segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Com que frequência devemos ir ao médico?




Todo mundo deveria saber que, quando apresentamos sintomas desagradáveis ou incapacitantes, um médico deve ser consultado, já que só ele é capaz de dar um diagnóstico e tratamento exatos. O simples ato de ir ao médico quando surge um sintoma pode prevenir e ainda curar doenças.

Segundo o dr. Aier Adriano Costa, coordenador da equipe médica do Docway, a grande maioria da população não tem o costume de cuidar da saúde. “As pessoas têm o hábito de se automedicar ou procurar uma solução rápida para o problema com familiares, vizinhos e até no Google. O que acontece, é que isso pode acarretar um problema sério posteriormente”, explica.

Ainda segundo o especialista, check ups são muito importantes, mas poucos são os que mantêm este hábito. Tal acompanhamento é necessário para avaliar como está o funcionamento do corpo do paciente e, em caso de enfermidades, tratá-las. "Algumas doenças são insidiosas e só vêm apresentar sintomas relevantes quando já estão em estágio avançado. O costume de consultar um médico não apenas quando se está doente faz muito bem pra saúde e pra uma boa qualidade de vida", acrescenta.
Mas afinal de contas, você sabe com que frequência deve ir ao médico? Uma vez por ano ou duas? Todo mês ou um mês sim, outro não? A verdade é que cada idade exige uma “frequência” diferente de idas ao médico. Confira algumas dicas do dr. Aier para diferentes perfis:
Crianças: Após a saída do hospital, caso esteja tudo bem com o recém-nascido, a primeira visita deve acontecer entre no 15º dia de vida. Passado esse período, as consultas devem ser feitas aos: 2, 4, 6, 9 e 12 meses no 1º ano de vida. No 2º ano, o pediatra deve ser consultado para o acompanhamento do bebê aos 15, 18, 21 e 24 meses. A partir daí, é necessário que se verifique o peso e a estatura a cada seis meses até o 5º ano de vida e depois anualmente entre 6 e 18 anos. Obviamente, se o paciente apresentar alguma doença de base ou quaisquer alterações ao longo deste acompanhamento, essa periodicidade pode sofrer alterações.

Grávidas: Elas devem procurar o médico assim que tiverem o diagnóstico de gravidez ou mesmo na suspeita de,  para iniciar o acompanhamento da gestação. Até o sexto mês, as visitas ao obstetra  devem ser mensais. Depois disso, podem ocorrer de 15 em 15 dias, de acordo com o decorrer da gestação. Caso a gestante venha a sentir algo diferente, deve procurar imediatamente o médico.

Adultos: Devem realizar um check up com todos os exames necessários uma vez ao ano, caso não possuam nenhum problema já diagnosticado de saúde. Exames de audição e visão devem ser feitos a partir dos 40 anos, ou antes, caso existam queixas pertinentes. Os exames específicos, ginecológicos e urológicos, por exemplo, como mamografias, ultrassonografias e consultas aos especialistas, devem ser realizadas na periodicidade recomendada por cada especialidade de acordo com as idades dos pacientes.

Idosos: Se estão saudáveis, podem seguir a mesma recomendação dos adultos e ir apenas uma vez por ano. Mas se apresentam alguma doença, devem ir ao médico com a frequência determinada por ele.

Para finalizar, o especialista recomenda que as idas ao médico se tornem um hábito, para evitar maiores problemas no futuro. “Não deixem que apenas a doença leve ao médico, um acompanhamento adequado previne inúmeros problemas, a sua saúde agradece”, completa.


sábado, 20 de outubro de 2018

Gravidez melhora os sintomas da endometriose?



Embora durante muito tempo, havia a crença de que a gravidez tinha um papel na melhora ou até mesmo na remissão dos sintomas da endometriose, um estudo recente, apresentado durante o VI Congresso Brasileiro de Endometriose e Cirurgia Minimamente Invasiva, que aconteceu em São Paulo, no mês de setembro, as evidências atuais disponíveis sugerem que a gestação não resulta em benefícios ou melhora dos quadros de endometriose. O estudo, publicado no jornal científico Human Reproduction, foi uma revisão da literatura disponível sobre gravidez e endometriose, entre os anos de 1966 e 2017.

Segundo o ginecologista Edvaldo Cavalcante, médico assistente do Ambulatório de Algia Pélvica da Universidade Estadual de São Paulo (UNIFESP), a endometriose é cercada de mitos, sendo um deles a questão da gravidez como recurso para melhora dos sintomas.   

“O estudo mostrou que os resultados a respeito dos efeitos da gravidez na endometriose são controversos. Também apontou que há evidências crescentes de que a endometriose pode interferir no sucesso da gravidez. Assim, é preciso orientar corretamente as pacientes sobre o assunto”, comenta o dr. Edvaldo. “Isso porque em 55% dos casos, a endometriose pode levar à infertilidade. Além disso, enquanto algumas lesões da endometriose apresentam regressão durante a gravidez, outras podem permanecer estáveis ou ainda aumentarem. O único efeito claro é que na gravidez, por conta da amenorreia (cessação da menstruação), não surgem novos focos de endometriose”.

O estudo apresentado durante o congresso não foi conclusivo e novas pesquisas serão feitas para entender os efeitos da gravidez nas mulheres com endometriose.

Endometriose, aborto espontâneo e outras intercorrências na gravidez

Quando se fala de gravidez e endometriose, há outros aspectos que precisam ser bem avaliados. Segundo um estudo, quando a mulher tem endometriose profunda, ou seja, a forma mais agressiva da doença, há taxas mais elevadas de placenta prévia, aborto espontâneo, restrição do crescimento intrauterino, parto prematuro e distúrbios hipertensivos.

O que realmente melhora os sintomas da endometriose?

“Nem todas as mulheres apresentam manifestações clínicas da endometriose. Outro ponto é que há pacientes com endometriose profunda sem sintomas e há outras com pequenos focos e manifestações importantes”, comenta o especialista.

A dor pélvica crônica é a principal queixa e afeta cerca de 70% das mulheres diagnosticadas com a endometriose. O tratamento pode ser feito com medicamentos.

"Quando não há resposta ou ainda quando há contraindicação para o uso da terapia hormonal, a cirurgia é recomendada para remover os focos da endometriose. O procedimento também ajuda as mulheres que pretendem engravidar, já que esse grupo não pode usar os hormônios para alívio dos sintomas”, explica o cirurgião ginecológico.

Por fim, dr. Edvaldo lembra que a gravidez de uma mulher com endometriose deve ser acompanhada de perto, com cuidados mais intensos durante o pré-natal, em vista das evidências que sugerem os riscos aumentados de intercorrências.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Osteoporose: conheça os sintomas, causas e tratamento



Em 20 de outubro é celebrado o Dia Mundial de Combate à Osteoporose para conscientizar as pessoas sobre os riscos da doença e as formas de prevenção. A osteoporose é caracterizada pela redução da massa óssea, que tem como consequência um maior risco de fraturas nos ossos.

Entre os sintomas estão dores ósseas, deformidades, redução da estatura e até situações mais graves como as fraturas ósseas. A patologia, porém, também pode ser assintomática e silenciosa. O principal método de diagnóstico é e realização do exame de densitometria óssea, que mede a densidade mineral óssea em pontos estratégicos (coluna lombar e colo do fêmur).

As causas são variadas e, na maioria das vezes, são hormonais, como alterações na produção de PTH (hormônio da paratireoide), redução dos níveis dos hormônios sexuais (menopausa e andropausa) e disfunções na produção de cortisol.

Outras situações, no entanto, podem se tornar fatores de risco, como sedentarismo, alimentação deficiente em cálcio, baixos níveis de vitamina D, tabagismo, alcoolismo, baixo peso e a ingestão de alguns medicamentos (anticonvulsivante, corticoide, hormônio tireoidiano, heparina). A osteoporose também pode estar associada a outras doenças, entre elas a artrite reumatoide, diabetes e algumas neoplasias malignas.

A endocrinologista e metabologista do Hapvida Saúde Aline Garcia explica o tratamento varia de caso a caso. "Como a osteoporose pode ter diferentes causas, é indispensável determinar a condição primária que levou à doença para propor o tratamento mais adequado. Tratada a causa inicial, o objetivo final é impedir a progressão da desmineralização óssea e/ou recalcificar o que foi perdido", afirma.

Durante a recuperação, diversos medicamentos podem ser recomendados. "A reposição de cálcio e vitamina D são opções muito utilizadas. A reposição dos hormônios sexuais, quando indicada, também é uma ferramenta de auxílio no tratamento da osteoporose", completa a médica.

A prática de hábitos saudáveis ao longo da vida é crucial para a prevenção da doença. Alimentação rica em cálcio, controle do peso e atividade física regular (aeróbica e com carga) previnem não somente a osteoporose, mas diversas outras complicações de saúde. "Vale ressaltar que a exposição ao sol apropriada – ou seja, suficiente para aporte adequado de vitamina D – também é fator de prevenção adicional", conclui Aline.


quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Tratamento do TOC alia medicamentos e terapia



Longe de ser uma simples mania de fácil tratamento, o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é um problema sério que afeta a qualidade de vida e as relações sociais. O transtorno, que atinge cerca de 3% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), tem causas multifatoriais, que vão desde histórico familiar a interferências ambientais, como traumas na infância.

A doença é caracterizada pelo pensamento obsessivo e recorrente, que segundo, a psicóloga do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Marina Arnoni Balieiro, acaba gerando um sentimento de sofrimento.

"Não se trata de uma ação feita no automático, muitas vezes o paciente sabe que está fazendo algo excessivo e intenso, como lavar as mãos muitas vezes ao dia, mas não consegue evitar, pois o fato de não praticar o ritual traz sintomas de sofrimento e angústia. Essa situação acaba forçando-o a realizar a ação de forma repetitiva", diz.

Apesar de não ter cura, o transtorno pode ser controlado, permitindo assim, uma melhora na qualidade de vida. Para alcançar resultados no tratamento, Marina Arnoni enfatiza a importância de aliar o uso de medicamentos com a terapia, a fim de amenizar os sintomas e identificar os pontos comportamentais que são capazes de serem mudados.

Ela alerta que quando esse caminho do tratamento não é seguido, o quadro tende a piorar e atrelar-se a outros problemas. "Além dos prejuízos à qualidade de vida, o TOC, caso não acompanhado por um especialista, pode se transformar em depressão, facilitar o surgimento de pensamentos suicidas e a dependência de drogas", afirma a especialista.



quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Estresse aumenta risco cardiovascular em crianças e jovens com excesso de peso


Em estudo descrito em sua tese de doutorado em psicologia, que acaba de ser
apresentada à Pontifícia Universidade Católica de Campinas, a professora Anita Colletes Bellodi constatou que, sob estresse, crianças e adolescentes com excesso de peso tendem a apresentar níveis de colesterol mais elevados, fator que aumenta os seus riscos
cardiovasculares. Num universo de 3.471 estudantes de sete a 13 anos, matriculados em escolas públicas do município, 33,7% apresentavam excesso de peso (sendo 17,5% obesos e 16,2% com sobrepeso).

Em outro recorte de sua monografia, a cientista compilou amplos dados da literatura referente ao excesso de peso na faixa etária entre três e 18 anos. Verificou que a depressão e a ansiedade estão mais presentes em obesos e nos que têm sobrepeso do que naqueles com peso normal.

O trabalho da professora também abordou estudo com 80 participantes, sendo 40 pacientes, de três a 17 anos, do ambulatório de endocrinologia de um hospital campineiro, e os seus 40 cuidadores familiares (mães, pais ou outro responsável). Verificou-se que a origem do excesso de peso nas crianças e adolescentes está associada a problemas com a saúde das mães, principalmente diabetes e complicações na gravidez e no parto. 

Conclui-se, ainda, que os pacientes com características de afeto negativo têm mais dificuldade para lidar com situações de estresse, depressão e ansiedade.


Em sua monografia, considerando os resultados dos três estudos abordados no trabalho, a professora Anita Colletes Bellodi observa ser insuficiente o tratamento para excesso de peso baseado exclusivamente em hábitos saudáveis, exercícios físicos, dieta adequada e procedimentos clínicos padronizados. "Para prevenção de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes, sugere-se mais foco na saúde materna e ações que reduzam o risco psicossocial, incluindo a avaliação do estresse e suas causas", observa a psicóloga.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Dicas para mulheres que desejam viajar sozinhas



Uma pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo aponta que quase 20% das mulheres brasileiras já viajaram ou desejam viajar sozinhas. O estudo mostra, ainda, que o meio de transporte mais procurado por elas é o avião e os destinos prediletos são as praias da região nordeste.

De olho nos próximos feriados e na proximidade das festas de fim de ano, o agente de viagens João Gouveia, proprietário da Agência Podium Turismo, listou cinco dicas  para as mulheres que pretendem viajar sozinhas:

1) Escolha bem o destino – Escolher o destino certo é essencial para uma viagem inesquecível. Pesquise bastante de acordo com seus sonhos, objetivos e necessidades. Se necessário, peça ajuda a um agente de viagem, pois há países com culturas e costumes muito específicos ou restritos e que o público feminino precisa de uma atenção especial. Além disso, vale optar por um destino cujo idioma seja de fácil compreensão para o turista.

2) Tenha uma cópia de todos os documentos necessários para a viagem – Prepare uma pasta com todas as cópias, comprovantes e documentos que você vai precisar. Passaporte, cópia da passagem, RG, voucher de reserva do hotel e CPF são documentos essenciais para viajar. Ter em mãos uma cópia deles, torna sua viagem mais segura.

3) Informe parentes e amigos próximos sobre a viagem – Você está viajando sozinha, então é preciso levar em consideração todas as possibilidades e, por isso, vale manter ao menos os pais, os irmãos (se tiver) e a melhor amiga (o) informados sobre o seu destino, local de hospedagem, data de ida e de volta. Se for o caso, faça uma pasta de documentos para eles também. É mais por uma questão de segurança e prevenção.

4) Administre bem o dinheiro - Lembre-se que você está viajando sozinha, portanto planeje bem quanto vai precisar. Procure levar um pouco a mais e tenha dinheiro em papel com você sempre. Nem todos os lugares aceitam cartões e encontrar um banco 24 horas pode ser bem difícil. Em casos de viagens internacionais pode haver a necessidade de desbloquear os cartões no banco para usá-lo na viagem ou fazer um cartão pré-pago, cujo carregamento é feito no país de origem ou via internet.

5) Hospede-se em um lugar seguro e bem avaliado – Antes de escolher a hospedagem pesquise sobre as melhores opções disponíveis no local de destino, se elas atendem às suas necessidades e cabem no seu orçamento. Para quem viaja sozinho, optar por um hostel pode ser uma ótima opção, pois além de barato, esse tipo de hospedagem dispõe de quartos compartilhados e possibilita conhecer pessoas de culturas diferentes.


quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Meditação ajuda na cura de doenças



A meditação vem ganhando uma importância muito grande na vida das pessoas que buscam um alívio para o estresse, para os problemas e para a dor constante da vida. Por isso, os cientistas vêm tentando entender o que essa prática traz de benefícios do ponto de vista científico e neurológico e por que promove tantas mudanças positivas nas vidas dos praticantes.

Estudos mostram que a meditação auxilia em diversos pontos na saúde e na qualidade das relações familiares e profissionais. Não é à toa que o meio corporativo também vem aderindo à prática como tentativa de solução para aumentar a produtividade, o relacionamento entre funcionários, a qualidade de vida, despertar situações mais criativas e melhorar a articulação mental.

Pessoas que praticam meditação há mais tempo e com regularidade são mais alegres, confiantes, tranquilas e estáveis emocionalmente. Ela modifica áreas de ação do cérebro, controlando a atividade na região do córtex pré-frontal, que é responsável pelo pensamento consciente, articulação, criatividade e visão estratégica, fazendo com que as pessoas vivam mais o presente e atuem de forma consciente e criativa.

"O cérebro tem uma grande capacidade, que há algumas décadas ainda não tínhamos conhecimento, chamada neuroplasticidade. Através dela, ele pode se modificar estruturalmente e funcionalmente mediante estímulos, criando novas sinapses e aumentando o número de neurônios. Portanto, a ideia antiga de que os neurônios, uma vez destruídos, não tinham mais jeito, não é verdade ", diz o dr. Fabio Gabas, médico clínico, neurocientista e idealizador da medicina do BEIN (medicina do bem-estar integral).

A meditação ajuda a estimular as áreas ligadas à atenção, criatividade, memória e velocidade de processamento. Sendo assim, esse estímulo reduz a perda de massa encefálica que as pessoas sofrem com o tempo. Por ter um papel importante no equilíbrio do sistema nervoso autônomo, que é controlador de mais de 90% das funções orgânicas, ajuda, também, na redução da pressão arterial, melhora nos níveis de açúcar no sangue, na fadiga, nas dores crônicas e na digestão; evita doenças da pele e cura depressão moderada.

"Não são os fatos que geram estresse, é a forma com a qual os enxergamos. O cérebro no automático, sem estímulo, age de forma primitiva, condicionado à sobrevivência. A meditação transfere a atividade para áreas cerebrais mais nobres que trazem uma visão mais otimista da vida, gerando, consequentemente, todos esses benefícios para os seres humanos", complementa o dr. Fabio.

Outra questão importante, visto como um problema mundial nos dias de hoje, é a falta de atenção. Segundo o cientista cognitivo Herbert Simon, a riqueza de informações é igual a pobreza de atenção. Ou seja, a quantidade de informações e a facilidade de acesso a elas permite com que as pessoas se distraiam facilmente e com que a mente divague, atrapalhando a atenção para a solução dos problemas e a boa performance em tarefas. Estudos da Universidade de Stanford, na Calofórnia, Estados Unidos, mostram que em poucas horas de prática da meditação, já é possível ter um estado de melhor atenção às tarefas que estão sendo realizadas.