Mostrando postagens com marcador ouvido. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ouvido. Mostrar todas as postagens

domingo, 16 de setembro de 2018

Não use cotonete!



Muitas pessoas perguntam se o uso do cotonete, objeto de higiene pessoal utilizado principalmente para limpar os ouvidos da acumulação de cera, é recomendado pelos otorrinolaringologistas. A resposta é não.
Por que não usar? Porque o cerume - secreção proveniente das glândulas sebáceas que se encontram situadas no canal auditivo externo - que produzimos é benéfico, pois tem substâncias que combatem bactérias, fungos e vírus.
É importante lembrar que limpar demasiadamente o ouvido deixa a pele do canal auditivo externo absolutamente sem proteção. Portanto, qualquer contato com água que não esteja bem tratada, seja numa piscina ou o banho em casa, pode levar uma infecção aos ouvidos.
A limpeza diária com cotonete, como muitas pessoas fazem, além de tirar toda a proteção dos ouvidos, provoca um eczema, inflamação cutânea que produz um tipo de alergia caracterizada, inicialmente, por coceira e, depois, por uma aguinha que, ao sair, pode provocar uma infecção, exatamente pela falta de proteção.
Em síntese, não limpe os ouvidos com cotonete e, para fazê-lo, pegue a sua toalha e passe nas dobrinhas atrás das orelhas até onde o seu dedo alcançar.
Por José Eduardo Lutaif Dolci, professor titular de Otorrinolaringologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Contato: jose.dolci@fcmsantacasasp.edu.br


quarta-feira, 23 de abril de 2014

O que fazer com a cera no ouvido?

orelhaA cera de ouvido é uma secreção produzida por glândulas especiais existentes na parte mais externa do canal auditivo. Em condições normais, ela é um elemento de proteção do ouvido, de forma que recobre a fina e frágil pele do canal auditivo. “Ela protege o canal porque atua como repelente da água que pode, muitas vezes, conter micro-organismos e/ou detritos nocivos. Outra função da cera é proteger e reter a poeira e partículas de areia, impedindo que esses elementos provoquem danos ao tímpano”, explica o otorrinolaringologista Alexandre Cercal.
O especialista explica que a pouca produção ou a ausência de cera no ouvido resulta, em geral, em uma pele seca com aparecimento de coceira e descamação. Cercal lembra que a cera não é formada na parte mais externa do ouvido, ou seja, quando um paciente está com cera em cima da membrana timpânica, na maioria dos casos é porque ele mesmo a empurrou com cotonetes, grampos ou palitos, para o fundo do canal auditivo, na tentativa de ‘limpar’ o ouvido. “E o maior problema decorrente disso é que a pele do canal e a membrana do tímpano são muito frágeis, podendo ser lesadas facilmente”, ressalta.
O ouvido faz uma ‘autolimpeza’, ou seja, ele não precisa de cotonetes ou demais objetos para ser limpo. Porém, existem casos que existe o acúmulo anormal de cera, e, nessas situações, o certo é procurar um especialista, nunca introduzir algum objeto ou tentar alguma solução caseira para limpar o canal auditivo.
Porém, o especialista lembra que existem muitas pessoas que usam tampões de ouvido com frequência ou que passam muito tempo com fones de ouvido – e isso pode aumentar a possibilidade de que a cera não consiga sair sozinha.
Quando ocorre esse acúmulo anormal de cera, formando uma espécie de tampão – que pode até ocasionar uma surdez temporária, – o médico pode fazer uma lavagem, aspiração, ou a utilização de instrumentos especiais para tratar do caso. Às vezes torna-se necessário usar, previamente, gotas especiais, para amolecer, soltar a cera antes das manobras de remoção. “Antes de qualquer coisa, o médico irá se certificar das condições da cera, do canal e da membrana timpânica antes de decidir pelo melhor método de remoção”, explica o especialista. “O certo é que ninguém deve se sentir sujo se estiver com um pouco de cera nos ouvidos. O cerume cumpre importantes funções fisiológicas e, se não houver razão para removê-la, ela deve ser deixada quieta”.

domingo, 20 de abril de 2014

Cuidado com a audição!

É comum que, após os 50 anos, a capacidade auditiva diminua, tanto devido ao envelhecimento natural quanto a exposição a ruídos ou sons altos, hábitos errados, – como a má alimentação ou o vício em tabaco, – ou o uso constante de fones de ouvido. Porém, hoje em dia, já são encontrados muitos jovens que antes dos 30 anos já se queixam de zumbido ou até mesmo da capacidade auditiva menor.
Faz parte do dia a dia de muitas pessoas passar horas a fio com o fone de ouvido introduzido na orelha – e, é claro, tocando música alta durante esse tempo. Cientes disso, estudiosos e médicos estão realizando pesquisas nessa área, e os resultados são preocupantes.

Em recente pesquisa realizada nos Estados Unidos, mais da metade dos adolescentes entrevistados se disseram “dependentes” de fones de ouvidos, e coincidentemente ou não, todos apresentaram três dos principais sintomas de perda de audição: ouvir constantemente zumbidos, aumentar o volume da TV e do rádio e dizer “Hein!?”, “Hã?!” e “O quê?!” durante conversas normais e em ambientes pouco ruidosos.“De vez em quando é normal não conseguir ouvir o que outra pessoa está falando, principalmente quando é em algum ambiente ruidoso. Porém, isso tornar-se muito frequente, mesmo em ambientes silenciosos, além da possível sensação de audição abafada, de zumbidos, é sinal claro de que alguma coisa não está muito bem com sua audição”, explica a otorrinolaringologista e otoneurologista dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães.
Uma dica para poder continuar utilizando fones de ouvido sem que eles causem danos no aparelho auditivo é conhecer os modelos disponíveis no mercado. A médica resume: “o Earbud é aquele que fica preso dentro da orelha, mas fora do canal auditivo. Ele não libera toda a sua frequência em volumes baixos – logo, é comum usá-lo nos volumes mais altos. Os fones intra-aurais são aqueles introduzidos no canal auditivo. Reduzem o ruído externo, proporcionam uma maior fidelidade sonora e são usados em volumes menos intensos. Já os supra-aurais são maiores, possuem uma haste que fica posicionada por cima da cabeça e têm uma almofada, que propicia excelente isolamento acústico, fidelidade sonora e conforto. São os preferidos por profissionais da música, mas não muito práticos para uso em ambientes abertos”.
A especialista lembra que nem sempre o fone mais caro é o melhor, porém, aqueles que possuem melhores componentes internos são sim mais caros e, consequentemente, resultam em uma melhor fidelidade sonora. “O ideal é testar os fones antes de comprar e priorizar o conforto. Um bom fone de ouvido deve proporcionar qualidade sonora, ter bom preço e ser confortável e adequado ao tipo de uso”, ressalta.
Além dos fones, existem simples dicas que podem ser seguidas a fim de manter em dia a audição: manter a carteira de vacinação em dia, fazer um teste audiológico pelo menos a cada cinco anos, evitar locais muito ruidosos que exijam a elevação do tom de voz, evitar ouvir música em volume muito alto – principalmente com fones de ouvido -, usar protetores auditivos sempre que frequentar ambientes com barulhos extremos, nunca pingar remédios ou fórmulas caseiras dentro do ouvido sem indicação médica e não utilizar em hipótese nenhuma objetos pontiagudos para limpar a orelha, pois eles podem machucar o tímpano.