segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Inovação nas aposentadorias dos deficientes físicos


A Lei Complementar no 142, de 8 de maio de 2013 trouxe regras especiais de aposentadoria para pessoas com deficiências, depois de anos de atraso e de tratamento desigual. A lei foi sancionada e autoriza que os segurados portadores de deficiência possam se aposentar mais cedo, dependendo do grau da sua deficiência, que foi dividida em leve, moderado e grave.
Segundo o advogado Luciano do Prado Mathias (OAB/SP 282.644), a lei considera pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, em interação com diversas barreiras que podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Essa aposentadoria, garantida pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS), será para pessoa com deficiência grave aos 25 anos de contribuição, se homem, e 20 anos, se mulher. Em caso de deficiência moderada, serão exigidos 29 anos, se homem, e 24 anos, se mulher; e em caso de deficiência leve, 33 anos e 28 anos, respectivamente. A regra geral da Previdência é de 35 anos de contribuição para homens e 30 para mulheres.
E as pessoas com deficiência também poderão se aposentar aos 60 anos de idade, se homem, e 55 anos, se mulher, para qualquer grau de deficiência, desde que tenham contribuído por pelo menos 15 anos e comprovem a existência da deficiência pelo mesmo período.
De acordo com a lei, o grau de deficiência será atestado por perícia do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por meios desenvolvidos especificamente para esse fim. Esse é ponto negativo da lei, tendo em vista que o tipo e grau de deficiência serão indicados a partir de avaliação médica da perícia do INSS. E, como sabemos, nem sempre essas avaliações são confiáveis.
O valor do benefício será de 100% do salário no caso de aposentadoria por tempo de contribuição. Já no caso de aposentadoria por idade, o benefício será de 70% do salário, mais 1% para cada grupo de 12 contribuições.
Uma ótima notícia é que o famoso fator previdenciário só incidirá sobre os novos benefícios se resultar em fator positivo, ou seja, não podendo ser aplicado caso seja menor que 1,00 (um).

domingo, 14 de setembro de 2014

Jovem brasileira faz sucesso no cinema dos EUA



Estudar e trabalhar com cinema sempre foi um dos desejos de Raquel Bordin. Mas a faculdade que começou em São Paulo avançou fronteiras e sonhos, e o que temos hoje é uma jovem brasileira (de Jundiaí-SP) de 25 anos com trabalhos premiados em Hollywood.
O curta ‘Tip Toe’ (‘Na Ponta dos Pés’, traduzindo) foi ganhador de quatro prêmios no Women’s Independent Film Festival, em West Hollywood, Los Angeles: melhor filme, melhor roteiro, melhor diretor e o ‘Audience Awards’, escolhido pelo público como melhor filme do festival.
“É um drama composto por duas histórias paralelas. Daniel, um garoto que sonha em se tornar bailarino, e Veronica, uma transexual que enfrenta complicações devido à sua mudança de sexo e sofre a morte do seu sonho de infância”, conta Raquel, que dirigiu o curta. “O roteiro original foi escrito pela Natália Piserni, da companhia Storyland, em São Paulo. Eu adaptei e traduzi para o inglês. Temos uma parceria bem legal. Ajudei bastante também na produção do filme, mas devo tudo à Camila Medeiros e à Gabriela Dorini, produtoras brasileiras que deram o sangue pelo filme.”
Raquel começou a cursar cinema na FAAP, em São Paulo, mas não chegou a terminar a faculdade. “Depois de três anos eu larguei e fui para New York em busca de uma experiência mais prática e menos teórica, que encontrei na New York Film Academy”, explica. “Após dois anos me transferi para Los Angeles, pois a faculdade tem parceria com o Universal Studios, onde tive a maior parte de minhas aulas práticas, e a Warner Brothers, onde passei meu filme de conclusão de curso.”
Formada desde dezembro do ano passado, Raquel entrega que gosta mais de fazer filmes do que assisti-los. “Acho que cinema, apesar de business, continua sendo arte, e foi essa a arte que escolhi para me expressar e passar um pouco da minha visão sobre as coisas adiante.”
Trabalhar com cinema, na capital do cinema, realmente não é para qualquer um. Ainda mais para uma jovem de 25 anos, que vai se acostumando aos tapetes vermelhos que tanto vemos na televisão. ‘Tip Toe’, afinal, continua fazendo sucesso. O filme está na Seleção Oficial do Portland Film Festival, que acontecerá no final de agosto em Portland, Oregon, e no festival de cinema brasileiro em Los Angeles, o Los Angeles Brazilian Film Festival, entre os dias 15 a 20 de setembro – para quem quiser acompanhar este festival, ele será transmitido pelo canal do Youtube LABRFF.
Sobre o futuro, Raquel o deixa em aberto. Se será no Brasil ou mesmo em Hollywood. Mas de uma coisa ela não abre mão: de parar de sonhar e de colocar seus projetos em prática. “Eu imagino que a vida de cineasta é uma vida muito ampla. Estamos em todo o lugar o tempo todo, onde a história nos mandar. Não sei se voltarei pro Brasil ou quando, mas pretendo dar o melhor de mim onde estiver."

sábado, 13 de setembro de 2014

Aprendendo a lidar com as perdas


Perder faz parte da vida de qualquer pessoa, mas essa é uma experiência que pode ajudar no crescimento do indivíduo? Sim, e muito. As cenas de crianças desoladas ao fim da partida de futebol como a que assistimos entre Brasil e Alemanha ilustram muito bem esse aspecto.
Situações como esta podem fazer com que crianças comecem a elaborar e compreender que para vencer, quer seja um jogo, uma competição, a conquista de um novo trabalho, uma promoção, é necessário estudar, se dedicar, planejar. Nada vem de forma mágica, como o apertar e deletar de botões de computadores, celulares e similares.
Na realidade atual, na qual os meios eletrônicos possibilitam num apertar de botões/teclas ou, num deslizar virtual, ir ao encontro de algo desejado, a frustração é algo indesejável, insuportável. Acreditar e aceitar que perdas são inevitáveis são algo que num primeiro momento tende a ser negado.
Como pais ou educadores, nossa ajuda consiste em mostrar à criança que perder, por exemplo, quando se trata de um jogo, uma brincadeira, é uma possibilidade, e nessas situações aprender a lidar com a perda pode ser menos doloroso do que uma situação de perda de um familiar ou doença grave de um familiar ou amigo.
Quando se perde, é normal ficar triste, desanimado, e se esse momento da criança ou adulto é respeitado, pais e familiares suportam conviver com a tristeza e a dor, os sentimentos duram alguns dias, e depois ela, pela sua própria capacidade, se recuperará, falará sobre o ocorrido, como os depoimentos mostraram crianças falando: “fiquei triste porque o Brasil perdeu a Copa”, ou “não fui vitorioso na competição, mas tenho meus amigos, minha família”. Enfim, ele acredita internamente que tem recursos e pode enfrentar as decepções, perdas e o sofrimento provocado.
Ganhar é muito bom, mas quando isso não é possível, ou não há possibilidade concreta de ocorrer, respeitar os limites, não tentar ir além de suas possibilidades é importante, pois ajuda o indivíduo, quer seja adulto ou criança, a encarar e saber lidar com pressões, não querer ser algo que não pode e, principalmente, não assumir atitudes onipotentes, na qual se tenta ser o que não é.
No mundo atual, as exigências são cada vez maiores. Vivemos a ditadura de ser o melhor, o mais completo, em um mundo em que não há lugar para as falhas, inseguranças, dificuldades e dúvidas, enfim, para o não dar certo. Quando uma situação coletiva desbanca toda uma nação como foi, por exemplo, o final dos jogos da Copa, é como se um sentimento coletivo invadisse cada um e cada qual, reagindo a seu modo, será capaz de mostrar como tratam as perdas por que passa na vida. Alguns reagem a elas de forma primitiva, olho por olho, dente por dente, enquanto outros ficam tristes, se deprimem, mas reagem ao fato, e novamente confiam e acreditam na possibilidade de viver novas situações, mesmo sabendo que as perdas sempre farão parte da vida.

(Artigo da psicanalista Samira Bana)

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Reabilitação cardíaca na doença arterial coronariana


A reabilitação cardiopulmonar e metabólica atua em várias patologias. Uma delas é a Doença Arterial Coronariana (DAC), em que ocorre a formação de placas de gordura nas coronárias (artérias responsáveis por levar suprimento e oxigênio ao coração). Os fatores de risco para essa doença são: colesterol alto, pressão alta (hipertensão), diabetes, tabagismo, obesidade e envelhecimento, entre outros. Grande parte da população não acompanha adequadamente esses fatores e, por esse motivo, aumentam as chances de as pessoas sofrerem um Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).
Segundo a fisioterapeuta Lívia Bueno, a reabilitação pode atuar em duas fases: prevenir o infarto e evitar outros (caso esse paciente já tenha sofrido algum). Os benefícios da reabilitação cardíaca são: controle de alguns fatores de risco (colesterol alto, diabetes, obesidade), melhora da capacidade funcional, melhora da qualidade de vida etc.
O programa de reabilitação deve ser seguido a longo prazo e de forma regular, incluindo treinamento aeróbico (bicicleta ergométrica) e exercícios resistidos, que melhoram o fluxo sanguíneo das coronários, o que ajuda a evitar um evento cardiovascular (infarto e acidente vascular cerebral).
Para iniciar a reabilitação é necessário um atestado médico dizendo que o cliente está apto a realizar atividade física. O próximo passo é realizar uma avaliação com a fisioterapeuta e de acordo com os resultados o treinamento será prescrito de forma adequada e individualizada.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Por que não emagreço?



Uma grande parcela da população está acima do peso ideal, e não são apenas os adultos e idosos, mas as crianças que estão com sobrepeso e a caminho da obesidade e das complicações trazidas por ela, como diabetes, hipertensão, alterações hormonais, metabólicas, dislipidemias e até câncer. Sabe-se que obesidade é uma doença inflamatória, que geralmente está associada ao alto consumo de carboidratos refinados, sedentarismo e estresse crônico.
Segundo a terapeuta ortomolecular Íria Melleiro Abbas, a dificuldade no emagrecimento pode estar relacionada com alguns fatores, como:
1) A família, o companheiro (a) e os amigos não apoiam? Então, procure ajuda de um profissional.
2) Quando se faz dietas de revista ou da moda, pode até dar certo. Mas pode deixar uma carência de nutrientes importantes, que o deixam sem energia, mal humorado, com enxaquecas e fome compulsiva pela falta de algum grupo de alimento.
3) Hipotireiodismo: dificulta o emagrecimento. Muitas vezes, os exames clínicos não mostram, mas a pessoa tem sintomas como ganho de peso, sonolência, queda de cabelo, fadiga, unhas quebradiças, pele seca e sensibilidade ao frio. Além da alimentação antioxidante é importante também mudar o ritmo da sua atividade física.
4) Parasitas: todos nós temos algum tipo de contaminação, seja pela alimentação ou pelo animal de estimação. Esses parasitas às vezes liberam toxinas e, como defesa, o organismo isola as toxinas nas células de gordura, dificultando o emagrecimento e muitas vezes aumentando a fome.
5) Certos medicamentos podem dificultar o emagrecimento, como é o caso de algumas drogas psiquiátricas, antidepressivos, medicamentos para diabéticos ou para dores. É claro que não se deve abandonar esses medicamentos, mas saber quais os alimentos corretos que vão evitar a retenção de líquidos e ajudar no emagrecimento.
6) Falta de enzimas: são elas que aceleram as reações químicas do organismo, auxiliam na quebra das moléculas para absorção dos nutrientes. Só que às vezes seu corpo não produz em quantidades suficientes e faz você sentir mais fome ou fome fora de hora.
7) Intestino que não funciona bem: muitas vezes sua dieta é pobre em fibras e rica em gorduras. A falta de equilíbrio na flora intestinal faz com que ocorra um acúmulo de gordura e retenha mais toxinas.
No tratamento ortomolecular todos esses fatores são analisados, a alimentação é orientada e suplementada com vitaminas, minerais e fitoterápicos. A Terapia Ortomolecular tem a preocupação em orientar a pessoa a conseguir emagrecer de modo saudável, analisando sua faixa etária, seu estilo de vida, sua genética e fornecer condições de ter uma alimentação antioxidante, anti-inflamatória e desintoxicante, com nutrientes de qualidade e na quantidade certa para cada caso, além de reduzir o estresse oxidativo causado pelos radicais livres

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Protetor bucal reduz risco de trauma dental




Mais de 5 milhões de dentes são perdidos anualmente com a atividade esportiva. Saiba como proteger os seus. Segundo a Academia Americana de Odontologia Esportiva, o uso de protetores bucais reduz em 80% o risco de trauma dental.
O que é protetor bucal?
Protetor bucal é um aparelho feito de material flexível, que se encaixa nos dentes para protegê-los de qualquer tipo de impacto. Eles devem ser usados sempre que a pessoa participa de atividades esportivas que envolvam a possibilidade de quedas, contatos físicos bruscos etc.
Os protetores geralmente cobrem os dentes superiores e são projetados para evitar a fratura de dentes, cortes nos lábios ou qualquer outro dano à boca. Se a pessoa utiliza aparelho ortodôntico ou prótese dentária na arcada inferior, é sugerido o uso do protetor nos dentes inferiores também.
Que tipos de protetores bucais existem?
- Protetores comuns: baratos e pré-moldados, esses protetores são prontos para uso. Contudo, sua eficácia é duvidosa pela falta de adaptação à boca, podendo também interferir na respiração e na fala.
- Protetores sob medida: são confeccionados pelo seu dentista a partir dos modelos da sua própria arcada dentária. Como são feitos sob medida, sua adaptação é excelente e são muito confortáveis de usar. Você pode ainda personalizar a cor, colocar nome, fotografia ou figurinhas de seus personagens favoritos.
Agora, se por acaso você ainda não tem o seu protetor e sofrer um trauma dental, siga as recomendações a seguir:
- Pegue o dente pela coroa (nunca pela raiz);
- Lave em água filtrada (não utilizar escovas nem produtos de limpeza);
- Armazenar o dente em um copo com leite, soro fisiológico ou preferencialmente com a própria saliva;
- Procurar um cirurgião-dentista na primeira hora após o acidente.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Já é hora de dormir...




"Já é hora de dormir...não espere a mamãe mandar...um bom sono para você e um alegre despertar!"
Quem conhece a música do título de hoje, deve ter mais de 40 anos ou é alguém interessado nos temas vintage. Esta era a música de uma propaganda bem antiga de cobertores. Mas, pelo que estamos notando, a dificuldade de colocar as crianças na cama é tema recorrente nos dias de hoje.
A falta de sono em uma criança pode gerar irritabilidade, dificuldades na escola, hiperatividade e até obesidade ou alterações no crescimento. Além disso, quando a criança dorme o cérebro aproveita para descansar e fixar o que foi aprendido no dia.
Uma criança de até 6 anos tem que dormir de 10 a 12 horas por dia para crescer saudável. Ou seja, uma criança que dorme às 23 horas e acorda às 6 da manhã para ir à escolinha está perdendo um tempo precioso.
Hora para dormir é um hábito que deve ser incentivado desde bebê, porém sabemos também que a resistência das crianças ao sono por muitas vezes ganha da paciência dos pais, que devem ajudá-los a criar rotinas saudáveis para a hora do descanso. Seguem algumas dicas:
- Procure seguir o mesmo horário para a preparação ao sono e para a criança ir para a cama.
- O ambiente onde a criança dorme deve ser escurinho e silencioso. Os outros moradores da casa devem respeitar o horário e não deixar a televisão em volume alto, escutar música ou vídeogame no home teather na máxima altura. Não é preciso falar muito baixo ou deixar a televisão sem som, mas sim diminuir um pouco a agitação da casa.
- Desde bem pequenininho, acostume seu filho com o passo a passo: banho quentinho, pijamas, janta, brincadeiras relaxantes, escovar os dentes, troca de fraldas ou penico, leitura e cama. Conforme a criança for crescendo, explique que é uma estorinha só que lerá por dia, que ela terá muitas atividades no dia seguinte e que precisará descansar para aproveitar bastante o dia. Assim, a criança vai internalizando o horário que costuma dormir e quais são os hábitos necessários para tal.
- Deixe algum bichinho ou boneca que a criança gosta perto dela no berço ou na caminha .
- Se a criança sair do quarto, leve-a novamente e coloque -a na cama quantas vezes forem necessárias. Se ela chorar, não se aflija, deixe -a chorar por alguns momentos, logo logo ela se cansará e cairá no sono.
Seguindo estes passos com frequência, a criança tende a entender a importância do sono desde cedo. Deixe as exceções para férias, feriados e finais de semana, em que a criança acordará mais tarde.
Aliás, pensando em acordar tarde, neste caso, não vale a máxima 'dormiu tarde, acorda tarde'. Ainda que a criança estude no período vespertino, o horário da manhã deve ser usado para que ela brinque, tome sol e se prepare com calma (banho, uniforme, almoço, lanchinho) para ir à escola e chegar sem atropelos. Lembrando que o sol da manhã ajuda na sintetização de vitamina D e o brincar e a prática esportiva têm benefícios que são fundamentais para o crescimento saudável e feliz de nossas crianças.
Vale a pena ter este trabalho inicial pela saúde de nossos filhos, não é mesmo?

(Artigo da psicóloga Vivian Camila Khazrik - 
facebook.com/psicologaviviancamilakkhazrik)