segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Chupetas e mamadeiras: feche a porta de entrada para as bactérias


Muitos pais e mães – principalmente os de primeira viagem - têm grande preocupação em deixar os filhos em contato com objetos e brinquedos que estejam no chão, tudo para evitar possíveis doenças causadas pelas bactérias “invisíveis” (aquelas que não sabemos ao certo de onde e quando vêm). Mas será que é somente no chão que está o perigo?

Existem outros objetos que podem ser a “porta de entrada” para levar bactérias aos bebês: as mamadeiras e chupetas. As sujidades que se acumulam, o transporte e até o manuseio desses utensílios podem concentrar bactérias causadoras de diversas doenças, como as gastroenterites, que provocam vômitos e diarreia e, em alguns casos, podem até levar ao óbito.

E como evitar que os lactários dos bebês se tornem o lugar preferido das bactérias? Algumas mães deixam os objetos em água fervente a fim de esterilizá-los, mas ao contrário do que imaginam, esse é um procedimento inseguro. Os recipientes plásticos em temperatura elevada liberam substâncias cancerígenas, portanto, é um método muito perigoso. Para desinfectar mamadeiras, bicos, chupetas e até máscaras de inalação, existem recursos mais adequados como o uso de bactericidas sem enxágue, que são facilmente encontrados em farmácias e supermercados.

O importante é que o produto adquirido tenha eficácia comprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pois dessa forma, fica assegurada  a esterilização dos lactários, garantindo que  fiquem 100% livres de diferentes tipos de bactérias. É indicada a utilização de bactericidas que ajam também na desinfecção de legumes, frutas, verduras e água, ampliando a proteção não só dos bebês, mas da família inteira. 

(Artigo da farmacêutica Adriana Coppola Faria)


domingo, 31 de agosto de 2014

Tenha uma gestação saudável!



Um dos períodos mais importantes na vida de uma mulher deve ser mesmo motivo de comemoração. Afinal, cada dia, cada semana, cada mês, traz consigo um sentimento diferente.
Segundo o ginecologista e especialista em reprodução humana, dr. Renato de Oliveira, a gravidez é um momento ideal para começar os cuidados, tanto em termos físicos como emocionais, pois cada fase é marcada por algo importante no desenvolvimento do feto e constantes alterações da mulher.
Abaixo, o especialista elenca as principais alterações de cada trimestre, tanto para a mamãe quanto para o bebê, e dá dicas para combater os incômodos mais comuns da gravidez.
Pré-natal 
O pré-natal é o primeiro passo para garantir a saúde das mamães e dos bebês. Este acompanhamento médico é de extrema importância para a mulher esclarecer dúvidas e possibilitar uma maior segurança tanto para a gestação quanto para o parto. As consultas e exames permitem a identificação e monitoramento de problemas como anemia, diabetes, hipertensão, além de doenças sexualmente transmissíveis, como a presença do HIV e da sífilis, que podem colocar em risco a formação do bebê e da própria mãe. O crescimento do feto é acompanhado de perto tanto pela medida da altura uterina durante as consultas de pré-natal, quanto pelo exame de ultrassom.
Primeiro Trimestre (semana 1 a 13)
Bebê: Esta etapa da gravidez é marcada pelo rápido desenvolvimento do feto. O sistema nervoso inicia seu desenvolvimento na quinta semana e o coração, do então embrião, começa a pulsar no final da sexta. Ao final do primeiro trimestre os principais órgãos do bebê já estão formados.
- Mãe: As mulheres podem ficar indispostas, com náuseas, vômitos e sonolência. Outros sintomas bastante comuns nessa fase são: vontade de urinar com frequência, dores de cabeça esporádicas, prisão de ventre, tonturas, falta ou excesso de apetite assim como aversão ou desejo de determinados alimentos e alteração das mamas (aumento, sensibilidade, dor ao toque e escurecimento das aréolas).
Segundo Trimestre (semana 14 a 27)
- Bebê: O bebê continua seu desenvolvimento a todo vapor. A partir da décima sexta semana, já é possível saber o sexo do bebê. Os órgãos continuam sendo ajustados e detalhes como cílios, sobrancelhas, impressões digitais e fios de cabelo vão aparecendo.
- Mãe:Conforme o terceiro trimestre vai se aproximando, é normal sentir dor nas costas e desconforto nos músculos e ossos do quadril pela própria movimentação fetal e peso do bebê, além da mudança do eixo de equilíbrio materno.
Terceiro Trimestre (semana 28 a 40)
- Bebê: Na reta final, os olhos e ouvidos do bebê já funcionam bem, conseguindo perceber a luminosidade e sons a sua volta. Geralmente, na trigésima semana, o feto se apresenta em posição apropriada para o nascimento.
- Mãe: Com o fim da gravidez, a ansiedade toma conta da mulher. Por conta do peso da barriga, as futuras mamães tem dificuldade para dormir e se movimentar. Dores nas pernas e nas costas também são mais intensas. A ansiedade também pode ser maior.
DICAS
Atividade Física. Para as mulheres que já praticavam alguma atividade física, é importante mantê-la. Porém, sempre com a supervisão de um profissional, que poderá dizer a necessidade de se diminuir o ritmo uma vez que o excesso pode precipitar ao trabalho de parto prematuro. A hidroginástica e a caminhada são boas alternativas para as mulheres que não realizavam exercícios antes da gestação;
Posição para dormir. O mais indicado é que a grávida durma virada para o lado esquerdo. Esta posição ajuda na circulação do sangue.  Porém, vale lembrar que ela não está rigorosamente restrita a este lado.
Pernas e pés inchados. O inchaço durante a gravidez, principalmente nos membros inferiores, é muito comum. Para melhorar com esse incomodo, a gestante deve, sempre que possível, descansar e manter as pernas em posição pouco elevada em relação ao tórax. Além disso, recomenda-se diminuir a ingestão a de sal, aumentar o consumo de água e, para algumas pacientes, recomenda-se o uso de meias elásticas de média compressão.

sábado, 30 de agosto de 2014

Anemia deve ser levada a sério



A anemia significa uma diminuição da hemoglobina no sangue, que causa uma redução dos glóbulos vermelhos (hemácias) circulantes. As causas de anemia são múltiplas, porém a maior delas é a deficiência de ferro (anemia ferropriva), responsável por até 90% das anemias. A falta de ferro no organismo pode ser carencial (por baixa ingesta de alimentos que contém ferro), bem como por perdas (como, por exemplo, sangramentos menstruais abundantes nas mulheres ou perdas pelo aparelho digestivo).
A anemia ferropriva é a maior causa de anemia no planeta, e a sua incidência varia bastante de acordo com fatores socioambientais. Nos países desenvolvidos, acomete aproximadamente 17% das crianças até 5 anos de idade, e nos em desenvolvimento, pode atingir até 50% dessa faixa de população.
Outras causas de anemias podem ser: deficiência de vitamina B12; deficiência de ácido fólico; anemias de origem genética (Talassemia); anemias hemolíticas (nas quais ocorre destruição das hemáceas); as anemias devidas a “doenças do sangue” como leucemias e mieloma múltiplo; as anemias decorrentes de doenças crônicas, como a insuficiência renal.
Os sinais e sintomas de uma pessoa com anemia são, principalmente, a palidez cutânea e cansaço, além de insônia, alteração do apetite e, nas crianças, retardo do crescimento. Porém outros achados relacionados com a doença que causou a anemia também podem prevalecer: icterícia, febre, emagrecimento, e até úlceras de perna podem auxiliar no diagnóstico deste mal.
Cabe lembrar que a anemia é muito mais danosa para as crianças, pois ela está associada com um retardo do desenvolvimento pondero-estatural, bem como do aprendizado. Isso acarreta um problema social grave, principalmente nos países em desenvolvimento. Na idade adulta, a presença de anemia pode trazer consequências como perda do rendimento no trabalho e até mesmo problemas no convívio social.
É muito importante o indivíduo valorizar quaisquer sinais ou sintomas que possam indicar a presença de anemia, e sempre procurar auxílio médico para uma melhor elucidação. O hemograma é o primeiro exame para se diagnosticar uma anemia. É um exame básico, comumente solicitado em avaliações médicas de rotina e check-ups.
Portanto, como podem ver, é muito importante que uma pessoa com anemia seja devidamente avaliada por um médico, o qual irá solicitar os exames necessários para o diagnóstico, bem como iniciar um tratamento adequado.
(Artigo do nefrologista Ricardo Benvenutti)

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Hábito de fumar atinge todos os sistemas do organismo



Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. O tabagismo é a principal causa de mortes evitáveis no mundo. De acordo com o último relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o cigarro provoca o óbito de seis milhões de pessoas ao ano. A entidade prevê que se essa tendência continuar o número de pessoas mortas pelo fumo pode chegar a oito milhões em 2030.
Segundo dr. Bento Carvalho, clínico geral do Hospital San Paolo,  para que uma pessoa esteja livre das doenças provocadas pelo tabagismo é necessário uma abstinência de pelo menos 10 anos. As lesões provocadas pelo fumo, principalmente no pulmão, cessam com a parada do hábito. Porém, uma vez que se reinicie, as perdas progridem a partir de onde estavam quando houve a parada. 
O médico afirma que o primeiro passo para aqueles que desejam abandonar o vício é se conscientizar a respeito dos riscos. Além do sistema respiratório, os males causados pelo cigarro podem atingir todos os sistemas do organismo. O circulatório pelo depósito de substâncias nas paredes de vasos. O neurológico pela intoxicação causada por mais de 4.700 substâncias do fumo, pela sobrecarga sobre os sistemas excretores e pelas alterações endócrinas, entre outras.
As mulheres são as que possuem mais dificuldade em manter a abstinência, segundo o médico. Por diferenças hormonais elas têm mais resistência. Além disso, existe o risco vascular, aumentado pelo uso concomitante de contraceptivos hormonais.
Um levantamento realizado com 500 pacientes (63% mulheres) do Cratod (Centro de Referência e Tratamento do Álcool, Tabaco e Outras Drogas) de São Paulo mostrou que 47% dos pacientes do sexo masculino já tinham conseguido ficar longos períodos sem fumar (mais de um ano); entre as mulheres o índice foi de apenas 34%.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Próteses mamárias: tire suas dúvidas



A relativa “simplicidade” no procedimento de aumento das mamas é responsável pelo número crescente desta cirurgia,  hoje uma das mais procuradas. Na  maioria dos casos a cirurgia é rápida, o pós-operatório é ameno, o retorno às atividades é precoce e os resultados são imediatos. Mas, as dúvidas são muitas. O cirurgião plástico Edson Prata Jr,  especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, responde às perguntas mais frequentes feitas pelas pacientes
Quando deve ser indicada a cirurgia?
É indicada para o aumento das mamas, em pacientes com pouco tecido mamário ou em pacientes que desejam um volume adicional. Também pode corrigir assimetrias (diferenças), ou ser uma opção para correção de flacidez discreta das mamas em alguns casos,
Como é feita a avaliação?
Na avaliação é importante relacionar os desejos da paciente com as possibilidades e limitações. Medidas do tórax, das mamas, das aréolas, da elasticidade da pele, e da quantidade de tecido mamário existente, assim como o biótipo, fornecem dados importantes na escolha da prótese ideal.
O formato e tamanho das próteses variam de acordo com o biótipo da pessoa?
Sim. Atualmente existem diversos tipos de prótese para melhor se adequar aos diferentes biótipos. É muito comum nas consultas médicas a paciente chegar e dizer que deseja uma prótese de “tantos ml”, tomando por base amigas ou artistas que já realizaram a cirurgia, das quais gostaram do resultado. É importante ressaltar que as pessoas apresentam medidas diferentes, e a forma e o volume da prótese de uma pessoa pode não ficar bem em outra.
A escolha do formato da prótese deve ser feita sob orientação do cirurgião ou é a paciente que escolhe?
A escolha é conjunta, ou seja, a paciente relata qual a sua expectativa, e o cirurgião usa de sua experiência e de seu bom senso para selecionar o implante e a técnica cirúrgica, para obter o resultado esperado. O uso de imagens ou fotos de pré e pós-operatórios de outras pacientes com um mesmo biótipo auxilia muito na escolha.
Como é feita a colocação das próteses: via axila; aréola; em T invertido? 
O implante pode ser colocado por via axilar, submamária (pelo sulco da mama), areolar, ou por uma cicatriz pré-existente na mama. Se houver a necessidade de retirada de pele, a cicatriz resultante será definida pelo cirurgião e discutida durante a consulta com a paciente.
Cuidado pré-operatório?
São necessários exames laboratoriais (sangue/urina) e de imagem (ultrassom das mamas/mamografia), e uma avaliação com um cardiologista. No dia da cirurgia, a paciente deve estar em jejum (8 horas), e bem clinicamente.
Procedimento cirúrgico: anestesia, tempo de cirurgia?
A cirurgia pode ser feita sob anestesia local, peridural ou geral (dependendo de cada caso); dura em média 90 min, e a paciente recebe alta dentro de um período de 24 horas.
Quais os cuidados pós-operatórios?
Será necessário seguir a prescrição médica, o uso do sutiã cirúrgico (em média 15 a 30 dias), evitar movimentos com os braços (5 a 7 dias) e evitar exposição solar da cicatriz. É possível tomar sol após um mês, com uso de filtro solar e biquini. Os retornos pós-operatórios são muitos importantes para avaliar o progresso pós-operatório e sanar dúvidas neste período.
Como é feita a escolha do plano da prótese?A prótese pode ser posicionada em três diferentes planos dentro da mama: subglandular (abaixo da glândula mamária), subfascial (abaixo da fascia do músculo peitoral) e submuscular (abaixo do músculo peitoral).
Em geral, a escolha é feita de acordo com a quantidade de tecido mamário da paciente.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Mau hálito tem solução



O mau hálito (halitose) atinge mais de 40% dos brasileiros e causa incômodo tanto para a pessoa que o tem quanto para as outras que estão por pertoComo o nariz se acostuma com o cheiro, a chamada fadiga olfatória, quem tem mau hálito não o sente, e quem sente – o namorado, o marido, o amigo-, nem sempre se sente confortável em abordar o assunto.
 O mau hálito pode ser a causa de mais de 50 doenças, entre elas distúrbios do fígado, estômago, inflamações na garganta e até mesmo estresse,  e que pode ser tratado.  Para quem quer descobrir se tem halitose, o dr. Salomão Carui, especialista em Halitose e Medicina do Sono, apresenta algumas  questões que, ao serem respondidas afirmativamente, podem indicar a presença do mau hálito :
- Bebo pouco líquido
- Sou fumante
- Tenho intestino preso
- Fico muitas horas sem me alimentar
- Respiro pela boca
- Costumo roncar
- Tenho diabetes
- Sinto minha boca seca com frequência
- Tenho tártaro
- Uso aparelho ortodôntico ou prótese dentária
- Minha gengiva sangra quando passo fio dental ou escovo os dentes
- Placa esbranquiçada no fundo da língua
- Às vezes percebo pequenos flocos de cor amarelada ou branca de odor desagradável expelidos da minha garganta
- Bebo bebidas alcoólicas com frequência (mais de duas vezes por semana)
- Costumo mascar chicletes ou chupar balas
Outro teste sugerido pelo especialista é passar a língua no punho, aguardar 30 segundos, e cheirar o local. Se notar um aroma desagradável e tiver assinalado  dois ou mais itens é melhor procurar ajuda profissional. 
A halitose crônica, que está geralmente associada a algum tipo de disfunção ou patologia,   requer o tratamento com um profissional qualificado e especializado. A boa notícia é que tem solução.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Visão também precisa check-up



A prevenção é a maneira mais eficaz de se manter longe dos problemas de saúde. Avaliar as condições da visão anualmente para mantê-la no melhor índice e garantir plena produtividade é uma boa providência a ser tomada. A dica é do oftalmologista Canrobert Oliveira, que orienta sobre o que avaliar na visão nas diferentes fases da vida.
Infância
A visão, como o restante do organismo, sofre alterações ao longo do tempo e deve ser acompanhada desde o berçário. A primeira avaliação deve ocorrer ainda na maternidade, com o teste do olhinho. Trata-se de um exame rápido em que o pediatra observa a visão do bebê através do feixe de luz emitido pelo oftalmoscópio refletido na retina. Quando não há nenhum obstáculo à visão, a luz chega até a retina e, ao ser refletida, faz com que o examinador perceba um reflexo vermelho. Sua ausência indica possível obstrução à passagem da luz e as suas causas precisam de investigação apurada. Nesse caso, a criança deve ser encaminhada a um oftalmologista com urgência.
Antes de completar um ano, a criança deve visitar o oftalmologista para averiguar se está com todas as condições para desenvolver sua visão com qualidade, uma vez que o olho humano completa o desenvolvimento funcional definitivo em torno de seis ou sete anos de idade. Se não houver nenhum impedimento à saúde ocular (estrabismo ou má-formação congênita) e nenhum sinal indicativo de problema, a volta ao oftalmologista deverá ser marcada para antes da alfabetização, a fim de garantir plenas condições de aprendizado e desenvolvimento intelectual. A partir daí, como é pelos olhos que recebemos cerca de 90% das informações, o ideal é visitar o oftalmologista anualmente, orienta o médico.
Adolescente
Na pré-adolescência e antes da fase adulta, entre os 13 e os 20 anos de idade, as pessoas estão mais sujeitas ao aparecimento de irregularidades visuais como o ceratocone, que acomete uma a cada duas mil pessoas. O ceratocone é uma irregularidade não inflamatória, às vezes estimulada pelo hábito de coçar os olhos em excesso, levando a córnea a sofrer mudanças em sua estrutura, obtendo o formato de cone.
Os sintomas do ceratocone muitas vezes não são percebidos, porque o adolescente não sente dor ou sequer lacrimeja, mas apresenta uma forte sensibilidade à luz e uma baixa qualidade de visão, mesmo utilizando óculos. O ceratocone não tem cura nem a córnea volta a seu estado original, mas os tratamentos disponíveis conseguem corrigir os elevados graus de astigmatismo, estabilizar o problema e reduzir a deformidade corneana.
Na área refrativa, a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo são frequentes nesta faixa etária.
Aos 40 anos
Os textos precisam ficar mais distantes e a iluminação mais intensa quando chegam os 40 anos de idade. A visita ao oftalmologista, nesta fase, é uma busca para eliminar as dificuldades de visão decorrentes da presbiopia, popularmente chamada de vista cansada.
A partir dos 40 anos, o cristalino – a lente natural do olho por onde passam os raios de luz que formarão as imagens – perde elasticidade e o processo de autoacomodação visual para focar objetos de perto e de longe começa a apresentar dificuldades para acontecer. Primeiro, fica mais difícil enxergar longe, depois fica muito complicado atender as exigências de ver bem de perto, o que é percebido inicialmente na hora de ir a um restaurante e ter que decidir pelo cardápio o prato desejado, ou, no supermercado, quando é preciso ler mais atentamente as embalagens dos produtos antes de fazer a escolha sobre o que levar.
A oftalmologia evoluiu e a variedade de soluções para corrigir a presbiopia é extensa e eficaz.
Na maturidade
De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a cada ano, cerca de 600 mil brasileiros recebem um diagnóstico de catarata e, com ele, o risco de cegueira. Trata-se de cegueira reversível a partir de uma cirurgia que consiste no implante de lente intraocular e permite o retorno de boa visão, concedendo autonomia e, a depender da lente implantada, até livrar-se dos óculos.
A catarata é a opacificação do cristalino, lente natural dos olhos e que ao amarelar, em consequência do envelhecimento do organismo, a partir dos 60 anos de idade, impede a passagem da luz para a formação nítida das imagens na retina e consequentemente no cérebro. O único tratamento existente para remoção da catarata é cirúrgico.
Diagnosticada a catarata, paciente e médico vão decidir pela substituição do cristalino opaco por uma lente artificial com capacidade monofocal ou multifocal.
Geral
Independente da faixa etária o check-up da visão é simples. Consiste em uma avaliação clínica normal no consultório do oftalmologista, seguida de uma aferição da pressão ocular e de um exame de fundo de olho. Feitos anualmente são exames suficientes para quem não tem nenhuma dificuldade diagnosticada e não está sentindo nenhuma alteração visual.
Esta avaliação pode detectar várias anomalias que, quando tratadas em tempo, não encontram espaço para se desenvolverem e se transformarem em grandes problemas
Há situações especiais que precisam de visitas mais frequentes além do simples check-up anual. São casos, por exemplo, dos usuários de lentes de contato, de alguns pacientes que realizaram cirurgia refrativa, em especial os alto-míopes, dos glaucomatosos de difícil controle, ou ainda de portadores de diabetes que apresentam retinopatia diabética ou degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Esses dois últimos devem consultar o oftalmologista a cada três meses.