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terça-feira, 27 de outubro de 2015

Perfuração no tímpano prejudica audição

O tímpano é caracterizado como uma membrana fina e semitransparente que fica localizada no ouvido médio. Ele tem a forma circular e termina dentro do canal de condução da audição. Segundoa otorrinolaringologista e otoneurologista Rita de Cássia Cassou Guimarães (CRM 9009), o tímpano tem como função vibrar quando houver estímulos sonoros. Estas vibrações são transmitidas pelo ouvido médio para que a audição se efetive.
Os especialistas utilizam uma espécie de lanterna, que emite um facho de luz que ilumina o ouvido. Assim é possível enxergar o tímpano, que normalmente tem a coloração em tons cinza ou branco. “Alterações na coloração dessa membrana podem sinalizar alguma infecção ou doença que atingiu a região”, explica a médica. “Otites agudas fazem com que o tímpano fique avermelhado, seroso ou purulento. Este tipo de infecção pode prejudicar a integridade da membrana. Processos traumáticos também podem afetar o local.”
Objetos colocados indevidamente dentro do ouvido, como um lápis, por exemplo, podem causar traumas e perfurar a membrana timpânica. Explosões, pancadas, mergulhos profundos ou acidentes podem causar um aumento ou redução repentina da pressão dentro do ouvido, fato que também pode causar danos ao tímpano. “A ruptura desta membrana causa perda auditiva condutiva, já que a vibração não acontece e os sons não são transmitidos pela via auditiva”, destaca ela.
Quando ocorre a perfuração do tímpano é fundamental recorrer ao médico o mais rápido possível. Sintomas como dores agudas, hemorragia em um ou ambos os ouvidos, perda de audição, vertigem, presença de pus e zumbido indicam que a saúde auditiva não está bem. “Se o trauma for intenso, além da perfuração timpânica pode lesionar o ouvido interno e até mesmo romper o conjunto de ossículos presentes no órgão. O problema pode ser ainda maior se houver a entrada de água nos ouvidos, por isso é importante utilizar tampões especiais”, alerta a especialista
O diagnóstico médico é feito com base no histórico do paciente e pelo exame do tímpano, com a utilização de aparelhos específicos como otoscópio ou microscópio. Também é feita uma avaliação do grau de perda auditiva por meio da audiometria. O tratamento normalmente inclui a indicação de medicamentos via oral para combater a infecção e se o tímpano não se recuperar em alguns meses pode ser necessária a realização de cirurgia para reparar os danos.
A técnica cirúrgica é chamada de timpanoplastia e tem como objetivo reconstruir a membrana timpânica. Rita enfatiza que a cirurgia pode ser realizada com anestesia geral ou local com sedação. “A incisão no canal auditivo serve para que o médico possa ter acesso ao ouvido médio. Durante a cirurgia e com o auxílio de um microscópio cirúrgico é feita a reconstrução da cadeia ossicular, quando necessário, e a membrana timpânica é restaurada”, esclarece a dra. Rita.
Além da reconstrução das estruturas afetadas, a timpanoplastia tem como finalidade melhorar a audição, prejudicada pela perfuração e ausência das vibrações no tímpano. Mesmo com bons resultados em grande parte dos pacientes, em alguns casos a intervenção cirúrgica não é o suficiente. Em alguns casos outros recursos são necessários  para a recuperação dos ouvidos e da audição.


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Dicas para evitar a perda de audição



Existem muitas causas para a perda auditiva. Ela pode ser proveniente de infecções, lesões, ruídos e até mesmo por reações a medicamentos. Pessoas com predisposição genética e o próprio envelhecimento também favorecem o surgimento do problema.
No entanto, em muitos casos, a perda auditiva ocorre por danos gerados por níveis contínuos de exposição ao ruído intenso. Segundo Flávia Carvalho Del Monte, fonoaudióloga da Widex, o sistema auditivo é composto por células ciliadas que conseguem se recompor após uma curta exposição ao barulho. Mas, se isso se der com frequência, existe um grande risco de perda de audição, pois as células não conseguem se recompor.
Profissionais que atuam em áreas com exposição contínua ao ruído intenso, como operadores de máquinas em indústrias, trabalhadores da construção civil, funcionários que atuam nas pistas dos aeroportos e músicos, devem usar sempre protetor auditivo. Usuários de fones de inserção (os que se encaixam dentro do ouvido) devem estar mais atentos ao volume sonoro que os usuários de fones comuns, pois a posição interna aumenta a intensidade do som no canal. Devem se precaver, procurando sempre um volume de som confortável, assim como frequentadores habituais de baladas e shows, que devem evitar ficar próximos às caixas acústicas. Se o som nesses lugares for muito intenso, a recomendação é deixar o ambiente, a fim de evitar sequelas irreversíveis no futuro próximo.
Barulhos repentinos, como os dos fogos de artifício, também podem danificar permanentemente a audição. O melhor tratamento é a prevenção. Para casos em que a pessoa sabe que ficará exposta ao barulho por muito tempo, a indicação é ter sempre à mão protetores auditivos.
Outro fator que pode comprometer a audição são as otites, infecções de ouvido que podem ser causadas por bactérias e vírus que causam inflamações e obstruções. A infecção pode se dar por várias causas, até mesmo por um fone de inserção sujo ou pela entrada de água no canal auditivo. Se não for tratada de forma adequada por um otorrinolaringologista, a otite pode acarretar também na perda auditiva. 
A fonoaudióloga dá algumas dicas para quem deseja observar se está sofrendo de perda auditiva:
1. Você tem dificuldade de acompanhar conversas em locais com muito barulho?
2. Amigos, parentes ou colegas comentam que você fala muito alto?
3. Você pede com muita frequência para que as pessoas repitam o que disseram?
4. Às vezes você não ouve o telefone ou a campainha tocar?
Caso você tenha respondido afirmativamente a uma dessas questões, convém procurar um otorrinolaringologista que o encaminhará para exames, como a audiometria e a imitanciometria.

domingo, 20 de abril de 2014

Cuidado com a audição!

É comum que, após os 50 anos, a capacidade auditiva diminua, tanto devido ao envelhecimento natural quanto a exposição a ruídos ou sons altos, hábitos errados, – como a má alimentação ou o vício em tabaco, – ou o uso constante de fones de ouvido. Porém, hoje em dia, já são encontrados muitos jovens que antes dos 30 anos já se queixam de zumbido ou até mesmo da capacidade auditiva menor.
Faz parte do dia a dia de muitas pessoas passar horas a fio com o fone de ouvido introduzido na orelha – e, é claro, tocando música alta durante esse tempo. Cientes disso, estudiosos e médicos estão realizando pesquisas nessa área, e os resultados são preocupantes.

Em recente pesquisa realizada nos Estados Unidos, mais da metade dos adolescentes entrevistados se disseram “dependentes” de fones de ouvidos, e coincidentemente ou não, todos apresentaram três dos principais sintomas de perda de audição: ouvir constantemente zumbidos, aumentar o volume da TV e do rádio e dizer “Hein!?”, “Hã?!” e “O quê?!” durante conversas normais e em ambientes pouco ruidosos.“De vez em quando é normal não conseguir ouvir o que outra pessoa está falando, principalmente quando é em algum ambiente ruidoso. Porém, isso tornar-se muito frequente, mesmo em ambientes silenciosos, além da possível sensação de audição abafada, de zumbidos, é sinal claro de que alguma coisa não está muito bem com sua audição”, explica a otorrinolaringologista e otoneurologista dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães.
Uma dica para poder continuar utilizando fones de ouvido sem que eles causem danos no aparelho auditivo é conhecer os modelos disponíveis no mercado. A médica resume: “o Earbud é aquele que fica preso dentro da orelha, mas fora do canal auditivo. Ele não libera toda a sua frequência em volumes baixos – logo, é comum usá-lo nos volumes mais altos. Os fones intra-aurais são aqueles introduzidos no canal auditivo. Reduzem o ruído externo, proporcionam uma maior fidelidade sonora e são usados em volumes menos intensos. Já os supra-aurais são maiores, possuem uma haste que fica posicionada por cima da cabeça e têm uma almofada, que propicia excelente isolamento acústico, fidelidade sonora e conforto. São os preferidos por profissionais da música, mas não muito práticos para uso em ambientes abertos”.
A especialista lembra que nem sempre o fone mais caro é o melhor, porém, aqueles que possuem melhores componentes internos são sim mais caros e, consequentemente, resultam em uma melhor fidelidade sonora. “O ideal é testar os fones antes de comprar e priorizar o conforto. Um bom fone de ouvido deve proporcionar qualidade sonora, ter bom preço e ser confortável e adequado ao tipo de uso”, ressalta.
Além dos fones, existem simples dicas que podem ser seguidas a fim de manter em dia a audição: manter a carteira de vacinação em dia, fazer um teste audiológico pelo menos a cada cinco anos, evitar locais muito ruidosos que exijam a elevação do tom de voz, evitar ouvir música em volume muito alto – principalmente com fones de ouvido -, usar protetores auditivos sempre que frequentar ambientes com barulhos extremos, nunca pingar remédios ou fórmulas caseiras dentro do ouvido sem indicação médica e não utilizar em hipótese nenhuma objetos pontiagudos para limpar a orelha, pois eles podem machucar o tímpano.