenhum pagamento, sempre recebemos e-mails lindos das crian­ças, dos pais, dos professores. Desde o comecinho, quando a gente desanimava ou ficava sem tempo para atualizar o site, vinha uma mensa­gem que dava aquela motivada de novo. O Divertudo é motivo de muita alegria pra nós. Temos orgulho dele. Às vezes recebemos e-mails de adolescentes mais velhos que entram lá só para matar a saudade de sua infância. Isso emociona. 
Quais as páginas mais acessadas hoje? 
A seção de jogos é a mais acessada. Temos mais de 80, dos mais diferentes tipos. Em segundo e terceiro lugar vêm as seções de ilusões de ótica (Será ilusão?) e brincadeiras (Baú de Brincadeiras). Além do site, existe também o Blog Divertudo (http:// blogdivertudo.blogspot.com), um espaço onde a gente consegue ajudar as crianças em seus trabalhos, com dicas de redação, criação de cartazes, coisas assim. 
Qual você acha ser o ponto forte do Divertudo? 
Eu acho que é um misto de criatividade e qualidade de conteúdo. Nós nos preocu­pamos em transmitir conhecimento de uma forma saudável, mas com liberdade, com humor. O humor é essencial na vida de todo mundo: adultos e crianças.