sábado, 9 de maio de 2015

Lábios de diva o ano todo



Assim como a pele do corpo, a parte seca do lábio também se queima com a exposição solar exagerada e indevida. E sofre todas as consequências de queimadura, que são inchaço, vermelhidão seguida de escurecimento, ardor, ressecamento e descamação podendo até formar ulcerações. Outro detalhe importante é que após muita radiação solar, a pele labial sofre uma queda de resistência imunológica propiciando aparecimento de crises de herpes, nas pessoas já predispostas (portadoras do vírus do herpes simples tipo I).
O dermatologista Flávio Andrade aponta mais três situações frequentes: a primeira delas é alergia, ou seja, dermatite de contato a produtos cosméticos como batom, gloss, esmalte (sim, aplicado na unha, esse produto é levado à boca causando irritação) etc. O segunda é causado por manipulação frequente, na tentativa de remover descamações no lábio, a pessoa acaba criando um ciclo vicioso “quanto mais tira, mais se forma”. A terceira e inevitável é o envelhecimento intrínseco, que é a perda natural do colágeno.
O médico responde às principais dúvidas sobre os cuidados com os lábios. Confira:
O uso de batom diário diminui o ressecamento? Quais tipos de batons são recomendados para evitar o ressecamento? 
Sim, os batons sempre protegem os lábios, seja do ressecamento ou das radiações. Recentemente existem formulações contendo protetor solar, que deve conter, no mínimo, fator de proteção solar número 15. Como dito anteriormente, é importante saber se não existe alergia aos componentes do batom. Se você usa batom e não teve nenhuma irritação ou inchaço labial, certamente vc não tem alergia.
É necessário o uso do protetor solar nos lábios? Existe um protetor próprio ou pode optar por batom, gloss  etc. com protetor solar?
Quem mais usa protetores labiais são os homens, pois as mulheres já são protegidas pelo uso do batons.
Existe tratamento eficaz para os lábios que sofreram essas agressões? Quais? 
Cada pessoa pode necessitar tratamento específico, receitado pelo dermatologista, que frequentemente se baseia em creme anti-inflamatórios. Eventualmente é necessário tratamento via oral.
Para as que tem lábios finos existem tratamentos para dar volume? Quais
Os batons que prometem volume para os lábios contêm produtos que irritam levemente causando um inchaço e o efeito de aumento labial. Porém, esses efeitos são transitórios demais e não duram mais que algumas horas. O efeito duradouro de aumento e hidratação labial é obtido com injeção de ácido hialurônico. Esse produto é um dos principais componentes do colágeno e, por isso, oferece resultados naturais. Todos podem se beneficiar com esse procedimento, exceto mulheres grávidas, portadoras de doenças do colágeno ou, muito raramente, em caso de hipersensibilidades ao produto. Tratamento estético labial se baseia principalmente em bom senso e moderação, para evitar exageros e resultados inesperados. Os pacientes ficam extremamente satisfeitos desde que tenham expectativas realistas.
Fumantes podem ter um envelhecimento mais rápido dos lábios?
Boa pergunta, pois nos remete à lembrança de que o tratamento não se resume ao lábio propriamente dito, mas também à região ao redor do lábio. Sim, os fumantes são mais prejudicados que os não fumantes. Nesse caso, além de preenchimento, são utilizadas a toxina botulínica em pequenas doses (para não comprometer a naturalidade) e  hidratação cutânea com injeção de skinboosters, medicamentos injetáveis à base de ácido hialurônico (aquele mesmo que se utiliza para preenchimento, porém bem mais diluído, com o objetivo de suavizar as linhas labiais). Este último se utiliza em três sessões consecutivas com intervalos de 3 a 4 semanas.
As manchas nos lábios têm tratamento? Quais?
As manchas devem ser tratadas individualmente, de acordo com o diagnóstico. Os motivos principais são tabagismo e exposição solar inadequada.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Mitos e verdades sobre a hemofilia




A Federação Brasileira de Hemofilia (FBH) desvenda mitos e verdades sobre o transtorno genético que afeta a coagulação do sangue que, se não tratado preventivamente causa hemorragias internas, externas e hermatroses (sangramento nas articulações), podem causar deficiência física grave e até invalidez.
A coagulopatia é muito grave em todas as pessoas.
MITO. 
A hemofilia é caracterizada pela falta de produção de um dos 13 fatores de coagulação do sangue e pode ser caracterizada como grave, moderada ou leve.
Existem dois tipos de hemofilia.
VERDADE. 
A hemofilia é classificada em dois tipos: a hemofilia A, ocorre pela falta ou diminuição da produção do Fator VIII de coagulação, atinge um a cada 10.000 meninos nascidos vivos, já a hemofilia B, é diagnosticada pela ausência ou baixa produção do Fator IX e é mais rara. Atinge um a cada 35.000 meninos.
O Brasil é o terceiro maior país do mundo em pessoas com coagulopatias. VERDADE. O país está atrás apenas de Estados Unidos e Índia e tem 6,3% da população mundial com hemofilia A.
A hemofilia é transmitida de mãe para filho.
VERDADE.
 A coagulapatia é transmitida de mãe para filho ou filha, e também de pai para filha, pois o gene da hemofilia fica no cromossomo sexual X. A portabilidade da mãe pode ser diagnosticada por meio de exames genéticos que desde janeiro de 2014 passaram a ser cobertos por planos de saúde, segundo norma da Agência Nacional de Saúde, a ANS.
A mulher é pode ser portadora do gene da hemofilia.
VERDADE
. Uma mulher portadora do gene da hemofilia não a manifesta e pode conceber um filho com 50% de chance de ter hemofilia e caso o bebê seja menina, a mesma tem 50% de chance de ser portadora do gene, assim como a mãe.
Não é transmitida por transfusão de sangue.
VERDADE.
 Além disso, não é contagiosa, não se transmite pelo ar ou por ter contato com o sangue de uma pessoa com a coagulopatia.
A hemofilia pode ser hereditária ou por mutações genéticas.
VERDADE.
 2/3 são casos genéticos por hereditariedade e 1/3 por mutação genética. Existem mais de 1000 tipos de mutações genéticas para a hemofilia.
Animais também podem ter hemofilia.
VERDADE.
Rasputin curou o herdeiro do trono russo.
MITO. 
A lenda de que Rasputin, curandeiro da Dinastia Romanov, família imperial russa, curou o herdeiro do trono, o príncipe Alexei, é mito, pois até hoje a hemofilia não tem cura. Alexei herdara o gene de sua mãe, Alexandra, neta da rainha Vitória da Inglaterra. Acredita-se que ela seja a primeira portadora do gene que se tem registro até hoje. Ela teve nove filhos, sendo que  Leopold e Alexei tinham hemofilia e Beatriz e Alice eram portadoras.
Ficou conhecida como doença dos reis.
VERDADE.
 Devido aos casamentos reais europeus ocorrerem entre as famílias, a enfermidade passou a ser erroneamente confundida com uma patologia ligada a casamentos consanguíneos. Mas o fato é que é uma disfunção hereditária e ficou conhecida como ‘doença real’.
Sem a profilaxia, a pessoa corre risco de sequelas graves e até a morte.
VERDADE.
 Caso a pessoa ou criança com hemofilia esteja sem o Fator de coagulação no organismo preventivamente e sofrer alguma queda, batida ou corte, deve ser encaminhada imediatamente ao hemocentro mais próximo. Se não tiver atendimento adequado, dependendo do local e da gravidade do sangramento, pode correr risco de vida.
Com o tratamento preventivo, a pessoa com hemofilia tem vida normal.
VERDADE.
 Hoje, uma pessoa com hemofilia pode ter uma vida normal e exercer seu papel na sociedade ao frequentar escolas, universidades e ter uma rotina de trabalho diária, fazendo atividades físicas e esportes. Basta fazer o tratamento preventivo, a profilaxia, que está disponível em todos os Centros de Tratamento de Hemofilia do Brasil, gratuitamente. Ela proporciona aumento de 80% da qualidade de vida. Procure seu hematologista!
Saiba mais: Federação Brasileira de Hemofilia – http://www.hemofiliabrasil.org.br/

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Você sabe o que é o pré-diabetes?

Aproximadamente 10% da população brasileira apresentam altos riscos de desenvolver diabetes tipo dois em alguma fase da vida. Pessoas acima dos 40 anos, com sobrepeso, sedentárias e que apresentam histórico familiar fazem parte deste grupo. Mulheres que tiveram diabetes na gestação, também correm maior risco. Porém, antes do estabelecimento da doença, existe uma fase conhecida como pré-diabetes. O que poucos sabem é que já nesta fase o organismo sofre diversos danos.
“Considera-se portador de diabetes o indivíduo que apresenta um índice glicêmico em jejum acima de 125 mg/dl (nível de açúcar por decilitro de sangue). Uma pessoa saudável apresenta índices inferiores a 100 mg/dl. No intervalo entre estes dois valores, precisa-se aprofundar na investigação”, explica a dra. Suemi Marui, endocrinologista do Alta Excelência Diagnóstica (http://blog.altadiagnosticos.com.br/).
Estima-se que hoje existam aproximadamente oito milhões de brasileiros nesta faixa e nos próximos cinco anos, 35 milhões de pessoas devem desenvolver o pré-diabetes. O mais grave é que metade deles deve evoluir para a versão plena da doença e a mesma quantidade não está ciente disso. “Isso acontece porque a condição não apresenta sintomas claros e, na maior parte das vezes, só é diagnosticada após a realização da curva glicêmica ou com a análise conjunta da hemoglobina glicada”, informa a especialista.
Além do fator genético não modificável, a alimentação inadequada, o sedentarismo e a obesidade são fatores que têm favorecido o aumento de casos de diabetes tipo dois. A gordura sedimentada na região abdominal é ainda mais grave, pois dificulta a ação da insulina produzida pelo corpo. Há ainda registros de jovens desenvolvendo a doença, por conta de uma alimentação inadequada na infância.
O diabetes tipo dois apresenta complicações como insuficiência renal, doenças cardiovasculares e neuropatias (complicação que afeta os nervos das extremidades do corpo). Apesar de não apresentar riscos elevados, especialistas acreditam que durante o pré-diabetes, 50% da produção de insulina está comprometida, o que propicia o aumento progressivo dos níveis de açúcar.
Prevenção
Segundo a dra. Suemi, dietas balanceadas e a manutenção de peso adequado para a idade e altura, são fundamentais para manter o nível de açúcar normal. O excesso de peso exige uma maior produção de insulina pelo pâncreas, para manter a glicemia dentro dos valores normais. Quando a produção pelo pâncreas não é suficiente, ocorre o pré-diabetes e consequentemente em alguns anos, aparece o diabetes.
De uma forma geral, atividades físicas são essenciais e devem ser estimuladas desde cedo, já que melhoram o nível glicêmico. Trinta minutos diários de atividades aeróbicas ajudam a combater o pré-diabetes.
Exames
Glicemia em jejum: este é o exame que mede o nível de açúcar no sangue, no momento em que é realizado após pelo menos 8 horas sem se alimentar. O ideal é manter os níveis entre 70 e 99 mg/dl. Os valores entre 100 e 125 mg/dl sugerem uma investigação para excluir o pré-diabetes ou mesmo o diabetes. Valores maiores que 126 já indicam diabetes. Uma glicemia acima de 200 mg/dl, feita a qualquer hora indica diabetes.
Hemoglobina glicada: um dos métodos úteis para o diagnóstico da diabetes ou pré-diabetes é o teste de hemoglobina glicada. Observa-se elevação dos valores da hemoglobina glicada quando os valores da glicemia ficam altos. Ao contrário da dosagem de glicemia, este exame apresenta indiretamente as concentrações de açúcar nos últimos três meses. Valores entre 5,8% e 6,4% sugerem o pré-diabetes.
Teste de tolerância à glicose oral ou curva glicêmica: para realizar este exame é necessário jejum de 8h a 12h e evitar esforço físico no dia anterior. O exame mede a glicose no sangue em jejum e 2 horas após ingestão de líquido com quantidade 75 gramas de glicose. Valores entre 140 e 200 mg/dl após 2 horas indicam pré-diabetes.

terça-feira, 5 de maio de 2015

As mulheres e a importância da atividade física



Polivalentes, as mulheres dos dias atuais têm rotinas de vida comparadas a de atletas profissionais. Sofrem “pressão” da sociedade de todos os lados, precisam apresentar um “desempenho” compatível com as expectativas do trabalho, da família, dos amigos, e ainda têm que lidar com a competição em todas essas áreas, de maneira muitas vezes injusta. Para piorar, ainda não ganham o reconhecimento nem a remuneração que merecem. Ou seja, são verdadeiras atletas.
Se pensarmos na rotina de um atleta de verdade, perceberemos quão importante é termos um cuidado com o indivíduo para que ele possa suportar mental, emocional e fisicamente as demandas dos treinamentos e da competição. Mas, e com a mulher? Será que temos todo esse cuidado? Será que existem condições para que ela consiga ter esse cuidado consigo mesma?
O “desempenho” feminino no dia a dia é extremamente desgastante. As diversas situações e os mais variados papéis que a mulher tem que exercer como profissional, mãe, filha, amiga, irmã, gerente da casa, esposa e como ela mesma (em termos de autoexigência), demandam que algum cuidado seja tomado tanto com a saúde, de maneira preventiva para evitar o desgaste, adoecimento e envelhecimento precoce, como também de forma condicionante, para estar física e mentalmente preparada para o esforço sobre-humano diário a que é exposta.
Hoje, em pleno século 21, não existe quem não saiba o quanto a prática de uma atividade física regular é essencial para uma vida saudável. Para as supermulheres que convivem com uma rotina tão desgastante, a prática de exercícios é ainda mais essencial.
O processo de envelhecimento não poupa ninguém. Ao observar estudos de média de vida de atletas profissionais, os dados revelam que o deles é por volta de dez anos menor do que a média da população (59 anos contra 69 aproximadamente). Isso devido ao estresse e desgaste que a profissão demandou durante anos.
Na vida das pessoas “comuns”, o desgaste sob condições de alta demanda da rotina também promove o envelhecimento precoce. Quem não conhece alguns casais, onde homem e mulher têm idades parecidas, geralmente depois dos 40 anos, mas a mulher aparenta estar mais envelhecida? Do outro lado, quem também não percebe a enorme diferença que algumas mulheres nessa faixa de idade, que fazem atividade física regularmente, aparentam?
É obvio que não se trata de uma regra, já que os fatores genéticos interferem diretamente. Mas, não há qualquer dúvida de como é importante a mulher se exercitar e cuidar de si mesma. Não apenas para suportar toda a responsabilidade que recai sobre ela, mas, principalmente, para viver de maneira mais saudável. Como realmente merecem!
Cristiano Parente é personal trainer e sócio-diretor da Koatch Academia (SP)

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Mitos e verdades sobre pressão alta

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, há cerca de 17 milhões de pessoas que sofrem de hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta. A doença que faz com que os vasos sanguíneos se contraiam mais do que o necessário, dificultando a passagem do sangue, pode levar anos para demonstrar os primeiros sintomas, por isso recomenda-se a medição periódica da pressão, o que pode contribuir para o diagnóstico precoce e tratamento adequado da doença. Confira o que é mito e o que é verdade quando o assunto é pressão alta. As orientações são da Dra. Marly Uellendahl, especialista em cardiologia, dra. Marly Uellendahl, que integra o corpo clínico do Lavoisier Medicina Diagnóstica (www.lavoisier.com.br)
A obesidade pode ser um fator que leva ao quadro de hipertensão arterial?
Verdade. Embora não seja a única condição que possa levar uma pessoa a desenvolver a doença, a obesidade aliada ao sedentarismo é um dos principais fatores de risco. Segundo relatório divulgado nas últimas semanas pelo Ministério da Saúde, o excesso de peso atinge 52% dos brasileiros. O estilo de vida praticado atualmente favorece o ganho de peso, e consequentemente, o crescimento do número de hipertensos. Isso porque trabalhamos mais tempo sentados e comemos alimentos mais gordurosos e ricos em açúcar.
A pressão alta pode se manifestar em crianças e jovens?
Verdade. Embora o quadro de hipertensão ainda seja mais comum na terceira idade, ele tem afetado pessoas cada vez mais jovens. Quando ocorre entre as crianças, a pressão alta normalmente é primária, sendo causada por algum outro quadro, como problemas renais, por exemplo. Já em adolescentes e jovens adultos ela pode ser secundária, exigindo mudança de comportamento alimentar aliada à medicação.
O consumo de alimentos industrializados, como enlatados, é prejudicial aos hipertensos?
Verdade. O aumento do consumo de produtos industrializados, como os congelados e enlatados, tem propiciado, além do ganho de peso, o crescimento da incidência de hipertensão. Segundo a médica, o alto teor de sódio utilizado no tempero e conservação destes alimentos pode ser muito prejudicial a quem já tem a doença ou tendência a desenvolvê-la. Por isso, é importante priorizar alimentos frescos, evitando que todas as refeições sejam feitas fora de casa. Para se ter uma ideia, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, alguns lanches vendidos em redes tradicionais de fast-food podem ter até 78% do consumo diário de sódio recomendado pela Anvisa, que é de 2.400 mg para um adulto.
Os doces também podem ser um perigo aos hipertensos?
Verdade. Os alimentos doces industrializados podem conter uma grande porcentagem de sódio. Refrigerantes, sucos de caixinha, bolos, cereais e biscoitos contêm, na maioria das vezes, conservantes como o nitrato de sódio e substâncias que realçam o sabor, como o glutamato monossódico, que não são indicados para quem sofre de pressão alta.
A hipertensão só é controlada por meio de medicamentos?
Mito. Muitas pessoas apresentam uma melhora significativa do quadro apenas com a mudança do hábito alimentar. Diminuir o consumo de sal e alimentos industrializados já faz uma grande diferença. Depende muito de cada pessoa e do estágio de desenvolvimento da doença. Há quem consiga fazer mudanças na rotina alimentar e de exercícios e obter uma redução da pressão arterial. Mas também há aqueles que só conseguem obter uma melhora significativa do quadro com a medicação. Em alguns casos é preciso usar o medicamento pelo resto da vida.
Pessoas com pressão baixa podem sofrer com a hipertensão?
Verdade. É importante lembrar que embora nossa pressão siga um padrão, ela oscila ao longo do dia. Normalmente as pessoas apresentam uma queda fisiológica de pressão durante a noite, enquanto estão dormindo. Os hipertensos devem inclusive ficar alertas quando sua pressão não diminuir durante o período de sono. Não é raro também que pessoas que costumam ter a pressão mais baixa durante uma fase da vida venham a desenvolver hipertensão, ou ocasionalmente sofrer um aumento pontual da pressão arterial, que pode ser por uma série de fatores: reação a algum medicamento e estresse são os mais comuns. Entretanto, esse quadro costuma ser facilmente reversível, salvos os casos em que a pessoa está com algum problema de saúde que pode aumentar a pressão arterial, como a obesidade, problemas renais, entre outros.
Dor de cabeça pode ser um sintoma de pressão alta?
Verdade. É claro que nem toda dor de cabeça representa um aumento da pressão arterial. Mas quando ela é persistente e associada à tontura, visão turva, dores no peito e fraqueza é preciso procurar auxílio médico.

domingo, 3 de maio de 2015

Mude a cor do cabelo com segurança




Seja para mudar o visual, iniciar uma nova fase ou esconder os fios brancos, muitas mulheres e homens recorrem às colorações capilares. É extremamente comum encontrar quem já coloriu os cabelos ao menos uma vez. Mas, é preciso ficar de olho nos cuidados necessários para que seja feita uma boa coloração, uniforme da raiz às pontas, e para que a cor dure muito mais tempo, com a devida manutenção em casa ou no salão de beleza.
O cabeleireiro e consultor da farmácia digital Netfarma (www.netfarma.com.br), Dari Correa, explica que existem 3 tipos de colorações capilares:
  • Temporária: dura de 3 a 8 lavagens, não tem amônia nem oxidante, dissimula os primeiros fios brancos, mas não tem poder de clareamento, apenas adiciona suaves reflexos de cor contra a luz, age somente nas cutículas dos fios.
  • Semi/demi-permanente: conhecida como tonalizante, não tem amônia, mas é misturada com um revelador de baixa volumagem, proporcionando clareamento de até um tom em cabelos naturais, e cobrindo os brancos em transparência. Dura de 20 a 28 lavagens.
  • Permanente: contém em sua formulação amônia, agente capaz de dilatar as cutículas, permitindo que os corantes atinjam todas as camadas do cabelo. É misturada com oxidantes de 20, 30 ou 40 volumes, garantindo a cobertura total dos brancos, e/ou permitindo mudanças de cor mais radicais.
Segundo Dari, após a escolha do produto, é preciso fazer o teste alérgico 48 horas antes de efetuar o uso do produto, seja ele com ou sem amônia. “O agente alérgico da fórmula é principalmente o corante, componente usado em todos os tipos de colorações”, alerta. Dari conta que o número de pessoas alérgicas aos componentes das colorações é pequeno, mas isso não dispensa o teste, mesmo para as pessoas que já fazem uso de produtos que colorem os fios. Vale lembrar que qualquer substância pode desencadear uma alergia.
O passo seguinte, caso não tenha apresentado nenhum tipo de reação ao produto, é o teste de mechas, ou seja, aplicar um pouco do produto numa mecha fina de cabelo da nuca, para avaliar se a cor escolhida contemplará o resultado desejado. “O procedimento é indicado para determinar as condições dos fios para receber o produto e também evitar cores indesejáveis, ressecamento dos fios, bem como seu rompimento”, explica.
A seguir, Dari Correa esclarece as principais dúvidas sobre as colorações:
Devo ou não lavar o cabelo antes de colorir?
O ideal é que o cabelo esteja não esteja nem muito oleoso e/ou com resíduos. A limpeza deve ser realizada no dia anterior, assim a coloração irá se fixar melhor. No caso das temporárias, os fios devem ser lavados momentos antes de colorir, uma vez que sua fórmula é extrassuave.
Grávidas podem colorir os cabelos?
Não é aconselhado o uso de nenhum produto químico como colorações, alisantes ou selagens/progressivas durante a gravidez. Alguns médicos liberam após o terceiro mês, quando a formação do bebê está completa. O médico deve ser sempre consultado e mesmo com a liberação dele, caso ainda insista em usar, faça o teste alérgico.
Qual segredo para prolongar o efeito da tintura?
Alguns dias antes de colorir, faça uma boa nutrição. Isso permitirá que a cor seja melhor absorvida pelos fios, minimizando as chances de ressecá-los. No dia da coloração, faça o uso de tratamentos, que além de nutrirem os fios, também ajudam a realizar a neutralização dos resíduos químicos, bem como estabilizar a cor, evitando o desbotamento prematuro. Hidratações semanais em casa ajudam a fechar as cutículas/escamas dos fios, além de realçar o brilho. Géis, sprays ou pomadas finalizadoras devem ser evitados pois aceleram a perda dos corantes e, consequentemente, do brilho. Xampus antirresíduos/ limpeza profunda devem ser usados 1 vez por semana em quem faz uso de finalizadores. Para os demais, o uso deve ser moderado. Use e abuse de produtos para cabelos coloridos e, caso tenha fios ressecados ou danificados, alterne a linha de coloridos com a linha antirressecamento.
Como evito a ressecamento do cabelo?
Primeiro, evite lavar os cabelos com água muito quente. Após o xampu, remova o excesso de água suavemente, sem esfregar os fios, com uma toalha seca. Só depois desse procedimento, aplique o condicionador ou creme, e nunca use-os no couro cabeludo. Faça uso de um bom leave-in em creme ou óleo nas pontas antes de desembaraçar os fios e para finalizar os cabelos. Produtos à base de óleos naturais, ceramidas, lipídeos, aminoácidos e/ou proteínas são excelentes para manter a qualidade e saúde dos fios.
Qual a periodicidade ideal para retocar a tintura?
O prazo mínimo para retocar as raízes crescidas dependerá da cor escolhida. Tons muito mais claros que o tom natural, ou pessoas que têm muitos brancos, deverão retocar com o mínimo de 15 dias. Já cores mais próximas da cor natural aguentam esperar de 30 a 45 dias.
Posso pintar o cabelo mesmo fazendo escova progressiva ou o alisamento clássico?
É preciso ficar atento ao excesso de química nos cabelos. Sempre realizar o teste alérgico, bem como o de mechas, para avaliar se os fios apresentam condições de serem coloridos ou alisados, ou vice-versa. Cabelos mais grossos são mais resistentes, mas os mais finos podem quebrar se forem coloridos e receberem mais química.
Amônia resseca ou danifica os fios?
As fórmulas mais modernas levam em sua composição um teor muito reduzido de amônia. Vale lembrar que ela não é um vilão, pois sem ela cores mais claras, vibrantes ou cabelos muito brancos não seriam adequadamente coloridos. Se os cabelos são saudáveis, e não têm outras químicas, geralmente não apresentam ressecamento ou danos após seu uso. Porém o uso ou não, deve ser determinado pelo teste de mechas.
E lembre-se: para manter os fios saudáveis, o cabelo deve ser hidratado semanalmente! Além disso, o ar-condicionado, agentes ambientais e ferramentas térmicas podem agredir os fios.

sábado, 2 de maio de 2015

Osteoporose: difícil diagnóstico na terceira idade





A osteoporose, uma condição comum que causa a perda óssea progressiva e o aumento do risco de fraturas, é tipicamente conhecida como uma doença que afeta as mulheres mais velhas. E, no entanto, um em cada quatro homens, com mais de 50 anos de idade, vai quebrar um osso devido à osteoporose.
Um estudo publicado na edição de novembro do Journal of Bone & Joint Surgery (JBJS)descobriu que os homens, após fraturarem o punho (fratura do rádio distal), eram três vezes menos propensos que as mulheres a se submeterem a uma densitometria óssea e sete vezes menos propensos a iniciar um tratamento para a osteoporose.
“Com o envelhecimento da população no mundo, a provável incidência de fraturas por fragilidade irá aumentar devido à perda óssea. Os estudiosos acreditam que essas fraturas irão aumentar de duas a quatro vezes, em homens e mulheres, nos próximos 30 anos”, informa o ortopedista Caio Gonçalves de Souza (CRM-SP 87.701), médico do Hospital das Clínicas de São Paulo. 
Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram retrospectivamente os prontuários de 95 homens e 344 mulheres com idade superior a 50 anos que foram tratados devido a uma fratura de punho, em uma única instituição, entre 2007 e 2012. As lesões dos pacientes foram avaliadas para determinar se elas estavam ou não relacionadas à presença de osteoporose antes da lesão. Todos os participantes do estudo também fizeram tratamento para osteoporose, pelo menos depois de seis meses, após a fratura no punho.
“Os pesquisadores descobriram que menos homens do que mulheres foram submetidos a testes de densidade óssea antes da fratura. Na sequência da fratura do punho, o número de homens que foram avaliados pelo exame continuou a ser menor: 53 % de mulheres (184) versus 18% dos homens (17)”, diz o médico.
Além disso:
  • 21% dos homens versus 55% das mulheres iniciaram o tratamento com cálcio e vitamina D, antes de completar seis meses da lesão, e 3% dos homens versus 22% das mulheres começaram a tomar bifosfonatos, medicamento comum para evitar a perda da massa óssea;
  • O sexo masculino e os padrões de fratura menos graves levaram a menor indicação de se iniciar o tratamento com cálcio e vitamina D;
  • 50% dos homens que fizeram a densitometria óssea estavam em risco de uma segundo grande fratura osteoporótica na próxima década;
  • No geral, os homens tiveram fraturas menos graves do que as mulheres. 20% dos homens e 40% das mulheres no estudo tiveram uma fratura envolvendo a articulação do punho.
Os resultados deste estudo sugerem que os homens com mais de 50 anos, com fratura do rádio distal, devem ser submetidos a testes e avaliação da densidade óssea para melhor identificar aqueles com alto risco de fraturas no futuro e aqueles que se beneficiariam de um tratamento adicional. 
Osteoporose não é “doença de mulher”
Segundo dados da IOF, International Osteoporosis Foundation, o conceito errôneo de que a osteoporose afeta apenas as mulheres tem consequências devastadoras:
  • Ossos quebrados causam imobilidade, incapacitação grave e dor forte: o resultado é baixa qualidade de vida e perda da independência quando os homens envelhecem;
  • O risco de fratura ao longo da vida é maior do que o risco de desenvolver câncer de próstata: poucos homens mais velhos estão cientes desse risco, ainda que um em cada cinco irá fraturar um osso;
  • Um terço de todas as fraturas do quadril no mundo todo ocorre em homens: os estudos também mostram que 37% dos pacientes masculinos morrem no primeiro ano após uma fratura de quadril;
  • Os homens têm maior probabilidade do que as mulheres de sofrer consequências sérias ou morte: os homens são frequentemente mais velhos quando sofrem uma fratura;
  • Perda de produtividade no local de trabalho devido a fraturas: as fraturas de coluna, particularmente, podem afetar homens de 50 a 65 anos de idade que trabalham e resultam em dias de trabalho perdidos.
Caio G. Souza conta que a densitometria óssea é um exame padrão para mulheres com mais de 65 anos de idade e para aqueles com mais de 60 anos de idade que sofreram uma fratura por fragilidade ou têm fatores de risco para osteoporose. Recomendações similares devem ser propostas para os homens.
Para o médico, tratar as fraturas ósseas dos homens, mas não tratar a causa subjacente das fraturas, os coloca em um risco maior para futuras fraturas e complicações relacionadas.