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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Você já ouviu falar na Síndrome de Irlen?


Todos nós con­sideramos a leitura como uma habilidade na­tural e automática, porque a realizamos sem esforço algum. Entretanto, para mui­tas crianças e adultos, o ato de ler é um ver­dadeiro pesadelo, e essa é a realidade para aproximadamente 15% da população mun­dial. Como psicóloga escolar e orientadora educacional há anos, tento exercer a empatia e me colocar diariamente no lugar dos pais que peregrinam, acertadamente, em consul­tórios dos profissionais da saúde e educação, em busca de uma melhoria para os filhos que apresentam dificuldades de aprendizagem, principalmente na leitura e na escrita.

Dentre as várias possibilidades diagnosti­cadas, como o TDHA, a alteração do proces­samento auditivo, a dislexia, os distúrbios de atenção, surge também a Síndrome de Irlen, que se caracteriza por distúrbios de aprendi­zagem relacionados à visão, ocasionados por dificuldades no processamento cerebral das informações visuais. É uma distorção não de­tectada nos exames normais feitos pelo mé­dico oftalmologista, e está diretamente liga­da à sensibilidade que cada um de nós tem à luz. Qualquer déficit no processamento vi­sual terá um impacto direto no modo como aprendemos, pois 90% da informação do am­biente nos atinge pela via visual.

Alguns sintomas da Síndrome de Irlen são: leitura insuficiente, problemas com a velo­cidade e clareza da leitura, desconforto e cansaço ao ler, dores de cabeça frequen­tes, tontura, acompa­nhamento da leitu­ra com o dedo ou ou­tro marcador. O rit­mo da leitura é lento. A pessoa inclina a ca­beça durante a leitu­ra, tem coceira ou ar­dência nos olhos, pula palavras ou mistura as linhas, tem uma caligrafia ruim. Na escri­ta, o tamanho das letras e os espaços entre elas são desiguais.

Para detectar a presença da Síndrome de Irlen é possível ser submetido a um teste fei­to por um screener, que é um profissional ha­bilitado pelo Hospital de Olhos de Belo Hori­zonte. Após a aplicação do teste, o screener vai colocando sobre o texto as overlays, que são lâminas coloridas transparentes, e o pacien­te verifica se houve ou não a mudança da per­cepção visual através das diferentes cores das lâminas. 

Em muitos casos, a melhora da leitu­ra é instantânea e, em casos mais severos, há necessidade da colocação de filtros espectrais nos óculos ou lentes, e o paciente será enca­minhado para o Hospital de Olhos de Belo Ho­rizonte, que possui um trabalho único e dife­renciado sobre o assunto no Brasil.
Se você quer saber mais sobre a Síndro­me de Irlen, acesse o site: www.fundacaoho­lhos.com.br.

Artigo de Maria Isabel Gut, psicóloga, orientadora educacional e screener habilitada pelo Hospital de Olhos de BH.


quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Teste do Olhinho garante chance de cura de mais de 90% dos casos de câncer de retina em bebês


O “Teste do Olhinho” ou “Teste do Reflexo Vermelho” é essencial para identificar a leucocoria (reflexo branco na pupila ou reflexo do olho de gato), o sinal mais frequente em pacientes com retinoblastoma, câncer das células da retina, que acomete bebês, na maioria dos casos. A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) alerta que é essencial que o exame tenha uma lei federal, já que as chances de cura chegam a mais de 90% se esse tipo de câncer for diagnosticado precocemente.

Desde 2010 o exame é obrigatório aos planos de saúde e o Sistema Único de Saúde (SUS) garante a realização dos testes em todos os municípios participantes da Rede Cegonha, porém, menos de 50% dos municípios estão no programa. “É primordial que a população conheça os sinais do câncer que acomete a retina das crianças (reflexo branco na pupila, baixa visão, estrabismo, fotofobia e/ou deformação do globo ocular) e deve ser instituída a cultura de levar os bebês ao oftalmologista desde os primeiros dias de vida, a primeira análise deve ser feita já na maternidade”, explica Teresa Fonseca, presidente da SOBOPE.

Quanto ao tratamento, o oftalmologista membro da SOBOPE, Luiz Fernando Teixeira, conta que existem centros públicos no Brasil que têm condições e tecnologia iguais aos países desenvolvidos como EUA e locais da Europa. “O tratamento deve ser realizado em centros de referência, por equipe multidisciplinar especializada e bem treinada. As modalidades terapêuticas são várias, como laserterapia, crioterapia, quimioterapia sistêmica, intra-vítrea ou intra-arterial, radioterapia e cirurgia. Com a utilização de todo este suporte de tratamento podemos cada vez mais curar estes pacientes com preservação da visão, evitando a cirurgia de retirada do olho”, diz ele.

Teixeira também explica que nem toda mancha branca no olho ou estrabismo é câncer, mas se for notada qualquer alteração é necessário levar a criança ao oftalmologista.

Sintomas do retinoblastoma
A leucocoria (reflexo branco na pupila ou reflexo do olho de gato) é o sinal mais frequente em pacientes com retinoblastoma, ocorrendo em até 50% dos casos. Outros sintomas que podem ser característicos da doença são baixa visão, estrabismo, fotofobia (sensibilidade exagerada à luz) e deformação do globo ocular. O diagnóstico precoce tanto melhora a sobrevida dos pacientes quanto diminui a morbidade, que seria a retirada do olho e perda da visão.

Sobre o retinoblastoma
·         É responsável por cerca de 2% a 4% dos tumores infantis;
·         De acordo com dados de 2010 do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, a incidência varia entre 21 e 27 casos por milhão de pessoas;
·         90% dos casos são diagnosticados do nascimento até os cinco anos de idade;
·         Os pais que tiverem um filho com retinoblastoma necessitam fazer aconselhamento genético porque as chances de eles terem uma segunda criança que seja portadora da doença é alta, entre 45 e 50%;
·         Bastante agressivo, pode afetar o nervo óptico, alcançar o sistema nervoso central e levar o paciente à morte, quando diagnosticado tardiamente.
·          
Como o teste do olhinho é realizado
Uma fonte de luz sai do oftalmoscópio, onde é observado o reflexo que vem das pupilas. Quando a retina é atingida por essa luz, os olhos saudáveis refletem tons de vermelho, laranja ou amarelo. Já quando há alguma alteração, não é possível observar o reflexo, ou sua qualidade é ruim, esbranquiçada.


quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Mitos e verdades sobre o câncer infanto-juvenil


Segunda causa de morte em crianças no país, só perdendo para acidentes, o câncer infanto-juvenil é uma doença de evolução rápida, mas com rápida resposta ao tratamento, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE). No Brasil são diagnosticados por ano aproximadamente 12 mil crianças e adolescentes com câncer e cerca de 70% destes pacientes possuem chances de cura se diagnosticados precocemente, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

23 de novembro é o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil e a SOBOPE elenca sete mitos e verdades sobre a doença. Confira:

1 – Os cânceres das crianças são iguais aos dos adultos.
Mito. Os cânceres mais comuns em adultos, como de pulmão e mama, são parte de um grupo de cânceres chamados carcinomas, que são causados, em parte, por fatores ambientais/estilo de vida, quase nunca são vistos em crianças. Muitos cânceres infanto-juvenis vêm de células do período em que o bebê ainda estava se desenvolvendo, nos estágios iniciais da gravidez.

2 – A culpa é dos pais.
Mito. Ninguém é culpado pelo câncer infanto-juvenil e não há absolutamente nenhuma evidência científica que comprove que criação, atividades rotineiras ou dieta causem câncer em crianças e adolescentes.

3 – O câncer infantil é genético.
Depende. Ocasionalmente os cânceres da criança coincidem numa mesma família. Por exemplo, quando uma criança é diagnosticada com um tumor ocular raro, chamado retinoblastoma, a família será orientada se há necessidade de monitorar a doença em outro parente. Na maioria das famílias onde uma criança foi diagnosticada com câncer, haverá pelo menos outro membro familiar que já teve câncer, mas quase todos estes cânceres ocorrem ao acaso. A doença é causada por alterações nos genes que levam as células a se dividirem anormalmente. No entanto, estas mutações genéticas provavelmente só ocorreram naquele indivíduo.

4 – O câncer pode ser curado.
Verdade. Cerca de 70% dos cânceres infanto-juvenis podem ser curados se diagnosticados precocemente. Hoje, a maior parte das crianças não somente é curada da doença, mas vive uma vida plena e ativa. Com o tratamento adequado, os pacientes entram em remissão, isto é, não apresentam mais sinais e sintomas da doença. Ao final de cinco anos após o diagnóstico em remissão, os pacientes são considerados curados.

5 – Criança com câncer não pode tomar vacinas.
Depende. As vacinas vivas, como as contra poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, varicela e febre amarela estão contraindicadas em crianças com câncer durante o período de tratamento quimioterápico, porque podem provocar infecção similar à natural, o que deve ser evitado em quem está com o sistema imunológico debilitado. Já as vacinas não vivas, como as contra coqueluche, tétano, difteria e hepatite B, pneumococo, haemophilus e influenza estão liberadas de acordo com cada paciente.

6 – Adolescentes com câncer podem congelar células reprodutivas.
Verdade. Mesmo sendo poucos os procedimentos que causam infertilidade, é possível que adolescentes em tratamento oncológico congelem células reprodutivas para poderem ter filhos no futuro.

7 – Crianças e adolescentes com câncer são mais suscetíveis a infecções.
Verdade. Pessoas em tratamento oncológico, como a quimioterapia, têm maior probabilidade de desenvolverem quadros infecciosos porque o sistema de defesa do organismo fica debilitado, o que dificulta para o paciente combater o processo infeccioso, permitindo que ele se instale e progrida.


domingo, 20 de novembro de 2016

Criança também sofre somatização


A somatização po­de ocorrer inclu­sive em crian­ças, aliás, muitos cientis­tas afirmam que muitas doenças têm sua origem nos fatores emocionais. Existem reações físicas provocadas por causas psicológicas, e reações psicológicas provoca­das por causas físicas.
Um bebê mostra seus desejos, seus sentimen­tos, sua dor ou descon­forto, assim como os seus prazeres, com o corpo. Quando uma criança aprende a falar, começa, quase sem per­ceber, a diminuir a ex­pressividade dos seus gestos, principalmen­te do corpo como um todo, porque os adultos não são muito bons para entender a lingua­gem corporal, mas continua “falando” com a expressão do rosto e do resto do corpo, coe­rente com o que diz, pensa e sente.
Por isso, a criança tem mais reações físicas que o adulto quando alguma coisa a assusta ou faz com que fique ansiosa. Como a crian­ça pequena ainda não tem muitos meios de entender e agir diante das coisas que a afli­gem, seu corpo responde e ela pode ficar do­ente, ou mostrar sintomas de doença. A isso se dá o nome de somatização.
Quando o adulto percebe uma criança aba­tida, com febre, adoentada, logo imagina que a causa é física. Mães experientes, no entan­to, estão acostumadas a perceber quando a criança tem emoções fortes demais, quando está angustiada, com medo ou ansiosa. Se o relacionamento dos pais com os filhos é bom e a criança tem con­fiança, pode ser que ela consiga falar a respei­to. Quase sempre bas­ta conversar para que ela se recupere rapida­mente. Quanto mais a criança for compreen­dida e quanto mais o adulto entender o que seu corpo quer comuni­car, mais depressa e me­lhor ela aprenderá a li­dar com seus problemas sem ficar doente.
Fazer a criança falar sobre seus problemas, mesmo que seja por meio de gestos e expres­sões, sempre ajudará a criança a colocar para fora suas angústias. Isso evita que elas soma­tizem e tenham problemas físicos.
Existem crianças que só de olhar para o pai ou a mãe percebem se eles estão ou não aprovando o que elas estão fazendo. Dessa mesma forma, aprendendo a fazer a leitura do comportamento da criança, o adulto po­derá evitar muitas situações difíceis.
Em muitos casos é preciso fazer acompa­nhamento com um profissional especializa­do para poder ajudar.

Artigo da psicóloga clínica Glaucia Kraide (CRP 06/72743).


quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Brincadeiras ajudam no desenvolvimento infantil


Em meio a constante exposição à tecnologia nos dias atuais, muitas brincadeiras tradicionais da infância acabam se perdendo. Porém, essas brincadeiras, normalmente feitas ao ar livre são importantes e trazem muitos benefícios para as crianças.

Segundo a especialista em desenvolvimento infantil e criadora do Projeto Filhos Brilhantes, Sheila Leal, além de tirar as crianças da rotina, as brincadeiras ao ar livre também trabalham o desenvolvimento e promovem melhorias em vários pontos, como criatividade, agilidade, concentração, raciocínio lógico, socialização e estratégia, eos benefícios não se limitam somente às crianças. “Incorporar a brincadeira ao ar livre também reforça os laços entre a família”, explica ela, que complementa aconselhando que os pais aproveitem esse momento para se desligar o celular e se dedicar realmente às crianças.

Pensando nisso, Sheila separou 10 brincadeiras divertidas que contribuem para o desenvolvimento infantil e deixam os pais mais próximos de seus filhos, relembrando os antigos jogos com as crianças.

1.   Ciranda
Para brincar, as crianças ficam em roda cantando e obedecendo aos comandos da música, ao final da canção uma criança entra na roda e deve dizer um verso, depois todos voltam a cantar a música até que todas entrem na roda. Esta brincadeira, além de trabalhar a imaginação para escolher a frase, estimula as crianças a terem mais noção de espaço, além do equilíbrio.

2.   Cabra-cega
Para brincar de cabra-cega, basta colocar uma venda nos olhos e encontrar as outras pessoas em uma sala. Segundo Sheila, essa brincadeira estimula os sentidos do olfato e principalmente a audição. “Como os olhos estão vendados, as crianças precisam se utilizar dos outros sentidos para encontrar os amigos”, aponta e ressalta que a brincadeira também estimula o equilíbrio e a noção de espaço.

3.   Esconde-esconde
Todos conhecem a brincadeira, que funciona da seguinte forma: uma pessoa fica de olhos fechados contando até determinado número, enquanto as outras se escondem. Quando ela termina de contar, vai em busca das outras crianças escondidas. “O esconde-esconde ajuda a trabalhar a coordenação motora e a agilidade, além de outros benefícios como pensamento estratégico”, explica Sheila.

4.   Amarelinha
Segundo a especialista, os benefícios da brincadeira já começam ao desenhar a amarelinha no chão. Quando as crianças desenham o caminho, elas precisam pensar no trajeto, desenhar os quadrados e os números. Os números podem ser trocados por letras ou desenhos. “Abuse da criatividade”, sugere. A brincadeira também ajuda muito a trabalhar o equilíbrio das crianças, salienta a especialista. “Além do equilíbrio, a brincadeira ajuda a fortalecer os músculos das pernas e ajuda na percepção de espaço.”

5.   Bolinha de gude
Existem várias formas de brincar, no entanto a mais conhecida consiste em desenhar um círculo no chão onde os jogadores devem, com um impulso do polegar, jogar a bolinha, e os próximos precisam acertar a primeira. Se conseguirem retirá-la do círculo, elas se tornam suas. Vence aquele que ficar com mais bolinhas de gude. “Essa brincadeira ensina a criança a respeitar os amigos e lidar com derrotas e vitórias” afirma Sheila.

6.   Pula corda
Essa brincadeira com certeza está presente na infância de todas as crianças. Para brincar, duas crianças devem bater a corda cantando, enquanto a outra pula. Segundo a psicopedagoga, a brincadeira traz diversos benefícios para a saúde e o desenvolvimento. “A brincadeira é considerada um exercício físico completo, e também ajuda na coordenação motora, equilíbrio, velocidade e agilidade”, explica, sugerindo que os pais invistam muito nela.

7.   Bambolê
O objetivo da brincadeira é dar o maior número de voltas ao redor do corpo. Embora um tanto simples, Sheila afirma que a brincadeira traz muitos benefícios. “Com diversão, as crianças trabalham fatores como agilidade e ritmo, além de ajudar na prática de exercícios físicos e ensinar as crianças a controlarem seu corpo.”

8.   Bolinha de sabão
Essa brincadeira leva as crianças a um mundo de fantasias. Conforme a especialista conta, é uma brincadeira simples e mágica que estimula a criatividade da criança e ajuda também em habilidades motoras. “A reação dos pequenos é correr atrás da bolha para estourá-la, então podemos considerar como uma brincadeira simples, que você pode fazer em casa com água e sabão”.

9.   Siga o mestre
A brincadeira é basicamente escolher uma pessoa que será o mestre e as outras terão que imitar todos os movimentos que ela faz. “Essa brincadeira é importante para estimular a liderança e imaginação nos pequenos” explica Sheila. Ela completa que as crianças ficam mais confiantes, trabalhando a capacidade de criatividade e fazendo movimentos diferentes.

10.Caça ao tesouro
Para brincar, basta esconder um prêmio em algum lugar e dar dicas para as crianças encontrarem o tesouro. Conforme conta a especialista, essa brincadeira ajuda em muitos aspectos. Estimula a agilidade, atenção, concentração, raciocínio lógico, cooperação e estratégia. São muitos os estímulos trabalhados com essa brincadeira.


quinta-feira, 14 de julho de 2016

Você já conversou sobre dinheiro com seu filho?


Atualmente, as pessoas vivem com a incerteza da crise econômica, a renda apertada e comprometida, juros altíssimos, que levam quase todo o salário. Mas, mesmo assim, a vida continua e é necessário saber como agir nesses momentos. O planejamento financeiro traz a motivação necessária para começar a poupar, aprender a planejar financeiramente para realizar sonhos e objetivos, e nesse processo os filhos precisam estar incluídos. Não como meros beneficiários, mas como participantes ativos de uma atitude que será para o bem-estar de todos.
Ensinar os filhos a lidar com dinheiro é fundamental para formar adultos com consciência financeira. O processo educativo de um filho, passa pelo aprendizado de como lidar com dinheiro, para que não se tornem adultos com problemas financeiros, assim como, procurar a sustentabilidade, o uso racional das coisas e do dinheiro.
Segundo a mãe, psicóloga e proprietária da BBDU (www.bbdu.com.br), Juliana Martins, os pais trabalham cada vez mais, e isso significa estarem ausentes de casa por longos períodos do dia. E, na ânsia de ‘compensar’ essa ausência física, muitos pais acabam por realizar a maioria dos desejos dos filhos. “Como hoje em dia vivemos o culto ao ter, principalmente entre crianças e jovens, esses desejos são infindáveis: jogos, celulares, tablets, roupas de marca, bonecas da moda e tantos outros itens materiais”, diz ela. “Tudo isso possui um valor monetário, um custo financeiro, e estamos falando sobre planejamento financeiro familiar. A educação financeira infantil envolve tanto questões financeiras em si, mas acima de tudo, questões emocionais e comportamentais. Que relações e trocas são estabelecidas com o dinheiro?”.
Planejar o orçamento doméstico vai além do controle dos gastos. É a demonstração de um comprometimento com você mesmo, da busca por uma vida melhor e de um futuro tranquilo. “É preciso falar sobre dinheiro, e os filhos devem participar ativamente, pois assim como os adultos abrem mão de seus desejos imediatos em função de um planejamento maior, as crianças e jovens também devem fazê-lo”, ressalta a psicóloga. “E essa participação ativa de todos ajuda a lembrar que as nossas maiores riquezas – saúde, amizade, respeito, generosidade – não conseguimos comprar e também não venderíamos por dinheiro algum.”
Juliana ainda aponta alguns sinais de quando essa conversa sobre dinheiro precisa ser feita.
- A criança é birrenta, bate pé e ‘quer’ tudo.
- Os pais, culpados pela falta de tempo com os filhos, compensam dando presentes.
- Os filhos querem porque todos têm, ou porque está na moda. E os pais compram porque todos os amigos têm. É o efeito manada.


quinta-feira, 16 de junho de 2016

Será que seu filho tem Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade?


O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um dos transtornos comportamentais com maior incidência na infância e na adolescên­cia. Pesquisas realizadas em diversos países revelam que ele está presente em 5% da po­pulação mundial em idade escolar. Trata-se de uma síndrome clínica caracterizada, basi­camente, por três sintomas: déficit de aten­ção, hiperatividade e impulsividade. Mas nem sempre é preciso haver os três sinto­mas simultaneamente.
Segundo a psicóloga comportamental Glaucia Kraide (CRP 06/72743), crianças e ado­lescentes diag­nosticadas com TDAH têm difi­culdades de focar em um único ob­jeto, têm fácil dis­tração (vivem “no mundo da lua”), e não conseguem terminar ativida­des como deveres de casa. Além dis­so, apresentam facilidade em perder mate­riais escolares, chaves, dinheiro ou brinque­dos. Eles têm dificuldade de ficar parados, le­vantam-se por várias vezes da cadeira na es­cola ou na hora do jantar, por exemplo.
Alguns sinais podem indicar que a crian­ça sofre do problema: deixar de prestar aten­ção a detalhes ou cometer erros por descui­do em atividades; dificuldade para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas; pa­recer não escutar quando lhe dirigem a pa­lavra; não seguir instruções e não terminar seus deveres escolares; ter dificuldade pa­ra organizar tarefas e atividades; apresen­tar esquecimento em atividades diárias; fa­lar muito; dar respostas precipitadas antes das perguntas terem sido completadas; ter dificuldade para aguardar a vez; interrom­per ou se meter em assuntos dos outros (por exemplo, intrometer-se em conversas ou brincadeiras).
Diagnóstico: o que fazer?
A psicóloga explica que o diagnóstico de TDAH é essencialmente clínico. Não existem exames laboratoriais ou de imagem que o façam. A investigação en­volve detalhado estudo clínico por meio de avaliação com os pais, com a criança e a es­cola. A avaliação com os pais deve abranger um histórico da criança desde a gestação até os dias atu­ais. O tratamen­to pode envol­ver medicamen­tos (estimulan­tes) e interven­ções psicoedu­cativas e psicote­rapêuticas (edu­cação e aprendi­zagem dos pais, professores e pa­ciente acerca do transtorno).
Crianças diagnosticadas devem receber tratamento – seja de medicamentos e/ou de terapia – pois, se não bem cuidadas, podem apresentar uma série de prejuízos ao longo dos anos, como perda de autoestima, triste­za, falta de motivação, episódios depressivos e, no extremo, podem se tornar adultos an­tissociais e inseguros.
Mas, quando tratadas, as crianças tornam-se adultos e profissionais normais.


quinta-feira, 5 de maio de 2016

Personal trainer para todas as idades



Quem pensa que personal trainer é coisa de adulto está enganado. As crianças estão entrando nessa também. Os motivos não são os mesmos. No caso dos adultos, falta de tempo, timidez, facilidade de locomoção, treino direcionado. Já no caso das crianças, o personal tem um papel de recreação.
A educadora física Gabriela Munarolo Batista explica que adultos e adolescentes, tanto homens quanto mulheres, procuram a aula particular. “Muitas pessoas não têm vontade de treinar sozinha, então contratam um personal, que vai proporcionar um treino especializado e maior atenção”.
O treino com o personal pode ser feito em casa ou em uma academia. “Na academia, o aluno conta com uma infraestrutura melhor. Mas, em casa, o aluno tem uma facilidade maior e não precisa perder tempo para se dirigir à academia”, explica Gabriela. “Com o personal, o treino rende mais, pois o professor tem apenas um aluno para dar atenção”.
Em alguns casos, o personal facilita a vida do aluno. “Pessoas idosas preferem o personal trainer pela dificuldade de ir até a academia”, diz Gabriela. De acordo com ela, os treinos podem ser feitos também ao ar livre. “Levo os alunos para fazer caminhadas e exercícios fora de casa, pois assim atingimos diferentes resultados”.
Outro motivo que leva as pessoas a procurarem um professor particular, segundo Gabriela, é a timidez. “Muitas pessoas têm vergonha de treinar com outros alunos e contratam o professor para fugirem das aulas em grupo”.
O personal trainer trabalha com diversas idades, tipos físicos e objetivos. Segundo Gabriela, os adultos procuram a atividade física mais por vaidade. Os adolescentes, atualmente, também têm esse objetivo, mas o treino deles é adaptado, para não impedir seu crescimento. Já as crianças querem mais brincadeiras.
Recreação assistida
A professora acredita que as crianças precisam começar cedo a ter interesse na prática de esportes. “Hoje em dia há muitas crianças sedentárias, que passam o dia dentro de casa vendo televisão, mexendo na internet ou jogando videogame. Elas precisam parar com esses vícios e praticar esportes”, ressalta. “Por isso é importante que se promova a integração entre elas, com diferentes brincadeiras pré-esportivas, e brincadeiras tradicionais, como pega-pega, esconde-esconde, pular corda e amarelinha.”


quinta-feira, 21 de abril de 2016

Tecnologia: se não pode com ela, junte-se a ela

Cada dia que pas­sa a tecnologia vai aumentan­do e, com a facilida­de de obter informa­ções pelas máquinas, as pessoas, principal­mente os jovens, estão se afastando de outros meios de comunicação e até interesse em par­ticipar das atividades escolares. Com essas mudanças, as pesso­as, inclusive as do am­biente escolar, não sa­bem como lidar com isso.
Muitas pessoas acreditam que a tecnolo­gia atrapalha todas as rotinas, especialmen­te na escola. No ambiente escolar, os profes­sores, pais e os educadores em geral, estão preocupados com os alunos que não pres­tam atenção nas tarefas escolares para ficar em redes sociais. Mesmo preocupados, mui­tas escolas resistem em usar a tecnologia a favor da aprendizagem.
Entretanto, já que a tecnologia e redes so­ciais estão “tomando conta”, acredito que o melhor a fazer é se juntar a elas. Assim, com o equilíbrio e adaptações, o uso de novas tec­nologias pode ficar mais agradável de con­viver. O importante é não impedir de usar, pois usar escondido pode não ter controle das situações que po­dem ocorrer atrás das redes sociais.
Existem planos edu­cacionais que já ado­tam essa prática, dei­xando os alunos usar a internet nos celula­res e outros aparelhos eletrônicos para ajudá-los nas atividades e ta­refas escolares, poden­do pesquisar e intera­gir com a tecnologia disponível sem deixar de aprender e de se di­vertir ao mesmo tempo. Essa liberdade em usar aparelhos eletrônicos em sala de au­la provoca curiosidade no aluno para pes­quisar e procurar mais os assuntos, fazendo com que a aprendizagem fique mais agradá­vel e divertida.
Portanto, é possível dizer que a tecnolo­gia pode ser uma ferramenta positiva para auxiliar na aprendizagem, sempre manten­do o equilíbrio com os métodos pedagógi­cos da escola.

(Artigo da psicóloga humanista Vanessa Sardisco, CRP 06/118543)


sexta-feira, 1 de abril de 2016

Como escolher a melhor escolinha para seu filho

Estrutura, alimentação, educadores e método de ensino, são tantas as dúvidas quando o assunto é o primeiro contato da criança com o universo da educação. Mas, o que as mamães devem levar em consideração ao escolher do berçário do bebê à escolinha da criança? A pediatra Wylma Hossaka, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, selecionou os principais pontos de atenção que os pais devem ter quando chega a hora do seu bebê ir para a escolinha.
Observe se a infraestrutura é segura e se não há superlotação
“Umas das questões que prezo ao orientar sobre a busca de uma escolinha para os filhos é que observem o número de educadores/berçaristas por crianças. Também é importante levar em consideração a estrutura do lugar”, diz a médica. As crianças precisam de um ambiente confortável, separado por faixas etárias e espaços exclusivos para aprender, brincar, se alimentar e tirar a soneca, que sejam obviamente limpos. A segurança da criança também é primordial. “Por isso, veja se os banheiros são adaptados para os pequenos, e se pela escolinha não têm quinas vivas. Os brinquedos também devem ser seguros”, ressalta.
Escolinha arejada e ensolarada A primeira infância é o período onde as crianças estão muito susceptíveis a infecções. Elas praticamente ainda não conheceram nenhum vírus, por isso é importante que façam suas atividades em espaços arejados. Lugares abertos diminuem o risco da transmissibilidade de doenças. “Além disso, é imprescindível que tomem diariamente sol, fonte de vitamina D”, alerta a pediatra.
Espaços para diversão
Na infância, as crianças têm muita energia e esta primeira fase é a das descobertas. Estão iniciando a engatinhar, andar, correr, subir. Elas precisam se exercitar para terem a habilidade completada e não podem ficar restritas aos ambientes pequenos.
Alimentação precisa ser fresquinha e bem condicionada
A alimentação deve ser devidamente condicionada em potes de vidro e refrigerada até a hora do consumo. Fora isso, por legislação, as escolas devem ter uma nutricionista que assinem o cardápio. “Eu oriento os pais a uma vez por mês chegarem na hora da refeição e observarem se o que estão servindo é o mesmo oferecido no cardápio. O mais importante é que a comida seja fresquinha e que seja adequada com o balanço nutricional para a idade”, orienta a dra. Wylma .
Afeto, componente mais importante
Segundo a médica, todos os funcionários têm que ser capacitados e gostar de fazer suas funções, isso é básico. Ainda, precisa-se criar uma relação de confiança entre escolinha e os pais. “Você confia aquilo de mais precioso: seu filho. A criança precisa de um ambiente seguro, mas a gente precisa de um ingrediente importantíssimo para a criança se desenvolver que é o afeto”, diz ela.
O que queremos para os nossos filhos?
Antes de os pais escolherem um berçário, eles precisam refletir o que querem para os seus filhos. “Quais são as expectativas na base cultural e a formação que eles vão ter? A escola tem que ir ao encontro da expectativa da família”, explica a pediatra.  Cada escolinha tem a sua particularidade, e o que é bom para uma não é boa para outra, mas de forma geral, é preciso ter um acompanhamento com pedagogo ou psicopedagogo, para que essas crianças tenham um bom desenvolvimento, mas não podem esquecer que são crianças e precisam brincar. “Não podemos perder o contexto da infância”, finaliza a dra. Wylma.


quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Importância do flúor na pasta de dentes

Independentemente dos que são contrários ao uso de flúor nos dentifrícios – pastas ou cremes usados para escovar os dentes –, a maioria dos cirurgiões-dentistas defende a substância sob alegação de que é um dos agentes preventivos mais viáveis contra a cárie dentária.
Segundo o cirurgião-dentistaJaime Aparecido Cury Cury, que é professor de Bioquímica e Cariologia na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (Unicamp),  entre vários agentes preventivos ou terapêuticos de sucesso que causaram impacto positivo na saúde e na qualidade de vida das pessoas, talvez seja difícil encontrar um que se assemelhe ao flúor. “Até mesmo pessoas com menor acesso ao conhecimento científico sabem que o flúor protege os dentes das cáries. Por outro lado, seu mecanismo de ação não é muitas vezes bem interpretado. Não raro, encontramos descrições incorretas, como: fortalece os dentes, inibe a produção de ácidos produzidos pelas bactérias da placa etc. Isso pode acabar dificultando a adequada indicação desse íon tão importante no controle da cárie, quer seja em crianças, adultos ou idosos”, diz ele.
Afinal, como o flúor controla a cárie dental? De acordo com o especialista, o íon flúor acelera a precipitação de minerais em meio contendo íons cálcio e fosfato inorgânico – que estão presentes na saliva e na placa ou biofilme dental. Assim, ao utilizar dentifrícios com flúor, toda perda mineral ocorrendo sob o biofilme dental cariogênico tenderá a ser parcialmente revertida. Vale dizer que parte dos minerais perdidos é reposta novamente na estrutura dental. Sendo assim, o fluoreto diminui a desmineralização e ativa a remineralização do esmalte e da dentina.
“A causa da perda mineral no processo de cárie dental é a presença de um biofilme cariogênico que produz ácidos quando exposto a carboidratos fermentáveis.  A presença do biofilme e sua exposição ao açúcar (principalmente à sacarose) são fatores indispensáveis para o desenvolvimento de cárie.  Embora o flúor possa apresentar algum efeito antimicrobiano, diminuindo a produção de ácidos por bactérias, ele tem pouco efeito sobre esses fatores. Por outro lado, a presença do flúor no ambiente bucal é importante para reverter parte desses minerais perdidos. Essa reversão parcial da perda mineral é extremamente importante, já que reduz significativamente a velocidade de progressão das lesões de cárie”, explica Cury.
Como não existem pessoas “zero placa”, biofilmes sempre vão se formar na boca – sendo especialmente cruéis para aqueles dentes mais negligenciados durante a escovação. Daí a importância, segundo o cirurgião-dentista, de sempre usar flúor nas pastas e cremes dentais. As lesões por cárie aparecem em indivíduos de todas as idades, seja no esmalte, seja na superfície radicular exposta. Portanto, a associação entre higiene bucal e flúor é a maneira mais racional de controlar a cárie dental. Até mesmo 12 horas após a escovação, o biofilme terá maior concentração de fluoreto do que o biofilme de indivíduos que não utilizam pastas ou cremes dentais com flúor para escovar os dentes no mínimo duas vezes por dia. Por outro lado, ressalta o profissional, lesões de cárie não são provocadas pela falta de flúor, mas pela alta exposição diária a açúcares da dieta, de tal forma que o segredo de ser ‘cárie zero’ está no equilíbrio entre a escovação dental com dentifrício fluoretado e a restrição do consumo de produtos açucarados – jamais excedendo seis vezes ao dia.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Relação virtual

Logo que surgiram os tablets e smartphones não havia tantos aplicativos e aparelhos que se destinavam a facilitar o dia a dia dos adultos. Após alguns anos, es­ses aparelhos destinam-se também às crian­ças e adolescentes, o que facilita a vida dos pais, pois gosto de chamar essas tecnologias de babás eletrônicas. Enquanto as crianças ou os jovens estão conectados, não há com o que se preocupar no mundo real – os filhos não vão correr, se sujar, se ma­chucar, e fi­carão quieti­nhos naquele momento em que os pais estão cansa­dos e não têm pique para in­teragir com os filhos.
Cada vez mais cedo in­duzimos as crianças a se fascinar com os jogos eletrônicos. Já existem aplicativos da Galinha Pintadinha e Peppa Pig, que são desenhos destinados a crian­ças de aproximadamente 1 a 2 anos. Nessa fase é onde a criança explora e percebe que o mundo e ela são dimensões diferentes, é quando ela tem conhecimento do eu, do ou­tro e do objeto. Em seguida começa o desen­volvimento da organização psicológica bási­ca, ou seja, do aspecto motor, perceptivo, afe­tivo, social e intelectual.
Como uma criança que passou a maior par­te do tempo se relacionando com um apare­lho tecnológico aprenderá a se relacionar com outras pessoas? Há crianças que não co­nhecem jogos de tabuleiro, pega-varetas, blo­cos de montar, quebra-cabeças aos 7 anos! E ao serem indagadas sobre o que fazem no tempo livre, respondem que jogam no tablet/ computador/smartphones, poucas brincam de jogos coletivos, como pega-pega e escon­de-esconde quando encontram os amigos/ primos da mesma idade, e cada um fica com seu jogo no mesmo ambiente fechado e li­vre de acidentes.
Até os adultos estão se esquecendo de se relacionar com as pes­soas. Basta ir a um local público e ob­servar quan­tas pesso­as estão jun­tas, cada uma em seu smar­tphone pro­vavelmente falando com outras e até mesmo entre elas. A tecno­logia até pode nos auxiliar na comunicação, como encontrar pessoas com as quais não temos mais contato ou ter notícias de quem está longe, mas não podemos nos esquecer daquelas que nos rodeiam todos os dias e valorizar cada momento único que passare­mos com elas. Viver no mundo real é inten­so, é verdadeiro, e nós adultos ainda pode­mos contar histórias sobre determinadas ci­catrizes que temos em função de ótimas lem­branças e casos de traquinagem de quando éramos crianças. Mas, e as crianças de hoje, vão contar que histórias? 

(Artigo da psicóloga Cintia Tonetti)


domingo, 29 de novembro de 2015

Divertudo: o futuro e a rede

É sempre difícil tentar se antecipar ao futuro. Quando o assunto é tecnolo­gia, então, precisamos de muito co­nhecimento, imaginação e sensibilidade. O site infantil Divertudo (www.divertudo.com. br) existe há mais de 15 anos e vem driblan­do com criatividade e qualidade este turbi­lhão de novidades que chegam rapidinho às mãos das crianças.
O Mexa-se conversou sobre o assunto com a jornalista Evelyn Heine e a web designer Liliana Akstein, criadoras do Di­vertudo.
Qual é o grande desafio de manter um site infantil por mais de 15 anos?
Evelyn: Esta semana li o de­poimento de um grande empresá­rio dizendo que, se você não se atualizar, pode ver seu negó­cio afundar em pouco tempo. Uma empresa enorme, mas parada no tempo, pode ruir por causa de algum aplicativo criado da noite pa­ra o dia. As ideias estão valendo mais do que tudo agora. Então, nós, do Divertudo, tenta­mos saber o que a criança está buscando no momento e atender a esta demanda, dentro de nossas possibilidades.
E o que as crianças estão querendo agora?
Liliana: Vídeos de todos os tipos: engraça­dinhos, instrutivos, sobre qualquer assunto. O computador está virando a nova televisão. Ali você pode escolher o que quer ver e quan­do. É o mundo em suas mãos.
Evelyn: Nosso público também procura in­formações úteis que sirvam de suporte para trabalhos escolares, por exemplo. Percebe­mos isso pelos pedidos de ajuda que vinham de leitores. Então criamos os chamados “tu­toriais”, reunidos na seção “Como se faz?”.
Pode dar um exemplo?
Evelyn: Claro. Veja nossa “Oficina de Qua­drinhos”. Ela foi até solicitada por um por­tal de Educação vinculado ao governo fe­deral, além de outros mais. Tudo começou com o pedido de ajuda de uma lei­tora. Ela precisa­va produzir uma história em qua­drinhos para a es­cola e não sabia nem como come­çar. Então criamos um passo-a-passo que virou um su­cesso. E também criamos um vídeo simples só para explicar um modo prático de executar a história.
Liliana: Depois vieram outros pedidos e a seção foi crescendo: Como fazer uma peça de teatro, como fazer uma paródia, uma re­dação, uma propaganda…
E os jogos?
Os games de hoje usam muita tecnologia e recursos que nós não dominamos. Por isso, apostamos em conteúdo e na criatividade. Resolvemos também criar uma seção para crianças bem pequenas, que dispõem de pou­cas opções na rede: o Minitudo, que é o nosso bebê. Temos um carinho especial por ele. Es­tamos sempre engatinhando também.


domingo, 22 de novembro de 2015

Entenda o que é a microcefalia

O aumento de casos de microcefalia em bebês recém-nascidos em certas regiões do Brasil tem deixado o governo e população preocupados. Ainda não é possível afirmar o motivo para esse aumento, apesar de que especialistas liguem casos de Zika vírus, que tem atingido principalmente o Nordeste, com esse surto de microcefalia nessas regiões.
O desconhecimento dessa doença na população em geral, apesar de ser bem debatida no meio médico, tem contribuído para disseminar um certo pânico entre gestantes e futuros pais. Dr. Paulo Breinis, neuropediatra do Hospital São Luiz Jabaquara, explica um pouco sobre a microcefalia.
O que é a microcefalia?
A microcefalia é condição patológica em que existem volume e peso encefálico muito menor do que o normal. A microcefalia é decorrente dessa lesão cerebral e isso pode ocasionar comprometimento cognitivo e motor.
Quais são as causas da microcefalia?
A lesão cerebral ocorre em algum momento durante a gestação, principalmente no primeiro e no segundo trimestre, por causa de algum fator que provoca um processo destrutivo ou mal formativo do encéfalo. Esses processos podem estar relacionados com fatores genéticos (má formação), ou algum fator externo destrutivo que tenha interferido no desenvolvimento do feto.
Os fatores externos podem estar relacionados ao uso de alguma substância (drogas, álcool e radiação) ou também pela interferência de alguma doença que a mãe tenha adquirido durante a gestação.
Quais são alguns exemplos de doenças que podem provocar a Microcefalia?
Um bom exemplo é a rubéola. A rubéola é causada por um vírus transmitido por tosse e contato que, fora da gravidez, é relativamente fácil de ser tratada e não representa grande perigo. Porém, essa doença é muito perigosa para mulheres na gestação, podendo ocasionar abortamentos ou danos ao feto como catarata e microcefalia. A sífilis, toxoplasmose e citomegalovírus são outros exemplos disso.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito na consulta médica, exames complementares, e neuroimagem,  por meio do ultrassom morfológico ou ressonância magnética fetal, por exemplo. O diagnóstico é feito medindo o perímetro cefálico.
E tem tratamento?
A microcefalia é decorrente da patologia de base. Essa patologia costuma não ter tratamento medicamentoso, e é simplesmente uma constatação de que alguma coisa patológica ocorreu no cérebro do bebê. A doença de base (o que causou a microcefalia) deve ser sempre procurada e diagnosticada.


terça-feira, 10 de novembro de 2015

Segurança na água


Com a chegada do verão, as crianças aven­turam-se em locais com água, muitas vezes inadequados para banho, e com isso arris­cam a própria vida. É preciso que se faça um trabalho de cons­cientização junto às crianças e alerta aos perigos, para que conheçam as situações e saibam a forma correta de entrar numa piscina que não conhecem, cuidado ao correr em volta dela, problemas que po­dem causar ao empurrar e afundar o amigo, pular sem ver quem está embaixo e orientá-los a comer alimentos leves antes de nadar para não se sentir mal.
No mar, as crianças precisam saber sobre o perigo da corren­teza, bancos de areia, e lembrar sempre que devem procurar um local com salva-vi­das próximo. Também que se deve evitar en­trar em locais em que não se enxerga o fun­do, como rios, lagos e represas, pois corre­mos o risco de ficar presos no lodo, galhos de árvores, de machucar ao mergulhar e ba­ter nas pedras, cacos de vidro, latas enfer­rujadas etc.
Confira cinco dicas importantes que auxi­liam atingir mais de 95% de segurança con­tra afogamentos em piscinas (informa­ções extraídas do si­te da Sobrasa):
- Atenção 100% no seu filho a distân­cia de um braço, mes­mo na presença de um guarda-vidas.
- Guarda-vidas certificado por enti­dade reconhecida pe­la Sobrasa para cada piscina devidamente equipado com seu flu­tuador de resgate ou um professor de nata­ção com treinamento em emergências aquá­ticas durante o horário de aula (não se apli­ca a piscinas residenciais).
- Urgência: aprenda como agir em emer­gências aquáticas. O uso de cilindro de oxi­gênio é restrito ao guarda-vidas e deve es­tar em local visível e a disposição na área da piscina.
- Acesso restrito à piscina com uso de grades ou cercas transparentes com por­tões autotravantes a uma altura que impe­ça crianças de entrar no recinto da piscina sem um adulto.
- Sucção de cabelo e partes do corpo de­ve ser evitada com uso de ralos antiaprisio­namentos, redução da sucção por ralo e pre­cauções de desligamento do funcionamen­to da bomba.
Aprenda a nadar e dê este presente para o seu filho: a oportunidade de aprender a na­dar corretamente em uma escola de natação!