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quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Entenda a diferença de rinite e asma

 


Os especialistas da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) afirmam que portadores de rinite não são grupo de risco para Covid 19 nem em infectividade. Já os pacientes com asma, mesmo não sendo mais propensos a adquirir a infecção por coronavírus, podem desenvolver complicações se infectados pelo novo coronavírus.

“Asma e rinite são duas patologias diferentes. Apesar de serem doenças atópicas (alérgicas) e hereditárias, elas são diferentes na sua gravidade, comprometimento e tratamento. Enquanto a asma provoca crises de falta de ar, chiado, sensação de aperto no peito e tosse, a rinite alérgica traz espirros, obstrução nasal, coriza e coceiras nos olhos, nariz, garganta e ouvidos. Mesmo não sendo tão grave quanto a asma, a rinite é um grande incômodo para o paciente, afetando sua qualidade de vida”, explicou o pediatra do Hospital Universitário de Jundiaí, Cristiano Guedes.

No caso da asma alérgica, existem desencadeantes em comum com a própria rinite alérgica e alguns testes alérgicos podem ser feitos. “Existe a teoria de via aérea única, em que a asma e a rinite são consideradas manifestações da mesma doença e o descontrole de uma pode levar ao descontrole da outra. Por isso, sempre que uma pessoa tiver o diagnóstico de asma, deve-se investigar rinite também e vice-versa. O controle das duas doenças é indispensável. Não podemos tratar apenas uma”, reforça dr. Cristiano.

O tratamento de ambas é dividido em dois momentos. “O tratamento preventivo com o afastamento de agentes desencadeantes das crises como cigarro, poeira, fungos, ácaros, higiene adequada do microambiente etc, com auxílio de medicamentos como os antialérgicos, antileucotrienos, corticoides inalatórios e broncodilatadores de longa duração. Quando o paciente apresenta crise, o tratamento é com auxílio de broncodilatadores como as "bombinhas" e, em alguns casos, uso de corticoides e outros medicamentos de uso emergencial”, comenta.

Em ambos os casos, a oscilação de temperatura favorece o surgimento das crises. Existem crianças que apresentam os sintomas apenas pelo ar frio (não adianta "encapotar" a criança). “A oscilação térmica sem dúvida é um fator de piora”, acentua o médico.

Dr. Cristiano finaliza dizendo que os pais devem procurar o pronto socorro apenas em casos de piora. Quadros leves devem ser tratados via ambulatório. O melhor tratamento é a prevenção e orientação.

 

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

HERPES: COMO IDENTIFICAR E CONTROLAR OS GATILHOS



Quem sofre de herpes sabe: o controle dos gatilhos é a chave para evitar novas crises. Nos últimos tempos, o estresse e o confinamento por conta da pandemia do novo coronavírus piorou ainda mais as condições de quem sofre desta doença, que pode ter no estresse um desses importantes gatilhos de crises.

Segundo o dr. Alexandre Fabris, médico membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, estudos clínicos demostram que o sistema imunológico está intimamente ligado ao sistema psíquico-emocional. “Portanto, é comum observar o aparecimento de crises de herpes em pessoas infectadas em estresse intenso, o que pode ser explicado devido à menor vigilância imunológica desses indivíduos” explica.

O dermatologista ressalta que outras situações também relacionadas são privação de sono, infecções, alterações hormonais e estado febril. “Nesta pandemia da Covid-19, tem-se observado um aumento dos casos de herpes zoster (vírus varicela zoster, da família do herpes vírus) e parece estar relacionado com aumento da ansiedade e insônia dos indivíduos acometidos”, relaciona.

Fatores genéticos também podem ser importantes na infecção pelo vírus do herpes e sua forma de apresentação. “Isso explica porque algumas pessoas infectadas não apresentam crises e outras quadros mais intensos e mais reincidentes da doença. Devido ao tipo genético associado à resposta de cada pessoa, nem sempre os filhos de pais que apresentam herpes de repetição são igualmente acometidos”, ressalta dr. Alexandre.

A alimentação é outro fator importante para o agravamento de crises em pessoas que têm o vírus. O dermatologista explica que alimentos ricos em aminoácido arginina como, por exemplo, pipoca, gelatina, chocolate e nozes, podem aumentar o número de crises de herpes em indivíduos predispostos. “Isso ocorre porque o vírus, para se replicar, utiliza a arginina para formar as estruturas como seu capsídeo e envelope”, ensina o dermatologista.

Segundo dr. Alexandre, a solução para evitar este tipo de crise pode estar no aumento da ingestão do aminoácido lisina, que provoca a redução da quantidade de arginina intracelular e, portanto, menor substrato para a replicação do vírus. “Alguns estudos demonstraram que em indivíduos que apresentam crises de repetição, a suplementação de lisina reduz significativamente o número de crises de herpes, além de acelerar a cicatrização das feridas, reduzindo o tempo de cura das lesões”, complementa.

terça-feira, 3 de agosto de 2021

É possível evitar as varizes?

 


Doença que acomete mais as mulheres na proporção de três mulheres para cada homem, as varizes são veias, dilatadas e tortuosas, que surgem nos membros inferiores e podem ser facilmente observadas. Além de afetarem a parte estética também causam dor, cansaço e peso nas pernas.

O cirurgião vascular dr. Josualdo Euzébio (CRM-MG 26.128)relata que é uma doença multifatorial, não podendo ser atribuído apenas uma causa. Os fatores de risco mais conhecidos para o surgimento das varizes são pessoas acima da terceira década de vida, sedentarismo, gravidez, permanência por longos períodos na posição de pé, obesidade, histórico familiar, fístulas arteriovenosas e passado de trombose venosa profunda.

Além da aparência incômoda, as varizes trazem consigo uma série de sintomas, como ardência, dormência, sensação de peso e inchaço nas pernas, mudanças na cor da pele e até coceira na região sobre a veia varicosa. "Ao contrário do que se pensa, o problema das varizes não é apenas a aparência ou o mal estar. Estas veias doentes podem se romper e causar hemorragia em casos avançados", esclarece o médico.

 É importante buscar a ajuda de um especialista para avaliação, diagnóstico e tratamento adequado e minimizar o desconforto e evitar complicações.

Dr. Josualdo Euzébio enfatiza que uma alimentação balanceada e a prática de atividade física, são muito importantes. A atividade física melhora a bomba muscular da panturrilha, melhorando o retorno venoso, o uso de meias de compressão graduada com indicação médica também é um grande aliado.

Em relação ao tratamento, o cirurgião vascular informa que cada paciente precisa ser avaliado com exame físico e se necessário exames auxiliares para complementar o diagnóstico. Existem várias modalidades de tratamento sendo escleroterapia, escleroterapia a laser, escleroterapia com espuma, cirurgia com retirada de varizes, endolaser, radiofrequência.

Além disso, existem alguns medicamentos que podem apresentar alivio dos sintomas e sempre lembrando que as meias de compressão são um grande aliado.

O especialista lembra que é fundamental seguir algumas recomendações importantes para que o tratamento tenha eficácia e consultar um cirurgião vascular ou angiologista para uma avalição e orientação especifica para cada pessoa.

 

quarta-feira, 30 de junho de 2021

O que não fazer para piorar a diástase

 


Estima-se que a cada 3 mamães duas sofram com diástase após a gestação.  A condição, caracterizada pelo excesso de afastamento dos músculos abdominais, está entre as queixas mais comuns das mulheres nas consultas pós-parto. Enquanto umas relatam aparência de grávida, mesmo após meses de vida do bebê, outras sofrem com incontinência urinária e dores na lombar.  

Segundo a especialista em reabilitação da diástase, Verônica Motta, conhecida como Vevê Fit e criadora do programa Adeus Diástase, da plataforma de exercícios online, Queima Diária, o problema ocorre na gravidez, mas pode afetar também ex-obesos, inclusive homens. Para evitar a piora da diástase, a expert alerta que é preciso ter cautela ao executar tarefas domésticas e conta que o segredo da cura está em fazer os exercícios específicos para reabilitar a diástase, que são os hipopressivos e o RAP. A seguir, confira o que não fazer e como tratar a diástase, por meio desses exercícios indicados por ela.

Como identificar a diástase, em casa?

 

Vevê Fit diz que o processo é bem simples e pode ser feito através de autoexame. Basta deitar de barriga para cima, contrair o abdômen como se fosse realizar um exercício abdominal e pressionar os dedos (indicador e médio) acima e abaixo do umbigo, apalpando a barriga. Veja se existe um afastamento entre essa musculatura. Se existir, é possível medir com os dedos, se ela tem um, dois ou mais dedos de diâmetro.

 

 Atenção aos movimentos do dia a dia

Após identificada a diástase, Vevê Fit indica ter disciplina nas atividades simples da rotina. Mas antes, ela explica: a parede abdominal é composta por quatro músculos: transverso (camada mais profunda ou cinturão natural), obliquo interno, obliquo externo e reto abdominal, que são os músculos mais aparentes. "Todos os músculos da parede abdominal são interligados pela linha alba, que fica entre os retos. A frouxidão da linha alba deixa um espaço entre os músculos e é aí que acontece a diástase. Qualquer movimento que se fizer que vai empurrar ou fazer uma força mecânica de dentro para fora, vai piorar a diástase ou atrasar o processo de reabilitação", explica.

 

Varrer a casa, passar pano no chão, carregar o filho, tirar um galão de água da mesa e colocar no chão, arrastar um móvel, levantar-se do chão, são atividades que merecem atenção, de acordo com a treinadora. "Ao realizar qualquer tarefa, é preciso ter consciência de movimento e conectar o abdômen.  Para isso, é preciso imaginar uma faixa elástica amarrada na cintura. Antes de fazer qualquer esforço é necessário apertar esse cinturão natural", explica.

 

Na contramão da indicação de alguns profissionais, Vevê afirma que o tratamento da diástase "não é levar o umbigo nas costas ou segurar o xixi. Na reabilitação, é preciso manter uma boa postura o tempo todo. Coluna reta, sentir o músculo abraçar a coluna e aí sim fazer a tarefa, seja ela qual for".

 

Nada de cinta

Segundo Vevê Fit, o uso de cinta modeladora é um erro e prejudicial à saúde. "Muita gente fala que a cinta vai ajudar. Temos uma cintura natural chamada de transverso abdominal. Ele é um músculo bem profundo, localizado ao redor da cintura. Usar cinta modeladora vai deixar esse músculo sem função, ou seja, vai perder tônus e outros problemas como dores nas costas irão aparecer. Para quem tem diástase é necessário trabalhar uma musculatura profunda e não é a cinta que vai fazer o músculo se reaproximar", esclarece. 

 

Não estufe o abdômen na hora do exercício

"Quando for fazer qualquer exercício durante a rotina de treino, seja abdominal ou agachamento, tome cuidado para a barriga não estufar. Contenha o abdômen para não piorar a diástase. Ressalto que não é o exercício que vai piorar a diástase, mas sim a fraqueza e a falta de tônus dos músculos".

 

Como tratar?

De acordo com a especialista, há somente duas formas de recuperar a diástase: através de exercícios específicos ou, em poucos casos, por meio de cirurgia. "De 100 mulheres que atendo apenas duas precisam de cirurgia para reverter o quadro. São casos, geralmente, de gravidez gemelar ou engordou muito e o músculo afastou mais de seis centímetros", explica.

 

 

terça-feira, 22 de junho de 2021

Conscientização e conhecimento são os primeiros passos para o tratamento da asma

 


Em 21 de junho é celebrado o Dia Mundial de Controle da Asma, uma das doenças crônicas mais comuns. Segundo dados epidemiológicos da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), ela acomete cerca de 300 milhões de pessoas entre crianças e adultos a nível mundial. No Brasil, estima-se que em torno de 20 milhões de brasileiros sejam asmáticos, acarretando em média 350 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) anualmente.

Trata-se de uma doença de trato respiratório, que desencadeia um processo inflamatório nas vias aéreas. A causa da asma ainda não é conhecida, mas acredita-se que seja um conjunto de fatores genéticos e ambientais, que podem agravar ou desencadeá-la. Os fatores ambientais são os mais comuns, como a exposição à poeira, mofo, fungos, poluição e períodos sazonais do ano. Nas questões genéticas, observamos o histórico familiar de asma e rinite, além da obesidade.

Um paciente com asma apresenta os seguintes sintomas:

-    Falta de ar ou dificuldade para respirar;
-   Chio no peito, popularmente chamado de gato no peito
-    Sensação de peito pesado ou aperto
-    Tosse

Estes sintomas normalmente apresentam-se mais comumente nas primeiras horas da manhã ou à noite, pode piorar com a prática de exercícios físicos ou exposição do indivíduo à alérgenos como citados anteriormente, mofo, poeira, poluição.

O diagnóstico da doença é realizado pelo médico, através da história do paciente juntamente com a realização do exame de espirometria. Vale ressaltar que o diagnóstico de asma não é realizado através de radiografia de tórax ou somente baseado na história clínica do paciente. A radiografia de tórax muitas vezes é solicitada pelo médico, entretanto, ela é realizada com intuito de descartar outras patologias como tumores e não para diagnóstico da asma. A história clínica detalhada é de suma importância para fechar o diagnóstico. Nele, é importante observar quando o paciente relata apresentar os sintomas, períodos do dia, em alguma estação do ano, em algum ambiente específico, até mesmo para se descobrir ou dar indícios dos possíveis desencadeadores dos sintomas.

O exame específico é a espirometria, também conhecido como prova de função respiratória. Trata-se de um exame simples no qual o paciente realizará diversas expirações, e este volume de ar exalado será transcrito em números e gráficos para análise. Muitas vezes este exame é repetido, porém com o uso de um broncodilatador para acompanhar uma possível melhora nos volumes pulmonares avaliados, e desta forma verificar se a medicação será ou não eficaz, para uma possível reversão de um quadro agudizado.

 A asma possui diferentes graus de gravidade, classificados em quatro graus. O primeiro tem sintomatologia mais leve e períodos sem agudização do quadro, o grau quatro há presença de sintomas mais graves, com importante redução da ventilação pulmonar e sem períodos de cessação da crise.

A doença não tem cura, entretanto, com o tratamento adequado, os sintomas podem melhorar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo. O importante nestes pacientes é, além da medicação rotineira, o autoconhecimento e o autocuidado a fim de evitar fatores desencadeantes da crise asmática, mantendo assim a melhor qualidade de vida.

No tratamento medicamentoso são utilizadas as famosas bombinhas, medicações inalatórias a base de broncodilatadores ou corticoides inalatórios que conseguem ser administradas em doses pequenas e com ótima eficácia, tanto no controle quanto na reversão e em boa parte das crises asmáticas.

Desde de 2011, o SUS fornece tratamento gratuito aos asmáticos por meio do Programa Farmácia Popular. Medicamentos como brometo de ipratrópio, dirpoprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol podem ser obtidos, gratuitamente, com a apresentação do CPF e da receita médica.

Outra conduta importante para o paciente asmático é a prática de exercícios aeróbicos, sempre autorizada pelo médico e realizada de forma supervisionada. O objetivo é ter um melhor condicionamento cardiorrespiratório, auxiliando na redução de episódios de crise.

sábado, 19 de junho de 2021

Minha tontura é labirintite?

 


Citada de maneira equivocada pela maioria das pessoas que sofrem de tontura, a labirintite pode, na verdade, esconder outras doenças do labirinto, que é a parte interna do ouvido, responsável pela audição, percepção e equilíbrio do corpo.

De acordo com o otoneurologista Ricardo Dorigueto, do Hospital Paulista, o termo labirintite é geralmente utilizado de modo incorreto por pacientes e, até mesmo, por alguns profissionais da saúde, como sinônimo de tontura.

O especialista faz um alerta para os riscos de doenças neurológicas, psiquiátricas, cardíacas, hormonais e metabólicas, manifestadas com os mesmos sintomas. De fato, a maioria dos pacientes que se queixa de tontura possui doenças localizadas no labirinto ou em suas conexões com o sistema nervoso, mas não é a labirintite, caracterizada pela inflamação do labirinto.

Segundo o dr. Dorigueto, é importante que, ao sentir tontura, o indivíduo procure um médico, que pode ajudar a identificar a doença ou qual condição de saúde que está causando este sintoma.

"Erros alimentares, estresse emocional, automedicação e hábitos inadequados de sono e postura devem ser corrigidos. Neste momento de isolamento social, é necessário ficar atento também ao nervosismo, insônia e ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, nicotina e doces", destaca o especialista.

A patologia, no entanto, pode ser evitada por meio da adoção de hábitos saudáveis, praticados no dia a dia, além de uma dieta equilibrada, livre de gordura e açúcares; e da prática de atividades físicas regulares.

Diagnóstico

A melhor forma de diagnosticar a tontura é por meio de avaliação médica minuciosa. Como os sintomas costumam ser bastante comuns em pessoas que sofrem de outras patologias, como diabetes, hipertensão e até esclerose múltipla, é comum que ela seja facilmente confundida com outra doença.

"Caso haja algum desses sintomas, é importante que o paciente procure um profissional o quanto antes. A avaliação médica é importante não só para diagnosticar a labirintite, mas qualquer uma das doenças mencionadas", ressalta o médico.

Segundo o dr. Ricardo, o diagnóstico da tontura pode ser auxiliado por meio de exames complementares sofisticados, como a videonistagmografia, o vHIT (teste do impulso cefálico com vídeo) e o VEMP, indicados pelo profissional caso haja necessidade.

 

quinta-feira, 17 de junho de 2021

Fake news sobre cirurgias de hérnia de disco interferem no tratamento



Muito se fala sobre a hérnia de disco, uma doença relativamente comum no país: segundo o IBGE, mais de 5,4 milhões de brasileiros são afetados. Apesar de ser conhecida, ela é também uma doença que gera muitas dúvidas, principalmente sobre as formas de tratamento. Será que os pacientes realmente precisam de intervenções invasivas?

Segundo o dr. Marcelo Valadares, médico neurocirurgião da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein, nem todo paciente com hérnia de disco precisa de uma cirurgia de coluna. "Este é um dos problemas mais comuns no consultório. O papel da cirurgia para quem tem hérnia de disco, na verdade, é muito pequeno. A maioria dos pacientes melhoram da dor apenas com medidas paliativas, como o uso de medicamentos", diz.

O especialista explica que cerca de 9 a cada 10 pacientes com dores causada por hérnias de disco não precisam de cirurgia. "O bom cirurgião sempre leva a intensidade da dor do paciente em conta, há quanto tempo ele está sofrendo com o problema e, também, como a dor interfere em suas atividades diárias", afirma o médico. "Se os sintomas forem leves e tiverem curta duração, o tratamento jamais será cirúrgico. "O organismo é sábio e capaz de corrigir alterações sozinho, ou com um pequeno auxílio. Em determinados casos, somente a fisioterapia ou uma infiltração são necessários", complementa o neurocirurgião.

Nos casos cirúrgicos, que são exceções, o dr. Valadares reforça: se o paciente for bem tratado e bem indicado, provavelmente terá grandes chances de resolver seu problema definitivamente com a cirurgia. "Raramente a cirurgia será a primeira opção. Quando isso acontece, é extremamente raro e relacionado a alterações neurológicas graves. É possível que tentemos tratamentos mais simples antes. Entretanto, quando o problema persiste e a pessoa está, por exemplo, há meses ou até mesmo anos sofrendo com dor, o caso será reavaliado", finaliza. 

 


segunda-feira, 17 de maio de 2021

Obstrução do canal lacrimal afeta 6%dos recém-nascidos

 


Atenção mamães de recém-nascidos! O acúmulo de secreção amarelada nos olhos e o lacrimejamento constante em bebês podem indicar obstrução do canal lacrimal. No caso desses sintomas surgirem logo ao nascimento, é possível que seja a forma congênita da patologia.

Segundo a oftalmopediatra dra. Marcela Barreira, a maioria dos casos de obstrução do canal lacrimal em bebês ocorre devido ao não rompimento de uma membrana, localizada na região da válvula de Hasner, estrutura que liga o ducto lacrimal à cavidade nasal. Com essa obstrução, em vez das lágrimas percorrerem o caminho esperado, elas ficam represadas nos olhos, causando os sintomas.
 
Sintomas mais comuns

Entre as manifestações mais comuns estão o lacrimejamento constante, bem como o acúmulo de secreção amarelada nos olhos. “Os bebês acometidos podem ficar com as pálpebras coladas quando a secreção seca, além de apresentar irritação na pele da região palpebral, chamada de dermatite da pálpebra”, diz dra. Marcela.  
 
A oftalmopediatra reforça que há outras condições oculares que podem se manifestar com sintomas parecidos. “Entre elas podemos citar a conjuntivite, glaucoma congênito, triquíase (quando os cílios nascem para dentro) ou ainda o fechamento incompleto das pálpebras. Portanto, o correto é procurar um oftalmopediatra para o devido diagnóstico”.  
 
Tratamento pode ser cirúrgico
 
Quase sempre, o problema tende a se resolver até o bebê completar um ano. Isso porque, com o tempo, a espessura das vias lacrimais aumenta, ajudando a desobstruir. Alguns procedimentos podem ser feitos para melhorar a drenagem das lágrimas, como a massagem das vias lacrimais. Até o quinto mês de vida, a condição é tratada com medidas menos invasivas, como massagem e limpeza dos olhos.

Entretanto, alguns bebês podem precisar de tratamentos cirúrgicos, como a sondagem e irrigação do canal lacrimal e, em outros casos, uma cirurgia chamada dacriocistorrinostomia, explica dra. Marcela.
 
De acordo com a especialista, esse procedimento cirúrgico é realizado para criar uma comunicação do canal lacrimal com o nariz, através de uma abertura óssea na fossa lacrimal. “A indicação é feita quando a sondagem não resolveu a obstrução, ou ainda quando a criança passa do momento de fazer a sondagem”.
 
O prognóstico da obstrução do canal lacrimal é bom na maioria dos casos, cerca de 90 a 95% dos bebês tendem a apresentar melhora do quadro ao completar um ano de vida.
 
“O importante é diagnosticar e tratar precocemente, tanto para evitar procedimentos mais invasivos, como para aliviar os sintomas”, encerra dra. Marcela.


 

quarta-feira, 12 de maio de 2021

Mês de Conscientização da Fibromialgia

 


Além de conviver com dores crônicas e fadiga, o paciente preciso driblar o preconceito de quem acha que suas queixas são "imaginárias". Não é à toa que, no dia 12 de maio, foi instituída uma data específica para a conscientização da Fibromialgia, doença caracterizada por queixas de dores musculoesquelética difusas e persistentes. Estima-se que a doença acometa em torno de 4% da população mundial, incidindo principalmente em mulheres, entre 35 e 44 anos, e sedentárias. Os homens, no entanto, também podem ter a condição. No Brasil, cerca de 4,8 milhões de pessoas possuem Fibromialgia, mas apenas 2,5% dos pacientes recebem tratamento adequado.

Quem possui fibromialgia costuma sentir dores musculares fortes em diferentes regiões do corpo, além de fadiga crônica, sensação de formigamento nas mãos e nos pés, enxaqueca, rigidez muscular, dor após qualquer esforço físico e anormalidades no sono. Pesquisas também indicam os efeitos à saúde mental da doença, inclusive questões acentuadas durante a pandemia e o isolamento social.

"Muitas vezes desacreditados por se queixar de dor sem outros sintomas aparentes, o paciente sofre preconceito de familiares amigos ou por colegas de trabalho. Um gatilho para quadros depressivos, ansiedade, deficiência de memória e desatenção. Estudos clínicos, inclusive, apontam o aumento de estresse na vida dessas pessoas, inclusive se multiplicando na pandemia", alerta o dr. Marcelo Valadares, neurocirurgião, médico da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Hospital Israelita Albert Einstein.
"Uma vez que os sintomas são similares aos de outras doenças, como tendinite, ou à prática inadequada e intensa de exercícios, a fibromialgia nem sempre é diagnosticada e tratada como o esperado", complementa o neurocirurgião.

O médico explica, ainda, que consultar neurocirurgião funcional ou um neurologista pode ser valioso para o tratamento. "A fibromialgia é uma doença que envolve, entre outras coisas, uma alteração nos centros do cérebro de percepção dolorosa. O paciente possui, portanto, uma sensação aumentada à dor. Embora hoje a fibromialgia seja tratada por especialidades como reumatologia e medicina da dor, ela é, também, um problema de origem neurológica", conclui.

Embora ainda não tenha cura, há tratamentos promissores para controlar os sintomas da fibromialgia. Alongamentos, exercícios físicos de baixa intensidade e o uso de medicações apropriadas, como os analgésicos, por exemplo, são opções eficazes, bem como a acupuntura. Mas o ideal é procurar ajuda médica para obter um tratamento personalizado e condizente com as necessidades de cada paciente.

terça-feira, 4 de maio de 2021

Saiba como aliviar os sintomas da Síndrome do Intestino Irritável


A Síndrome do Intestino Irritável (SII) está presente na vida de até 20% da população adulta brasileira, mas muitas pessoas ainda vivem com o desconforto sem serem diagnosticadas. Com sintomas que incluem dores, inchaço abdominal e episódios intercalados de constipação e diarreia, o distúrbio não é considerado uma doença, mas traz perda na qualidade de vida. "A síndrome causa uma desordem funcional no intestino, mas não provoca nenhuma alteração ou lesão que possa ser detectada em exames. É mais comum em mulheres e pode estar diretamente relacionada a momentos de estresse emocional. E embora não haja nenhum exame para comprovar a SII, é preciso procurar o médico para excluir a possibilidade de outras doenças", explica a nutricionista ortomolecular Claudia Luz, da Via Farma. 

Após feito o diagnóstico por eliminação, é possível amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida por meio de algumas mudanças nos hábitos, principalmente na alimentação. "Já que a síndrome também pode ser agravada por gatilhos emocionais, em alguns casos também são indicadas abordagens terapêuticas para aliviar o estresse e a ansiedade, além de acompanhamento psicológico", pontua a nutricionista. 

Cuidados essenciais 

As causas da Síndrome do Intestino Irritável ainda não são completamente esclarecidas, mas acredita-se que sua origem seja multifatorial. "Além da alimentação e da questão emocional, a desordem também pode estar ligada a fatores genéticos e desequilíbrios na flora intestinal" explica Claudia. Por isso, o tratamento adequado deve contar com um acompanhamento multidisciplinar, que inclua o médico e também o nutricionista. 

A mudança da alimentação é um dos fatores mais importantes, já que algumas escolhas na hora das refeições podem piorar os sintomas. "Estudos têm mostrado que dietas ricas em alimentos altamente fermentáveis, conhecidos no meio científico como FODMAPs, trazem pioras significativas nos quadros de SII. Por isso, uma das estratégias nutricionais indicadas é justamente reduzir o consumo desses alimentos", diz Claudia. O grupo dos FODMAPs é grande, e inclui desde alguns tipos de frutas até leite e derivados, leguminosas e carboidratos. De acordo com a especialista, a dieta para reduzir o consumo desses alimentos pode amenizar as crises intestinais, mas não deve ser feita por muito tempo e precisa do acompanhamento de um nutricionista. 

Dentro do plano alimentar, é preciso priorizar as opções naturais, dando atenção especial à hidratação ao longo do dia. E na hora de temperar os preparos, também é importante dar preferência aos condimentos naturais, já que as versões industrializadas podem ser prejudiciais para a saúde do intestino e do organismo como um todo. Para potencializar os resultados de uma alimentação balanceada, a suplementação de probióticos também pode ser indicada pelo nutricionista e desenvolvida de forma personalizada em farmácias de manipulação. "O uso desse tipo de nutracêutico é muito eficaz no reequilíbrio da flora intestinal e no alívio de dores, distensões, constipação e diarreia. A cepa Saccharomyces cerevisiae (Bowell), por exemplo, conta com estudos que apontam a melhora dos sintomas nos primeiros 15 dias de uso", finaliza Claudia

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Depressão no idoso

 


A depressão é um dos transtornos mentais que mais atinge os idosos, sendo um quadro de adoecimento que inclui alteração de humor e que pode afetar qualquer indivíduo em qualquer momento da vida.

Desânimo, apatia, irritabilidade, perda de memória, alteração de sono e alimentação, esses são alguns dos sinais importantes para identificar a depressão.

Algumas mudanças que chegam com a idade são consideradas normais pelos olhos da maioria das pessoas. Não é incomum ouvirmos comentários sobre “como aquele senhor está cada vez mais ranzinza”, “este senhor não gasta energia, por isso está comendo tão pouco”, “minha mãe era tão ativa quando nova, agora com a idade não quer fazer mais nada”.

Sim, existem algumas alterações físicas, cognitivas e no comportamento que são esperadas com a passagem do tempo, afinal ocorrem transformações no processo de envelhecimento. Porém, existe uma diferença entre o envelhecer saudável e os sintomas depressivos, os quais exigem atenção especial nessa fase da vida.

Clinicamente, as queixas mais comuns são as físicas: dores pelo corpo, falta de apetite, insônia, isolamento e apatia. O componente hereditário, as dificuldades trazidas pelo envelhecimento em si, a perda das funções sociais e limitações das doenças físicas são fatores relevantes na identificação do processo depressivo.

Tratando-se dos sintomas depressivos, aqueles que afetam a cognição merecem atenção especial, pois podem ser facilmente confundidos com alterações típicas do processo de envelhecimento, como alterações da atenção, memória, linguagem, planejamento, organização e execução das tarefas cotidianas. De acordo com a neuropsicologia (o estudo da relação entre mente, cérebro e funções cognitivas), existem padrões a serem avaliados e comparados com as referências de cada faixa etária.

Como diferenciar os processos da limitação associados à passagem do tempo daqueles advindo do adoecimento depressivo?

É importante ter conhecimento sobre aquele indivíduo, pois a principal referência é: quem é aquela pessoa. Ou seja, como viveu, o jeito de ser, os impactos que a vida teve sobre aquele sujeito e como ele sempre reagiu a eles.

Embora as pessoas mudem ao longo do tempo, elas preservam a sua essência, então mudanças bruscas que afetam sua maneira de se comportar precisam de atenção redobrada. Destacamos aqui a importância de familiares ou pessoas de convivência diária do idoso para a identificação dessas alterações.

Problemas de memória, que são bastante comuns nessa fase, podem, por exemplo, vir de quadros demenciais, lesões ou da depressão, pois o quadro depressivo está associado ao rebaixamento das funcionalidades cognitivas do indivíduo.

Por isso, é importante ser acompanhado por um especialista, para que ele faça um diagnóstico diferencial e um planejamento de atividades de estimulação dos mais variados interesses.

Por Eliete Celi Martini Orsi, psicóloga (CRP 06-15998-1) e Giovana Martini Orsi, psicóloga e neuropsicóloga (CRP 06/131199)

 

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Hérnia inguinal atinge 20% dos homens em alguma fase da vida

 


As hérnias inguinais - que ocorrem na região da virilha - têm alta prevalência na população, correspondendo a 75% de todas as hérnias da parede abdominal, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hérnia. Tratam-se de aberturas na parede muscular que permitem a passagem de porção de um órgão ou de gordura através dela.

Estima-se que 20% dos homens vão apresentar a alteração em algum momento da vida, assim como 3% das mulheres. Segundo Christiano Claus, cirurgião e presidente da SBH, a alteração aparece em uma área de fragilidade, na zona de junção entre a coxa e a parte inferior do abdômen, onde existe uma abertura natural por onde passam os vasos e nervos para os testículos, a transformando em uma área mais frágil. Hérnias grandes ou volumosas podem descer em direção aos testículos e são chamadas de hérnia inguinoescrotal. 

O vice-presidente da SBH, dr. Marcelo Furtado, explica que os pacientes podem nascer com a hérnia ou desenvolver a alteração ao longo da vida "Existe a hérnia congênita, que é presente desde o nascimento, mas só se manifesta na idade adulta, com a fraqueza da musculatura. Em outros casos, os pacientes desenvolvem a hérnia ao longo da vida", explica. Dificuldade para urinar e defecar, tosse e esforço físico podem desencadear o aparecimento da hérnia inguinal, que provoca dor e desconforto ao paciente.

A única forma de tratamento para as hérnias é a cirurgia. "Como é uma abertura na musculatura não há outra forma de fechar esse espaço sem ser com cirurgia, a sutura dos tecidos. Também utilizamos uma prótese, no formato de tela, para evitar a recidiva do problema", afirma o dr. Gustavo Soares, diretor da SBH.

 

terça-feira, 20 de abril de 2021

Glaucoma é principal causa de cegueira no mundo

 


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo. Quanto a prevalência, estima-se que de 2 a 3% da população é afetada pelo glaucoma e esse número aumenta com a idade.

 
Glaucoma é o termo geral que denomina uma série de condições que podem causar danos ao nervo óptico. O principal fator de risco para desenvolver a patologia é o aumento da pressão intraocular (PIO).
 
Há vários tipos de glaucoma. Porém, o mais prevalente é o Glaucoma Primário de Ângulo Aberto (GPAA).
 
Segundo a dra. Maria Beatriz Guerios, oftalmologista especialista em Glaucoma, para entender essa classificação, glaucoma de ângulo aberto, é preciso compreender melhor as estruturas dos olhos e suas funções.  
 
“O globo ocular é composto de várias camadas. A córnea é a camada da frente do olho, cuja principal função é focar a luz que entra pela pupila e vai para a retina. A pupila fica no centro da íris, a parte colorida dos olhos, localizada abaixo da córnea”, explica a médica.
 
“Quando essas duas estruturas se juntam, forma-se um ângulo. Esse ângulo é uma espécie de espaço livre que permite o escoamento do humor aquoso por meio da malha trabecular, uma rede porosa que fica na parede ocular. Esse tecido possui canais interconectados que permitem a drenagem do humor aquoso. O perfeito funcionamento dessas estruturas é o que permite a regulação da pressão intraocular (PIO), diz Dra. Maria Beatriz.
 
Portanto, quando a pressão intraocular aumenta, é preciso investigar se há alguma alteração nas estruturas responsáveis pela drenagem do humor aquoso, líquido que preenche o globo ocular, cuja função é nutrir a córnea e o cristalino.
 
Um dos exames que são feitos quando há suspeita do glaucoma é a gonioscopia. Nesse teste, o oftalmologista consegue avaliar o ângulo entre a íris e a córnea. Uma vez que o ângulo esteja aberto, é diagnosticado o glaucoma de ângulo aberto.
 
Pressão intraocular descontrolada
A drenagem do humor aquoso deve ser constante para manter a pressão intraocular (PIO) equilibrada. Entretanto, quando há alguma alteração no escoamento da substância, ela se acumula e leva ao aumento da pressão intraocular (PIO).
 
“A consequência de uma PIO alta é a destruição das células do nervo óptico. Esse processo é irreversível. Portanto, a cegueira causada pelo glaucoma é definitiva”, comenta Dra. Maria Beatriz.

Além da pressão intraocular
 
Outros fatores de risco para o desenvolvimento do glaucoma já foram identificados. Para o glaucoma primário de ângulo aberto, além da PIO aumentada e da idade acima de 40 anos, podemos citar o fator racial, ter histórico familiar da doença e alto grau de miopia
 
A idade é um importante fator de risco. Há um aumento considerável na incidência e prevalência do glaucoma com aumento da idade.
 
A história familiar também é relevante no risco do glaucoma. Parentes de primeiro grau têm nove vezes mais chance de desenvolver a doença do que pessoas sem histórico familiar.

Tratamento
Inicialmente, o GPAA é tratado clinicamente, com colírios para controlar a pressão intraocular. Cada paciente terá uma indicação de tratamento, que irá variar de acordo com a evolução do caso.
 
“A meta é sempre impedir a progressão da doença e, como consequência, a perda total da visão”, finaliza Dra. Maria Beatriz.

sábado, 3 de abril de 2021

Como evitar a halitose



A halitose é um problema oral que atinge grande parte da população. A boa notícia é que, com hábitos simples, é possível prevenir e combater o problema. Para saber mais sobre ele, a odontologista Luciana Bruzadin explica o que é, suas principais causas e como prevenir.

O que é?

“De forma prática, a halitose é uma alteração do hálito que motiva um odor desagradável na boca. Essa mudança pode indicar variações orgânicas ou fisiológicas no corpo, por essa razão é de extrema importância visitar um dentista regularmente”, explica Bruzadin.

Quais as principais causas?

“O problema geralmente está relacionado à má higiene bucal, mas também é comum ser associado a desidratação, estresse, tabagismo e consumo de medicamentos”, explica a dentista. “O mau hálito fisiológico acontece pela diminuição do fluxo salivar durante o sono, o que é facilmente resolvido com a limpeza oral pela manhã, restabelecendo o fluxo salivar aos níveis normais.”

Por outro lado, a odontologista considera também que a halitose pode sinalizar doenças um pouco mais graves, como diabetes e problemas cardíacos que são denunciados pelo mau hálito. Se o odor desagradável continuar, mesmo depois de higienizar corretamente a boca, é indicado procurar um profissional.

Como prevenir?

“Não tem segredos, a melhor forma de prevenir halitose é a higienização oral correta. Além de usar fio dental e realizar uma boa escovação, é indispensável limpar a língua após as refeições, a fim de evitar acúmulo de bactérias. Nesse caso, prefira os limpadores específicos para remover a sujeira de forma completa da língua. O limpador deve ser utilizado depois do fio dental e antes da escovação”, orienta a odontologista.