sexta-feira, 1 de abril de 2016

Como escolher a melhor escolinha para seu filho

Estrutura, alimentação, educadores e método de ensino, são tantas as dúvidas quando o assunto é o primeiro contato da criança com o universo da educação. Mas, o que as mamães devem levar em consideração ao escolher do berçário do bebê à escolinha da criança? A pediatra Wylma Hossaka, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, selecionou os principais pontos de atenção que os pais devem ter quando chega a hora do seu bebê ir para a escolinha.
Observe se a infraestrutura é segura e se não há superlotação
“Umas das questões que prezo ao orientar sobre a busca de uma escolinha para os filhos é que observem o número de educadores/berçaristas por crianças. Também é importante levar em consideração a estrutura do lugar”, diz a médica. As crianças precisam de um ambiente confortável, separado por faixas etárias e espaços exclusivos para aprender, brincar, se alimentar e tirar a soneca, que sejam obviamente limpos. A segurança da criança também é primordial. “Por isso, veja se os banheiros são adaptados para os pequenos, e se pela escolinha não têm quinas vivas. Os brinquedos também devem ser seguros”, ressalta.
Escolinha arejada e ensolarada A primeira infância é o período onde as crianças estão muito susceptíveis a infecções. Elas praticamente ainda não conheceram nenhum vírus, por isso é importante que façam suas atividades em espaços arejados. Lugares abertos diminuem o risco da transmissibilidade de doenças. “Além disso, é imprescindível que tomem diariamente sol, fonte de vitamina D”, alerta a pediatra.
Espaços para diversão
Na infância, as crianças têm muita energia e esta primeira fase é a das descobertas. Estão iniciando a engatinhar, andar, correr, subir. Elas precisam se exercitar para terem a habilidade completada e não podem ficar restritas aos ambientes pequenos.
Alimentação precisa ser fresquinha e bem condicionada
A alimentação deve ser devidamente condicionada em potes de vidro e refrigerada até a hora do consumo. Fora isso, por legislação, as escolas devem ter uma nutricionista que assinem o cardápio. “Eu oriento os pais a uma vez por mês chegarem na hora da refeição e observarem se o que estão servindo é o mesmo oferecido no cardápio. O mais importante é que a comida seja fresquinha e que seja adequada com o balanço nutricional para a idade”, orienta a dra. Wylma .
Afeto, componente mais importante
Segundo a médica, todos os funcionários têm que ser capacitados e gostar de fazer suas funções, isso é básico. Ainda, precisa-se criar uma relação de confiança entre escolinha e os pais. “Você confia aquilo de mais precioso: seu filho. A criança precisa de um ambiente seguro, mas a gente precisa de um ingrediente importantíssimo para a criança se desenvolver que é o afeto”, diz ela.
O que queremos para os nossos filhos?
Antes de os pais escolherem um berçário, eles precisam refletir o que querem para os seus filhos. “Quais são as expectativas na base cultural e a formação que eles vão ter? A escola tem que ir ao encontro da expectativa da família”, explica a pediatra.  Cada escolinha tem a sua particularidade, e o que é bom para uma não é boa para outra, mas de forma geral, é preciso ter um acompanhamento com pedagogo ou psicopedagogo, para que essas crianças tenham um bom desenvolvimento, mas não podem esquecer que são crianças e precisam brincar. “Não podemos perder o contexto da infância”, finaliza a dra. Wylma.


quarta-feira, 30 de março de 2016

Gripe H1N1 chega mais cedo esse ano



Além das epidemias de zika, dengue e chikungunya que tem tirado o sono de boa parte da população, outra doença vem ganhando destaque nos noticiários: a gripe influenza H1N1. Somente este ano em São Paulo, de acordo com a Secretaria de Saúde do município, já são 12 casos notificados – o total do ano passado inteiro.
Segundo a dra. Regia Damous, infectologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, este novo surto da doença tem intrigado os médicos: “a gripe influenza é sazonal e acontece normalmente nos meses mais frio de outono e inverno. Porém, o que temos visto são as pessoas infectadas mais cedo, e não existe, ainda, nenhuma explicação para esse fenômeno”.
A médica esclarece algumas dúvidas sobre o vírus da gripe H1N1:
 O que é o H1N1?
O H1N1 é uma variação da gripe comum. O vírus da gripe é muito suscetível a sofrer mutações, e ao longo dos anos o ser humano vai adquirindo essas “variações” da gripe. No caso do H1N1, estima-se que ele tenha surgido em 2009 e sua transmissão aconteceu primeiro em suínos, popularizando a doença como “gripe suína”.
 Quais seus sintomas?
Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum: febre alta e tosse, podendo apresentar dores de cabeça e corpo, garganta inflamada, cansaço, diarreia e vômito. A doença também pode evoluir para uma situação mais grave de pneumonia viral.
 Por que o H1N1 tende a ser mais agressivo do que a gripe comum?
Quando o vírus da gripe sofre mutações, ele mantém algumas proteínas que formam a sua estrutura. O corpo, quando já tem imunidade para o vírus anterior, já está, então, mais preparado para combater essa nova variação, pois consegue reconhecer a parte da estrutura viral que ficou. Porém, alguns tipos epidêmicos se rearranjam em proteínas que as pessoas não têm resistências, tornando algumas mutações mais desconhecidas ao nosso sistema imunológico. Esse é o caso do H1N1: o sistema imunológico das pessoas tem proteção baixa para essa vertente da gripe comum.
 Como o H1N1 é transmitido?
Por via oral, pela tosse ou espirro. A infecção também pode ocorrer através de objetos contaminados.
 E como se proteger?
O mais importante é adotar o hábito de higienizar as mãos. Para as pessoas que apresentam sintomas, o recomendável é que ela adote a “etiqueta da tosse”: não tossir nas mãos e usar o antebraço, tecido ou papel quando ocorrer tosse ou espirro, evitando assim a contaminação de outros indivíduos. Além disso, outra medida importante é tentar se manter saudável, adotando prática de exercícios, alimentação balanceada e ingestão de bastantes líquidos.


segunda-feira, 28 de março de 2016

Musculação ajuda a emagrecer

Que o exercício físico é essencial para a saúde, ninguém duvida. Porém, o que pouca gente sabe é que o exercício de resistência, focado na construção ou manutenção dos músculos é um dos mais benéficos e pode ser determinante na perda de peso. Apesar de muitas pessoas acreditarem que exercícios aeróbios como caminhada, pedalada e natação são mais eficientes na queima de gordura, estudos têm destacado que a musculação pode ser um grande aliado e até mesmo acelerar o processo de perda de peso, desde que bem orientado.
A ideia de que os adeptos da musculação querem exclusivamente “crescer” faz com que muitas pessoas evitem praticar essa atividade por temer o ganho de peso, porém além de favorecer a perda de tecido adiposo, o treino de resistência ajuda a melhorar diversos aspectos da saúde. Dados apontam que exercícios de força aceleram o metabolismo e favorecem a queima de gordura mesmo em repouso, o que pode potencializar os resultados de um programa de emagrecimento.
Além disso, a dieta própria para ganho de massa magra, rica em aminoácidos também está ligada ao aumento do metabolismo lipídico – aquele responsável pela quebra de gorduras. Esses são apenas alguns fatores pelos quais você deve incluir a musculação no seu programa de exercícios.
Entendendo a balança
Todos sabemos que emagrecer é fruto de uma conta matemática bastante simples: calorias ingeridas x calorias gastas. Ao gastar mais calorias do que consumimos, emagrecemos e vemos o resultado no ponteiro da balança, certo? Nem sempre – tudo depende de como se dá o processo de emagrecimento.
Dietas radicais aliadas a exercícios físicos exaustivos, seja aeróbios ou anaeróbios podem levar a perda de peso em curto prazo, porém o indivíduo pode estar perdendo músculos ao invés de gordura e além disso comprometendo a saúde com a baixa ingestão de nutrientes, essenciais para a manutenção das funções básicas do organismo. O resultado é que por ser tão radical, esse tipo de programa não pode ser seguido por muito tempo e logo o indivíduo volta aos antigos hábitos e recupera o peso perdido – ou até mais.
A primeira coisa que alguém que está focado em emagrecer busca é a perda de peso, porém o programa focado em saúde deve se basear em outro ponto: o índice massa gorda e magra. Esses fatores são determinantes para a perda e, sobretudo, manutenção do peso pois indicam que o indivíduo está efetivamente perdendo gorduras.
Obviamente, os números na balança são o principal indicativo na hora de medir o progresso em um programa de exercícios, porém ao incluir atividades como a musculação, não ver alterações ou até mesmo ganhar peso são resultados possíveis, mas isso não significa que o treino não está surtindo efeito – por incrível que pareça, você poderá estar ganhando peso e emagrecendo ao mesmo tempo, perdendo massa gorda e ganhando massa magra – o que trará muitos benefícios à longo prazo.
Músculos são queimadores de gordura
A massa magra é eficiente na perda de gordura, pois o processo de construção e regeneração do músculo exige energia mesmo após o treino. Diferente das atividades aeróbias, onde o gasto calórico é extremo durante o exercício, mas acaba ao fim da sua prática, os exercícios isolados de força – principalmente em grandes grupos musculares, são capazes de queimar calorias durante a depois da prática. Isso acontece porque este tipo de exercício requer grande esforço do músculo, causando pequenas lesões em suas fibras – essas fissuras serão regeneradas durante o período de repouso e demandam um maior gasto calórico. Além de necessitar de muito mais energia para recuperação, esse processo leva ao crescimento do tecido muscular e, consequentemente, ganho de massa magra.
Por isso aliar atividades aeróbias com exercício de impacto são fundamentais para aqueles que buscam o emagrecimento. Somar as vantagens do trabalho cardiovascular e alta queima de gorduras de exercícios como corrida, caminhada e pedalada com a prática de musculação focadas no emagrecimento pode acelerar os resultados e propiciar uma melhora do rendimento nessas atividades, visto que a musculação melhora a resistência e a força do indivíduo.
Dieta e suplementação
É importante lembrar que tanto quanto qualquer outra atividade que vise o emagrecimento, a alimentação é fundamental para os praticantes de musculação. Principalmente por exigir ainda mais do organismo no processo de recuperação do músculo, a dieta dos praticantes desse tipo de atividade deve oferecer suporte nutricional de elementos fundamentais para construção desse tecido: proteínas e carboidratos. Caso contrário, pode acontecer o indesejável catabolismo – quando o músculo é usado como fonte de energia para as atividades, prejudicando o ganho de massa, a perda de peso e ainda aumentando o risco de lesões.
Muito conhecido entre os frequentadores de academias, a dieta rica nesses nutrientes favorece o aumento de massa magra e também a queima de gordura – é o que indica um estudo publicado na revista Exercise and Sport Science Reviews (2013) da American College of Sports Medicine. Nessa pesquisa, estudiosos finlandeses evidenciam que a suplementação de aminoácidos como o BCAA aumentam a utilização de gordura em praticantes de atividades físicas que já possuam um bom condicionamento, durante e após o treino.
Porém, seu uso deve ser feito com cautela, de acordo a nutricionista Michele Nogueira Saúde Vaz, da Nature Center. “O uso de suplementos proteicos é bastante comum entre os praticantes de atividade física como a musculação, mas é importante frisar que este produto é voltado para atletas de alta performance que não conseguem suprir as necessidades nutricionais através da alimentação. Para iniciantes uma dieta equilibrada com alimentos variados pode ser suficiente, de qualquer forma a necessidade de suplementação deve ser sempre observada por um nutricionista”, explica.
Cuidados indispensáveis
Além de seguir uma dieta equilibrada e orientada por um profissional é fundamental que o indivíduo siga um estilo de vida saudável, alternando os grupos musculares trabalhados e priorizando o período de repouso, dormindo pelo menos 8 horas por dia. Essa etapa é fundamental para recuperação e crescimento da massa magra. Além disso, a orientação de um profissional de educação física é indispensável na hora de elaborar o melhor treino para cada tipo físico, focando aspectos de estilo de vida e condição de saúde. A musculação, como qualquer atividade, necessita de cuidados básicos na execução a fim de garantir a segurança do indivíduo.
BENEFÍCIOS DA MUSCULAÇÃO
Ajuda a controlar o peso
A queima de gordura promovida pela musculação vai além da tradicional energia gasta durante o exercício – o grande diferencial dessa atividade é sua capacidade manter o metabolismo acelerado mesmo após o término do treino. Diferentemente do tecido adiposo (gordura), o músculo precisa de mais energia para manter seu ciclo de resposta e regeneração, isso significa que, quanto mais massa magra, mais calorias o corpo precisa queimar para produzir energia. Logo, a musculação é uma grande aliada ao emagrecimento e manutenção do peso.
Rejuvenesce
Após a faixa dos 30 anos de idade o corpo começa a perder massa muscular de forma acentuada, prejudicando diversos aspectos físicos e o próprio desempenho do indivíduo em atividades cotidianas. Porém, a prática exercícios de força regulares pode ajudar a retardar esse processo, mantendo a saúde muscular por mais tempo e reduzindo o acúmulo de gordura. A musculação ajuda a melhorar a aparência física como um todo: ganho de tônus muscular, definição, combate à flacidez e celulites. Além disso, o exercício de força ajuda a aumentar a flexibilidade do corpo, melhorar a postura através dos alongamentos musculares praticados durante a atividade.
Previne doenças
A resistência muscular ajuda a prevenir doenças como a osteoporose e artrose, visto que os músculos são a principal proteção dos ossos. Trabalhar e fortalecer o tecido muscular reduz as chances de fratura e do desenvolvimento de problemas como osteoporose. Isso acontece graças à maior absorção de cálcio promovida pela prática de exercícios intensos. Estudos apontam que a associação da musculação com outras atividades de impacto ajudam a aumentar a densidade óssea. O estímulo cardíaco durante o exercício também ajuda no condicionamento cardiovascular, no controle do colesterol e da pressão sanguínea.
Promove a qualidade de vida
Os resultados dessa atividade física estão intimamente ligados ao estilo de vida do praticante, por isso muitas vezes representa um estímulo para mudanças saudáveis como a reeducação alimentar, o abandono de vícios como cigarro e álcool, além de promover interação social. Diariamente muitas pessoas encontram na atividade física a força necessária para realizar grandes mudanças, conquistando um novo círculo de amizades e muito mais qualidade de vida.


sábado, 26 de março de 2016

Chocolate deve ser consumido com equilíbrio

Páscoa chegou e, com ela, os chocolates. Apesar de serem tentadores, os produtos devem ser consumidos com moderação. É o que alerta o cardiologista Everton Dombeck, do Hospital Cardiológico Costantini, em Curitiba. “O chocolate ingerido de forma desenfreada é prejudicial. Por isso, o equilíbrio é ainda a palavra chave”, ressalta o médico.
Em longo prazo, além de colaborar para a obesidade, o produto também pode contribuir na elevação da taxa de colesterol e triglicerídeos, fatores de risco que trazem problemas ao coração devido ao depósito de gordura nas artérias. Segundo o profissional, mesmo que algumas pesquisas indiquem o chocolate como benéfico à saúde, é importante ter consciência de que estudos não devem ser interpretados como um sinal verde para os chocólatras de plantão. “Mesmo que o chocolate tenha propriedades benéficas, o seu uso irrestrito pode provocar sérios danos futuramente”, afirma.
O cardiologista também faz um alerta com relação às versões diet. “O que mais vemos no consultório é o paciente achar que só porque é isento de açúcar pode ser ingerido à vontade”, conta. Embora não seja açucarado, o chocolate diet possui, na maioria das vezes, mais gordura que o tradicional. A recomendação é válida também para o amargo, que apesar de possuir propriedades antioxidantes, tem teor de gordura elevado.
Outro cuidado que deve ser levado em consideração são as restrições ao produto dentro da família. “Na casa onde tem diabéticos, principalmente crianças, o comportamento tem que ser mudado na família como um todo”, lembra o especialista.


quinta-feira, 24 de março de 2016

Sua pele precisa de proteção mesmo em dias sem sol

Engana-se quem pensa que o protetor solar serve para proteger a pele apenas em dias de calor, quando o sol brilha forte no céu. A proteção é necessária também em dias nublados, frios, com chuva. Ou seja, a pele precisa ser protegida da luz solar e artificial todos os dias, sem exceção, e em todas as partes do corpo que estiverem expostas, se quisermos de fato protegê-la dos estragos e riscos inerentes a esta exposição.
É comum que as pessoas passem protetor solar no rosto e esqueçam dos braços, mãos, pescoço e colo. É preciso passar também nessas áreas com a mesma frequência, não só quando estão na praia ou piscina, alerta Gabriel Sampaio, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e consultor da Netfarma .
E por que o protetor solar é importante mesmo quando não há sol? E que o dia estar acinzentado não significa que os danos causados pelos raios solares diminuem?  Segundo o médico, as nuvens podem bloquear luminosidade, mas deixam passar os raios ultravioleta A e B, que provocam queimaduras. A médio e longo prazos, o resultado da exposição ao sol sem proteção é o aparecimento de rugas, manchas e até câncer de pele.
Para entender melhor a importância do uso diário e constante do protetor solar com FPS (fator de proteção solar) alto, vale a pena saber como cada raio atinge a pele e o que provoca:
- O raio UVA chega até a epiderme e é responsável pelo bronzeado, manchas e rugas. Ele tem médio grau de intensidade e não é bloqueado totalmente com o protetor solar.
- Já o UVB chega até a derme e é aquele responsável por deixar a pele vermelha e queimada. Se tomado com moderação nos horários de sol mais fraco, ajuda na fabricação da vitamina D. Porém, ajuda a aumentar o risco de câncer, principalmente entre 10 h e 16h, período em que ele é abundante. Tem alto grau de intensidade. O raio infravermelho chega até a última camada, a hipoderme. É ele que provoca a sensação de calor, e também é o causador do envelhecimento. Tem baixo grau de intensidade.
O ideal é que se use o protetor solar com FPS 30 ou acima. E para quem não gosta da versão mais comum, em creme, a especialista lembra que há vários tipos de apresentação, como os em aerossol, spray, mousse, gel, loção e até em pó. Basta escolher o mais adequado ao seu dia a dia e usar sempre, para manter a pele bem protegida.”


terça-feira, 22 de março de 2016

Consumo exagerado de chocolate pode causar zumbido no ouvido

O chocolate é considerado irresistível pelos chocólatras. Os dados do IBOPE Mídia indicam que as mulheres lideram o consumo de chocolates e representam 55% dos consumidores. Além disso, o Brasil é o quarto maior consumidor da iguaria no mundo, segundo estudo da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB).
Porém, um dos maiores problemas esperados para a saúde com o consumo exagerado de chocolate, como nos tempos de Páscoa, não é somente o aumento do peso e a aparição de espinhas. Os ouvidos também podem sofrer com o consumo em excesso. O zumbido, um problema que já atinge 30 milhões de brasileiros, segundo a estimativa da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ, é o principal sinal de alerta para algo errado no organismo. Pode parecer um som de apito, chiado, cachoeira, panela de pressão, motor ou grilo, e é mais percebido à noite, impossibilitando uma boa noite de sono e uma vida normal.
Como o chocolate pode causar zumbido
Segundo a dra. Tanit Ganz Sanchez, fundadora e presidente da APIDIZ, o chocolate tem substâncias que podem agredir os ouvidos, como o açúcar e a cafeína. Em alguns organismos, quando o açúcar (glicemia) aumenta no sangue depois da ingestão de doces, o pâncreas passa a produzir mais insulina do que o necessário para controlar a quantidade de açúcar presente. Essa insulina em excesso é o grande vilão do ouvido, pois provoca uma bagunça bioquímica e atrapalha o funcionamento normal. “Nas pessoas que têm zumbido por problemas de metabolismo de açúcar ou cafeína, nós restringimos o chocolate por 30 dias para que o ouvido possa se recuperar”, explica a médica.
Tempo que começa a aparecer os primeiros sintomas
A cafeína, também encontrada nos chocolates, acelera o sistema nervoso e como o zumbido já é, por natureza, um “ritmo acelerado”, ele pode aparecer ou piorar ainda mais. “Isso acontece cerca de 1 hora após tomar a cafeína, que é encontrada não apenas no chocolate, mas também no chá preto e no mate, no refrigerante, nos estimulantes e no chimarrão e a esse consumo o ouvido reage causando zumbido ou tontura”, diz a médica.
O zumbido pode ser temporário
Se a pessoa apresentar o zumbido após a ingestão do chocolate durante a Páscoa, ele tende a ser temporário. Em algumas pessoas ele desaparece, porém outras precisam recorrer a tratamentos específicos, principalmente se a pessoa substitui o chocolate por outro tipo de doce, que também causa o zumbido.
A dra. Tanit indica alguns cuidados necessários para evitar o zumbido causado pelo excesso de chocolate:
- Comer com moderação, pois não existe um número mágico de peso, quadradinhos ou barras para consumo;
- Dê a preferência para chocolates com pelo menos 70% de cacau;
- Substitua pelos chocolates diets;
-  O alfarroba, que é um substituto do chocolate e não tem açúcar, glúten ou lactose pode ser consumido, porém, com moderação por qualquer pessoa.