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quinta-feira, 22 de abril de 2021

Hérnia inguinal atinge 20% dos homens em alguma fase da vida

 


As hérnias inguinais - que ocorrem na região da virilha - têm alta prevalência na população, correspondendo a 75% de todas as hérnias da parede abdominal, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hérnia. Tratam-se de aberturas na parede muscular que permitem a passagem de porção de um órgão ou de gordura através dela.

Estima-se que 20% dos homens vão apresentar a alteração em algum momento da vida, assim como 3% das mulheres. Segundo Christiano Claus, cirurgião e presidente da SBH, a alteração aparece em uma área de fragilidade, na zona de junção entre a coxa e a parte inferior do abdômen, onde existe uma abertura natural por onde passam os vasos e nervos para os testículos, a transformando em uma área mais frágil. Hérnias grandes ou volumosas podem descer em direção aos testículos e são chamadas de hérnia inguinoescrotal. 

O vice-presidente da SBH, dr. Marcelo Furtado, explica que os pacientes podem nascer com a hérnia ou desenvolver a alteração ao longo da vida "Existe a hérnia congênita, que é presente desde o nascimento, mas só se manifesta na idade adulta, com a fraqueza da musculatura. Em outros casos, os pacientes desenvolvem a hérnia ao longo da vida", explica. Dificuldade para urinar e defecar, tosse e esforço físico podem desencadear o aparecimento da hérnia inguinal, que provoca dor e desconforto ao paciente.

A única forma de tratamento para as hérnias é a cirurgia. "Como é uma abertura na musculatura não há outra forma de fechar esse espaço sem ser com cirurgia, a sutura dos tecidos. Também utilizamos uma prótese, no formato de tela, para evitar a recidiva do problema", afirma o dr. Gustavo Soares, diretor da SBH.

 

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

 


Novembro chegou e, com ele, a campanha para prevenção e combate ao câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Este também é o segundo tipo que mais mata e deve atingir 65.840 brasileiros só neste ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o Inca.

Thiago Vilela Castro, urologista do Hospital Anchieta de Brasília, explica que o câncer de próstata dificilmente manifesta sintomas (somente na fase mais avançada) e, por isso, o rastreamento é tão importante. "Em geral, ele deve ser feito anualmente a partir dos 50 anos de idade, com o toque retal e o PSA. Naqueles que têm fatores de risco ou história familiar, o rastreamento começa aos 45 anos."

O especialista ressalta que o PSA, isoladamente, não é capaz de identificar todos os casos de câncer de próstata, deixando passar cerca de 30% dos diagnósticos. "Por isso o toque retal e o acompanhamento anual com urologista são tão importantes", enfatiza o médico. "É importante frisar que o diagnóstico precoce torna o tratamento minimamente invasivo, com menos efeitos colaterais e mais chances de cura", conclui.

O homem encara o câncer de forma diferente?

Segundo Renata Figueiredo, presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília, APBr, geralmente os homens supervalorizam a atividade sexual, o que influencia no impacto psicológico causado pelo diagnóstico de um câncer de próstata e na maior incidência de depressão e ansiedade nessa população.

"As implicações e incertezas advindas do diagnóstico de câncer de próstata intensificam as reações emocionais, como medo, insegurança e choque", pontua a especialista. "A possibilidade da impotência sexual atinge a essência da masculinidade e abala a autoestima", acrescenta.

A psiquiatra ressalta que, por esse motivo, é importante que todos os pacientes com esse diagnóstico recebam tratamento afetivo-emocional. "O tratamento deve oferecer qualidade de informações, auxílio psicológico, formação de grupos de apoio para autoaceitação e, em muitos casos, uso de medicações antidepressivas, de acordo com o quadro apresentado, para assim melhorar a qualidade de vida, aumentando as chances de recuperação do paciente", aponta Renata.

Estilo de vida

Manter hábitos saudáveis é uma das principais formas de evitar o câncer de próstata, assim como os outros tipos da doença. Isso inclui ter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas regularmente, como explica o nutrólogo Allan Ferreira.

"Manter o peso ideal, praticar exercícios com frequência, não fumar, reduzir o consumo de alcoólicos, assim como consumir uma menor quantidade de alimentos processados e aumentar o consumo de vegetais e frutas, contribuem para uma vida mais saudável e para a redução do risco de qualquer câncer, incluindo o de próstata", exemplifica.

Neila Oliveira, personal trainer da Evolve Gymbox, reforça a importância da atividade física para prevenir a enfermidade. "Alguns estudos comprovam que a obesidade e o sedentarismo podem favorecer o desenvolvimento de tumores na próstata. Eles também comprovam que a atividade física reduz em 25% a chance de se desenvolver um câncer", destaca.