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quarta-feira, 18 de abril de 2018

Como contar às crianças o falecimento de alguém próximo?


O falecimento de alguém próximo é algo difícil de lidar seja em qualquer idade. Quando se trata de dar a notícia a uma criança o luto se torna um assunto ainda mais delicado. Muitos pais têm dúvidas de qual o momento certo para contar e qual a melhor maneira de se fazer isso. Para ajudá-los, a psicóloga do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Aline Melo, explica qual a forma mais adequada de dar essa notícia às crianças.
 
De acordo com Aline, começamos a ter um conhecimento maior do ciclo da vida com aproximadamente 4 ou 5 anos, porém não existe uma idade específica para falar sobre morte com uma criança. “Elas conseguem sentir que as pessoas ao seu redor estão mais tristes e que algo está ocorrendo. Por isso, o ideal é ser transparente e responder aos questionamentos sem utilizar metáforas, evitando dizer que a pessoa foi viajar ou virou estrela. Isso confunde a criança e traz a expectativa de que a pessoa vai retornar”, comenta.
 
A psicóloga aconselha que não se crie um tabu sobre a morte, esclarecendo as principais angústias conforme a maturidade emocional de cada um. “Uma sugestão para trabalhar com a criança o desenvolvimento da vida, seu começo, meio e fim, é utilizar de exemplos próximos, como cultivar uma plantinha e acompanhar a evolução, demonstrando todas as fases até a morte”.
 

Os pais costumam evitar esse assunto com os filhos no intuito de preservá-los. Contudo, é importante para o amadurecimento deles trabalhar as frustrações e o curso natural da vida, aprendendo a lidar com os sentimentos e externar as aflições. Segundo a psicóloga, o mesmo pode ser aplicado à perda de animais de estimação e outras situações cotidianas. “Estamos constantemente vivenciando lutos e esses não são somente associados à morte. Por exemplo, uma professora à qual a criança é muito apegada ser demitida ou precisar sair da escola vai trazer um sentimento de perda similar ao do luto. Por isso é tão importante trabalhar o assunto com as crianças”, conclui Aline. 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Quando a criança precisa de psicoterapia?



Hoje em dia, exercitar o papel de pais tem sido uma tarefa difícil. A busca por psicoterapia infantil tem aumentado principalmente por queixas de comportamentos inadequados e dificuldades com regras e limites. A pressão da sociedade moderna e os avanços tecnológicos vêm interferindo significativamente na maneira de conduzir a educação das crianças.
Os pais têm cada vez mais compromissos profissionais e financeiros que os impedem de acompanhar de perto o desenvolvimento das crianças e de conduzir sua educação. Dessa forma, o sentimento de culpa surge, abrindo caminhos para a permissividade. Os pais preferem aproveitar o pouco tempo que têm com as crianças sem gerar conflitos.
Colocar regras e fazer com que funcionem é também uma tarefa trabalhosa, geradora de conflitos, que exige pulso, paciência e tolerância, e nem sempre é possível devido à rotina agitada principalmente nas grandes cidades.
Diante disso, as crianças estão crescendo sem limites e, ao deparar-se com regras impostas pela própria sociedade e com as frustrações da vida, tendem a descontrolar-se, irritam-se com facilidade, tornam-se agressivas e birrentas. Tudo isso na tentativa de inverter a situação e ter o seu desejo satisfeito. Porém, nem sempre temos nossos desejos satisfeitos e temos de lidar com essas situações de forma controlada. Por que não ensinar isso à criança para que não sofra tanto?
Colocar regras e estabelecer limites é papel de pai e mãe!
A Psicoterapia entra em cena nesse momento: quando os pais necessitam de apoio e orientações para conseguir exercitar esse papel e saber lidar com os seus sentimentos. Não é necessário mudar a vida, deixar trabalho e compromisso, já que a realidade atual não permite. A psicoterapia infantil tem o objetivo de fazer com que a criança lide com seus sentimentos, desejos, limitações e frustrações e os pais, a lidar com os sentimentos de modo a permitir com que desempenhem os seus papéis, permitindo que tenham boas relações com os filhos e qualidade de vida.

(Artigo da psicóloga Heloisa Helena Pizarro De Lorenzo Pierami - CRP 06/64924)