quinta-feira, 4 de março de 2021

Obesidade e suas consequências para a saúde

 


A obesidade é uma das doenças que mais cresce no Brasil e no mundo e suas consequências para a saúde estão envolvidas na incidência cada vez maior de diversas condições crônicas, como diabetes, problemas cardiovasculares, câncer e hipertensão, entre outras. A última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, mostrou que 96 milhões de pessoas são obesas ou estão acima do peso no país, o que corresponde a seis em cada dez brasileiros. E quando considera-se apenas a população adulta, a incidência da obesidade mais do que dobrou entre 2002 e 2019, indo de 12,2% para 26,8%.

São dados preocupantes, principalmente considerando que esses índices tendem a continuar crescendo nos próximos anos. "O cenário se agrava ainda mais quando levamos em conta o impacto da pandemia sobre a população. Boa parte das pessoas passou por meses de isolamento, o que aumentou a prevalência do sedentarismo e o consumo de alimentos como forma de aliviar a ansiedade", pontua o nutricionista ortomolecular Rafael Félix, da Via Farma. E assim como a pandemia tem impactado no peso da população, o excesso de peso também tem influenciado o cenário da Covid-19 no Brasil. "Como tem sido observado, a obesidade é um fator de risco importante para o desenvolvimento de formas graves da doença, mesmo quando o excesso de peso não é acompanhado de comorbidades. Já quando estão presentes quadros de diabetes e hipertensão, o risco torna-se ainda maior", diz Félix.

Os impactos da obesidade

É inegável que a crise sanitária e econômica que o mundo atravessa mudou os hábitos de vida e trouxe impactos importantes para a saúde mental de boa parte da população. O estresse e a ansiedade crescentes trazem diversas repercussões para a saúde, e uma delas é a mudança no apetite e na qualidade da alimentação. "É nesses momentos que as pessoas passam a buscar alimentos que prejudicam a composição corporal, como os ultraprocessados, refinados e doces, entre outros alimentos de alto valor calórico", alerta o nutricionista. Assim, é preciso atentar-se aos gatilhos da má alimentação para evitar que quadros de sobrepeso ou obesidade de instalem ou se agravem nesse período.

Na prática, podemos dizer que as origens da obesidade são multifatoriais, já que ela não está exclusivamente relacionada ao estilo de vida. Além de contar com a genética como fator importante, a doença ainda está ligada ao estresse crônico, distúrbios do sono e até mesmo à exposição prolongada a toxinas ambientais, que agem como disruptores endócrinos, prejudicando o equilíbrio hormonal do organismo. "No entanto, é preciso ter em mente que o estilo de vida ainda é o maior determinante no desenvolvimento da obesidade. Por isso, as mudanças de hábito são essenciais para combater a doença, junto de outras estratégias que podem ser indicadas pelo médico e nutricionista", destaca.

O melhor tratamento, aliás, é aquele multidisciplinar, já que que a doença é complexa e traz implicações que demandam o envolvimento de diversas especialidades da saúde. "A obesidade é uma doença endócrina e metabólica, de caráter inflamatório. O desequilíbrio que ela causa no organismo intensifica o estresse oxidativo, causando disbiose intestinal e alterações que afetam a ação da insulina, cortisol, hormônios sexuais e tireoidianos" elenca o nutricionista. De acordo com ele, o excesso de peso ainda bagunça o relógio biológico e interfere nos mecanismos de detoxificação do fígado, aumentando a pré-disposição a problemas hepáticos. "Com o corpo em desarmonia, também aumentam os riscos de comorbidades como diabetes tipo 2, doenças do coração, pressão alta, colesterol elevado e alguns tipos de câncer", afirma Félix.

Mas não é só o Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 30 que representa riscos para a saúde. O sobrepeso também vem crescendo no país e sua predominância passou de 43,3% para 61,7% nos últimos 17 anos, representando, segundo o IBGE, quase dois terços da população brasileira. "Esse dado também é muito preocupante, pois nos leva a concluir que boa parte da população pode ter acúmulo de gordura na região abdominal, o que já é fator de risco para diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares", aponta o nutricionista. Isso acontece porque quando a gordura abdominal é do tipo visceral, acaba se acumulando entre os órgãos, prejudicando seu funcionamento e a circulação sanguínea. Por isso, ao mínimo sinal de que o tamanho da barriga está passando dos limites saudáveis, já é indicado buscar ajuda para reverter o quadro e evitar que doenças crônicas se instalem.

Devido a tantas consequências que a obesidade pode trazer para a saúde e para a qualidade de vida, é preciso contar com a orientação de um endocrinologista e, se possível, de outros especialistas para lutar contra o excesso de peso. "O acompanhamento médico, nutricional e até mesmo psicológico é essencial para que o emagrecimento aconteça de forma saudável e efetiva. Dentre as opções terapêuticas, podemos citar as abordagens medicamentosas, fitoterápicas e até mesmo a intervenção cirúrgica, em último caso. Independente de qual seja a estratégia escolhida pelo médico, a dieta equilibrada e os exercícios físicos regulares devem estar sempre presentes", afirma. "Muitas vezes, é possível ajudar o paciente apenas com uma reorganização dos hábitos de vida e a prescrição de fórmulas fitoterápicas personalizadas, como o blend entre Alchemilla vulgaris LOlea europaea L, Mentha piperita e Cuminum cyminum L, que tem se mostrado seguro e eficaz no combate à obesidade. Tudo vai depender do grau da doença e das características de cada perfil", finaliza.

 

segunda-feira, 1 de março de 2021

Tire suas dúvidas sobre direito previdenciário

 


A advogada previdenciária Maria Angélica esclarece algumas dúvidas que as pessoas têm sobre Direito Previdenciário. Confira:

Pensão por morte – Portaria altera idade para pagamento

 A Portaria ME nº 424, de 29 de dezembro de 2020, alterou o tempo de duração do benefício de pensão por morte para companheiros e cônjuges. As novas regras entraram em vigor para óbitos ocorridos a partir de 1 de janeiro de 2021.

 Confira os novos períodos:

 1- Três anos, com menos de 22 anos de idade;

 2- Seis anos, entre 22 e 27 anos de idade;

 3- Dez anos, entre 28 e 30 anos de idade;

 4- Quinze anos, entre 31 e 41 anos de idade;

 5- Vinte anos, entre 42 e 44 anos de idade;

 6- Vitalícia, com 45 ou mais anos de idade.

 Prova de vida – Pagamentos não serão suspensos até o fim de março

Os aposentados e pensionistas do INSS que não fizeram a prova de vida entre março de 2020 e  fevereiro desse ano não terão seus benefícios bloqueados. A Portaria 1.266, publicada no Diário Oficial da União, em 20/01/2021, prorroga a interrupção do bloqueio de pagamentos de benefícios até o fim de março.

De acordo com a Portaria, a rotina e obrigações contratuais estabelecidas entre o INSS e a rede bancária que paga os benefícios permanecem e a comprovação da prova de vida deverá ser realizada normalmente pelos bancos. Em situações normais, a prova de vida é feita pelo segurado anualmente para comprovar que ele está vivo e garantir que o benefício continue sendo pago.

Quer saber mais sobre o assunto? Mande sua dúvida para dra. Maria Angélica pelo email: contato@mariaangelica.adv.br

 

domingo, 28 de fevereiro de 2021

Mamão, delicioso e cheio de nutrientes

 


O mamão é o fruto da planta Carica papaya. Têm sabor doce e cores vibrantes. Quando maduro, a polpa é laranja com muitas sementes pretas comestíveis, mas amargas, e pode ser consumido cru. No entanto, o mamão verde deve ser sempre cozido antes, especialmente durante a gravidez, pois a fruta verde é rica em látex, que pode estimular as contrações. O mamão é rico em muitos nutrientes, e seu consumo frequente pode reduzir o risco de muitas doenças, especialmente aquelas que tendem a surgir com a idade.

Confira 9 benefícios desta fruta maravilhosa com a nutricionista Adriana Stavro:

Melhora beleza da pele - Rico em vitaminas A, C, K, E e complexo B, cálcio, potássio, magnésio e fósforo. Fonte de antioxidantes, ajuda a combater os radicais livres, retardar os sinais de envelhecimento, reduzir as rugas e linhas de expressão, diminuir a acne, principalmente em adolescente e melasmas.

Previne asma - O risco de desenvolver asma é menor em pessoas que consomem grande quantidade de certos nutrientes. Um deles é o betacaroteno, presente em alimentos como mamão, damasco, brócolis, melão, abóbora e cenoura.

Propriedades anticâncer - O mamão pode atuar reduzindo os radicais livres, que contribuem para muitas doenças inclusive o câncer. Além disso, o mamão pode ter alguns benefícios extras. Entre 14 frutas e vegetais avaliadas com propriedades antioxidantes, apenas o mamão demonstrou atividade anticâncer nas células do câncer de mama. Em outro estudo publicado na revista Cancer Epidemiology and Prevention Biomarkers, mostrou que consumir antioxidantes como betacaroteno encontrado no mamão, pode reduzir o risco de câncer de próstata entre os homens jovens.

Saúde óssea - A baixa ingestão de vitamina K tem sido associada a um maior risco de fratura óssea . O consumo adequado deste mineral é importante pois, melhora a absorção de cálcio e pode reduzir a excreção urinária de cálcio, o que significa que terá mais cálcio circulante para fortalecer os ossos.

Controle glicêmico - Estudos demonstraram que, indivíduos com diabetes tipo 1 e tipo 2 que consomem dietas ricas em fibras, têm níveis mais baixos de glicemia e lipídios sanguíneos. 100g de mamão, que equivale a uma fatia pequena, fornece em média 3 gramas de fibras.

Previne constipação - O mamão é rico em fibras e água, o que ajuda a prevenir a constipação e a promover a regularidade e um aparelho digestivo saudável. Muitas pessoas consideram o mamão um remédio para constipação, e outros sintomas para a síndrome do intestino irritável (SII).

Melhora a digestão - Esta fruta contêm uma enzima chamada papaína, que pode tornar a proteína mais fácil de digerir.

Prevenção de doenças cardíacas (DCV) - Um aumento na ingestão de potássio, juntamente com uma diminuição na ingestão de sódio, é a mudança alimentar mais importante que uma pessoa pode fazer para reduzir os de DCV.

Diminui inflamação - A inflamação crônica está na raiz de muitas doenças. A alimentação inadequada associada a um estilo de vida pouco saudável, pode conduzir a um processo inflamatório grave. Estudos mostram que frutas e vegetais ricos em antioxidantes, como o mamão, ajudam a reduzir marcadores inflamatórios. Um estudo de 2005, observou que os homens que aumentaram a ingestão de frutas e vegetais ricos em carotenoides, tiveram diminuição significativa na PCR, um marcador inflamatório específico. A colina é um nutriente muito importante encontrado no mamão. Este ajuda melhorar o sono, os movimentos musculares, o aprendizado e a memória. Ela também ajuda a manter a estrutura das membranas celulares, auxiliar na transmissão de impulsos nervosos, e reduzir a absorção de gordura e inflamação crônica.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Dez alongamentos importantes para combater dores nas costas

 


Desde março de 2020, as pessoas se viram obrigadas a se adaptar e ver novas maneiras de manter as suas rotinas. Trabalho em home-office, uso de máscaras ao sair de casa e exercícios físicos por meio da internet, usando o espaço domiciliar. E com alguns pontos de uma nova rotina mais sedentária, foi notado um crescimento no número de pessoas que tiveram mais dores nas costas nesse período.

Segundo estudo realizado pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fiocruz e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com mais de 45 mil entrevistados de todo o Brasil, foi apontado um aumento de 41% na população que sofre de dores na coluna durante a pandemia. Este percentual era de 18,5% antes da quarentena.

Para combater essas dores e melhorar sua qualidade de vida, uma das alternativas para amenizar essa condição pode ser feito por meio de alongamentos em casa. Embora muitas pessoas acabam deixando de lado, o alongamento é tão importante quanto a rotina de exercícios, inclusive, para quem não pratica atividade física.

A professora de dança Laura Moraes, do Playdance, apresenta um programa na plataforma do Weburn Play em que ensina diversos movimentos para aliviar as tensões do dia a dia e ajudar os alunos a relaxar.

Abaixo, Laura cita alguns dos benefícios que os alongamentos podem proporcionar. 

Alivia tensões

O alongamento é uma forma rápida e prática de relaxar músculos como pescoço e costas, que acabam acumulando o estresse do dia a dia.

Aumenta a força

Por aumentar a flexibilidade, possibilita uma maior amplitude nos movimentos e ao utilizar mais fibras musculares, de quebra você aumenta sua força.

Faz bem para a mente

Alongar estimula a liberação de serotonina, hormônio que regula o humor.

Melhora a postura

A prática regular ajuda a melhorar a postura e todos os desconfortos que isso pode causar.

Alongamentos:

• Sentado(a) na cadeira com os pés no chão, alinhe a coluna e puxe a cabeça para o lado direito suavemente. Mantenha a posição por 20 segundos e repita o mesmo movimento para o lado esquerdo.

• Apoie as duas mãos atrás da cabeça e traga ela para baixo sem forçar, usando apenas o peso dos braços. Mantenha a posição por 20 segundos.

• Gire os os ombros por alguns segundos para trás para relaxar as tensões dessa região. Inverta o movimento e gire os ombros para a frente por mais alguns segundos.

• Se dê um abraço e faça movimentos alternados para os dois lados para relaxar.

• Gire o tronco para o lado segurando na cadeira e mantenha a posição por 20 segundos. Repita o alongamento para o outro lado, cuidando para não erguer o ombro, pois assim você estará tensionando a região novamente.

• Cruze uma perna sobre o joelho oposto para alongar a região dos glúteos. Se já sentir alongar, pode apenas manter a posição com a coluna reta por 20 segundos. Se achar que consegue alongar mais, incline um pouco o tronco para a frente. Repita o movimento com a outra perna.

• Puxe uma das pernas junto ao tronco e faça movimentos circulares para dentro e para fora por 20 segundos. Faça os mesmos movimentos girando apenas o tornozelo. Repita essa sequência com a outra perna.

• Alongue as panturrilhas subindo e descendo na ponta dos pés por 20 segundos.

• Para alongar a coxa, apoie a mão na cadeira e puxe uma pena de cada vez por 20 segundos. Mantenha a postura reta e repita o movimento com a outra perna.

• Alongue a parte posterior das pernas apoiando as mãos sobre a cadeira e descendo devagar até onde seu corpo permitir. permaneça na posição por 20 segundos.

 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Come fora de casa? Como montar uma lancheira saudável

 


A rotina de ir ao trabalho, à academia e a outras atividades que exigem sair de casa já voltou a ser a realidade para muita gente nesse período ativo de pandemia no Brasil. E com isso, voltam também as lancheiras para as ruas.

Esse acessório, que saiu do contexto escolar, se tornou tendência no universo fitness e virou uma "mão na roda" para quem busca alimentação saudável, segue uma dieta específica ou mesmo prefere levar lanchinhos de casa para economizar.

"Pessoas que comem fora de casa nem sempre têm condições de ter uma alimentação eficiente e equilibrada. Carregar a lancheira ao longo do dia garante uma nutrição mais adequada", conta Tayse Corrêa, nutricionista parceira da FIT FOOD.

E para quem ainda tem dúvida de como montar uma lancheira que valha realmente a pena carregar o dia todo, a nutricionista lista algumas dicas de alimentação e sugestões de lanches para experimentar!

1. Combine os alimentos certos

As combinações proporcionam o consumo de nutrientes de maneira mais equilibrada. "O importante é juntar três grupos alimentares ao preparar a lancheira: construtores (proteínas como queijos, iogurtes, ovos, grão de bico, atum e frango), reguladores (frutas, legumes e verduras) e energéticos (carboidratos, como pães, biscoito de arroz, frutas)", orienta a nutricionista. Tendo isso em vista, fica mais fácil realizar um planejamento semanal para a lancheira.

2. Fuja das guloseimas

Alimentos ricos em gorduras trans, com aditivos químicos, corantes, aromatizantes e conservantes podem ser dispensados. Essas substâncias são encontradas em bolachas recheadas, biscoitos amanteigados, salgadinhos tipo chips, frituras e embutidos. "Além de serem muito mais calóricos e pouco nutritivos, esses produtos ainda aumentam as chances de problemas cardiovasculares, gástricos e respiratórios, alergias e colesterol elevado", alerta Tayse.

3. Comida à tiracolo

Vale alternar as opções para diversificar os nutrientes durante o dia de maneira equilibrada. "Priorize lanches mais práticos, de fácil transporte e que não façam parte das grandes refeições", recomenda a nutricionista. Além disso, é melhor evitar carregar a comida em recipientes plásticos. "Potes de plástico não são indicados, porque podem conter vários tipos de contaminantes, a exemplo do Bisfenol A, conhecido como BPA. Eles também possuem ftalatos, que podem ser tóxicos para o organismo", diz a nutricionista, que recomenda o uso de recipientes de vidro.

Lanches para variar e saborear

Combine de 2 a 3 porções de frutas picadas (kiwi, mamão, morango) + 30 g de oleaginosas (castanha do Pará, amêndoas, nozes); ou 1 banana + 1 colher de sopa de pasta de amendoim. "Essa combinação de carboidrato e gordura boa mantém os níveis de insulina normais, o que é super importante para quem quer emagrecer e ter mais disposição", conta Tayse.

Experimente também 1 pote de iogurte natural integral + um punhado de frutas secas. "Opções proteicas garantem maior saciedade. As frutas secas possuem fibras e antioxidantes, por isso são ótima opção para quem tem dificuldade em consumir frutas in natura, além de dar um docinho no iogurte natural", sugere a nutricionista.

Faça um sanduíche natural com 2 fatias de pão integral e, no recheio, utilize proteínas, como ovo cozido, atum, queijo ou peito de frango desfiado. Adicione ainda alface, rúcula e outros tipos de salada, como cenoura, beterraba e tomate. "O sanduíche natural é um dos lanches saudáveis clássicos, que pode ser comido frio, no almoço ou no meio da tarde, quando bate aquela fome", comenta.

Quer algo mais crocante? Experimente biscoitos de arroz com pastinha de atum com cottage; para algo mais leve, um wrap de couve com pastinha de grão-de-bico funciona muito bem e é nutritivo. "A folha da couve é rica em ferro e fibras, além de ter baixo carboidrato", lembra a nutricionista.

Adicione outros vegetais como tomate cereja, cenoura baby, batata doce. "Eles também são carboidratos de baixo índice glicêmico e ricos em fibras e vitaminas, que ajudam a ficar mais atento no trabalho", conta Tayse.

Para deixar o lanche mais saboroso, é possível levar um potinho de molho cremoso, como guacamole, que é uma excelente fonte de beta-sitosterol, tem ação anti-inflamatória aliado a saúde cardiovascular, segundo a nutricionista.

 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Passo a passo para a transição para os cabelos grisalhos

 


Cabelo natural é uma tendência que se intensificou com a pandemia e parece que vai ficar. Aderir aos fios naturais não se resume mais apenas em aceitar a textura e o formato dos fios, a cor também entrou nessa onda e os grisalhos estão cada vez mais em alta. O hair stylist Luigi Moretto comenta que um fator importante para quem está decidido a embarcar nessa mudança é entender que durante esse processo haverá altos e baixos, e vale entender cada fase deste processo e os cuidados necessários para que as madeixas façam essa transição com saúde e beleza.

1 - TRANSIÇÃO INICIAL: de 1 a 8 meses

É a fase mais difícil, segundo o especialista, já que é neste período que a maiorias das desistências acontecem. "Muitas mulheres tentam disfarçar ao máximo o crescimento de seu cabelo, mas quem vence essa etapa dificilmente desiste do processo", afirma.

2 - TRANSIÇÃO INTERMEDIÁRIA: de 9 a 18 meses

Aqui já começa a aceitação e a maioria das mulheres começam a curtir todos os momentos e descobertas do cabelo. "A diferença de cor passa a não incomodar, mas começam as dificuldades no tratamento para deixar os brancos macios e sem frizz, fala Luigi. A percepção do hair stylist é que aqui a mudança passa a ser interna, de aceitação, orgulho, deixa de ser uma ideia inicial e começa a se concretizar.

3 - TRANSIÇÃO FINAL: a partir dos 24 meses

Vencida essa etapa de transição, Luigi afirma que depois deste tempo é bem difícil alguém voltar atrás e abrir mão dos grisalhos. "Nessa fase, a mulher já aprendeu a tratar dos fios brancos, aceitar suas fases naturais, suas formas que podem ser vistas em mechas, espalhadas ou ate mesmo localizadas em algumas regiões. O resultado é fantástico", revela.

Mas, para chegar lá, Luigi ensina algumas dicas de ouro, que todo mundo que deseja passar por esta importante transição precisa saber.

- Corte

A sugestão do especialista é pelos cortes mais curtos e com maior frequência, para retirar o mais rápido a química que ainda existe nos fios. "Os cortes desfiados também ficam bem legais, mas quanto mais curtinho, melhor", ensina.

- Cor

Optar pelas mechas em uma cor bem mais clara ajuda a diminuir o máximo a diferença que vai ficar no início do processo. "Fuja das cores mais escuras, se esse for o seu caso façaa umas mechas bem clarinhas", diz.

- Cuidados específicos

O tratamento com um shampoo específico para cabelo branco, que contenha um PH especifico para tratá-los é o que vai manter a cor bem clarinha, evitando deixá-los amarelados.

- Hidratação

Os fios brancos são mais porosos, por isso não conseguem reter a água dentro do fio. "A regra é fazer uma hidratação a cada 15 dias", alerta Luigi.

- Umectação capilar frequente associada a nutrição:

Para potencializar a nutrição, vale associar a umectação uma vez ao mês. "A nutrição é importante para criar uma barreira que auxilia na retenção da água no fio, devolvendo maleabilidade, umidade e mantendo a cutícula sempre fechada".

- Manutenção da cor:

É muito importante utilizar shampoo próprio para cabelos grisalhos. Temos também totalizantes específicos para cabelos brancos para mantê-los sempre com brilho e bem clarinhos. "Se os fios amarelarem, não é motivo de desespero, atualmente há muita solução para isso no mercado e nos salões de beleza", finaliza Luigi Moretto.

 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Como se prevenir de lesões nos joelhos

 


Dores no joelho são uma das causas mais frequentes para a busca de um ortopedista. Ainda que seja comum acreditar que essas queixas venham de atletas e praticantes de exercícios físicos, é possível desenvolver algum problema nessa região mesmo durante a realização de atividades rotineiras. Sendo a maior articulação do corpo humano, o joelho certamente merece muita atenção e cuidado.

É importante, primeiramente, entender a sua estrutura. O joelho é formado por quatro ligamentos: um em cada lado (colateral medial e colateral lateral), responsáveis por evitar que ele se mexa muito para os lados, e dois internos (cruzado anterior e cruzado posterior), que impedem a movimentação excessiva para frente e para trás. Ainda, há os meniscos, estruturas que atuam como um amortecedor, e a cartilagem, tecido que recobre a ponta dos ossos, evitando o atrito entre o fêmur (osso da coxa) e a tíbia (osso maior da parte inferior da perna), e o fêmur e a patela (rótula).

O ortopedista e médico do esporte, dr. Pedro Baches Jorge, fundador da Clínica SO.U, explica que as dores no joelho podem ser divididas em dois grupos: aquelas causadas por sobrecarga e outras geradas por lesão. "Os incômodos por sobrecarga não são oriundos de um trauma no joelho, mas, normalmente, de um desequilíbrio muscular. Já as dores geradas por lesão vêm de algum trauma sofrido, como uma entorse".

O médico ainda diz que um dos maiores fatores de risco para dores no joelho quando não há um trauma, é o desequilíbrio muscular, que não é sinônimo de fraqueza, mas de falta de balanço entre as musculaturas dos ossos do joelho. "O glúteo controla o fêmur, maior osso do corpo humano, e a musculatura da coxa controla os outros ossos do joelho. Se existe um desequilíbrio, os ossos não trabalham de forma sinérgica como deveriam. E isso leva a dor por sobrecarga, podendo ser uma condromalácia (danos à cartilagem), uma dor patelar, uma tendinite, ou, até mesmo uma bursite do joelho", conta Dr. Pedro.

Pessoas com desequilíbrio muscular podem estar expostas a uma lesão por sobrecarga na parte anterior do joelho, ou seja, do mecanismo extensor, até mesmo realizando atividades rotineiras, como agachar, subir e descer escadas ou uma ladeira.

Muito comum ainda é vermos casos de atletas, como jogadores de futebol, que sofrem lesões no joelho. Nesses casos, trata-se do segundo grupo de dor explicado pelo ortopedista, aquelas geradas por algum trauma, como uma entorse, que ocorrem com maior facilidade em atividades nas quais há mudança súbita de direção.

Apesar de nem sempre poderem ser evitadas, é possível que com uma musculatura glútea e da coxa mais fortalecidas, há menor probabilidade de a pessoa sofrer um trauma desse, uma vez que é uma barreira de proteção ao movimento brusco. Ou seja, mesmo para atletas, é necessário que se busque por um balanço correto entre o fortalecimento dos músculos relacionados ao joelho. Entre as lesões mais comuns neste grupo, estão do ligamento cruzado anterior, da cartilagem ou do menisco.

E quando é necessário buscar um médico? Dr. Pedro diz que após uma entorse ou um trauma, se o joelho inchou, é hora de procurar um especialista. "Existem pessoas que as vezes têm uma dor insidiosa, ou que passa e volta, ou, ainda, constante. Se não houver melhora na dor após um remédio ou repouso, ou o joelho começar a inchar, ou dificultar atividades diárias é indicado procurar um ortopedista para verificar a causa".

A melhor forma de proteger seu joelho e prevenir uma lesão ou surgimento de dores, é cuidar do seu fortalecimento. Mesmo que a pessoa pratique atividades aeróbicas, como corrida, não pode descuidar do treino anaeróbio ou funcional. Exercícios para os glúteos, coxa e panturrilha certamente farão com que essa grande articulação funcione melhor.