sexta-feira, 26 de setembro de 2014

A celulite incomoda você?


Com a proximidade do verão, a celulite volta a assombrar as mulheres. Presente em quase 100% do universo feminino, precisa ser bem diagnosticada para ser tratada. Conhecida cientificamente como lipodistrofia ginecoide, a popular celulite concentra-se, normalmente, no bumbum e na parte posterior da coxa, e é derivada de uma associação de fatores.
Segundo o cirurgião plástico Victor Cutait, pode-se afirmar que ela está presente em praticamente todas as mulheres, já que o tecido celular subcutâneo feminino tem características anatômicas “favoráveis” à celulite. Isso quer dizer que na arquitetura do tecido feminino existe travas fibróticas que resulta o aspecto ondulado e deprimido. Não adianta brigar, a celulite faz parte da natureza da mulher, é um dos caracteres secundários do sexo feminino. Mas, existem fatores que potencializam a aparição da celulite como o sedentarismo, a obesidade, o uso de hormônios femininos (anticoncepcional ou reposição), a dieta rica em sódio, baixa ingestão de água, o tabagismo, o déficit circulatório, entre outras.
A grande dificuldade no tratamento da celulite é que não se consegue identificar qual o principal motivador, já que os fatores podem se diferenciar conforme a pessoa e suas condições. Por exemplo: mulheres acima do peso, o principal componente ocasionador é a gordura localizada, que preenche o subcutâneo, estica a pele, e assim aparece a celulite. Outro tipo comum, o oposto desse caso, é o da mulher magra, mais madura que apresenta celulite por flacidez, o tecido atrofia, as travas fibróticas prendem parte do tecido, apresentando, assim no final das contas o mesmo aspecto deprimido e irregular. Mulheres magras, atletas com aquele tipo de celulite fixa, pontual e única normalmente no bumbum, são casos de travas fibróticas hipertrofiadas que deprimem a pele. Meninas novas passam a ter celulite, normalmente por causa do uso de anticoncepcional, já que esse tipo de medicamento aumenta a retenção de água, o que comprime os vasos linfáticos e dificulta a circulação, provocando a celulite.
“O mais importante no combate a esse problema é identificar os componentes presentes em cada mulher, individualmente, e tratá-los”, diz o médico. “Assim, não existe um padrão para tratamento, cada caso é único e deve ser muito bem avaliado para que suas causas sejam devidamente tratadas. Por isso é tão importante uma avaliação detalhada por um por profissional habilitado.”
Tratamentos
Não há cura para a celulite e toda mulher precisa conviver com essa característica anatômica. O que existe são tratamentos. Só tem celulite quem não se trata. “Uma coisa precisa ficar muito clara, mesmo tendo em mente que cada mulher tem um tipo diferente de celulite é bom que se ressalte que alguns cuidados para evitar são gerais como: atividade física, baixa ingestão de sal e açúcar, hidratação abundante e massagens manuais com produtos que estimulem a circulação”, ressalta o cirurgião plástico.
E para cada tipo de celulite um tratamento diferente:
Para a mulher acima do peso com gordura localizada indica-se a lipoaspiração fracionada. Já para celulite frequente na mulher mais velha e magra, o tratamento com radiofrequência e cremes com tensoativos é o mais recomendado. A celulite fixa e única necessita de um procedimento cirúrgico chamado “subcision”. Para a paciente que faz uso de anticoncepcional e jovem, que não tem flacidez, o tratamento sugerido é o ultrassom associado às microcorrentes e ao tratamento a vácuo.
O mais importante de tudo isso e que com os recursos atuais, profissionais competentes, informação e diagnostico adequado, a celulite deixou de ser um mal irreparável ou sem tratamento. Apesar da luta desleal contra a natureza feminina hoje é possível para qualquer mulher ficar sem celulite ou minimizar seus efeitos.

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