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domingo, 6 de março de 2016

O que está por trás da vontade de comer um doce?

Diferentes situações podem levar uma pessoa a ter vontade de doce, em menor ou maior grau. Os motivos podem ir desde um hábito do cotidiano até distúrbios mais sérios, como uma hipoglicemia, quando o corpo está com baixa concentração de glicose no sangue. É preciso atenção com o controle desse consumo, pois assim como acontece com qualquer outro nutriente, o excesso pode causar anormalidades na saúde.
O consumo de carboidratos, como é o caso do açúcar, aumenta a absorção de triptofano, um aminoácido essencial utilizado pelo cérebro para produzir a serotonina, um neurotransmissor que interfere em algumas funções: o início do sono, sensibilidade à dor e controle do humor. O prazer também pode ser citado como motivo, já que a liberação da serotonina é responsável ainda pela sensação de bem-estar.
“Muitas pessoas acabam excedendo o consumo de carboidratos para se sentirem melhor quando expostas a diversas situações: estresse, no caso de mulheres com síndrome pré-menstrual, pacientes com “depressão sazonal”, indivíduos que estão tentando parar ou que pararam de fumar, entre outros casos”, explica o endocrinologista e responsável pelo Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas da USP, dr. Marcio Mancini.
Outras explicações para a vontade de comer doces podem ser as alterações genéticas e o hábito. De acordo com o especialista, diferenças genéticas nos receptores de sabor amargo, gorduroso ou doce nas papilas gustativas da língua podem fazer com que indivíduos já nasçam com maior preferência por alimentos doces.
Já o hábito vem da preferência do brasileiro por alimentos adocicados, disseminado desde os tempos do Império, quando o Brasil se tornou o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo. Além disso, momentos com sobremesas são normalmente celebrações positivas, resgatando a relação do ingrediente com satisfação e bons eventos.
Porém, quando a vontade por produtos açucarados é constante é preciso tomar cuidado, pois pode ser um sinal de compulsão alimentar. O transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) é uma doença psiquiátrica caracterizada por episódios descontrolados de alimentação, que acontecem pelo menos uma vez por semana durante três meses. O problema é definido pela recorrência na ingestão de certo alimento num curto período de tempo. Nessas situações a pessoa não tem controle sobre o que come e pode consumir alimentos doces e em seguida salgados, depois doces novamente. É uma doença.
Comportamentos compulsivos podem ser causados, entre outros motivos, pela privação de alimentos, como muitas vezes acontece com os doces. Neste caso, as dietas muito restritivas que pregam a eliminação do carboidrato, por exemplo, podem causar comportamentos compulsivos. “O ideal é que nenhum alimento seja eliminado do cardápio e que a alimentação seja equilibrada, a não ser que exista uma razão médica”, diz o dr. Marcio.
Assim, é melhor comer um doce quando se tem vontade do que tentar enganar o organismo com outras opções consideradas mais saudáveis, sugere o cardiologista e nutrólogo do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, dr. Daniel Magnoni. 
O açúcar vicia?
Para o dr. Marcio Mancini, utilizar a palavra vício para comida não é um conceito correto. “Precisamos de comida para sobreviver e do carboidrato para dar energia ao corpo. Eliminar um nutriente é irreal. Alguns estudos mostram que o cérebro responde ao açúcar de maneira similar como algumas drogas, mas isso acontece porque o ingrediente ativa os centros cerebrais de prazer e recompensa, o que não significa um vício”, explica o endocrinologista.
Ele ainda reforça que a definição de vício é a dependência física, que faz alguém buscar o consumo excessivo e cada vez maior, crescente, de uma substância para conseguir o mesmo prazer e satisfação. Isso não se observa com o açúcar. Não existe síndrome de abstinência quando se interrompe o consumo.
Um estudo conduzido pelo dr. John Menzies, da Universidade de Edimburgo, corrobora a afirmação do especialista ao comprovar que as pessoas podem ficar viciadas no ato de comer, porém não em alimentos específicos, como doces ou hambúrgueres. Nesse sentido, é preciso estar atendo às quantidades ingeridas do alimento e caso perceba um descontrole, o ideal é procurar o auxílio de um nutricionista ou de um médico especialista.


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Cumpra (de verdade) suas metas fitness para o ano novo

Preguiça, rotina apertada e pouco dinheiro são algumas desculpas comuns de pessoas que querem deixar para depois as atividades físicas e se afastar de uma alimentação com equilíbrio. Todo final de ano, as promessas relacionadas à saúde estão lá, mas, com o passar dos meses, muitos deixam esses objetivos para trás. O que fazer para que isso não ocorra com você em 2016?
O tema ganha cada vez mais relevância, pois o sedentarismo é um dos maiores problemas de saúde atuais e é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma doença. Seus males podem ser comparados aos do tabagismo. No Brasil,  segundo o IBGE, 56,9% dos brasileiros estão acima do peso. Desses, mais de 20% são obesos e, entre as mulheres, 52% têm excesso de gordura abdominal.
“É preciso encarar o sedentarismo como algo sério e se comprometer com uma mudança de vida, sem desculpas.”, destaca Gabriel de Oliveira, representante do Freeletics no Brasil (www.freeletics.com). Veja as de Gabriel para você conseguir a motivação necessária para adotar hábitos mais saudáveis e, de quebra, ter o corpo que sempre quis:
Comece!
Corrida e exercícios com o peso do próprio corpo são opções para você iniciar a atividade física sem depender de academia e horários de aula. São um aliado principalmente em momentos como o final de ano, quando festas e viagens alteram a rotina. Mas é preciso ter disciplina. A flexibilidade pode ser uma grande aliada contra o sedentarismo, mas não deve servir de desculpas para a falta de comprometimento.
Pouco é melhor que nada
É difícil mudar completamente de postura e trocar o sedentarismo pela atividade física diária. Organize o seu tempo para não sobrecarregar a rotina. Treinos curtos, de meia hora ou até menos, já são um bom começo, especialmente durante o período de festas de fim de ano.
Prepare o ambiente
Seja em casa ou na rua, você precisa criar o seu momento. Escolher uma playlist bem animada para tocar é uma boa estratégia de motivação, já que a música estimula naturalmente o nosso corpo a se movimentar.
O momento é agora
Aproveite o verão para adotar um estilo mais saudável e manter essa motivação durante o inverno. Começar no inverno é mais difícil, pois o corpo sente mais dificuldade de despertar e a musculatura fica mais tensa em função do contraste com as temperaturas ambientes.
Alimentação
Com as festas de final de ano, é difícil ser regrado. Mas isso não quer dizer que esse período tenha que representar um retrocesso nos seus planos para uma vida mais saudável. Há muitas opções de alimentos saudáveis para o período de festas.
Tenha metas objetivas e de curto prazo
É difícil manter-se motivado com metas distantes e abstratas, como “entrar em forma em 2016”. Tenha metas objetivas e próximas, como “perder 2 quilos no próximo mês”. Dessa forma sempre haverá uma etapa clara para ser alcançada, o que ajuda a manter o foco.
Meça seu progresso
Acompanhe as pequenas mudanças. Uma forma de fazer isso é tirar fotos toda semana para comparar. Quando se sentir à vontade, também compartilhe os resultados com seus amigos: eles podem apoiar você nesse caminho e o motivar a continuar, caso você pare. Além de desenvolver habilidades como força e resistência, é importante ter autoestima e disciplina. Tenha, sempre que possível, o registro de todos os seus treinos e exercícios para você monitorar e tentar melhorar continuamente, sem perder a motivação.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Dicas para tornar atividade física um hábito prazeroso

A estação mais quente do ano está chegando e é nessa época que muitas pessoas resolvem começar o “projeto verão”. Isso significa dedicar-se intensamente aos exercícios em um curto período de tempo para compensar todo o sedentarismo acumulado.  Porém, essa escolha não é a melhor saída. O corpo desejado deve ser o resultado de uma vida saudável e para isso é preciso, portanto, criar bons hábitos
Assim como as dietas rigorosas podem gerar resultados rápidos, mas não duradouros, esses projetos de curto prazo também resultarão em mudanças apenas temporárias, uma vez que, normalmente, não são levados adiante. Assim, para estar satisfeito com seu corpo e a saúde em dia durante o ano todo, o preparador físico Marcio Atalla dá seis dicas para transformar a prática de atividades físicas em rotina:
 Preste atenção na alimentação – atividades físicas devem ser acompanhadas de uma dieta variada e equilibrada. “Isso significa não excluir qualquer nutriente da alimentação e prestar atenção na quantidade e na qualidade dos produtos consumidos. O movimento deve ter apelo à saúde e isso significa conciliar os exercícios com um cardápio balanceado, porém completo”, afirma Atalla.
Tenha regularidade – nada de se movimentar apenas para o verão! Atalla alerta que os exercícios precisam ser constantes! Não adianta fazer por um curto período e achar que o resultado será o estável: “Seja honesto em relação às suas limitações e rotina. Tenha certeza que você pode exercer a atividade escolhida regularmente de fato para que o exercício se torne um hábito”.
Olhe para o ambiente – “Quando o tempo é uma questão restritiva, o ideal é verificar as oportunidades em volta do ambiente, como trocar o elevador pela escada, nadar na piscina do prédio aos finais de semana e usar a bicicleta como meio de transporte até o trabalho. A dica é olhar ao redor e prestar atenção em atitudes simples que podem ser transformadas em mais movimento”, explica o preparador físico.
Faça uma atividade que te dê prazer – estar em movimento é essencial, porém, para ser algo regular, também precisa ser prazeroso. As opções são infinitas, basta encontrar uma que realmente te agrade. Pode ser dança, corrida, uma luta, atividade ao ar livre, academia. Enfim, é só escolher o que gosta mais de fazer.
Convide um(a) amigo(a) – segundo um estudo publicado pela Associação Americana de Psicologia, pessoas que treinam com amigos têm uma perda de peso maior. Além de ter mais chances de manter a regularidade dos exercícios e, claro, ser mais divertido.
Pense nos benefícios – para aqueles dias em que for difícil deixar a cama para ir se exercitar, a dica do Atalla é se lembrar de todos os benefícios que o movimento aliado à dieta equilibrada pode trazer, como aumento da autoestima, longevidade e prevenção de doenças. “Uma pessoa que pratica atividades físicas vai sete vezes menos ao médico do que aquelas que são sedentárias”, finaliza o preparador.