domingo, 8 de novembro de 2015

Cuidados diários para uma pele saudável


Devemos cuidar da pele o ano inteiro, mas, no verão, com as altas temperaturas, a radiação solar incide com mais intensidade sobre o planeta, o que aumenta o risco de queimaduras, câncer da pele, manchas e outras doenças. Por isso, alguns cuidados são fundamentais. Confira as dicas da dermatologista Anelise Ghideti  (CRM 109.432).
Rosto
- A fotoproteção adequada é essencial. Além do filtro solar com FPS 30 ou mais, é importante usar chapéu e roupas, de preferência de algodão ou com tecidos que contenham proteção solar, o chamado FPU. Além dos  óculos de sol, que ajudam na prevenção da catarata e de lesões na córnea.

- Limpeza diária.

- Aplicação de loção tônica (peles normais a secas) ou adstringente (pele oleosa).

- Uso de hidratantes (peles normais a secas) ou substâncias que controlem o excesso de oleosidade (pele oleosa).

- Aplicação noturna de substâncias que regeneram a pele

- Evite a exposição solar entre 10h e 16h (no horário de verão)

- Utilizar guarda-sol também feito de algodão ou lona, porque estes materiais absorvem cerca 50% da radiação UV.

- Lembrar que temperaturas mais altas exigem uma maior hidratação. Portanto, abuse da água, suco de frutas e da água de coco. E aplique um bom hidratante.

- Banhos rápidos, mornos e com pouco sabonete (de preferência que contenham substâncias hidratantes).

Corpo

Segundo a dermatologista, diferente da pele do corpo, a pele do rosto contém um número maior de folículos pilosebáceos o que confere mais oleosidade em relação ao resto do corpo. É por este motivo também que a cicatrização da pele facial é melhor e mais rápida do que o restante do corpo. Além disso, a camada mais externa da pele chamada de camada córnea é menos espessa na face, o que confere o aspecto de pele mais macia e mais fina.

“Dependendo do tipo de pele, a existência de manchas ou acne, entre outros fatores, devem ser utilizados produtos específicos para cada problema, tanto no uso diurno, quanto no uso noturno”, diz ela.

Para a pele do corpo os cuidados são: evitar banhos muito quentes, uso de buchas e usar um bom hidratante corporal após o banho. Para prevenir o aparecimento de manchas e rugas, além de alimentação e hábitos de vida saudáveis, seguir os mesmos cuidados básicos para pele do rosto, caprichando no uso diário do filtro solar.  

A pele oleosa costuma apresentar imperfeições, poros dilatados, cravos e brilho excessivo, principalmente na chamada zona T. Por isso, a limpeza deve ser feita 2 vezes ao dia com sabonetes que contenham substâncias desengordurantes e adstringentes. Deve-se também evitar a lavagem em excesso, já que isso pode provocar o efeito “rebote” levando a uma maior produção de gordura pela pele. Os filtroa solares também devem conter substâncias seborreguladoras que ajudam a manter a pele sem brilho excessivo ao longo do dia.
Para uso noturno dê preferência aos produtos que contenham agentes que estimulem a renovação celular (ácido salicílico, ácido retinoico e seus derivados e outros alfa-hidroxiácidos).

Cuidado também com o uso de maquiagem: é importante escolher produtos que não contenham óleo (oil free), que não obstruam os poros e não provoquem cravos (não-comedogênicos).


“A oleosidade natural da pele (ou manto hidrolipídico) funciona como uma barreira mecânica, que protege o corpo da penetração das bactérias, fungos, vírus, do frio, da poluição e do contato com alérgenos”, explica a médica. “Por isso, a pele seca fica mais suscetível a tudo isso e propensa ao aparecimento de doenças, como a dermatite atópica, eczemas, dermatite de contato irritativa, dermatite seborreica e outras.” 

sábado, 7 de novembro de 2015

Você sabe a diferença entre diet, light ou zero?


A visita ao supermercado tem se tornado cada vez mais difícil, não só pela alta dos preços, mas também pela imensa variedade de produtos oferecidos que, ao invés de facilitar, acaba dificultando a nossa vida. Nas gôndolas não faltam opções. Todos os dias temos novidades e denominações diferentes, dentre elas uma classificação, apesar de antiga, ainda causa bastante dúvida aos consumidores. Afinal, quais são as diferenças entre os produtos diet, light ou zero?
Para que você desvende de uma vez por todas esse mistério e descubra qual tipo é o mais adequado para seu estilo de vida, confira as principais características de cada um deles:
Diet - apresenta modificações especiais para se adequar a diferentes dietas ou necessidades metabólicas, como diabetes, hipertensão, etc. São os produtos que se destinam a pessoas com algum tipo de doença que as obrigam a controlar ou mesmo suprimir a ingestão de algum nutriente normalmente presente na dieta. Tem que estar declarado e ser facilmente legível a que tipo de dieta o alimento se refere e qual a quantidade desse elemento em sua composição. Pode ser Diet em açucares, sódio, gordura etc. Um produto diet em açúcares pode não ser o mais indicado para perda de peso, uma vez que pode ser mais calórico que os produtos convencionais. É importante neste caso ver quantas calorias a porção daquele alimento vai proporcionar e compará-la com o alimento convencional
Light - neste caso, o alimento possui uma redução mínima de 25% das calorias ou de algum nutriente em relação ao original, como gordura, açúcares ou sódio. Seu consumo é indicado para pessoas que precisam reduzir o teor destes elementos na alimentação. Para quem tem como foco o emagrecimento, é importante se atentar aos rótulos, pois a redução calórica pode ser muito pequena em alguns alimentos. Um bom exemplo são alguns pães light que, apesar de apresentarem um teor reduzido de gorduras, são quase tão calóricos quanto os tradicionais.
Zero - indica o alimento com restrição ou isenção de algum nutriente em comparação com a versão tradicional. Para existir a alegação de, por exemplo, “Zero Açúcar” o produto pode apresentar no máximo 0,5 gramas de açúcar em 100 gramas do alimento pronto para o consumo. Os produtos sem adição de açúcar (sacarose) podem conter açúcares normalmente presentes nos outros ingredientes como a lactose (presente no leite), a frutose presente em frutas e outros mono e dissacarídeos presentes naturalmente nos ingredientes utilizados na fabricação do produto. Para cada nutriente que se declara ZERO existe o limite máximo legal definido pela ANVISA/Ministério da Saúde.
Para os portadores de deficiências metabólicas (diabetes, hipertensos, intolerantes a determinado nutriente) é fundamental o acompanhamento de um médico ou nutricionista.
Cabe ressaltar que mais importante do que conhecer as principais diferenças entre os produtos é saber consumi-los, fazendo com que atendam às nossas necessidades. Na ditadura do glúten free, observe se essa restrição é realmente útil para seu organismo. Faça o mesmo com os produtos diet, light e zero. Se você não é diabético ou não precisa diminuir o teor de algum nutriente específico, opte por alimentos tradicionais. Agora, se o objetivo for priorizar uma alimentação mais saudável, uma excelente opção podem ser os produtos menos calóricos, que possuem todos os nutrientes da versão original, porém em proporções mais equilibradas.
Lembre-se que é possível ter qualidade de vida sem abrir mão do sabor e das delícias disponíveis por aí. Para isso, basta que suas escolhas sejam conscientes. Assim não haverá culpa capaz de tirar a alegria proporcionada por uma boa e saborosa refeição. Afinal, saudável e gostoso, é cada vez mais acessível, mas precisamos saber escolher.

(Artigo da engenheira de alimentos Filomena Benfatti)


quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Alongamento ajuda a manter a coluna saudável

Já é conhecido o estereótipo da pessoa que faz atividades físicas regulares e, ao sair da academia, para na primeira lanchonete para ‘repor as energias’ com um x-tudo. Da mesma forma, dificilmente se terá uma boa postura e uma coluna saudável se, ao sair da academia, você se abaixa para pegar algo dobrando a coluna, fica horas sentado na frente do computador (ou TV) sem se levantar, entre outros erros comuns que a gente faz sem nem perceber. Para evitar problemas para sua coluna e sua saúde em geral, o alongamento é fundamental. Confira algumas dicas:
- Não devemos nos conservar sentados por muito tempo seguido. Se estivermos no escritório, por exemplo, devemos por o cesto de lixo bem distante, para sermos obrigados a levantar de quando em quando.
- Para uma boa postura, lembre-se de erguer a caixa torácica para fora do abdômen, alongar o pescoço (queixo para cima, para que forme uma linha paralela ao chão), contrair os músculos abdominais e manter os pés no ângulo certo (ponteiros do relógio marcando 11 horas e 5 minutos), para que o peso recaia sobre toda a planta dos pés e arcada dos mesmos sustentados para cima sem cair.
- Deve-se andar o maior tempo possível: no caminho para o trabalho, na cidade quando fazemos compras, em vez de usar qualquer tipo de transporte.
- Ao subir escadas, mantenha o corpo ereto e apoie a planta toda dos pés sobre cada degrau. Você subirá com menos esforço. Isso também é válido para subir ladeiras.
- Como tossir e espirrar contrai os músculos do tronco, não é aconselhável dobrar-se em nenhum dos dois casos. Procure, antes, apoiar-se com a mão em uma superfície firme (um móvel) e manter-se ereto.
- Ao deslocar um móvel muito pesado, nunca o puxe: empurre-o. O ato de levantar qualquer coisa deve ser sempre suave.
- Emoções desagradáveis, como raiva, medo, tensão nervosa, tristeza ou susto, produzem contrações musculares. É assim que surgem as dores de cabeça e outros tipos de dores. Para aliviar, procure controlar essas emoções em tempo: tome um banho quente para relaxar os músculos. Por outro lado, se você vive em uma atmosfera de constante medo ou angústia, talvez seja o caso de consultar um psicoterapeuta.
- Massagens não reduzem o peso. O emagrecimento depende de uma reeducação alimentar e exercícios, tratamento de glândulas ou psicoterapia, conforme o caso.
- Ninguém deseja envelhecer prematuramente. E isto depende muito da coluna. A pressão do disco pode modificar a circulação sanguínea, causar rigidez nas outras articulações, produzir a má postura, além de provocar grande cansaço.
Assim, cuide bem da sua coluna vertebral, seja para voltar ao normal ou, ainda, para evitar futuros problemas, pois seja realmente tão jovem quanto a sua coluna!


quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Os perigos da baixa umidade do ar

Durante o período de intenso calor, comum entre os meses de novembro a março e até mais extenso em regiões mais secas do país, a frequente baixa umidade do ar prejudica a saúde da população com diversos problemas, desde a desidratação até resfriados. A baixa umidade do ar causa desconforto porque em altas temperaturas há uma maior chance de desidratação, pois a pessoa não sente que está suando, já que o suor evapora com facilidade e não chega a deixar o corpo molhado, desta forma, há mais necessidade de hidratação.
Para combater os sintomas, a médica de família e comunidade Ana Paula Lemes, membro da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), indica ter plantas em casa, pois elas conseguem reter umidade e proporcionar menos calor e baixa umidade. “Além da desidratação, há também as crises de problemas respiratórios como asma, bronquite, rinite e os resfriados. Indiretamente, ocorrem as infecções urinárias, que são secundárias ao calor e falta de água no organismo. Os que mais sofrem são os idosos e as crianças, porque não pedem água e alguns pais ou cuidadores esquecem de aumentar a quantidade de oferta de água. Os idosos sofrem mais porque geralmente não têm por hábito beber água. Ambas as faixas etárias têm mais chance de desidratação”, explica Ana Paula.
Sobre o uso de colírios e umidificadores nasais sem prescrição médica, não há problema em utilizá-los, desde que com moderação. Mas há necessidade de observar se os umidificadores nasais são compostos somente de soro (cloreto de sódio a 0,9%) ou outro medicamento, como a nafazolina, por exemplo, que pode ser danosa à saúde. “Outra situação a ser observada é a composição por soro hipertônico (cloreto de sódio a 3%), que também pode ser muito agressivo à mucosa do nariz (a pele por dentro), que muito sensível e deve ser usado com cuidado e é melhor ser evitado em crianças. Porém, antes do uso é importante tirar as dúvidas com o seu médico de família e comunidade”, reforça.
Além das plantas, a bacia com água ou toalhas molhadas auxiliam na umidificação do ambiente doméstico. Porém, é importante lançar mão de métodos que não ofereçam riscos, já que uma bacia com água pode ser atrativa a uma criança pequena e pode causar um acidente de afogamento. Existem também umidificadores de ambiente, dentro dos quais se coloca água e, por um mecanismo, conseguem transformá-la em vapor frio.
Sobre alimentação, uma dieta composta por alimentos frios, sucos de frutas naturais e chás gelados auxilia na hidratação. Lembrando que um adulto necessita de dois a três litros de água normalmente. As crianças necessitam de 50 ml de água por quilo ao dia. Essa ingestão deve ser um pouco maior em dias secos. Existe uma regra bem prática: não esperar a sede aparecer e tomar água antes. A sede já indica que o rim (e o corpo) precisa de muita água.
Segundo Ana Paula, para a prática de atividades físicas ao ar livre, os horários ficam cada vez mais restritos. Se em dias normais o recomendado é não ser exposto ao sol das 11h às 15h, é importante prolongar mais este tempo. Cada região do país tem um “sol frio” num horário. Mas seria bom dar uma pausa das 10h às 17h nos dias secos. Exceto se as atividades sejam feitas num local extremamente arborizado.
A pressão arterial também varia bastante conforme o calor e a hidratação e isso tem uma relação indireta com esse tipo de problema. Ter pressão baixa não é uma doença, mas é uma condição que causa incômodo nas pessoas, já que podem vir a ter lipotimia, situação na qual a visão fica escura e a pessoa corre o risco de cair, quando está muito quente e/ou com desidratação. As pessoas com pressão alta podem sofrer também ao saírem na rua se estiver muito calor, já que a pressão costuma aumentar um pouco quando se está num lugar muito quente, segundo a médica de família e comunidade.
Em ambientes com ar condicionado, é importante manutenção para conservá-lo sempre limpo, a fim de evitar as poeiras que causam as doenças. Vale lembrar que o ar condicionado diminui ainda mais a umidade do ambiente. O ideal seria utilizá-lo em associação a um umidificador. Além disso, a umidade baixa proporciona desidratação, o que também ocorre com pessoas que trabalham na rua. Sendo assim, aumentar a ingestão de líquidos é primordial.


terça-feira, 3 de novembro de 2015

SBGG lança guia da Síndrome Mielodisplásica

A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) lançou o Guia da Síndrome Mielodisplásica. O material foi idealizado para atender a uma demanda identificada pela entidade em esclarecer sobre a síndrome mielodisplásica (SMD) aos geriatras e à comunidade médica em geral, em especial, aqueles que atuam na linha de atenção a saúde da pessoa idosa, visto que se trata de uma doença que incide prevalentemente em pessoas acima dos 60 anos de idade.
De autoria da médica geriatra e membro da Sociedade, Naira Hossepian Hojaij, com supervisão do diretor científico da SBGG Toshio Chiba, o presidente, João Bastos Freire Neto, o material reforça a existência de uma possibilidade atual de melhor controle da doença e da qualidade de vida dos portadores de SMD, além de agregar conhecimento nos diagnósticos diferenciais da anemia do idoso, e na escolha do melhor momento para o encaminhamento ao especialista para eventual terapêutica específica.
A Síndrome Mielodisplásica consiste num conjunto de síndromes heterogêneas, com evolução e prognóstico diversos. Consideradas a classe mais comum de síndromes adquiridas de falência medular em adultos, além de já ser observada como a neoplasia hematológica mais prevalente, as SMDs têm como agravo importante a progressão para a leucemia mieloide aguda, caso não seja identificada em sua fase inicial.
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia fornecerá aos associados médicos a versão impressa do Guia pelo correio. Saiba mais e acesse o conteúdo online no site:


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Prótese de silicone: qual o tamanho ideal?


Elevar o tamanho dos seios e consequentemente, também a autoestima, já levou milhares de mulheres a optarem pelas próteses de silicone. O procedimento, apesar de ser um dos mais comuns na cirurgia plástica, cresceu cerca de 44% nos últimos três anos.
Há pouco tempo atrás, as próteses mais procuradas eram as maiores. Hoje em dia, as campeãs de pedidos nos consultórios já são as menores, que proporcionam um resultado mais natural.
Segundo o cirurgião plástico Francisco Alionis Neto, vários fatores precisam ser levados em conta antes de optar pelo melhor tamanho. “A altura, o peso e o biótipo de cada mulher são os primeiros pontos a serem analisados“, diz ele, acrescentando que querer usar o mesmo tamanho de uma celebridade ou da melhor amiga, não é uma boa ideia.
O plástico explica que para definir o tamanho certo de uma prótese é preciso considerar a harmonia total do corpo, o formato dos seios e a posição dos mamilos. “O tamanho ideal é, sem dúvida, aquele que proporciona um resultado natural e que considere a anatomia da mulher.”


domingo, 1 de novembro de 2015

Mulheres com mamas densas têm até cinco vezes mais chances de desenvolver câncer de mama

Além das mulheres com histórico de câncer de mama na família, aquelas que têm mamas densas também se encaixam no grupo de risco – devendo ser acompanhadas de perto como forma de prevenção da doença. No Reino Unido, por exemplo, foi identificado que o câncer de mama está numa escalada e deve aumentar até 2030 – em parte por causa do aumento da expectativa de vida das pacientes, em parte por causa do sedentarismo, da obesidade, do consumo elevado de álcool e até mesmo pelo fato de as mulheres adiarem a maternidade para depois dos 40 anos.  No Brasil, todos esses fatores também são observados. Especialistas dizem que acrescentar informações sobre a densidade mamária resulta em melhor modelo de prevenção, já que mulheres com mamas densas têm até cinco vezes mais chances de desenvolver câncer de mama em relação àquelas com baixa densidade mamária.
De acordo com a radiologista Vivian Schivartche, especialista em diagnóstico da mama do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo, um dos grandes desafios da mamografia é que mamas densas (principalmente nos níveis três e quatro) podem dificultar a interpretação das imagens. Ela explica que na imagem mamográfica, o tecido denso aparece em branco, enquanto a gordura é caracterizada pelas áreas escuras. “Como os tumores também aparecem em branco nessas imagens, é mais difícil diferenciar o que é tecido altamente denso de um tumor. Os avanços da mamografia nos últimos anos, quando passou de um simples exame em filme para um exame digital e, mais recentemente, para um exame em três dimensões (tomossíntese), caminham na direção de aumentar a detecção de tumores cada vez menores. Ao lado disso, a ultrassonografia também auxilia a encontrar alterações no meio do tecido denso.”
Outro ponto que gera dúvidas de interpretação são as calcificações. Elas fazem parte de muitos processos da mama. Algumas são malignas, outras não. Por isso, muitas vezes é necessário realizar imagens adicionais na mamografia ou ainda uma biópsia para chegar a um diagnóstico definitivo. “A mamografia tomográfica, também chamada de mamografia 3D ou tomossíntese, costuma aumentar em até 30% a detecção do câncer de mama, já que permite enxergar o tumor numa fase muito precoce e em mamas densas e heterogêneas”, diz a médica. “Porém, em situações especiais, em pacientes de alto risco, ou quando persistirem dúvidas, esses outros exames devem ser realizados, como a ultrassonografia e a ressonância magnética.”
A especialista diz que as nuances que deixam dúvidas nos resultados da mamografia fazem com que as pacientes algumas vezes sejam chamadas para repetir o exame. Mas não é preciso sofrer por antecipação. Entre 5% e 15% das pacientes costumam receber uma chamada para imagens adicionais. Não significa que têm câncer de mama, mas que por algum motivo as imagens não estão bem claras. Estudos apontam que pacientes entre 40 e 49 anos têm 30% de chance de ter um resultado falso-positivo num período de dez anos – ou seja, serem chamadas para fazer imagens adicionais sem ter câncer. A especialista revela cinco boas dicas para quem vai fazer mamografia:
- Se a paciente puder optar pela mamografia digital em detrimento da convencional, é melhor. Mas, vale ressaltar que hoje em dia já é possível realizar a tomossíntese – ou mamografia 3D – em muitas cidades do Brasil, aumentando ainda mais o percentual de diagnóstico precoce”.
- Observe a reação do seu corpo durante o ciclo menstrual, evitando agendar a mamografia naqueles dias em que as mamas estão mais sensíveis e doloridas.
- Se puder escolher a clínica onde será realizada a mamografia, dê preferência àquelas que investem em novas tecnologias, já que os mamógrafos vêm sendo modificados para tornar o exame mais rápido e menos incômodo às pacientes. Outro ponto importante é a clínica contar com um radiologista especializado em imagem da mama para orientar a realização do exame.
- Durante o exame, procure seguir a orientação do profissional que está no comando, evitando movimentos que possam comprometer o resultado final. Tenha em mente de que se trata de um exame rápido, realizado somente uma vez ao ano, e que pode salvar a sua vida.
- Não se apavore se for chamada para uma repetição. Ao contrário, procure agendar o quanto antes esse novo exame e procure relaxar, permitindo a compressão necessária para a melhor imagem possível. Oito em cada dez nódulos encontrados não têm nada a ver com câncer.