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domingo, 16 de setembro de 2018

Não use cotonete!



Muitas pessoas perguntam se o uso do cotonete, objeto de higiene pessoal utilizado principalmente para limpar os ouvidos da acumulação de cera, é recomendado pelos otorrinolaringologistas. A resposta é não.
Por que não usar? Porque o cerume - secreção proveniente das glândulas sebáceas que se encontram situadas no canal auditivo externo - que produzimos é benéfico, pois tem substâncias que combatem bactérias, fungos e vírus.
É importante lembrar que limpar demasiadamente o ouvido deixa a pele do canal auditivo externo absolutamente sem proteção. Portanto, qualquer contato com água que não esteja bem tratada, seja numa piscina ou o banho em casa, pode levar uma infecção aos ouvidos.
A limpeza diária com cotonete, como muitas pessoas fazem, além de tirar toda a proteção dos ouvidos, provoca um eczema, inflamação cutânea que produz um tipo de alergia caracterizada, inicialmente, por coceira e, depois, por uma aguinha que, ao sair, pode provocar uma infecção, exatamente pela falta de proteção.
Em síntese, não limpe os ouvidos com cotonete e, para fazê-lo, pegue a sua toalha e passe nas dobrinhas atrás das orelhas até onde o seu dedo alcançar.
Por José Eduardo Lutaif Dolci, professor titular de Otorrinolaringologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Contato: jose.dolci@fcmsantacasasp.edu.br


terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Saiba como evitar a dor de ouvido na praia ou piscina


Durante o verão, com a maior frequência dos banhos de mar ou piscina, é importante proteger o ouvido da água para evitar o surgimento de otites. Popularmente chamada de dor de ouvido, essa infecção pode ser provocada por vírus ou bactérias.

Para prevenir esta que é a causa de uma das dores mais fortes do corpo humano (perdendo apenas para o parto e a cólica renal), a fonoaudióloga Andréa Abrahão, da Direito de Ouvir, listou alguns cuidados:

- Após nadar, seque os ouvidos com a ponta de uma toalha. Se sentir que tem água dentro do conduto, deite a cabeça para o lado e encoste a orelha em uma toalha para que o líquido escorra.

- Se a água não sair e houver qualquer sinal de secreção no ouvido, que pode ser escura ou amarelada, procure ajuda de um otorrinolaringologista.

- Evite o uso de hastes flexíveis dentro do ouvido: elas servem para limpar apenas a parte externa e não devem ser introduzidas no canal auditivo.

- O ouvido úmido pode causar coceira, mas é extremamente importante não introduzir nenhum tipo de objeto dentro dele para aliviar o incômodo. Atenção às crianças, que podem se machucar facilmente com isso.

- Em caso de dor não se deve pingar remédios caseiros. Apenas o médico poderá dar a orientação adequada.


terça-feira, 28 de junho de 2016

Caxumba: conheça a doença e como preveni-la


Com casos recorde desde 2008 na cidade de São Paulo, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) orienta a população sobre o que é a caxumba, transmissão e a prevenção.
“A caxumba é uma infecção causada por um vírus que causa inchaço das glândulas que produzem saliva (parótidas), que se localizam na frente das orelhas, logo acima da mandíbula. Quando infectadas, algumas pessoas sequer desenvolvem sintomas. Na maioria das vezes, entretanto, podem apresentar febre, mal-estar, cansaço, dor no corpo, dor de cabeça e diminuição do apetite. Em geral após dois dias do início dos sintomas é que começa a ocorrer o característico inchaço das glândulas parótidas”, explica Guilherme Bruno de Lima Júnior, médico de família e comunidade, membro da SBMFC.
Prevenção
A prevenção depende do diagnóstico precoce da doença na pessoa infectada, que deve permanecer isolada em casa por cinco dias do início dos sintomas. Ainda há a vacinação com a tríplice viral, antigamente conhecida como “MMR”. As pessoas que não receberam a vacina ou que receberam apenas uma dose e que tiveram contato com a pessoa doente, devem receber dose extra. Se a pessoa tiver dúvidas quanto a isto, deve procurar seu médico para saber se deve receber esse reforço.
Transmissão
A transmissão é realizada por meio de gotículas da respiração, contato direto ou com as roupas da pessoa contaminada. Depois de ficar exposta a um doente e ser infectada, os sintomas se iniciam ​após um período ​de 14 ​a​ 18 dias. A doença melhora espontaneamente em cerca de duas semanas. Raramente, pode provocar outras complicações mais sérias como inflamação dos testículos nos homens, ou dos ovários nas mulheres, podendo acarretar até infertilidade. Em casos mais raros ainda podem até causa infecções no cérebro e surdez.
Tratamento
Guilherme explica que não há tratamento específico para a doença. “Calor local sobre a área inchada por 10 a 15 minutos várias vezes ao dia ajuda a diminuir a dor, que também pode ser aliviada com analgésicos comuns, além da febre. Deve-se evitar a aspirina em menores de 18 anos. A pessoa deve permanecer em repouso durante o tratamento. Raramente nos casos mais graves, a pessoa deve ser hospitalizada. Quando estiver doente, se possível, a pessoa deve entrar primeiro em contato por telefone com o serviço de saúde, ou ser visitada em domicílio, para evitar contato com outras pessoas e espalhar a infecção”, explica.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Gripe H1N1 chega mais cedo esse ano



Além das epidemias de zika, dengue e chikungunya que tem tirado o sono de boa parte da população, outra doença vem ganhando destaque nos noticiários: a gripe influenza H1N1. Somente este ano em São Paulo, de acordo com a Secretaria de Saúde do município, já são 12 casos notificados – o total do ano passado inteiro.
Segundo a dra. Regia Damous, infectologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, este novo surto da doença tem intrigado os médicos: “a gripe influenza é sazonal e acontece normalmente nos meses mais frio de outono e inverno. Porém, o que temos visto são as pessoas infectadas mais cedo, e não existe, ainda, nenhuma explicação para esse fenômeno”.
A médica esclarece algumas dúvidas sobre o vírus da gripe H1N1:
 O que é o H1N1?
O H1N1 é uma variação da gripe comum. O vírus da gripe é muito suscetível a sofrer mutações, e ao longo dos anos o ser humano vai adquirindo essas “variações” da gripe. No caso do H1N1, estima-se que ele tenha surgido em 2009 e sua transmissão aconteceu primeiro em suínos, popularizando a doença como “gripe suína”.
 Quais seus sintomas?
Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum: febre alta e tosse, podendo apresentar dores de cabeça e corpo, garganta inflamada, cansaço, diarreia e vômito. A doença também pode evoluir para uma situação mais grave de pneumonia viral.
 Por que o H1N1 tende a ser mais agressivo do que a gripe comum?
Quando o vírus da gripe sofre mutações, ele mantém algumas proteínas que formam a sua estrutura. O corpo, quando já tem imunidade para o vírus anterior, já está, então, mais preparado para combater essa nova variação, pois consegue reconhecer a parte da estrutura viral que ficou. Porém, alguns tipos epidêmicos se rearranjam em proteínas que as pessoas não têm resistências, tornando algumas mutações mais desconhecidas ao nosso sistema imunológico. Esse é o caso do H1N1: o sistema imunológico das pessoas tem proteção baixa para essa vertente da gripe comum.
 Como o H1N1 é transmitido?
Por via oral, pela tosse ou espirro. A infecção também pode ocorrer através de objetos contaminados.
 E como se proteger?
O mais importante é adotar o hábito de higienizar as mãos. Para as pessoas que apresentam sintomas, o recomendável é que ela adote a “etiqueta da tosse”: não tossir nas mãos e usar o antebraço, tecido ou papel quando ocorrer tosse ou espirro, evitando assim a contaminação de outros indivíduos. Além disso, outra medida importante é tentar se manter saudável, adotando prática de exercícios, alimentação balanceada e ingestão de bastantes líquidos.