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quinta-feira, 7 de abril de 2016

Mitos e verdades sobre a dengue

Com a epidemia de dengue que atinge quase todas as cidades do país, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) orienta a população sobre as principais dúvidas relacionadas à doença que pode ter seus sintomas confundidos com os de outras e deve ter diagnóstico precoce.  “Além da prevenção da doença, que se faz evitando a proliferação do mosquito, é importante reconhecer com rapidez os sinais e sintomas da doença, e procurar atendimento médico sempre que necessário”, reforça Rodrigo Lima, diretor de comunicação da SBMFC.
Confira os mitos e verdades sobre a doença:
Quem já teve dengue uma vez não terá mais a doença. 
MITO
. Existem quatro subtipos do vírus da dengue, e uma pessoa pode desenvolver a doença ao ser infectada com um subtipo com o qual não teve contato anteriormente.
Todas as pessoas precisam fazer exames de sangue para diagnosticar a doença. 
MITO. O diagnóstico pode ser feito apenas pelo exame clínico, e os exames de sangue só são indicados para quadros suspeitos de potencial gravidade, ou quando há dúvida no diagnóstico.
O Aedes aegypti só circula durante o dia.
MITO. O inseto não tem hábitos específicos relacionados a períodos do dia para circular, e pode picar tanto durante o dia quanto à noite.
Só é preciso se preocupar com a proliferação do mosquito durante o período de chuvas. 
MITO. O mosquito pode se reproduzir a partir de ovos depositados em água parada como garrafas, pneus, caixas d’agua, entre outros recipientes. Períodos de estiagem são particularmente perigosos pelo hábito de armazenamento de água.
Ao identificar sintomas como fortes dores no corpo, de cabeça, vômitos e náuseas constantes, é necessário procurar atendimento em uma Unidade de Saúde. 
VERDADE. A dengue pode ser confundida com outras viroses como a gripe, e o diagnóstico é importante para definir o tratamento.
É possível evitar a dengue. 
VERDADE. Manter a casa livre de possíveis focos de proliferação do mosquito e orientar vizinhos a fazer o mesmo pode evitar que o inseto esteja próximo de você. Repelentes também são indicados.
Se não for diagnosticada a tempo, a doença pode levar a pessoa à morte. 
VERDADE. A doença, principalmente a dengue hemorrágica, pode agravar o quadro clínico do paciente se não diagnosticada e tratada a tempo.
O tratamento consiste basicamente na hidratação e no uso de sintomáticos.
VERDADE. A medida mais importante no tratamento é a ingestão de líquidos, que evita as complicações da doença, e o controle dos sintomas. Importante lembrar que o uso de ácido-acetilsalicílico (AAS) é contraindicado por aumentar o risco de sangramentos.


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Diagnóstico precoce e hábitos saudáveis: principais aliados contra o diabetes

Um exame simples realizado em laboratório de análises clínicas para medir o nível de glicose no sangue, chamada glicemia (aleatória ou de jejum), é uma das mais importantes armas para diagnosticar o diabetes mellitus. Caso se detecte valores fora dos padrões, é sinal de que o paciente está pré-diabético ou com diabetes.
O teste da glicemia capilar feito a partir de uma gota de sangue tirada da ponta de dedo, muito comum em mutirões ou em serviços de pronto atendimento, é um procedimento ainda mais simples e permite medir instantaneamente o nível de glicose no sangue.
Diabetes é uma doença crônica, que não tem cura, mas que pode ser controlada por meio de medicamentos, alimentação balanceada e atividade física. Por isso, o acompanhamento médico e a realização de exames periódicos – principalmente para quem tem histórico familiar da doença ou apresenta excesso de peso – são fundamentais para um diagnóstico precoce e tratamento adequado desde o início, visando a prevenção das complicações.
Não controlado e em estado avançado, o diabetes pode levar à cegueira, acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, insuficiência renal e à amputação de membros. Os adultos com diabetes têm risco de morte 1,5 vez maior que os demais na mesma faixa etária.  “A prevenção é fundamental”, diz Vivian Estefan, endocrinologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. Segundo ela, além do risco de morte provocado pela doença, o seu impacto na qualidade de vida dos pacientes é enorme em função de todas as possíveis complicações.
Existem dois tipos de diabetes: tipo 1, que aparece normalmente na infância ou adolescência, em função de uma falha do sistema imunológico, que passa a entender a insulina como uma ameaça ao organismo e destrói as células que produzem o hormônio, originando uma deficiência total deste.
A tipo 2 (que corresponde a cerca de 90% dos casos), também chamada de familiar ou hereditário, aparece em geral após os 40 anos, em decorrência de obesidade, da falta de hábitos saudáveis de alimentação e sedentarismo. Neste caso, a produção de insulina encontra-se aumentada, porém existe uma resistência do organismo à sua ação.
De acordo com a especialista, há um aumento acelerado na incidência do diabetes tipo 2 na maioria dos países do mundo, inclusive no Brasil, devido principalmente ao estilo de vida pouco saudável e ao envelhecimento da população. Segundo dados IBGE de 2013, 6,2% da população com 18 anos ou mais tinham diabetes diagnosticada.


sábado, 29 de agosto de 2015

Homens com mais de 50 têm de fazer exame PSA anualmente

Isoladamente, o exame de toque – realizado na investigação de câncer de próstata – não oferece altas taxas de confiabilidade. Quando associado ao exame PSA (antígeno prostático específico), a dupla oferece 92% de acerto no diagnóstico. Por isso, é tão importante conhecer em detalhes esse exame laboratorial. Quanto maior o nível de PSA no sangue, maior também é a chance de o paciente ter câncer de próstata – sendo que taxas inferiores a 2,5ng/ml são consideradas normais.  De acordo com o médico radiologista Leonardo Piber, do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), é fundamental que homens entre 50 e 75 anos se submetam a esse simples exame de sangue todos os anos.
“Quando a análise do sangue detecta alteração importante, normalmente o paciente é encaminhado a novos exames de imagem para diagnosticar precocemente o câncer de próstata, já que a doença oferece boas chances de cura quando tratada logo no início”, diz o médico. O PSA é uma proteína encontrada em grandes quantidades no sêmen e em pequena quantidade no sangue, mas é o suficiente para indicar quando há risco. “Pode acontecer de o nível de PSA estar alto por conta de alguma inflamação ou infecção na glândula prostática. Daí a importância de o médico fazer o toque retal e encaminhar o paciente para exames de imagem, considerando idade, histórico familiar, medicamentos de uso contínuo e até mesmo determinados suplementos que afetam o tamanho da próstata”, explica ele.
Na opinião do médico, conhecer os fatores de risco para o câncer de próstata – que é o segundo mais comum entre brasileiros, com quase 70 mil novos casos por ano – contribui muito para evitar negligência ou alarmismo. A maioria dos casos acontece por volta dos 65 anos, mas a investigação diagnóstica deve acontecer entre 50 e 75 anos. Quando há parentes diretos que já enfrentaram a doença, o recomendado é iniciar os exames anuais a partir dos 40 anos. Trata-se de um tipo de câncer que mata mais de 13 mil pessoas todos os anos e é particularmente agressivo para homens com uma dieta rica em gorduras ou que são de fato obesos.
Quando tanto o toque retal quanto o nível de PSA apontam para o câncer de próstata, Leonardo Piber diz que outros exames costumam contribuir para chegar a um diagnóstico preciso, como o ultrassom transretal e a biópsia. “A ressonância magnética também costuma ser empregada para sabermos a localização exata do tumor, bem como se ele se espalhou pela próstata”, ressalta.  Independentemente dos exames que serão realizados, o médico chama atenção para o fato de que inicialmente a doença costuma ser assintomática, ou seja, não apresenta sintomas relevantes. Mesmo assim, o paciente pode começar a sentir dificuldade ou dor ao urinar, urgência em urinar (principalmente à noite), urinar em pouca quantidade e mais vezes, verificar sangue na urina, e sentir dor persistente nas costas ou nos quadris.
“Quando o câncer de próstata atinge outros órgãos, o paciente também pode ter dor nos ossos, fraqueza generalizada, perda de peso sem motivo aparente, anemia e falência renal. Por se tratar de uma doença que pode ser diagnosticado e tratado com sucesso logo no início, é importante que os homens levem a sério os exames preventivos, principalmente essa dobradinha entre toque retal e exame de PSA assim que atingem a meia-idade”, adverte o médico radiologista.

sábado, 30 de agosto de 2014

Anemia deve ser levada a sério



A anemia significa uma diminuição da hemoglobina no sangue, que causa uma redução dos glóbulos vermelhos (hemácias) circulantes. As causas de anemia são múltiplas, porém a maior delas é a deficiência de ferro (anemia ferropriva), responsável por até 90% das anemias. A falta de ferro no organismo pode ser carencial (por baixa ingesta de alimentos que contém ferro), bem como por perdas (como, por exemplo, sangramentos menstruais abundantes nas mulheres ou perdas pelo aparelho digestivo).
A anemia ferropriva é a maior causa de anemia no planeta, e a sua incidência varia bastante de acordo com fatores socioambientais. Nos países desenvolvidos, acomete aproximadamente 17% das crianças até 5 anos de idade, e nos em desenvolvimento, pode atingir até 50% dessa faixa de população.
Outras causas de anemias podem ser: deficiência de vitamina B12; deficiência de ácido fólico; anemias de origem genética (Talassemia); anemias hemolíticas (nas quais ocorre destruição das hemáceas); as anemias devidas a “doenças do sangue” como leucemias e mieloma múltiplo; as anemias decorrentes de doenças crônicas, como a insuficiência renal.
Os sinais e sintomas de uma pessoa com anemia são, principalmente, a palidez cutânea e cansaço, além de insônia, alteração do apetite e, nas crianças, retardo do crescimento. Porém outros achados relacionados com a doença que causou a anemia também podem prevalecer: icterícia, febre, emagrecimento, e até úlceras de perna podem auxiliar no diagnóstico deste mal.
Cabe lembrar que a anemia é muito mais danosa para as crianças, pois ela está associada com um retardo do desenvolvimento pondero-estatural, bem como do aprendizado. Isso acarreta um problema social grave, principalmente nos países em desenvolvimento. Na idade adulta, a presença de anemia pode trazer consequências como perda do rendimento no trabalho e até mesmo problemas no convívio social.
É muito importante o indivíduo valorizar quaisquer sinais ou sintomas que possam indicar a presença de anemia, e sempre procurar auxílio médico para uma melhor elucidação. O hemograma é o primeiro exame para se diagnosticar uma anemia. É um exame básico, comumente solicitado em avaliações médicas de rotina e check-ups.
Portanto, como podem ver, é muito importante que uma pessoa com anemia seja devidamente avaliada por um médico, o qual irá solicitar os exames necessários para o diagnóstico, bem como iniciar um tratamento adequado.
(Artigo do nefrologista Ricardo Benvenutti)