quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Você sabe o que é fibrose cística?

 


'Doença do beijo salgado' ou 'mucoviscidose' são apenas alguns nomes para a fibrose cística, enfermidade genética que, segundo estima a Sociedade de Pediatria de São Paulo, tem cerca 5 mil casos registrados no Brasil. Embora seja uma doença rara, é considerada uma das mais comuns no país, o que reflete a importância do Setembro Roxo, para promover informações sobre o tema. 

A fibrose cística (FC) é historicamente conhecida como a "doença do beijo salgado", o que se deve à maior perda de sal no suor, percebida ao se beijar a criança ou ao se visualizar cristais de sal, principalmente na testa.

 

A fibrose cística é uma doença genética que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), ocorre quando um gene defeituoso (e a proteína produzida por ele) faz com que o corpo gere 30 a 60 vezes mais muco que o normal, aumentando o risco de acúmulos de bactérias nas vias respiratórias, inchaço e infecções como pneumonia e bronquite. Estima-se que 70 mil pessoas no mundo vivem com a condição.

 

Embora não tenha cura, é importante que a fibrose cística seja diagnosticada precocemente para que os sintomas sejam tratados desde o início. A principal forma de identificar a existência da condição é o conhecido 'Teste do Pezinho', realizado a partir das 48h de vida do recém-nascido até 30 dias após o nascimento.

 

"A análise é realizada através da coleta de sangue em papel filtro coletado do calcanhar da criança. Daí veio o nome de teste do pezinho. O exame pode detectar de 12 a mais de 100 doenças, dependendo da versão escolhida e por solicitação do médico", explica a bioquímica e coordenadora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Luciana Figueira.

 

Os sintomas comuns para a doença são pele e suor de sabor muito salgado (daí o 'apelido' da condição), tosse persistente, infecções pulmonares frequentes, chiados no peito, baixo crescimento ou pouco ganho de peso e diarreia, dentre outros.

 

Procedimento 

 

De acordo com a profissional, quando o Teste do Pezinho dá positivo para fibrose cística, o laboratório realiza exames adicionais para confirmar o diagnóstico. "No caso da fibrose cística, a Pesquisa da Mutação Delta e o Painel de 16 Mutações são os exames complementares que auxiliam o médico a fechar o diagnóstico", comenta.

 

O Teste do Pezinho pode ser encontrado na rede pública para identificação de até 50 doenças, incluindo a fibrose cística. Já na rede privada, além de poder rastrear mais de 100 doenças, conta ainda com outras vantagens, como o atendimento remoto.
 

"Além de estar disponível em todas as nossas unidades do Sabin, a coleta pode ser domiciliar ou até mesmo na maternidade em que se encontra a criança. Basta agendar o serviço de atendimento móvel pelo site e escolher o local", explica Luciana Figueira.

 

Prevenção e tratamento 

 

Por ser uma doença genética, herdada a partir de um gene defeituoso do pai ou da mãe, não é possível prevenir a fibrose cística. Por outro lado, o diagnóstico precoce pelo médico, o acompanhamento e tratamento por ele indicados promovem o bem-estar ao paciente.

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Os benefícios da prática da Ginástica Rítmica para crianças e adolescentes



A Ginástica Rítmica é um esporte encantador, que vem ganhando adeptos a cada ano. Conhecida por sua beleza e plasticidade, é uma modalidade que consegue combinar técnica e expressão corporal em diversas coreografias que utilizam movimentos graciosos com elementos de dança e o uso de aparelhos como a bola, arco, maças, fita e corda. 

A prática regular desta modalidade oferece vários benefícios para a saúde, como melhora na flexibilidade, coordenação, equilíbrio, força muscular e capacidade cardiovascular. Além disso, contribui para a autoconfiança e bem-estar mental por meio da expressão artística e do trabalho em equipe. 

A participação de meninos na Ginástica Rítmica é menos comum, mas tem crescido ao longo dos anos. Tradicionalmente, a modalidade tem sido mais associada às meninas devido à natureza estética e artística do esporte. No entanto, não há restrições de gênero para a participação e meninos que têm interesse nessa modalidade também podem se beneficiar dela, contribuindo, assim, para a diversidade e quebra de estereótipos no esporte.

 

Confira os benefícios que para você começar agora mesmo a praticar este esporte:

Desenvolvimento Físico: Além de desenvolver a flexibilidade, força, coordenação e equilíbrio, ajuda no crescimento saudável dos músculos e ossos, favorecendo a manutenção da postura e da consciência corporal;

Desenvolvimento Cognitivo: A memorização de rotinas e sequências de movimentos requer foco e concentração, aprimorando as habilidades cognitivas das crianças e adolescentes, estimulando a criatividade na composição de coreografias;

Trabalho em Equipe: A prática em grupo incentiva a colaboração, a comunicação e o senso de trabalho em equipe. As crianças e adolescentes aprendem a confiar uns nos outros e a desenvolver relacionamentos positivos;

Autoconfiança e autoestima: À medida que os praticantes aperfeiçoam suas habilidades e apresentam suas rotinas, eles ganham autoconfiança e autoestima. O reconhecimento pelo esforço contribui para a construção de uma imagem positiva de si mesmos;

Disciplina e dedicação: A Ginástica Rítmica exige prática consistente e dedicação para alcançar a excelência. Essa disciplina ensina a importância do compromisso e do esforço contínuo na busca de metas;

Expressão artística: A combinação de movimentos graciosos e a manipulação de aparelhos permitem que as crianças e adolescentes expressem sua criatividade e individualidade de maneira artística;

Gerenciamento do estresse: A prática da Ginástica Rítmica é uma forma saudável de lidar com o estresse. A concentração necessária durante a execução das rotinas ajuda a desviar a atenção de preocupações cotidianas;

Hábitos de vida saudáveis: Praticar uma atividade física desde cedo estimula um estilo de vida ativo e saudável que pode ser mantido ao longo da vida.

Em suma, a Ginástica Rítmica oferece um pacote completo de benefícios físicos, mentais e emocionais para crianças e adolescentes. Ela os capacita a crescer com autoconfiança, disciplina e uma compreensão holística de como cuidar de si mesmos.



Foto: Freepik

 

terça-feira, 12 de setembro de 2023

5 cuidados pra ter cachos perfeitos



 Cachos perfeitos é o sonho de todas as mulheres e homens com cabelos encaracolados. Devido à sua estrutura única, os cabelos cacheados precisam de cuidados especiais para manterem-se saudáveis e definidos. Isso ocorre porque eles tendem a ser naturalmente mais secos e suscetíveis ao frizz e à quebra se comparados a outros tipos de cabelo. A curvatura espiral do fio dificulta a distribuição do óleo natural do couro cabeludo até as pontas.

Aqui estão algumas dicas e cuidados específicos que podem ajudar a manter os cachos saudáveis e bonitos:

 

1. Hidratação regular: existem várias maneiras de hidratar os cabelos cacheados regularmente. Uma opção é usar máscaras capilares hidratantes uma ou duas vezes por semana. Essas máscaras são formuladas com ingredientes nutritivos, como óleos naturais, manteigas vegetais e vitaminas, que penetram nos fios e os hidratam profundamente. Além disso, é importante utilizar produtos específicos para cabelos cacheados, como shampoos, condicionadores e leave-ins, que contenham ingredientes hidratantes e nutritivos.

 

Evite produtos com sulfatos agressivos, pois podem ressecar ainda mais os fios. Outra dica é utilizar técnicas de finalização que ajudem a selar a hidratação nos fios, aplicando um leave-in ou creme de pentear nos cabelos úmidos, amassando os fios com as mãos deixando secar naturalmente, sem o uso de secador.


2. Lavagem suave: não é bom lavar o cabelo todos os dias, pois o excesso de lavagem pode remover os óleos naturais que protegem os fios.

 

3. Cuidado ao pentear: Ao pentear cabelos cacheados, ter paciência é fundamental para evitar danos e frizz. Utilize técnicas suaves e evite pentear em excesso. É recomendado o uso de utensílios corretos como com um pente de bambu de dentes largos, uma escova macia ou até mesmo os próprios dedos para desembaraçar os fios. Divida o cabelo em seções e aplique um condicionador sem enxágue ou creme para cachos. Comece penteando pelas pontas e vá subindo, com movimentos suaves.

 

4. Penteado noturno: ótima maneira de preservar seus cachos e acordar com uma aparência incrível pela manhã é fazer uso de uma fronha ou touca de cetim ou seda para dormir, pois elas reduzem o atrito nos fios e preservam a umidade do seu cabelo cacheado durante a noite.

 

5. Proteção solar: A proteção solar para cabelos cacheados não é apenas importante durante o verão, mas também durante todo o ano. Tão importante quanto a proteção para a pele. A exposição direta ao sol pode causar danos aos fios, como ressecamento, desbotamento da cor e quebra. É importante usar produtos com proteção UV ou usar chapéus e lenços para protegê-los.

 

Cada cabelo cacheado é único, o que significa que pode ser necessário adaptar esses cuidados ao seu tipo de cacho. Testar diferentes produtos e técnicas é uma excelente maneira de descobrir o que funciona melhor para você, além de buscar orientação de um cabeleireiro especializado sempre que possível.

 

Por fim, lembre-se que beber bastante água e manter uma alimentação saudável também contribuem para a hidratação dos cabelos.


 

Por Shalisa Boso, gerente administrativa da Prohall Professional, marca de produtos capilares voltados para cuidado pessoal e estética 




Foto: Freepik

domingo, 10 de setembro de 2023

Trombose pode ser fatal: saiba como prevenir



Hábitos simples, como beber muita água, manter-se em um peso adequado, praticar atividades físicas e evitar o cigarro são dicas recorrentes para prevenir uma série de doenças. Mas você sabia que é possível com essas mesmas dicas evitar também a trombose? A enfermidade ocorre quando há formação de um trombo (sangue coagulado no interior de um vaso), que pode surgir em uma artéria ou veia. "Em alguns casos, a trombose pode levar a complicações, como embolia pulmonar (quando o trombo vai parar no pulmão) ou amputação do membro. Um diagnóstico e tratamento precoce evitam tais complicações", explica o cirurgião vascular do CEMA, dr. Carlos Hugo Guillaux. 

Atualmente, a trombose atinge cerca de 180 mil pessoas, por ano, no Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV). Ela pode ser dividida em:
 

Trombose Venosa – Tipo mais comum, ocorre quando o sangue coagula no interior de uma veia. As veias são os vasos responsáveis por trazer o sangue de volta dos tecidos para o coração. Existem dois subtipos de trombose venosa:

Trombose Venosa Profunda – Ocorre quando o sangue coagula no interior de uma veia profunda do corpo, sendo os membros inferiores os mais afetados. Pode ocorrer em pacientes acamados ou com pouca mobilidade muscular dos membros inferiores, após cirurgias ortopédicas, imobilização do membro inferior, uso de anticoncepcional e por predisposições hereditárias;

Tromboflebite (ou flebite) – Ocorre quando o sangue coagula no interior de uma veia superficial, geralmente no braço ou perna.

Trombose Arterial – Ocorre quando o sangue coagula no interior de uma artéria. As artérias são os vasos que levam o sangue do coração de volta aos tecidos de todo corpo. A causa mais comum, nesse caso, é a aterosclerose.
 

Existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Há 3 condições que podem levar o sangue a coagular dentro de um vaso. São elas: lesão da parede vascular, alterações no fluxo sanguíneo e na coagulação sanguínea. "No caso da trombose venosa, existem alguns fatores de risco, como imobilidade prolongada causada por internação hospitalar, viagens longas, imobilização por fraturas, pacientes acamados ou repouso após cirurgias; predisposição genética, idade avançada, obesidade, gravidez, câncer, tabagismo, quimioterapia, uso de hormônios e varizes. Quanto maior o número desses fatores, maior é a chance de o paciente desenvolver esse tipo de trombose", explica o médico. Entre os sintomas estão dor, edema e endurecimento da panturrilha.
 

Já a trombose arterial, na maioria das vezes, ocorre ante um processo de aterosclerose arterial, que é a formação de placas de gordura e cálcio na parede da artéria. Entre os fatores de risco para esse tipo de trombose estão o tabagismo, diabetes, hipertensão, colesterol alto, sedentarismo, obesidade, histórico familiar e idade avançada. Os principais sintomas, nesse caso, são: dor súbita ao caminhar, alteração da sensibilidade (dormência ou formigamento), alteração de motricidade, diminuição da temperatura, palidez ou cianose (coloração azulada na pele).
 

O tratamento da trombose venosa profunda visa facilitar e dissolver esse coágulo, evitar a progressão da doença e diminuir os riscos de ele se soltar e causar embolia pulmonar, que pode ser fatal. "Os anticoagulantes são os medicamentos mais utilizados, nesse caso. Meias elásticas são indicadas para melhorar os sintomas e diminuir as chances de síndrome pós-trombótica. Elas auxiliam a diminuir a dor e inchaço nas pernas", detalha o cirurgião vascular. Para alívio da dor o médico pode prescrever analgésicos; em alguns casos são recomendados anticoagulantes.
 

Já a trombose arterial vai ser tratada a depender da gravidade do caso. "Pode variar desde um tratamento clínico até cirurgias complexas, que podem ser feitas por via endovascular ou aberta, como pontes de safena e uso de próteses sintéticas. Em casos avançados a trombose pode inviabilizar o membro pela falta de oxigenação para os tecidos, nesse caso a cirurgia de amputação é a única escolha possível, para poder salvar a vida do paciente", explica o médico do Hospital CEMA.
 

Além do controle da pressão arterial, diabetes e colesterol alto e do peso adequado, é importante praticar atividades físicas regularmente, evitar o cigarro, usar meias elásticas (principalmente as pessoas que tiverem varizes), movimentar-se assim que possível, após uma cirurgia, e em viagens longas. Beber bastante água, comer alimentos saudáveis também entram como medidas preventivas importantes.



Foto: Freepik


Bafo da manhã: conheça as possíveis condições que podem estar relacionadas ao mau hálito matinal

 


Muitos acreditam que o mau hálito matinal é algo comum e inevitável. No entanto, esse odor desagradável pode ser um sinal de doenças bucais que requerem atenção e cuidados que vão além da simples escovação. Chamado de "halitose", o mau hálito em geral é um problema de saúde com consequências sociais e econômicas, morais e psicoafetivas tão sérias que aflige, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 40% da população mundial.

 

Em geral, a falta de higiene bucal associada ao uso inadequado dos métodos mecânicos (escovação e fio dental) acarreta em uma higiene incompleta, de acordo com dr. Rodnei Dennis Rossoni, cirurgião-dentista, doutor em microbiologia e pesquisador sênior na área de Pesquisa Clínica para Kenvue, detentora de marcas como Listerine, Tylenol, Neutrogena, entre outras. "Apesar do uso correto da escova e fio dental serem essenciais, os dentes representam apenas 25% da boca e para higienizar adequadamente os outros 75% necessitamos de um enxaguante bucal para uma limpeza mais completa, além de prevenir algumas condições bucais como o mau hálito", explica.

 

Veja as principais condições que podem resultar no bafinho da manhã:
 

Cárie
A cárie é formada por algumas espécies de bactérias que também estão presentes na placa bacteriana. A presença de restos de alimentos oriundos da dieta que não foram removidos adequadamente durante a escovação pode levar ao acúmulo da placa bacteriana sobre os dentes, resultando também em mau hálito. Com o tempo, essa placa pode dissolver parte da estrutura dentária e atingir as várias camadas do dente como a dentina e a polpa. Se não tratada precocemente, essas bactérias podem agravar o problema levando até um tratamento de canal. Por isso, quanto mais precoce detectada a cárie, menos doloroso é o tratamento e prevenção da perda do dente.


Gengivite
A gengivite induzida por placa bacteriana é uma inflamação das gengivas causada pelo acúmulo de bactérias que também podem causar mau hálito. Essas bactérias produzem toxinas que, por um processo inflamatório, geram vermelhidão e inchaço do tecido, em contraste às gengivas saudáveis, que geralmente apresentam coloração rosa pálido e aspecto de "casca de laranja". A extensão e severidade podem variar de acordo com as condições da boca, e os cuidados são extremamente relevantes para evitar a progressão para casos mais graves, como a periodontite.


Periodontite e tártaro

Esses dois cenários são casos mais críticos, os quais somente o acompanhamento com um cirurgião-dentista pode ajudar a reverter essas condições bucais. A periodontite é uma infecção bacteriana que afeta não apenas as gengivas, mas também o osso e os tecidos de suporte dos dentes, que se não acompanhada por um profissional, pode levar a perda dentária. O tártaro, muito comum nessa condição bucal, é uma forma endurecida da placa bacteriana de coloração amarelada, e não pode ser removido apenas com a escovação ou uso do fio dental.

 

Para o dr. Rossoni é fundamental ter um cuidado de perto com a saúde bucal e não normalizar condições que causem desconforto próprio ou alheio. "O mau hálito matinal nem sempre é fisiológico, e pode ser um indicativo de outras condições que merecem atenção pessoal e profissional". O profissional ainda explica que, além do uso correto do fio dental, boa escovação, limpeza da língua, e a realização de bochechos com produtos antissépticos, é preciso também manter regularidade na consulta ao dentista, além de beber pelo menos dois litros de água por dia, controlar o estresse e evitar o excesso de comidas gordurosas, cigarros, café e frituras.



Foto: Pixabay

 

sábado, 9 de setembro de 2023

Cuidado com o sedentarismo

 


Segundo a OMS, adultos entre 18 e 60 anos que realizam mais de 150 minutos mensais não são considerados sedentários. No entanto, de acordo com a Pesquisa Saúde e Trabalho pelo SESI - Serviço Social da Indústria - 52% dos brasileiros nunca praticam ou raramente praticam atividades físicas.

 

Os dados são alarmantes pois a falta de atividade física pode prejudicar o sono e a qualidade de vida, gerando doenças como diabetes e obesidade além de estar fortemente relacionado a uma menor longevidade, afirma o naturopata e entusiasta por saúde, sono e bem-estar, Ravi Kaiut. "Nosso corpo é adaptado e projetado para a prática de atividade física, sem ela diversos processos naturais são prejudicados o que pode desencadear diversas doenças e reduzir a sua qualidade de vida", diz ele.

 


Menos atividade física, menos sono de qualidade

Segundo Ravi, a ausência de atividade física regular afeta a qualidade do sono, isso pois ela promove a regulação hormonal, aumentando a produção de melatonina, um hormônio chave para o sono. "A inatividade também contribui para o acúmulo de estresse, ansiedade e depressão, que podem dificultar o sono, podendo também gerar distúrbios no ritmo circadiano, e dificuldades para adormecer e acordar no momento adequado. Uma boa qualidade de sono impacta não só em dormir bem, como muitos acreditam, mas na sua saúde como um todo, melhorando disposição, saúde mental, funcionamento cardíaco e

respiração", explica.

 

Como praticar mais atividades físicas no seu dia a dia?

"Muitas vezes é difícil separar um tempo exclusivamente para praticar atividades físicas, por isso, incorporar atividades físicas naturalmente no cotidiano é fundamental, seja optando por
usar escadas ou bicicletas sempre que possível, fazer caminhadas ou ioga que é perfeito pois possui posições que podem ser realizadas em qualquer lugar".Essas atividades promovem o aumento da frequência cardíaca, fortalecem músculos e auxiliam na queima de

calorias ajudando a melhorar a qualidade de vida", finaliza Ravi Kaiut.

 

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Como fica o sexo na menopausa?

 


Durante a menopausa as mulheres experimentam uma série de mudanças físicas, hormonais e emocionais, que podem afetar a vida sexual. No entanto, não é uma regra! É bastante possível estar na menopausa e poder desfrutar da intimidade com o parceiro. Para que a mulher fique cada vez mais a vontade com seu corpo e, consequentemente, com a relação sexual, estar munida de informações a respeito da menopausa e autoconhecimento é imprescindível para que possa aproveitar o período da melhor forma possível.
 

Na intimidade a dois, alguns casais notam uma mudança no desejo sexual da companheira devido às alterações hormonais, como a diminuição nos níveis de estrogênio, que leva a redução da lubrificação vaginal e, possivelmente, a um desconforto durante a relação sexual. Porém, existem várias formas de lidar com esses problemas.
 

É importante também que os casais conversem abertamente sobre suas necessidades, preocupações e desejos durante a menopausa. Os parceiros devem ser compreensivos e entender que essas mudanças são normais e fazem parte da vida da mulher.
 

Além de se informar bastante, consultar um especialista pode ser uma boa ideia, pois com base em uma análise específica e individual pode oferecer opções de tratamento para aliviar alguns sintomas físicos e emocionais da menopausa, como lubrificantes vaginais, terapias e afins.
 

Márcia Cunha, fundadora e CEO da Plenapausa, primeira femtech brasileira focada em levar informação, apoio, cuidado, tratamento e produtos para a mulher na menopausa, reforça que é preciso que a mulher se atente à sua saúde mental nesse período, focando em realizar atividades que sempre gostou de fazer, inclusive manter a intimidade com o parceiro. "A tendência é que a mulher quando entra na menopausa acredite que o sexo não será mais tão presente, não tão importante. Mas a realidade é que devido às mudanças físicas, como a diminuição da lubrificação e, consequentemente, da libido, o sexo para essa mulher ficou diferente, não quer dizer que ela não queira ou não precise. Pelo contrário! Continuar praticando a intimidade com o parceiro, mas de forma a conhecer esse novo corpo, não só fará bem fisiologicamente, como para a mente", comenta.
 

Fora isso, manter a relação sexual ativa nesse período traz diversos benefícios: "Quando a mulher está nessa fase, é importante ela reconhecer seu corpo, ver o que ele gosta e precisa. Para o ressecamento vaginal, é bom investir em lubrificantes à base de água. A prática sexual irá fortalecer os músculos pélvicos, evitando a incontinência urinária, além de proporcionar alívio do estresse e melhora no humor, proporcionando bem-estar", explica a ginecologista dra. Natacha Machado.
 

É bom lembrar também que sexo não se limita apenas à penetração. Os casais podem explorar outras formas de intimidade, como carícias, beijos, massagens e outras atividades que proporcionem prazer e conexão emocional.

 

Cada casal é único e é importante que trabalhem juntos para encontrar maneiras de manter uma vida sexual satisfatória durante a menopausa e em qualquer fase da vida. A comunicação aberta, a compreensão e a exploração de novas possibilidades podem ajudar a manter a intimidade e o prazer sexual mesmo durante essa fase de transição na vida de uma mulher.



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