segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Pele bem cuidada em todas as fases da vida

A forma como a pele é tratada, pode revelar ou não a idade de uma pessoa. No entanto, por questões biológicas, em cada faixa etária é necessário dispensar atenções especiais para que ela continue saudável e jovem, pois o organismo, com o tempo, passa a produzir menos colágeno, por exemplo, que é importante para a elasticidade e firmeza da derme, sendo responsável pelo seu turgor.
Para sanar as dúvidas que muitas mulheres têm sobre os cuidados essenciais com a pele em cada etapa da vida, a dra. Eliandre Palermo (CRM-SP 78723 e RQE 27332), presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica separou, por ordem cronológica, os cuidados essenciais com a pele.
Na infância
Nesta fase da vida, a pele é macia, brilhosa e firme. Por ser frágil e sensível, está sujeita a desenvolver alergias, assaduras e brotoejas, problemas muito comuns. A principal dica é evitar o uso de produtos com fragrâncias fortes e optar por cosméticos desenvolvidos exclusivamente para crianças. A idade indicativa geralmente consta no rótulo.
Na adolescência
A puberdade é a fase da ebulição dos hormônios. Nela as glândulas sebáceas se tornam mais ativas, aumentando a produção de oleosidade da pele. Por isso, muitos a consideram a mais cruel, pois é neste período que acnes e espinhas – de todos os tamanhos e intensidade – se desenvolvem com rapidez, mexendo muito com a autoestima do adolescente. Vale lembrar que os casos mais veementes necessitam de acompanhamento dermatológico. Já nas situações mais brandas o principal cuidado é: limpar bem a pele oleosa, pois isso ajudará a manter os poros desobstruídos, prevenindo o aparecimento da acne. Quem tem tendência à acne, deve usar maquiagem e produtos oil free, não comedogênicos e com efeito matificante. O importante é não obstruir ainda mais os poros. O passo a passo de uma boa limpeza de pele é:
1- Limpador: pode ser sabonete ou loção sem sabão para peles mais sensíveis;
2- Esfoliante;
3- Tônico ou adstringentes podem ou não ser usados. Para peles sensíveis é melhor pular essa etapa;
4- Hidratação com produtos oil free;
5- Fotoproteção com filtro não oleoso
Aos 20 anos
Nesta idade o foco maior é em prevenção e cuidados básicos. É também nesta fase que a pele se apresenta no ápice de sua firmeza. Para que ela permaneça vistosa é indispensável mantê-la sempre bem limpa e higienizada. Trata-se de uma idade em que há maior tendência ao uso de maquiagem, por isso é importante higienizar a pele com produtos específicos, usar adstringente para remover a oleosidade e aplicar demaquilante para remover a maquiagem. Outra medida importante é utilizar diariamente um filtro solar, para protegê-la dos danos causados pela radiação UV.
Aos 30 anos
É aqui que podem ter início as primeiras rugas, principalmente ao redor dos olhos, da boca e na região da fronte.  Pessoas de pele mais clara e com tendência à formação de vincos ao sorrir ou se expressar, precisam ficar mais atentas. Aos 30 anos, além dos cuidados básicos dos 20, recomenda-se o uso de um creme ou hidratante para prevenção de sinais com ativos, como vitamina C, Ácido Hialurônico, Vitamina E e retinol, para tratar esses primeiros sinais. A paciente também pode avaliar, em consulta com um dermatologista, a necessidade de um tratamento preventivo com aplicação de toxina botulínica, preenchimentos de linhas e sulcos ou um laser não ablativo.
Aos 40 e aos 50 anos
Nesta fase podemos complementar os cuidados básicos com um tratamento específico para amenizar rugas e manchas. Aumentar o FPS do filtro solar também é importante, principalmente se a paciente já apresentar ou notar piora nas rugas ou manchas da pele. O momento é oportuno também para iniciar um tratamento mais efetivo para correção de linhas ou sinais e de reestruturação do envelhecimento facial com uma nova abordagem dos preenchedores usados de forma a sustentar e repor formas perdidas no envelhecimento. É indicado também usar um hidratante com maior poder umectante, pois a pele pode mostrar maior tendência ao ressecamento. Para mulheres desta faixa etária, podem ser indicados tratamentos com toxina botulínica também no pescoço e preenchimentos de efeito lifting na face e no contorno da mandíbula, laser e tecnologias que estimulem a renovação do colágeno, como infravermelho e Radiofrequência. 
A partir dos 60 anos
Todas as mudanças ocorridas até agora se tornam mais evidentes após a sexta década. Apesar de ser inevitável viver sem as rugas, é possível ameniza-las. Todos os tratamentos anteriores se realizados na época correta podem tornam mais fáceis a manutenção dos tratamentos nesta fase. Mas não desanime se você vai começar agora, o importante é não querer realizar tudo de forma intempestiva e escolher bem um profissional que respeite e avalie bem o seu biótipo, suas características individuais, seu estilo de vida e suas necessidades. Todos os tratamentos citados podem ser realizados incluindo as cirurgias plásticas, que podem complementar os tratamentos minimamente invasivos para manter os resultados mais duradouros e naturais. Já para aqueles que não querem cirurgias, existe uma gama de possibilidades de tratamentos não invasivos que amenizam rugas e mantem a jovialidade da pele de modo natural e seguro.
Recomendações finais
Cuidar bem da pele é muito importante em qualquer idade. Prestar atenção na genética e observar como a pele de nossas mães e avós reagiram ao passar do tempo pode ser uma forma interessante de prevenir ou evitar eventuais problemas. É necessário também manter uma alimentação balanceada, uma vez que a harmonia das vitaminas, proteínas e minerais influenciarão diretamente na pele e seus anexos. Evite fumar, durma bem, faça exercícios regularmente e mantenha atividade que lhe façam bem pois a felicidade é um dos mantenedores da beleza e da saúde.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

A importância da mamografia

Patrícia Pillar, Elba Ramalho, Arlete Salles, Joana Fomm, Sheryl Crow, Shannen Doherty, Brigitte Bardot, Jane Fonda, Costanza Pascolato e Joyce Pascowitch são alguns exemplos de profissionais que se destacam nas carreiras de atriz, cantora, apresentadora, jornalista ou ícone da moda. Entretanto, mais do que a fama, estas mulheres têm uma luta em comum: todas elas foram diagnosticadas com câncer de mama e venceram a batalha contra a doença.
Para muitas delas, o grande fator que contribuiu para o bom desempenho do tratamento foi o diagnóstico precoce da doença, que pode ser feito por meio de mamografia. O autoexame também é importante, mas não substitui a mamografia. Muitas mulheres ainda não criaram o hábito de fazer o acompanhamento anual com o ginecologista. 
Muitos podem ser os fatores que fazem com que as mulheres tentem evitar o exame: desde o receio de sentir dor na hora da mamografia até o medo de receber um diagnóstico positivo em relação à doença. Esses motivos levam-nas a retardar ou ignorar o exame, que é fundamental para o rastreamento do câncer de mama.
Para os especialistas, a questão da dor na hora de fazer a mamografia é relativa. “Existem mulheres que não sentem nada, nem dor nem desconforto. Já outras sentem apenas uma rápida pressão nas mamas; e ainda há aquelas mais sensíveis que podem sentir um pouco de dor”, explica a ginecologista Lilian Fiorelli. “Mas, esta dor é passageira e suportável. Mais do que isso: no caso das mulheres mais sensíveis, é importante ressaltar que é um pequeno desconforto que pode salvar a vida. E é isso que as mulheres precisam entender para superar o medo de realizar o exame.”
Ter um diagnóstico positivo em relação à doença é outra causa que amedronta. “Por mais assustador que seja receber esta notícia, em muitos casos, a doença é detectada no início, o que beneficia muito o tratamento. Ademais, a medicina está avançada e os casos de cura completa têm sido cada vez mais frequentes”, destaca Lilian.
Ressaltar a prevenção é importante uma vez que o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, depois do de pele não melanoma. Eles correspondem a cerca de 25% dos casos novos de câncer diagnosticados a cada ano. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que, em 2013, mais de 14 mil mulheres morreram por conta da doença no País. Para este ano, a estimativa é de 57.960 novos casos. “O trabalho ainda é grande para desmistificar algumas informações e reforçar a importância da prevenção, que deve ser feita de forma contínua”, avalia a ginecologista.
A especialista explica que a doença é mais rara antes dos 35 anos. “Acima desta idade, sua incidência cresce de maneira progressiva, especialmente após os 50 anos”, diz. Mas, mesmo fazendo parte do grupo de risco, muitas mulheres ignoram a prevenção. Segundo informações da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no segundo semestre de 2015, quase 40% das mulheres entre 50 e 69 anos não fizeram mamografia em 2011 e 2012. O índice é maior quanto menor é o grau de escolaridade: entre as que não têm qualquer instrução ou têm o ensino fundamental incompleto, 49,1% deixaram de fazer o exame, já entre as que têm ensino superior completo, a taxa caiu para 19,1%.
A indicação é que mulheres a partir dos 40 anos comecem a fazer a mamografia todos os anos. “Mas as que têm histórico de câncer de mama na família, em parentes de primeiro grau (mãe, irmã e/ou filha), devem realizar o exame antes dessa idade, pois o risco de câncer de mama pode ser maior”, explica Lilian. Vale ressaltar que antes dos 35 anos a ultrassonografia de mamas pode ser mais indicada, já que a densidade das mamas dificulta a visualização de lesões na mamografia.
Exame
Para a realização do exame, existem dois tipos de aparelhos de mamografia: o convencional e o digital. Ambos utilizam o raio-X para a produção da imagem da mama. A diferença está na forma como ocorre a captação da imagem mamográfica. No primeiro, a imagem é armazenada em um filme e caso haja algum problema técnico com o filme, este terá que ser refeito. Já na digital, usa-se um detector que transforma o raio-X em sinal elétrico e transmite a informação para um computador. Assim, a imagem mamográfica pode ser armazenada e recuperada eletronicamente, além de permitir ao radiologista ajustar as imagens, no próprio monitor da estação de trabalho, realçando ou ampliando alguma área, para melhor analisá-la.
Lilian alerta também que o câncer de mama não é exclusividade das mulheres. “Embora representem apenas 1% do total de casos da doença, os homens também podem desenvolver o câncer. Para ambos casos, a melhor prevenção é fazer acompanhamento rotineiro com seu médico”.


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Saiba como escolher o tênis ideal para começar a se exercitar



Se praticar uma atividade física está entre as suas metas para 2016, que tal apostar na corrida? Além de ajudar a emagrecer, melhorar a qualidade do sono e a capacidade cardiovascular, a modalidade é uma importante aliada no combate aos níveis altos de colesterol e a osteoporose. No entanto, é importante lembrar que alguns cuidados básicos são fundamentais antes de entrar de vez no esporte. Entre eles, a escolha do tênis ideal.
De acordo com o ortopedista André Shecaira, utilizar o calçado certo para cada atividade física não só ajuda na prevenção de problemas ortopédicos, como também potencializa a performance durante o exercício. O médico ressalta, ainda, que os principais fatores que ocasionam lesões são o impacto da corrida sem amortecimento suficiente, torção ao se exercitar sem um tênis com estabilidade adequada e a sobrecarga de músculos e ligamentos.
“Se um modelo de calçado não for adequado, refletirá em todo sistema locomotor. Os problemas podem não aparecer de um dia para o outro, mas, eventualmente, acabarão em lesões como entorses e fratura”, alerta ele. No caso específico da corrida, o tênis deve ser maleável e leve, para não prejudicar a impulsão e flexibilidade do atleta. Além disso, ter uma boa ventilação e capacidade de amortecimento de impacto também são características importantes. Os amortecedores evitam que o impacto do corpo no solo repercuta de forma negativa no corredor, com o surgimento de lesões. Já a ventilação é importante para não esquentar muito o pé, evitando o acúmulo de umidade.
Solução individual
Existem três tipo de pisadas: a neutra, mais comum, quando a passada é impulsionada com a parte frontal do pé; a supinada, quando a parte externa do pé é usada para impulso; a pronada, quando são utilizados para impulsionar a ponta do pé, dedão e parte externa. Para o ortopedista Maurílio Mendes, é importante que o corredor pesquise e avalie a sua junto a um especialista antes de investir em um novo modelo de tênis.
“A melhor solução para evitar lesões é aquela individualizada, de acordo com as características do paciente. Também pode ser recomendada a compra de um calçado com pisada neutra, e o uso de palmilhas corretivas e personalizadas para compensar as diferenças”, diz ele
Quer evitar lesões? Confira algumas dicas dos especialistas e corra com mais conforto e segurança:
- Hidratação é sempre fundamental.
- Respeite os limites dos corpos e dos pés. Nunca corra lesionado!
- Dê importância para pesquisa de pisadas com um ortopedista. Correr com uma biomecânica prejudicada pode causar sérios problemas ortopédicos.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Redução das mamas: questão estética ou de saúde?



Atualmente tem se observado que a maioria das mulheres está buscando os consultórios de cirurgia plástica para diminuírem as mamas ou retirarem as próteses ou, ainda, mudarem para próteses menores. Não muito tempo atrás, a corrida aos consultórios era para pedirem exatamente o contrário – quanto maiores as próteses, melhor.
Esse fenômeno tem a ver com diversos fatores: a moda, mídia ou algumas personalidades chaves que ditam o comportamento. E muitas dúvidas pairam sobre a sobre a cirurgia de redução de mamas, inclusive se ela deve ser feita por motivos estéticos ou de saúde.
O cirurgião plástico Edson A. S. Prata Jr esclarece que as mamas podem apresentar diversos tamanhos, e também diversos níveis de flacidez. Mamas grandes e pesadas podem causar desconforto na coluna, ocasionando dores no pescoço, nas costas e desvios na postura que, a longo prazo, podem causar problemas relacionados à coluna vertebral.
O peso da mama também pressiona a alça do sutiã, causando marcas, escoriações e dores nos ombros. Outro problema é o distúrbio psicossocial que pode ser gerado pelo tamanho e/ou flacidez, restringindo o uso de vestimentas, convívio social e afetivo, tanto nas mamas muito grandes como nas muito pequenas. “Existe, além do caráter reparador, o fator estético individual, o desejo de ter mamas diferentes, maiores ou menores, de acordo com a preferência de cada pessoa”, diz ele.
Segundo o especialista, não há uma idade exata para o procedimento de uma cirurgia, mas é interessante esperar o desenvolvimento completo da mama. Menores de 18 anos podem ter a cirurgia indicada em casos de gigantomastia (mamas muito grandes), em que as queixas funcionais e psicossociais podem causar prejuízos no desenvolvimento da paciente.
Já nas mamas pequenas, segundo o dr. Edson, deve-se aguardar o desenvolvimento completo antes de realizar um implante. As mamas são compostas basicamente de pele, glândula e gordura. Geralmente, com a idade, sofrem influência dos hormônios e têm aumento de volume  predominantemente glandular. A carga genética pode determinar um crescimento acima do normal, em pacientes oriundas de famílias com mamas grandes, e vice-versa.
Também existem fatores como o aumento do volume mamário no sobrepeso ou obesidade, devido ao aumento do componente gorduroso da mama.  Fatores comportamentais, como o não uso do sutiã, e variações constantes de peso (engordar e emagrecer) podem causar flacidez precoce nas mulheres.
Em relação às estrias durante a amamentação, o médico afirma que elas podem aparecer neste período, e com mais frequência nas gestantes mais jovens. Isto é variável. Uma gravidez bem conduzida, sem sobrepeso significativo, com o uso correto do sutiãi (incluindo específicos para amamentação), uso de cremes preventivos para flacidez e estrias, podem minimizar os danos causados pela gravidez. Quanto ao tamanho, pode ocorrer um aumento ou até mesmo uma redução do volume mamário após a gravidez, com ou sem flacidez. É importante lembrar que a cirurgia é contraindicada em períodos inferiores a seis meses após a interrupção da amamentação.
Depois de decidida a cirurgia, alguns exames são necessários para  a cirurgia das mamas, entre eles, laboratoriais (sangue e urina), avaliação cardiológica, de imagem das mamas, solicitados de acordo com a idade da paciente (ultrassom e/ou mamografia). A avaliação de um mastologista pode ser solicitada nos caso de alterações nos exames de imagem ou histórico significativo de câncer de mama familiar.
Quanto à anestesia, o especialista explica que ela depende da análise da equipe médica, podendo ser local, peridural ou geral. A cirurgia dura em média de 3 horas, e a internação é de 24 h. “Ela não é caracterizada por dor intensa, sendo o pós-operatório geralmente suave. Os cuidados incluem o uso do sutiã cirúrgico, evitar a movimentação excessiva dos braços, e dormir em decúbito dorsal (barriga para cima), entre outros. Também é importante a manutenção do peso, para evitar variações de volume no período de cicatrização”, explica ele.
No pós-cirúrgico trabalhos não relacionados a esforços físicos podem ser realizados em um período variável de 2 a 3 semanas. O uso do sutiã varia de 30 a 60 dias em média. O retorno às atividades físicas de esforço com os braços ou de impacto, assim como a exposição solar, devem ser evitadas por um período de 60 a 90 dias.


sábado, 6 de fevereiro de 2016

Prática de esportes somente no verão pode gerar problemas de saúde

Na estação mais quente do ano, é comum as pessoas procurarem parques, academias e praias para praticar exercícios físicos. No entanto, os “atletas de verão” precisam ficar atentos aos sérios riscos que seu coração pode sofrer.

Segundo o cirurgião cardiovascular da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Marcelo Sobral, a prática de exercícios físicos exagerados e sem preparo em épocas pontuais do ano podem gerar aumento da pressão arterial, cansaço, batimentos cardíacos alterados e até mal súbito. “Se a pessoa é hipertensa e não sabe, por exemplo, uma simples corrida pode ser fatal”, explica o especialista.

Estudos publicados pelo Journal of American Medical Association (JAMA) sugerem que a prática de atividade física esporádica pode aumentar os riscos de infarto agudo do miocárdio em 3,45 vezes e de morte súbita em 4,98 vezes.

Abandonar o sedentarismo não é somente uma prática para ser realizada no verão. “Exercícios físicos melhoram o condicionamento vascular, a pressão arterial e a frequência cardíaca. Porém, é primordial antes de qualquer atividade, que seja consultado um profissional, neste caso um educador físico, para que se avalie o estado físico da pessoa, assim como as indicações e necessidades individuais”, finaliza Sobral.


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Mudanças de hábitos ajudam a prevenir o câncer


Hoje, 4 de fevereiro, é o Dia Mundial do Câncer,  uma doença universal, que merece a atenção de todos. Nesse dia, mais que em todos os outros, procura-se alertar a população global sobre a importância de controlar e de se prevenir contra a doença. Pensando nisso, a oncologista do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes Renata D’Alpino preparou algumas dicas que podem reduzir as chances de desenvolver câncer. Confira: 

Não fumar – o tabagismo é a principal causa para o surgimento do câncer de pulmão.  Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. Outros tumores também podem ser causados pelo cigarro, tais como de boca, garganta, bexiga, pâncreas etc.

Evitar o excesso de álcool - o alcoolismo é uma das principais causas de cirrose hepática, que implica no desenvolvimento do câncer de fígado, e está relacionado a 2% a 4% das mortes por câncer. Além disso, o álcool também pode aumentar o risco de câncer de boca e garganta.

Praticar atividade física – a prática de exercícios físicos impacta positivamente no tratamento oncológico e pessoas ativas fisicamente apresentam risco mais baixo de desenvolver alguns tipos de câncer, como de mama, de próstata e de cólon.

Aumentar a ingestão de frutas e vegetais e reduzir o consumo de alimentos ricos em gordura e com certos conservantes  a obesidade é o segundo maior fator de risco evitável para o câncer, atrás apenas do tabagismo. Ela aumenta as chances de desenvolver alguns tipos de câncer, como de mama e de útero (endométrio). Alimentação saudável é fundamental. Mesmo indivíduos magros podem desenvolver câncer em virtude de má alimentação. Portanto, fique atento!

Evitar exposição solar entre 10h e 16h – proteger a pele dos efeitos da radiação UV previne o melanoma e outros tumores de pele. Evite queimaduras solares e utilize protetor solar.

Não praticar sexo desprotegido – sexo oral desprotegido aumenta chances de ter câncer de boca.

Vacinar-nos contra hepatite B e HPV – o câncer de fígado pode ocorrer por meio da infecção pelo vírus da hepatite B. E o HPV pode causar câncer de pênis, de cavidade oral, garganta e de canal anal. Por isso, esteja em dia com as vacinas.

Evitar exposição à radiação  o câncer pode estar associado à radiação. A radioatividade pode causar danos ao DNA das células, aumentando o risco de desenvolver tumores.

Consultar regularmente o médico – o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura.
Segundo estimativas do Inca, o Brasil deverá registrar 596 mil casos de câncer em 2016. Para a oncologista, este aumento se deve, principalmente, pelo envelhecimento da população, além do baixo acesso às estratégias de prevenção de câncer. Paralelamente, as pessoas continuam adotando estilos e hábitos de vida pouco saudáveis, o que contribui para o desenvolvimento do câncer. O poder público, instituições especializadas, empresas, médicos e hospitais têm um papel importante na disseminação de informações sobre a doença. “Quanto mais pessoas entenderem sobre câncer e se conscientizarem da importância da prevenção e diagnóstico precoce, maiores as chances de cura”, ressalta a médica.

Os avanços na Medicina possibilitam esperança para pacientes oncológicos e ficar por dentro das novidades no tratamento contra o câncer é tudo que mais desejam. A imunoterapia tem se mostrado eficaz em diversos tipos de tumores, como de melanoma, rim, cabeça e pescoço, pulmão, linfoma, entre outros. Além disso, as terapias-alvo, ou seja, drogas direcionadas a uma alteração molecular específica naquele subtipo de tumor estão mais atuantes no arsenal de drogas contra o câncer, tornando a oncologia mais personalizada. Há também os avanços nas técnicas cirúrgicas, que tem possibilitado cirurgias cada vez menos mutilantes.


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Dicas para as crianças curtirem o carnaval

O carnaval é uma festividade que costuma ser acompanhada de mais liberdade e menos controle. Some-se a isso a questão cultural de algumas famílias e junte-se o calor do verão brasileiro e o cenário está armado. “Independentemente de cultura ou idade, por mais inimaginável que possa parecer, a situação ainda ocorre: é absurdo oferecer qualquer quantidade, por menor que seja, de qualquer bebida alcoólica, para crianças”, diz o do pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).
O médico destaca que, além de ser proibido por lei, é extremamente prejudicial, podendo, até, ser fatal. Quanto mais precoce o estímulo alcoólico para pessoas com tendência ao vício, mais cedo e mais certamente esse hábito poderá se instalar e levar a sérios prejuízos à saúde futura desse indivíduo.
“Além disso, crianças são indivíduos em crescimento e desenvolvimento, sendo mais suscetíveis a estímulos, com riscos de quadros graves, mesmo com pequenas quantidades de substâncias nocivas, inclusive o álcool”, lembra o médico.
E com relação à fantasia?
Batman, Homem Aranha, Cinderela, Havaiana, Pequena Sereia… Qual vai ser o personagem do seu pequeno? “Na hora de escolher a fantasia preste atenção ao tecido, para que seja leve e arejado, como o algodão, e não aperte a criança. Não se esqueça de escolher sapatos confortáveis e que seu filho já esteja acostumado a usar. Cuidado também com os adereços e mantenha a criança longe de espadas, lanças e objetos pontiagudos. Há também quem prefira usar a pintura. Essa opção é indicada para maiores de 2 anos, e com tinta adequada e antialérgica para evitar intoxicações. Ainda assim, faça um teste antes de aplicar no rosto de seu super-herói ou de sua princesa”, ensina Chencinski.
É recomendável evitar sprays de espuma e neve, bem como a serpentina artificial. Eles são perigosos porque contém substâncias químicas que podem causar irritação ou sensibilidade na pele e nos olhos. “Estudos recentes demonstraram que, quando o contato com esses sprays é prolongado ou se são usados sob o sol, eles podem ter seus malefícios potencializados. Recomenda-se, nestes casos, lavar a pele e os olhos o mais rápido possível após o contato. Já as máscaras devem ser usadas com muito cuidado porque, durante a brincadeira do carnaval, elas podem se deslocar e prejudicar até a respiração da criança”, conta o pediatra.
Cuidados na multidão
Na praia e nos clubes, as festividades para as crianças acontecem de manhã e à tarde. Assim, no calor do clima e na aglomeração que também eleva a temperatura, as crianças precisam de proteção.
“Em relação ao sol vale a pena seguir a mesma orientação de qualquer época do ano. Evitar exposição direta entre 10 e 16 horas, sempre usando protetor solar, mesmo fora desse horário. O calor pode aparecer e ser um fator agravante também em salões fechados, com muita gente pulando e se divertindo, especialmente nas crianças fantasiadas que correm e se divertem incansavelmente. Lembre-se da hidratação constante”, destaca Moises Chencinski.
Durante o carnaval, os pais também estão educando e formando cidadãos. Assim, mesmo que os banheiros químicos instalados nas ruas  não sejam convidativos, não vale fazer xixi na rua! “Levem lenços umedecidos e protetores de assento para ajudar  a criança a encarar o banheiro químico. Outra opção é achar um bar ou restaurante e utilizar os banheiros de lá, adotando os mesmos cuidados”, recomenda o pediatra.
Chencinski ainda lembra que as crianças não têm noção do perigo, e pela sua curiosidade natural podem se perder, distraídas no meio da multidão. “Faça uma pulseirinha de identificação para o seu filho com o nome dele, dos pais, telefone e endereço. É importante explicar que isso é um recurso de segurança caso ele se perca. Não deixe as crianças sem supervisão, sozinhas, no meio da multidão. Fiquem sempre de olho”, finaliza ele.