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sábado, 3 de setembro de 2016

Dicas para quem quer deixar de fumar


Descoberto pelos colonizadores europeus no Novo Mundo onde era usado em rituais religiosos ou para fins terapêuticos por indígenas das Antilhas, o fumo foi levado à Europa e disseminado pela falsa associação com prazer, relaxamento e concentração. Hoje, cerca de 80% a 90% dos fumantes iniciam-se no tabagismo antes dos 18 anos e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, respondendo por 63% dos óbitos relacionados a doenças crônicas não transmissíveis, 85% das mortes por doença pulmonar crônica, 30% das mortes por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago e outros), 25% dos óbitos por doença coronariana e 25% das mortes por doenças cerebrovasculares. A entidade prevê ainda que, se nada for feito, o mundo registrará mais de 8 milhões de mortes por ano a partir de 2030, sendo que mais de 80% delas devem atingir pessoas que vivem em países de baixa e média renda.
De acordo com a profª. dra. Marisa Amato, cardiologista do Amato Instituto de Medicina Avançada, o hábito de fumar além da nicotina expõe também o indivíduo a componentes nocivos como a nicotina e o monóxido de carbono que, passando pelos pulmões chegam ao sangue prejudicando ainda mais a saúde.
“A nicotina aumenta a frequência cardíaca e eleva a pressão arterial, podendo desencadear arritmias, ou seja, mudança no ritmo do coração. Está comprovado que após cada cigarro fumado há intensa vasoconstrição com grande diminuição do calibre das artérias e arteríolas, tanto periféricas como dos órgãos vitais e aceleração do ritmo cardíaco. A repetição frequente desse ato agrava lenta e progressivamente o quadro hipertensivo e o processo aterosclerótico. Já o monóxido de carbono decorre da combustão das substâncias orgânicas, que ocupa nos glóbulos vermelhos o espaço do oxigênio e assim, diminui a capacidade da hemácia em transportar este elemento para os tecidos”, explica a médica.
Tais substâncias lesam a parede interna das artérias facilitando a deposição de gordura e a formação das placas de ateroma, que levam a aterosclerose, doença de base dos aneurismas, gangrenas, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e outras. Durante o ato de fumar a pressão arterial se eleva o que pressiona a entrada de gordura na parede das artérias. Além desse comprometimento cardiovascular o cigarro aumenta a incidência de câncer de praticamente todos os órgãos, em particular pulmão e bexiga.
“Esses fatores levam a consequências desastrosas, aumentado a mortalidade entre fumantes que chega a ser duas vezes maior do que entre os não fumantes com incidência significativamente maior de morte súbita. Um entre três homens de 40 anos que fumam mais de vinte cigarros por dia morrerá antes da idade de se aposentar. Vale lembrar que a ilusão do filtro nos cigarros não afasta seus efeitos maléficos, admitindo-se até mesmo, que ele proporcione maior concentração de monóxido de carbono”, finaliza.
Dicas para deixar o cigarro
- O dia de parar: é bom marcar uma data específica e parar completamente naquele dia;
- Contar a todos que está parando de fumar dará suporte e coragem ao se sentir tentado a novamente acender um cigarro;
- Encarar cada dia como um novo desafio. O começo de um dia representa o início de uma barreira a ser ultrapassada. Mais um dia sem fumar é mais uma etapa vencida;
- Identificar os momentos do dia em que o desejo pelo cigarro é mais acentuado, e ocupar as mãos durante estes momentos com alguma outra coisa: brincar com lápis, costurar, manipular bolas de borracha etc.;
- A cada dia, colocar no cinzeiro da casa o montante de dinheiro que se gastaria com maços de cigarro;
- Pensar positivamente e tratar-se como um não fumante, e não um fumante que parou. Quando um cigarro é oferecido, a pessoa deve sempre dizer: “Não, obrigado. Eu não fumo”;
- Quando se sente o impulso, a vontade quase irresistível de dar uma tragada, deve-se pensar em como já foi difícil parar de fumar e como esse desejo já foi superado a contento em ocasiões anteriores;
- Não são todos os que conseguem parar na primeira tentativa. O vício é muito forte, mas o importante é não desanimar e continuar tentando.

domingo, 6 de março de 2016

O que está por trás da vontade de comer um doce?

Diferentes situações podem levar uma pessoa a ter vontade de doce, em menor ou maior grau. Os motivos podem ir desde um hábito do cotidiano até distúrbios mais sérios, como uma hipoglicemia, quando o corpo está com baixa concentração de glicose no sangue. É preciso atenção com o controle desse consumo, pois assim como acontece com qualquer outro nutriente, o excesso pode causar anormalidades na saúde.
O consumo de carboidratos, como é o caso do açúcar, aumenta a absorção de triptofano, um aminoácido essencial utilizado pelo cérebro para produzir a serotonina, um neurotransmissor que interfere em algumas funções: o início do sono, sensibilidade à dor e controle do humor. O prazer também pode ser citado como motivo, já que a liberação da serotonina é responsável ainda pela sensação de bem-estar.
“Muitas pessoas acabam excedendo o consumo de carboidratos para se sentirem melhor quando expostas a diversas situações: estresse, no caso de mulheres com síndrome pré-menstrual, pacientes com “depressão sazonal”, indivíduos que estão tentando parar ou que pararam de fumar, entre outros casos”, explica o endocrinologista e responsável pelo Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas da USP, dr. Marcio Mancini.
Outras explicações para a vontade de comer doces podem ser as alterações genéticas e o hábito. De acordo com o especialista, diferenças genéticas nos receptores de sabor amargo, gorduroso ou doce nas papilas gustativas da língua podem fazer com que indivíduos já nasçam com maior preferência por alimentos doces.
Já o hábito vem da preferência do brasileiro por alimentos adocicados, disseminado desde os tempos do Império, quando o Brasil se tornou o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo. Além disso, momentos com sobremesas são normalmente celebrações positivas, resgatando a relação do ingrediente com satisfação e bons eventos.
Porém, quando a vontade por produtos açucarados é constante é preciso tomar cuidado, pois pode ser um sinal de compulsão alimentar. O transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) é uma doença psiquiátrica caracterizada por episódios descontrolados de alimentação, que acontecem pelo menos uma vez por semana durante três meses. O problema é definido pela recorrência na ingestão de certo alimento num curto período de tempo. Nessas situações a pessoa não tem controle sobre o que come e pode consumir alimentos doces e em seguida salgados, depois doces novamente. É uma doença.
Comportamentos compulsivos podem ser causados, entre outros motivos, pela privação de alimentos, como muitas vezes acontece com os doces. Neste caso, as dietas muito restritivas que pregam a eliminação do carboidrato, por exemplo, podem causar comportamentos compulsivos. “O ideal é que nenhum alimento seja eliminado do cardápio e que a alimentação seja equilibrada, a não ser que exista uma razão médica”, diz o dr. Marcio.
Assim, é melhor comer um doce quando se tem vontade do que tentar enganar o organismo com outras opções consideradas mais saudáveis, sugere o cardiologista e nutrólogo do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, dr. Daniel Magnoni. 
O açúcar vicia?
Para o dr. Marcio Mancini, utilizar a palavra vício para comida não é um conceito correto. “Precisamos de comida para sobreviver e do carboidrato para dar energia ao corpo. Eliminar um nutriente é irreal. Alguns estudos mostram que o cérebro responde ao açúcar de maneira similar como algumas drogas, mas isso acontece porque o ingrediente ativa os centros cerebrais de prazer e recompensa, o que não significa um vício”, explica o endocrinologista.
Ele ainda reforça que a definição de vício é a dependência física, que faz alguém buscar o consumo excessivo e cada vez maior, crescente, de uma substância para conseguir o mesmo prazer e satisfação. Isso não se observa com o açúcar. Não existe síndrome de abstinência quando se interrompe o consumo.
Um estudo conduzido pelo dr. John Menzies, da Universidade de Edimburgo, corrobora a afirmação do especialista ao comprovar que as pessoas podem ficar viciadas no ato de comer, porém não em alimentos específicos, como doces ou hambúrgueres. Nesse sentido, é preciso estar atendo às quantidades ingeridas do alimento e caso perceba um descontrole, o ideal é procurar o auxílio de um nutricionista ou de um médico especialista.


quinta-feira, 21 de maio de 2015

Você sabia que açúcar pode viciar?


Assustou? Pois é, um experimento feito com ratos mostrou que eles bebiam muito mais a água que continha glicose do que a água que conti­nha cocaína. Você já parou para pensar o quanto você consome de açúcar por dia? É muito comum as pessoas falarem que quase não consomem açúcar, mas será que elas sabem que todo carboidrato ingerido vai se transformar em açúcar?
Segundo a terapeuta ortomolecular Iria Melleiro Abbas, o açúcar também é um carboidrato e existem dois tipos de carboidratos – os simples, que chamamos de glicose, fruto­se, galactose, e os complexos, como saca­rose, maltose, lactose e outros denomina­ções. Muitas vezes está camuflado nos ali­mentos com outros nomes, ou seja, vários alimentos que consumimos contêm açúcar, como o pão, refrigerantes, batata, massas, sucos de caixinha, bebidas alcoólicas e até mesmo as frutas.
“Quando comemos carboidratos nosso organismo tem duas opções: queimar e transformar em energia (o que é ótimo) ou converter em gordura e armazenar nas células, principalmente da região abdomi­nal, e aí vem o perigo, porque, ao perceber o aumento de glicose no sangue, o pâncre­as secreta um hormônio chamado insulina que diminui o açúcar no sangue”, explica a terapeuta ortomolecular. “Quanto mais carboidrato você come, mais insulina é liberada, mais voraz é sua fome, pode ocorrer uma hipoglicemia, porque o corpo fica pedindo mais açúcar e tem mais insulina caindo no sangue. E aí começa um ciclo vicioso, que pode evo­luir para o estado de resistência insulíni­ca ou levar a uma diabetes tipo II.”
 Além disso, Iria ressalta que açúcar em excesso oxida, gera radi­cais livres (que atacam as células sadias) e os problemas aparecem: desequilíbrio de vitaminas, como B1, B2, B3, colina; infla­mações; acidez; disbiose; aumento de ta­xa de colesterol; alterações de comporta­mento; depressão; obesidade em adultos e crianças; esteatose hepática; doenças car­díacas, e até câncer. E o excesso de açúcar pode sofrer um processo quími­co chamado glicação e ser responsável por manchas na pele.

O tratamento ortomolecular traba­lha com a prevenção e também pode ser curativo. Trata a individualidade bio­química do paciente, que recebe uma orientação in­dividualizada na alimentação, equilibra as vitaminas, minerais, enzimas e ami­noácidos, vai ajudá-lo a conhecer e com­binar os índices glicêmicos dos alimen­tos, controla a compulsão por doces, aju­da a emagrecer e tra­z mais qualidade de vida agora e ao envelhecer.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Hábito de fumar atinge todos os sistemas do organismo



Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. O tabagismo é a principal causa de mortes evitáveis no mundo. De acordo com o último relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o cigarro provoca o óbito de seis milhões de pessoas ao ano. A entidade prevê que se essa tendência continuar o número de pessoas mortas pelo fumo pode chegar a oito milhões em 2030.
Segundo dr. Bento Carvalho, clínico geral do Hospital San Paolo,  para que uma pessoa esteja livre das doenças provocadas pelo tabagismo é necessário uma abstinência de pelo menos 10 anos. As lesões provocadas pelo fumo, principalmente no pulmão, cessam com a parada do hábito. Porém, uma vez que se reinicie, as perdas progridem a partir de onde estavam quando houve a parada. 
O médico afirma que o primeiro passo para aqueles que desejam abandonar o vício é se conscientizar a respeito dos riscos. Além do sistema respiratório, os males causados pelo cigarro podem atingir todos os sistemas do organismo. O circulatório pelo depósito de substâncias nas paredes de vasos. O neurológico pela intoxicação causada por mais de 4.700 substâncias do fumo, pela sobrecarga sobre os sistemas excretores e pelas alterações endócrinas, entre outras.
As mulheres são as que possuem mais dificuldade em manter a abstinência, segundo o médico. Por diferenças hormonais elas têm mais resistência. Além disso, existe o risco vascular, aumentado pelo uso concomitante de contraceptivos hormonais.
Um levantamento realizado com 500 pacientes (63% mulheres) do Cratod (Centro de Referência e Tratamento do Álcool, Tabaco e Outras Drogas) de São Paulo mostrou que 47% dos pacientes do sexo masculino já tinham conseguido ficar longos períodos sem fumar (mais de um ano); entre as mulheres o índice foi de apenas 34%.