sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Hábito de fumar atinge todos os sistemas do organismo



Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. O tabagismo é a principal causa de mortes evitáveis no mundo. De acordo com o último relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o cigarro provoca o óbito de seis milhões de pessoas ao ano. A entidade prevê que se essa tendência continuar o número de pessoas mortas pelo fumo pode chegar a oito milhões em 2030.
Segundo dr. Bento Carvalho, clínico geral do Hospital San Paolo,  para que uma pessoa esteja livre das doenças provocadas pelo tabagismo é necessário uma abstinência de pelo menos 10 anos. As lesões provocadas pelo fumo, principalmente no pulmão, cessam com a parada do hábito. Porém, uma vez que se reinicie, as perdas progridem a partir de onde estavam quando houve a parada. 
O médico afirma que o primeiro passo para aqueles que desejam abandonar o vício é se conscientizar a respeito dos riscos. Além do sistema respiratório, os males causados pelo cigarro podem atingir todos os sistemas do organismo. O circulatório pelo depósito de substâncias nas paredes de vasos. O neurológico pela intoxicação causada por mais de 4.700 substâncias do fumo, pela sobrecarga sobre os sistemas excretores e pelas alterações endócrinas, entre outras.
As mulheres são as que possuem mais dificuldade em manter a abstinência, segundo o médico. Por diferenças hormonais elas têm mais resistência. Além disso, existe o risco vascular, aumentado pelo uso concomitante de contraceptivos hormonais.
Um levantamento realizado com 500 pacientes (63% mulheres) do Cratod (Centro de Referência e Tratamento do Álcool, Tabaco e Outras Drogas) de São Paulo mostrou que 47% dos pacientes do sexo masculino já tinham conseguido ficar longos períodos sem fumar (mais de um ano); entre as mulheres o índice foi de apenas 34%.

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