sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Esportes x lesões no quadril


O exercício físico oferece melhoras fisiológicas, estéticas, mentais, psicológicas e sociais, mas se praticada de forma irregular a história muda e a atividade trará apenas problemas ao seu corpo. Dependendo do exercício, inclusive, deixará lesões no seu quadril, que é um local que absorve também bastante impacto. Saiba quais são os cinco principais esportes que causam lesões na área, suas causas, movimentos e cuidados.
1- Levantamento de peso
A prática de atividades físicas não supervisionadas por um profissional da área é um dos principais causadores de lesões no quadril. Um esporte com bastante impacto para a região, por exemplo, é o levantamento de peso, que caso seja feito de forma errada, pode ocasionar a lesão lábio acetabular. O principal movimento causador da lesão é a flexão excessiva do quadril com peso e movimentos que proporcionem uma grande rotação interna.
Os sintomas de que você está fazendo algo de errado é a manifestações de dor de moderada a forte intensidade progressiva, que piora aos esforços. Em alguns casos, é necessário o tratamento cirúrgico.
2- Corrida
Com o crescente do número de praticantes de atividade física nos últimos tempos – ainda mais se falando de corrida -, aumentaram também as queixas de lesões no consultório, de pacientes que praticam a atividade excessivamente sem preparo prévio. Aqui, a principal patologia encontrada é a fratura de estresse.
Fraturas de estresse são lesões ósseas, devido a uma sobrecarga repetitiva anormal sobre um osso previamente normal. A prática de corrida de longas distâncias e corredores que praticam em excesso, sem tempo de descanso para o corpo, é a principal causa deste tipo de fratura. É muito mais comum em mulheres do que homens, e o fêmur representa cerca de 8% do local acometido. O tratamento depende da localização e do traço de fratura do osso, sendo necessária uma avaliação por um especialista e individualização dos casos.
3- Futebol
Sendo o principal esporte praticado em nosso país, o futebol é uma atividade de muito contato físico, que predispõe os atletas a diversas lesões músculo-tendíneas durante sua prática. Estas podem ser divididas em:
Grau I: representa uma distensão / estiramento das fibras musculares devido a um freio abrupto do movimento. Provoca inchaço local + dor leve a moderada, porém não incapacita a atividade física na hora e a maioria continua os exercícios.
Grau II: representa uma ruptura parcial das fibras musculares, levando a uma dor de moderada a grande intensidade, inchaço + hematoma local, sendo na maioria das vezes incapacitante e levando o atleta a parar a atividade na mesma hora.
Grau III: apresenta uma ruptura total das fibras musculares levando a um “GAP” (defeito) palpável ao exame físico, dando a uma incapacidade de mobilização e a deambulação do atleta.
4- Rugby e futebol americano
Esses dois esportes vêm ganhando cada vez mais espaço em território nacional, devido a popularização das ligas internacionais no Brasil. Junto com eles vem algumas lesões importantes no atleta e a principal é a subluxação, ou seja, luxação do quadril.
É causada por um trauma de forte intensidade no joelho com o quadril em flexão e adução, levando a uma força de compressão posterior do quadril e uma luxação desta.
A luxação do quadril é mais comum em homens e é associada a traumas de forte intensidade, sendo caracterizada por uma dor intensa aguda, que incapacita a deambulação. É considerada uma urgência ortopédica e necessita da re-colocação (redução) por um especialista o quanto antes. Podendo levar a sequelas como necrose da cabeça femoral, luxação crônica, alterações neurológicas e artrose precoce.
5- Lutas
Em decorrência da grande variedade atual de artes marciais disponíveis, diversas são as lesões no quadril causadas por estas, sendo as do tipo contusão e fraturas as mais comuns.
Contusão: se caracteriza por uma pancada local, onde cursa com alterações inflamatórias como hematoma, dor e calor local.
Fratura: consiste em uma linha de fratura óssea no fêmur ou no acetábulo, que cursa com a incapacidade de apoio do membro fraturado, dor de forte intensidade e deformidade local.
São lesões que as manifestações clínicas podem ser parecidas e só podem ser diferenciadas e diagnosticadas através de exames de imagem como a radiografia simples. Dependendo da gravidade da lesão pode ser necessário o reparo cirúrgico da fratura, sendo de suma importância a avaliação em caráter de urgência do trauma.
Prevenção das lesões
 Aquecimento: promove um aumento da vascularização periférica e reduz as lesões músculo-tendíneas.
Correção postural: é de suma importância para evitar lesões e dores musculares após os exercícios físicos.
 Hidratação: nosso corpo necessita de manter-se hidratado para a função vascular e muscular durante os esforços físicos, por isso, beba água.
Tipo de calçado: é importante passar por uma avaliação para ver o tipo de calçado e o modo como distribui o peso do corpo, assim evitará se machucar durante a prática de seus exercícios físicos.
Por dr. Fellipe Takatsu, médico e especialista em cirurgia do quadril

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Os perigos da automedicação


A automedicação é vista por muitas pessoas como uma solução rápida para aquela dor ou qualquer outro sintoma que as estão incomodando. Pode ser uma dor de cabeça, muscular, abdominal, e diversas outras perturbações como alergias, ansiedade, cansaço, dentre outros. Como já estão acostumadas a sempre tomar o mesmo remédio, então, quando pressentem o sintoma indesejado, vão até a farmácia e compram os medicamentos sem prescrição recente.
“O remédio que achamos que é o certo para nosso alívio pode até resolver no momento, mas também pode trazer uma série de outras complicações no futuro. Isso porque, se você não é um profissional da saúde, não conhece as especificidades de cada medicamento e as necessidades do organismo quando está com alguma dor ou doença”, explica a dra. Patrícia Filgueiras dos Reis, que atende pelo Docway.
Para a especialista, quando fazemos uso frequente do mesmo medicamento, o organismo pode criar resistência ou dependência daquele determinado remédio. Além disso, nem sempre conhecemos a causa do sintoma. “Às vezes uma dor comum pode ser algo mais sério e precisar de um tratamento específico. Por isso a importância de consultar um médico antes de comprar qualquer medicamento”, comenta. É claro que devemos, se o soubermos tomar algumas medicações sintomáticas numa situação repentina. Por exemplo, se tivermos um pico febril ou uma dor de cabeça isolada, devemos tomar o analgésico/antitérmico que estamos habituados a usar nestes casos e observar a evolução do quadro. Se os sintomas persistirem, aí deve-se buscar atendimento e avaliação médica adequada.
Outro problema são aqueles remédios que camuflam os sintomas, mas não curam a doença, como por exemplo, alguns fármacos usados para rinite e anti-inflamatórios em geral. Segundo a médico, é comum que as pessoas façam uso desses medicamentos achando que estão resolvendo o problema, quando na verdade eles podem estar piorando e tendo os seus sintomas atenuados.
E a lista de problemas quanto à automedicação não para por aí. Às vezes, um remédio pode cortar o efeito de outro. “Isso acontece com alguns tipos de antibióticos e anticoncepcionais, varia de caso para caso, mas pode acontecer do primeiro medicamento inibir o efeito do segundo, que é de uso contínuo”, analisa a médica.
Por isso, é imprescindível consultar um médico quando sentir qualquer dor ou perturbação recorrente ou persistente, e não fazer uso de remédios continuamente sem orientação. “As consequências podem ser mais sérias do que imaginamos”, finaliza a especialista.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Como controlar a ansiedade


A ansiedade é um grande mal mental e físico, em que o indivíduo é tomando pelas sensações de agonia e aflição. Apesar de ser um sinal de alerta para uma situação frustrante, a pessoa extremamente ansiosa tem sua vida limitada por causa de dores musculares, de cabeça, acordar em um estado de cansaço e ter um déficit de memória.

Dessa forma, o psicólogo Eraldo Melo conta que a ansiedade é um dos grandes vilões da era moderna. “Essa sensação agoniante pode prejudicar muito e limitar sua vida. Por isso, é necessário falar e estar em um equilíbrio emocional para saber administrar o cotidiano estressante que qualquer pessoa pode ter”, afirma.

De acordo com o especialista, é fundamental que exijam cuidados desde cedo com os ansiosos. “Por ser um estado que traz sensações ruins, a ansiedade pode trazer muitos malefícios como transtornos mais sérios e doenças graves por afetar a sua imunidade. É muito normal que um indivíduo ansioso tenha sintomas como diarreia, insônia, desconfortos e principalmente uma inquietação e a falta de concentração”, explica.

Assim, Eraldo revela quatro dicas para controlar a ansiedade:

Seja positivo
Não deixar de pensar positivamente é uma ótima estratégia de motivação. O negativismo é uma maneira de diminuir ainda mais o psicológico de qualquer pessoa. Pense que tudo vai dar certo porque isso vai atrair coisas boas.

Diminua seu estresse
Estar com a cabeça voltada apenas para as obrigações é extremamente estressante. Por isso, realizar alguma atividade física ou simplesmente relaxar em casa é uma ótima sugestão para não acabar influenciando uma ansiedade indesejada.

Foque no presente
A ansiedade é um mal que vem do futuro, ao contrário de traumas, que são situações frustrantes que aconteceram e são lembrados constantemente. Ou seja, não adianta se preocupar com o que ainda não aconteceu. A melhor saída é sempre se preparar para aquela ação que você está ansioso que ocorra, como por exemplo uma entrevista de emprego ou uma apresentação em público.

Seja inteligente emocionalmente
A inteligência emocional é um conceito que vem ganhando força. A IE é um conjunto de habilidades emocionais e comportamentais que contribuem para o desenvolvimento de vários aspectos do indivíduo, como o autoconhecimento, autocontrole, motivação, produtividade, criatividade e capacidade de lidar com problemas, entre muitos outros. Ou seja, ser inteligente emocionalmente significa ser capaz de conhecer suas habilidades e também seus pontos fracos. Aceitar essas limitações pode ser um passo de extrema importância para você conseguir manter um equilíbrio psicológico e não cair no medo e na apreensão de realizar alguma coisa.


quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Dores cervicais X smartphones


Esse transtorno, também conhecido como “Síndrome cabeça de texto”, surgiu a partir de 2007, com a entrada dos smartphones e tablets no mercado, sendo também os notebooks colaboradores deste mau. Trata-se de dor na região cervical, podendo irradiar para ombros e todo o braço, mãos e cabeça. Todos esses sintomas podem ser causados pelo uso excessivo e mau uso dos smartphones e demais equipamentos eletrônicos.

Os brasileiros, segundo as últimas pesquisas, acessam as redes sociais em uma média de 3 horas e meia por dia, normalmente com a cabeça muito inclinada para frente, posição extremamente desfavorável para a saúde da nossa coluna cervical. Pois com a cabeça fletida para frente, a nossa cabeça pesa em torno de 4 e 6 kg, podendo chegar a pesar 27 kg, sustentados pela musculatura a volta do nosso pescoço. Tal posição, por longo tempo e ao longo dos dias, semanas e meses, pode causar a tal Síndrome Text Neck, com seus tão desagradáveis sintomas.

Segundo a fisioterapeuta Ana Gil, clientes cada vez mais jovens procuram o consultório com o relado de dores na coluna e disfunções relacionados ao uso excessivo dos celulares. A orientação que costuma dar aos pacientes, é para que reduzam o tempo de utilização dos tablets e smartphones e quando forem utilizar, busquem apoiar os braços e deixem a cabeça o mais para frente possível.

A região mais flexível da coluna é a cervical que consiste de sete vértebras, discos intervertebrais entre elas que são responsáveis por absorver o impacto, músculos e ligamentos que ajudam a manter a coluna no lugar. Ana ressalta que é preciso estar de olho na postura ao utilizar esses equipamentos que cada vez fazem mais parte de nossas vidas. E, principalmente, ficar de olho nas crianças, evitando problemas posturais futuros e mais graves.


sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Feriado prolongado: cuidado na estrada!


Você fica esperando os feriados prolongados para viajar? Saiba que, conforme dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT), cerca de 30% dos acidentes acontecem quando o motorista dorme ao volante. O índice é ainda maior nas estradas onde a viagem é monótona, com longas retas ou pouco movimento de veículos trafegando. Por isso, todo cuidado é pouco.
Quando a pessoa está sonolenta, a capacidade de concentração e de reflexo diminui, o que pode gerar acidentes, inclusive fatais. “Os motoristas com sono podem representar um perigo tão ou mais grave do que o álcool ou a velocidade excessiva nas estradas”, alerta o neurologista do Instituto de Medicina do Sono de Campinas e Piracicaba, Shigueo Yonekura.
Ele diz que o condutor precisa estar descansado antes de pegar a estrada e deve optar por um horário que ele se sinta bem para dirigir. O ciclo vigília-sono no corpo humano apresenta dois períodos em que a pressão para dormir é maior. Entre duas e quatro da manhã, e o outro, entre o início e o meio da tarde.
Conforme o neurologista, o motorista utiliza três funções importantes para dirigir: cognitiva, motora e sensório-perceptiva. A primeira está ligada à atenção, concentração e agilidade mental. A segunda permite ao motorista realizar movimentos de cabeça, braços, pernas, etc. Já a terceira está relacionada à sensibilidade tátil, visão e audição. “O sono deve estar em dia para que as funções atuem de maneira adequada e o condutor esteja preparado para enfrentar as rodovias”, afirma.
Entre as dicas para evitar acidentes é levar alguém para acompanhar na viagem, já que conversar durante o trajeto é uma boa maneira de espantar o sono, além de existir a possibilidade de revezar a direção do veículo em caso de cansaço.
Em rodovias com muitas retas e pouco movimento de veículos, o motorista tende a relaxar mais, facilitando a chegada do sono. Nessa situação, a orientação é movimentar os olhos, visualizando a todo momento os retrovisores, os indicadores do painel e também outros instrumentos do veículo. O ideal também é fazer paradas e descansar a cada duas horas, além de não fazer uso de álcool ou qualquer medicamento com efeito sedativo quando tiver de pegar a estrada. Também é preciso ficar longe dos remédios estimulantes, que não são seguros e prejudicam a saúde. “Se a vista começa a embaçar, está na hora de encostar o veículo, lavar o rosto e descansar”.
Outra recomendação de Yonekura é evitar comer em excesso antes de dirigir, já que alimentos pesados e em demasia podem aumentar a sonolência.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Como lidar com o conflito de gênero em uma criança


Cada vez mais, a questão da identidade de gênero vem deixando de ser
um tabu para se firmar como um assunto sério a ser enfrentado pela família,
e para isso é necessário o apoio e o acompanhamento de especialistas.
E, muitas vezes, esse tipo de transtorno se manifesta na infância, o que requer dos pais um cuidado especial para lidar com o caso e, assim, garantir um desenvolvimento saudável para os filhos.

Por volta dos 3 ou 4 anos de idade, a criança já tem desenvolvida uma imagem de si mesma, uma percepção de sua individualidade e das diferenças com os outros a sua volta. É nesse período que se estabelece a noção de ser menino ou menina, a partir da identificação com o feminino, representado pela figura da mãe, ou ao masculino, que está relacionado ao pai.

O fato de um menino gostar de brinquedos geralmente vistos como femininos, como bonecas ou utensílios de cozinha, ou de uma menina se sentir bem ao vestir ou usar acessórios ditos masculinos, mesmo após os 4 anos de idade, com essa noção já estabelecida, não indica, necessariamente, um conflito de gênero. Esse comportamento pode ser uma forma de buscar entender as diferenças se colocando no lugar do outro sexo, ou então uma maneira de refletir situações que vivem no dia a dia: as bonecas representam as pessoas que fazem parte do convívio, os fogõezinhos, panelinhas e xicarazinhas reproduzem os objetos que os adultos usam nos cuidados com os filhos, os carrinhos imitam os veículos dos pais ou os que veem nas ruas e assim por diante.

“O conflito se configura, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais (DSM V), quando essas manifestações ou atividades passam a ser constantes, persistentes e não esporádicas, quando estão associadas a outros sentimentos como ansiedade, desconforto consigo mesmo, agressividade no trato com as questões ligadas aos papéis de gênero, quando há manifestação de intenso sofrimento por pertencer ao sexo atribuído ao nascimento, quando há um desagrado quanto à sua própria anatomia e quando há um desejo, constantemente manifesto, em ser de outro sexo ou uma certeza de ser do sexo oposto. É preciso estar atento porque esta condição pode estar associada não só a um significativo sofrimento, mas também a um prejuízo no funcionamento social ou em outras áreas importantes na vida da criança, uma vez que coloca em evidência questões muito complexas, frente às quais ainda encontramos muita desinformação, preconceito, pouca compreensão e pouco acolhimento”, explica a psicóloga Vera Ferrari Rego Barros, presidente do Departamento Científico de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

O diagnóstico de conflito de gênero envolve não só a percepção, o entendimento e a aceitação da própria criança como também de seus pais e do seu círculo familiar mais amplo, além dos amigos, colegas e professores. Isso pode envolver, a longo prazo, uma mudança na forma de se vestir, agir, brincar e fazer parcerias, entre outras manifestações.

Com esse novo comportamento, a criança pode ser isolada pelos colegas por puro desconhecimento, preconceito ou receio, e também ser discriminada, o que pode resultar em bullying na fase escolar. A posição da escola a esse respeito, aliás, é essencial para que os pais possam, juntamente com os educadores, encontrar uma forma de trabalhar a questão das diferenças de gênero com os alunos.

“Os pais devem considerar buscar toda a ajuda de que precisarem para lidar com essa modificação que se introduziu na vida de todos, e envolve ações para toda a vida. É um percurso trilhado em conjunto com o filho ou a filha, no qual a própria compreensão e aceitação das diferenças por eles poderá ser transmitida e trabalhada com a criança em prol de que ela se tranquilize com a sua condição, não fazendo disso um entrave para o seu desenvolvimento psíquico e social. O fato de desejar ser de outro sexo com tanta força não é acompanhado necessariamente de tranquilidade para lidar com o seu novo visual, suas novas preferências, sua nova forma de brincar ou se relacionar com seu meio social. As diferenças, de qualquer tipo, sempre podem causar desconforto em quem vive a situação e certa intolerância em quem convive com a criança, gerando reações ou brincadeiras potencialmente muito danosas”, acrescenta a especialista.

Durante todo o período de desenvolvimento e maturação da criança, também é necessário o acompanhamento de um pediatra. Com a ciência desse médico sobre a condição de transtorno de identidade de gênero, é possível uma intervenção com maior sucesso para ajudar a família a expressar e esclarecer suas dúvidas e reassegurar aos pais sua capacidade de criar e educar o filho ou a filha, mesmo com as diferenças trazidas pelo conflito.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Cinco verdades sobre o câncer de mama


Em outubro, quando se celebra o Movimento Outubro Rosa, que visa conscientizar a população quanto aos riscos do câncer de mama, muitas pessoas refletem sobre os próprios conhecimentos acerca da doença. Todavia, há muitos rumores sobre o câncer de mama e a sua detecção precoce que não são verdadeiros. Nem sempre é fácil distinguir os fatos. explica o coordenador de Oncologia do Hospital Santa Catarina, doutor Antonio Cavaleiro.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer de mama é o tumor que mais acomete as mulheres em todo o mundo. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) também mostram que, somente no Brasil, o número de pessoas que serão acometidas por algum tipo de câncer deve chegar próximo de 600 mil casos.

O coordenador de Oncologia do Hospital Santa Catarina, dr. Antonio Cavaleiro,
destaca cinco fatos sobre o câncer de mama:

  • Realizar o autoexame mensalmente não é garantia para descartar a doença: embora o autoexame seja recomendado, a ação não é garantia de que você estará diagnosticando o câncer de mama precocemente. Nódulos palpáveis não são a única forma de manifestação da doença. A mamografia, aliada ao exame médico, são os métodos mais confiáveis na detecção precoce da doença;
  • Família sem casos de câncer não significa estar livre da doença: embora muitas pessoas acreditem que não ter casos na família é quase uma garantia de não sofrer com o câncer de mama, podemos afirmar que cerca de 80% das mulheres que sofrem com a doença nunca teve ou terá um parente com câncer de mama. A maioria dos casos é, portanto, esporádica;
  • Próteses de silicone não dificultam o diagnóstico ou aumentam o risco de câncer de mama: algumas mulheres que colocam próteses de silicone ou que buscam informações sobre a cirurgia possuem dúvidas em relação ao procedimento dificultar um possível diagnóstico da doença. No entanto, podemos afirmar que até hoje não há estudos que comprovem que estas próteses dificultem o diagnóstico;
  • Exercícios físicos são benéficos para a saúde - e podem diminuir o risco de câncer de mama: além dos exercícios físicos, perder peso ou manter o peso ideal em relação à altura, controlando o Índice de Massa Corpórea (IMC), diminui o risco de ter câncer de mama;
  • Continuar amamentando não é prejudicial ao bebê quando há uma suspeita de câncer de mama: apesar de algumas mães acreditarem que o bebê pode ter algum risco ao continuar a amamentação, isso é um mito, já que as células cancerosas não passam para a criança por meio do leite materno.