terça-feira, 31 de maio de 2016

O que muda com a Lei da Inclusão?

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência 13.146/15, antes conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, tramitou no Congresso Nacional por mais de 15 anos, só entrando em vigor agora, em 2016. Essa nova lei garante direitos em áreas como: trabalho, saúde, infraestrutura e educação. A nova regulamentação prevê ainda sansões a atos discriminatórios contra pessoas com deficiência.
Para Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar, a nova legislação é um passo importante e reafirma o direito conquistado pelo deficiente perante a sociedade. Além de amparar a quem precisa com oportunidades e benefícios. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, existem no Brasil 45,6 milhões de pessoas que afirmaram ter algum tipo de deficiência, o que representa 23,9% da população. Por isso, a entrada da lei em vigor é tão importante.
“A sociedade brasileira precisa antes de aplicar a lei, olhar os deficientes de um outro modo. Não com o sentimento de pena, de rejeição ou de uma dívida existente pelo histórico ultrapassado. Nós precisamos compreender que independente da deficiência, as pessoas têm suas habilidades e limitações, assim como todo ser humano”, explica.
A psicopedagoga cita alguns exemplos de direitos garantidos pela nova lei para atender a essa parcela da população: oferta de profissionais de apoio escolar em instituições privadas, sem custo para as famílias; a acessibilidade para pessoas com deficiência em 10% da frota de táxis; e o auxílio-inclusão, benefício de renda complementar ao trabalhador com deficiência que ingressar no mercado de trabalho. “Todas essas medidas vão ajudar muito essa parcela da população, que muitas vezes é discriminada e maltratada por causa da sua condição. A nova lei tem como objetivo não só chamar a atenção para o problema, como conscientizar a população de que todos somos iguais e merecemos respeito”, detalha.
Ana Regina lembra também, que a mesma lei prevê punições como detenção de dois a cinco anos para quem impedir ou dificultar o ingresso da pessoa com deficiência em planos privados de saúde e a quem negar emprego, recusar assistência médico-hospitalar ou outros direitos a alguém, em razão de sua deficiência. “A nova lei deve ser aplicada de maneira clara e consciente pelo cidadão, não por ser uma lei em si, mas por uma questão de ética, humanidade e respeito ao outro, aonde quer que ele esteja, ou seja, na família, na escola ou na sociedade”, completa a especialista.


domingo, 29 de maio de 2016

Má digestão atinge 40% da população


Em referência ao Dia Mundial da Saúde Digestiva, que acontece neste dia 29, data instituída pela World Gastroenterology Organisation (WGO), a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) alerta sobre azia e má digestão, condições ocasionadas por algum desequilíbrio no organismo ou doença, que atingem grande parte da população, mas que acabam sendo menosprezadas. Segundo o médico endoscopista e coordenador de comunicação da SOBED, Bruno Martins, a má digestão ou dispepsia funcional atinge entre 20% e 40% da população. “Os principais sintomas da má digestão são a sensação de ‘estufamento’ após as refeições, arrotos frequentes, náusea e dor abdominal. Como são sintomas comuns de outras doenças, é muito importante o acompanhamento de um especialista para que possa descartar outras causas como gastrite, úlcera ou refluxo”, esclarece.
Segundo o médico, a azia - aquela sensação de queimação no peito ou na garganta que algumas pessoas se referem como acidez - é o principal sintoma da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) e deve ser levada a sério e tratada. “Principalmente porque quase 12% da população urbana no Brasil sofre com retorno do ácido gástrico”, explica.
Confira as dicas da SOBED para melhorar a azia e má digestão e ter uma saúde digestiva adequada:
Emagreça (se estiver acima do peso) - O excesso de peso e acúmulo de gordura corporal geram pressão abdominal, o que acaba dificultando uma digestão adequada.
Evite café, chocolate, álcool, gorduras e frituras - As substâncias presentes nesses alimentos e bebidas relaxam o esfíncter esofágico inferior, possibilitando a volta dos alimentos.
Pare de fumar – o cigarro contém substancias tóxicas que agridem as mucosas do esôfago e do estômago, deixando o trato gástrico propenso, inclusive, à gastrite e úlcera.
Procure comer mais vezes ao dia – O ideal é se alimentar de quatro a cinco vezes por dia, a cada três horas e em pequenas porções. Comer demais pode piorar o refluxo e contribuir para a má digestão.
Evite se deitar por pelo menos três horas após a refeição – É comum o refluxo em pessoas que costumam dormir logo após almoço ou jantar.  O fato ocorre devido à ausência de gravidade, que facilita o encaminhamento do conteúdo gástrico para o esôfago quando a pessoa está deitada. Elevar a cabeceira da cama pode ajudar para diminuir o problema.



sexta-feira, 27 de maio de 2016

Cuidados necessários antes de começar a correr

O número de corredores de rua no Brasil aumenta exponencialmente ano após ano. Segundo pesquisa da consultoria Relevance realizada em janeiro de 2014, estima-se que cerca de seis milhões de pessoas pratiquem algum tipo de corrida. Não à toa, o número de praticantes do esporte cresce tanto, afinal, basta ter um par de tênis e um pouco de vontade para começar.
No entanto, além de um calçado de qualidade e de disposição, algumas medidas são necessárias para que atividade possa ser realmente salutar. Segundo a gerente médica da unidade MIP do Aché Laboratórios Farmacêutico, dra. Talita Poli Biason, ao iniciar qualquer tipo de modalidade esportiva é fundamental realizar uma avaliação médica e física e conferir como anda o funcionamento do organismo. “Também é importante à orientação de um educador físico, assim, será possível garantir que os treinos sejam executados em um ritmo seguro e saudável”, explica.
Abaixo, confira dicas para quem pretende iniciar no mundo da corrida sem imprevistos:
Avaliação médica: Faça um check-up completo. O procedimento pode evitar problemas de saúde e torna a prática do esporte segura;
Motivação: Escolha um local atrativo para treinar. Procure se unir a outros amigos corredores. Selecione uma boa trilha sonora e trace um pequeno objetivo a ser alcançado;
Refeição: Alimente-se duas horas antes da atividade, assim dá tempo de fazer o processo de digestão;
Hidratação: Beba bastante água antes, durante e depois da corrida. Estar devidamente hidratado é fundamental em qualquer atividade física;
Vestuário: Use um tênis específico para corrida e, de preferência, que já tenha sido utilizado anteriormente. Calçados novos podem prejudicar a pisada e causar lesões. Vista roupas leves e confortáveis e que não limitem os seus movimentos;
Alongue-se: Também faça aquecimento e alongamento trinta minutos antes do treino;
Ritmo: Respeite as condições de seu corpo. É importante não forçar demais na velocidade e na distância e evitar lesões;
Frequência: Para criar resistência, comece com caminhadas, depois, passe aos trotes (corridas leves, mas com passadas mais curtas) até, finalmente, iniciar corridas de curtas distâncias. Os percursos devem ser aumentados gradativamente;
Postura: Procure manter o tronco ereto, olhando sempre para o horizonte. Mantenha os cotovelos flexionados em 90° e os ombros soltos. Prefira passos curtos ao invés de longos e não toque o calcanhar no chão. A postura correta aumenta a desempenho e evita lesões.


quarta-feira, 25 de maio de 2016

Doença de Crohn: o que você precisa saber

A doença de Crohn, inflamação séria no trato gastrointestinal com predominância no intestino delgado e grosso, atinge mais de cinco milhões pessoas no mundo. No Brasil, são mais de 65 mil pacientes. A enfermidade ainda não é muito conhecida, mas é preciso ter atenção, pois além de ter um difícil diagnóstico, os sintomas são facilmente confundidos com outros problemas de saúde.
Segundo a dra. Arcangela Valle, diretora médica da UCB Biopharma, a doença de Crohn é considerada uma desregulação crônica do sistema imunológico. “Os primeiros indícios são comumente diarreia, cólica abdominal e febre. Raramente o indivíduo consegue identificar como uma possível complicação gastrointestinal”, explica a médica.
Para contribuir no esclarecimento sobre a doença, a dra. Arcangela aponta:
É uma doença que pode atingir qualquer parte do trato gastrointestinal – Isso significa que pode ser desencadeada desde a boca, percorrendo pelo tubo digestivo até o ânus. Por isso, existe uma variação considerável de sintomas e apresentações, o que dificulta o diagnóstico. De acordo com a especialista, é comum o paciente levar de três a cinco anos para saber que tem Crohn.
O estado emocional contribui para desencadear ou piorar as crises – Não pode ser considerado como uma causa, mas é um fator de interferência. Se o indivíduo está emocionalmente abalado, as defesas do sistema imunológico tendem a baixar, o que estimula o aparecimento de irritações no sistema gastrointestinal. Portanto, os pacientes precisam ter atenção ao estado psicológico.
Não tem cura, mas é possível ter uma vida normal – É um problema que precisa ser controlado, evitando as crises. Uma vez acompanhado por um profissional, o indivíduo será tratado corretamente e não precisará abandonar as atividades de rotina, tanto no trabalho quanto socialmente. O tratamento deve ser feito sem interrupções com o objetivo de reduzir os sintomas e o impacto da doença no cotidiano.
Terapia biológica melhora expressivamente os sintomas – Esse tipo de tratamento bloqueia os alvos inflamatórios, reduzindo significativamente os sintomas da doença. Nos períodos de crise, o organismo produz TNF em excesso, que são citocinas responsáveis pela inflamação. Os agentes biológicos, chamados Anti-TNF, são inibidores dos receptores da proteína TNF. Analise essa possibilidade com o seu médico. 
O curso da doença de Crohn é imprevisível – É possível que os sintomas apareçam apenas no momento de crise e a enfermidade pode não progredir da mesma maneira em todos os pacientes. O médico gastroenterologista identificará o estado do paciente, podendo ser classificado como leve a moderado, moderado grave ou grave fulminante.


segunda-feira, 23 de maio de 2016

Mantenha a pele das mãos jovem por mais tempo

As mãos precisam de cuidados para permanecerem saudáveis, macias e com uma boa aparência. Assim como a pele do rosto, as mãos estão constantemente expostas e sofrem com os efeitos dos raios ultravioletas e dos mais diversos produtos químicos. Segundo o dermatologista Gilvan Alves (CRM 7940), ao longo dos anos as mãos tendem a ficar com aspecto envelhecido, ressecado e com manchas.
Isso acontece porque a pele nessa região é mais fina e possui menor quantidade de glândulas sebáceas, o que a torna mais vulneráveis à desidratação e às mudanças de temperaturas. O hábito constante de lavar as mãos, o uso de água quente, de produtos antibacterianos como sabonetes, álcool gel, e o manuseio com produtos químicos em geral agridem e ressecam a pele das mãos.
O especialista enumera alguns cuidados que devem ser tomados: escolher bem os produtos para higienização das mãos e não usar água muito quente; optar por sabonetes suaves, formulados com pH neutro, pois são menos agressivos; passar creme hidratante que contenha agentes emolientes, como a glicerina e alantoína, aplicando regularmente ao longo do dia.
“Também recomendo o uso de luvas ao manusear produtos químicos como detergentes, sabões, água sanitária. O protetor solar é indispensável. Aplicar ao sair de casa, principalmente se for dirigir, pois nessa hora as mãos ficam bastante expostas ao sol. Existem luvas próprias para dirigir com proteção solar no tecido”, finaliza o dermatologista.


quinta-feira, 19 de maio de 2016

Doença periodontal (tártaro) em cães e gatos


Além de cuidar de nossa saúde, não podemos deixar de lado a dos nossos bichinhos. E pouco gente sabe que o tártaro é muito comum nos animais e, se não cuidado, pode levar à perda dos dentes. 
Segundo a médica veterinária Sabrina Frascacio, a doença perio­dontal é a afec­ção mais co­mum da cavidade oral nos animais de estima­ção, com aproximada­mente 85% dos casos em pacientes com ida­de acima de três anos. Essa doença é uma con­dição inflamatória crô­nica dos tecidos perio­dontais que envolvem a gengiva, ligamento pe­riodontal, cemento e osso alveolar.
Antes
Face vestibular esquerda antes
O início da doen­ça periodontal ocorre pelo acúmulo de placa bacteriana, gerando primariamente uma in­flamação da gengiva (gengivite), progredin­do para periodontite. Depois de algum tem­po, a placa bacteriana mineraliza-se, e se transforma em cálculos dentários (tártaro). O avanço da doença periodontal leva a forma­ções de bolsas periodontais profundas, retra­ção gengival, perda de inserção do ligamento periodontal e reabsorção óssea que, quando não tratada, leva à perda dental.
"O diagnóstico da doença periodontal ocor­re por meio do exame clínico e radiografia intraoral, que é uma ferramenta vital para a odontologia veterinária, sendo útil na ava­liação da doença periodontal, planejamento do tratamento periodontal, assim como para o monitoramento da progressão da doença", explica Sabrina. A maior parte dos componentes dentários é visualizada por meio desse exame. Por con­sequência, diversas afecções deixam de ser descobertas caso o exame clínico não envol­va a radiografia. Não utilizá-la é considerada uma prática negligente.
E depois do tratamento periodontal
Os sinais clínicos comumente observados nos animais são o cálculo dentário, gengivi­te, halitose, retração ou hiperplasia gengival, hemorragia gengival, mobilidade dentária e dificuldade na apreen­são de alimentos.
A médica veterinária ressalta que a doença periodon­tal ainda provoca efei­tos sistêmicos por meio da disseminação das bactérias para ou­tros órgãos. "Essa dis­seminação provoca le­sões contínuas em de­terminados órgãos, que poderão acarretar a insuficiência de sua função em longo pra­zo nos rins, fígado, ar­ticulações e raramente no coração", diz ela.
O tratamento da doença periodontal é complexo e longo, pois consiste em um con­junto de procedimentos nos quais incluem completa raspagem, aplainamento radicular e extração dentária quando houver necessi­dade, com o objetivo de remover os focos de infecção e permitir a recuperação do tecido. Depois do tratamento periodontal preconi­za-se a realização de tratamentos preventi­vos domiciliares para evitar nova adesão bac­teriana sobre a superfície dos dentes, dessa forma mantendo a saúde periodontal por um tempo prolongado.


terça-feira, 17 de maio de 2016

Gestante: como usar o cinto de segurança corretamente

A gravidez é um período especial para as mulheres e, por isso, deve ser cercada de cuidados para diminuir qualquer risco à saúde da mãe e do bebê. Confira as dicas do dr. Edson Kayanuma, médico e supervisor de Saúde da Ford, que toda gestante deve tomar ao dirigir:
·         Grávidas devem usar o cinto de segurança de três pontos mantendo a faixa inferior abaixo da barriga, o mais justo possível. A faixa diagonal não deve ficar sobre a barriga, debaixo do braço ou da axila. Ela deve cruzar o meio do ombro, passar rente os seios e lateralmente ao abdômen.
·         Durante o primeiro trimestre da gravidez, período em que é mais comum a ocorrência de tonturas, náuseas, vômitos e sonolência, é aconselhável que a gestante não dirija caso apresente algum desses sintomas.
·         Como regra geral, não é recomendado que a mulher dirija a partir do oitavo mês de gravidez, já que a barriga pode ter crescido o suficiente para estar muito próxima ao volante. Em alguns casos, isso pode ocorrer até antes desse período havendo, em caso de colisão, um risco maior do descolamento da placenta ou de indução ao parto prematuro.
·         É aconselhável deixar os telefones do obstetra e de familiares em um local de fácil acesso, dentro do carro. Em caso de qualquer mal-estar na direção, como contrações, por exemplo, a gestante deve parar o veículo em local seguro e pedir ajuda por telefone. Caso seja necessário ir a um hospital, recomenda-se pegar um táxi.
“Esses são apenas alguns conselhos gerais de direção para grávidas. Dependendo de possíveis limitações adicionais, a mulher deve sempre seguir as orientações aconselhadas pelo seu obstetra”, recomenda o dr. Kayanuma.