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quarta-feira, 25 de maio de 2016

Doença de Crohn: o que você precisa saber

A doença de Crohn, inflamação séria no trato gastrointestinal com predominância no intestino delgado e grosso, atinge mais de cinco milhões pessoas no mundo. No Brasil, são mais de 65 mil pacientes. A enfermidade ainda não é muito conhecida, mas é preciso ter atenção, pois além de ter um difícil diagnóstico, os sintomas são facilmente confundidos com outros problemas de saúde.
Segundo a dra. Arcangela Valle, diretora médica da UCB Biopharma, a doença de Crohn é considerada uma desregulação crônica do sistema imunológico. “Os primeiros indícios são comumente diarreia, cólica abdominal e febre. Raramente o indivíduo consegue identificar como uma possível complicação gastrointestinal”, explica a médica.
Para contribuir no esclarecimento sobre a doença, a dra. Arcangela aponta:
É uma doença que pode atingir qualquer parte do trato gastrointestinal – Isso significa que pode ser desencadeada desde a boca, percorrendo pelo tubo digestivo até o ânus. Por isso, existe uma variação considerável de sintomas e apresentações, o que dificulta o diagnóstico. De acordo com a especialista, é comum o paciente levar de três a cinco anos para saber que tem Crohn.
O estado emocional contribui para desencadear ou piorar as crises – Não pode ser considerado como uma causa, mas é um fator de interferência. Se o indivíduo está emocionalmente abalado, as defesas do sistema imunológico tendem a baixar, o que estimula o aparecimento de irritações no sistema gastrointestinal. Portanto, os pacientes precisam ter atenção ao estado psicológico.
Não tem cura, mas é possível ter uma vida normal – É um problema que precisa ser controlado, evitando as crises. Uma vez acompanhado por um profissional, o indivíduo será tratado corretamente e não precisará abandonar as atividades de rotina, tanto no trabalho quanto socialmente. O tratamento deve ser feito sem interrupções com o objetivo de reduzir os sintomas e o impacto da doença no cotidiano.
Terapia biológica melhora expressivamente os sintomas – Esse tipo de tratamento bloqueia os alvos inflamatórios, reduzindo significativamente os sintomas da doença. Nos períodos de crise, o organismo produz TNF em excesso, que são citocinas responsáveis pela inflamação. Os agentes biológicos, chamados Anti-TNF, são inibidores dos receptores da proteína TNF. Analise essa possibilidade com o seu médico. 
O curso da doença de Crohn é imprevisível – É possível que os sintomas apareçam apenas no momento de crise e a enfermidade pode não progredir da mesma maneira em todos os pacientes. O médico gastroenterologista identificará o estado do paciente, podendo ser classificado como leve a moderado, moderado grave ou grave fulminante.


segunda-feira, 15 de junho de 2015

Entenda melhor a diarreia



Você sabia que a diarreia pode até matar? Ela é caracterizada geralmente por provocar o aumento do número de evacuações e a perda da consistência das fezes. Segundo o médico especialista em doenças do aparelho digestivo João Gomes Netinho, a diarreia pode ser causada por uma infecção ou também por alergia. Essa complicação tem início geralmente pela desidratação causada pela perda de água e falta de minerais importantes como sódio e potássio. Bebês, crianças e idosos fazem parte do grupo que mais corre risco de morte, por conta da desidratação.
Netinho explica que o intestino funciona, basicamente, absorvendo e eliminando líquidos e substâncias, e quando sua função sofre alteração, desenvolve-se um desequilíbrio entre eliminação e absorção podendo gerar o quadro da diarreia. A avaliação médica parte de duas questões importantes. “Saber há quanto tempo a diarreia está presente. Descobrir o provável local, intestino delgado ou grosso, pode auxiliar no diagnóstico médico”, explica.
O médico lembra ainda que existem dois tipo de diarreia: a aguda, que geralmente dura de uma a três semanas, e na maioria dos casos não necessita de intervenção médica. Já a diarreia crônica dura mais que três semanas e é dividida em dois grupos; o primeiro é a diarreia que pode ser controlada com a realização de um jejum; e o segundo tipo, é aquele que não corresponde aos jejuns e as fezes podem apresentar muco ou sangue.
“Quando as fezes apresentam sangue ou muco, o paciente deve procurar um especialista, para que possa ser feito um diagnóstico diferenciado, pelo qual podem ser identificadas doenças inflamatórias no intestino, tumores ou alguma outra infecção”, diz o médico.
O médico avisa que água é muito importante, mas apenas ela não vai recompor a perda de sódio e potássio causada pela diarreia. Por isso, tome também soro caseiro e alguns isotônicos que existem no mercado. Mantenha sua alimentação quando você estiver com diarreia. Neste caso prefira alimentos mais leves. Muitas pessoas associam de forma errada a diarreia com alimentação e deixam de comer.
Alguns medicamentos podem até causar uma sensação de alívio aos sintomas da diarreia, mas estes não devem ser consumidos, pois a diarreia é uma manifestação de defesa natural do nosso organismo.
E por último, mas não menos importante, Netinho ressalta a necessidade de uma boa higiene para evitar que você seja infectado ou contaminado pela diarreia. “Lavar sempre muito bem as mãos e sempre que for ao banheiro dar a descarga com a tampa do vaso sanitário fechada, são alguns cuidados que podem ser tomados para evitar o problema”, finaliza o médico.