segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Amamentação: verdades e mitos



Será que amamentação dói? Deixa os seios flácidos?  A amamentação ainda é um assunto que deixa muitas mães com dúvidas. O leite materno é um dos alimentos mais importantes para manter a saúde do recém-nascido. Ele protege a criança de infecções e possui ácidos graxos que ajudam no desenvolvimento cerebral. “Os bebês que são alimentados nos primeiros meses de vida com o leite materno apresentam um risco menor de ter diagnósticos como desnutrição, otites, alergias, doenças respiratórias, problemas de fala e diarreia”, afirma a ginecologista e obstetra dra. Erica Mantelli (CRM-SP: 124.315), pós–graduada em Sexologia pela Universidade de São Paulo (USP).
Confira quais os mitos e verdades quando o assunto é amamentação:
Nervosismo, ansiedade e estresse interferem na produção de leite
Verdade.
 O estresse produz uma quantidade de adrenalina que bloqueia a oxitocina – hormônios da amamentação. Por esse motivo que a mãe tende produzir menos leite nos momentos de estresse e ansiedade.
Em algumas mulheres o leite é fraco
Mito.
 Após o parto a mulher começa produzir um leite adequado para beneficiar o bebê. O leite tem fases e a sua coloração depende de cada fase. No primeiro momento que o leite é mais claro pois tem a função de hidratar e sacia a sede do bebê. No segundo momento o leite é mais encorpado, por conta da quantidade de gordura, que serve para alimentar o bebê.

Amamentação é um processo doloroso

Mito
. Com a pega ideal, a amamentação deve ser um momento de prazer e interação com o bebê. Algumas mães são mais sensíveis e sofrem com a mama inchada deixando a região dolorida. Nos casos em que a mãe sente um desconforto na hora da mamada é importante ela procurar um ginecologista e se consultar para verificar se não há sinais de infecção (mastite).
Amamentação pode ser considerada como um método de anticoncepcional no pós-parto
Parcialmente verdade. 
A amamentação produz um hormônio chamado prolactina que impede a ovulação. No entanto, durante a amamentação a mulher não ovula, mas se o bebê deixar de mamar nos horários corretos o ciclo menstrual pode voltar e a mãe pode ovular correndo risco de gravidez. Consulte o seu ginecologista para identificar qual é o método contraceptivo indicado nessa fase.
Silicone interfere no leite materno
Mito. 
O implante de silicone não atrapalha a produção de leite como muitas mulheres pensam.  O cirurgião plástico irá escolher a técnica que não afete a glândula mamária.
O leite materno não pode ser congelado
Mito.
 Ao contrário que muitas mães pensam, o leite pode ser sim congelado. Ele deve ser retirado e guardado imediatamente no congelador ou no freezer. Ele pode ser conservado por até 12 horas na geladeira e congelado por 15 dias, em recipiente esterilizado.
A posição do bebê pode interferir na mamada
Verdade. 
 O ideal é que a mulher permaneça sentada e coloque o bebê contra o seu corpo com a cabeça apoiada no antebraço do mesmo lado do seio que será oferecido. A mãe também pode fazer uso de um travesseiro para elevar o bebê não cansar o braço.
A criança deve mamar a cada duas ou três horas
Mito
. Não há uma regra específica para o bebê mamar. O importante é que a mãe ofereça o leite sempre que a criança sentir fome. Com o passar do tempo às crianças vão criando os seus próprios hábitos e algumas passam a mamar a cada duas ou três horas.
Amamentar deixa os seios caídos e flácidos
Parcialmente verdade. 
Tudo vai depender da genética e do corpo da mulher. Algumas notam que os seios cresceram com amamentação e outras perceberam que eles diminuíram. A flacidez pode ocorrer devido ao processo de mudança do corpo e não por causa da amamentação.
Amamentação deve ser exclusiva até os seis meses
Verdade
. É recomendado que a criança seja amamentada até seis meses exclusivamente e passe mamar esporadicamente até dois anos. A mãe deve começar a intercalar as mamadas com alimentos sólidos e outros líquidos após o sexto mês.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Combata as rugas de dentro para fora



O envelhecimento cutâneo é um processo natural e inevitável. Estudos comprovam que, a partir dos 25 anos de idade, a produção de colágeno pelo nosso organismo começa a se reduzir de forma contínua, o que contribui para a formação de rugas e o aumento da flacidez da pele.
Verisol é um produto inovador, de uso oral (cápsulas ou sachês), especialmente desenvolvido para auxiliar nos cuidados com a saúde e beleza da pele. Ele combate os sinais de envelhecimento agindo de dentro para fora e foi desenvolvido a partir de estudos e pesquisas, que originaram uma combinação única de peptídeos de colágeno, que atuam nas camadas mais profundas da pele onde, normalmente, produtos antiaging disponíveis no mercado não conseguem alcançar. Apresenta resultados cientificamente comprovados a partir de 8 semanas de consumo diário.
Um primeiro estudo de eficácia com 69 mulheres revelou que o Verisol administrado via oral por 4 a 8 semanas aumentou a elasticidade da pele em até 15%. Outro estudo, com mais de 100 mulheres, mostrou que contribuiu para uma redução significativa da profundidade de rugas após 4 semanas.
Os benefícios dos peptídeos bioativos de colágeno – Verisol:
- Combate a formação de rugas e contribui para o aumento da elasticidade e hidratação da pele;
- É o único que contém peptídeos bioativos de colágeno especialmente desenvolvidos para uma melhor absorção e síntese pelas células da pele;
- Atua nas camadas mais profundas da pele agindo de dentro para fora;
- Resultados cientificamente comprovados por meio de institutos de pesquisa internacionais;
- Segurança certificada GRAS (Generally Recognized as Safe);
- Livre de gorduras, colesterol, glúten e lactose.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Os prejuízos do sedentarismo


O sedentarismo é um dos fatores de risco modificáveis que contribuem para o aumento da prevalência de doenças cardiovasculares, responsáveis por 300 mil mortes anuais no Brasil. É um problema de saúde pública, em que ocorre a diminuição de gasto energético por causa da diminuição de atividade física habitual no trabalho e em rotinas diárias, além do aumento do tempo gasto em hábitos sedentários, como assistir TV, trabalhar no computador, jogar videogame etc. Ou seja: o aumento da prevalência do sobrepeso e da obesidade está fatalmente ligado à modernização como causa-efeito.
Segundo os educadores físicos Raphael da Silva e Francisco Felix Coco, um dos consensos da causa do aumento da obesidade no mundo industrializado é o consumo de grande proporção de calorias derivadas de gorduras, proteínas e carboidratos simples, e uma baixa ingestão de carboidratos complexos, associado a um baixo nível de exercício físico, levando a um estilo de vida sedentário.
Dados da Organização Mundial da Saúde, de 2008, mostram que, mundialmente, aproximadamente 3,2 milhões de mortes todo ano são atribuídas à atividade física insuficiente, e o sedentarismo é o quarto maior fator de risco de mortalidade no mundo. O hábito da prática de exercício físico para as crianças deve ser influenciado pelos pais e, se desenvolvidos nessa fase, tende a se manter até a fase adulta.
Quando o exercício físico é monitorado e combinado com uma ingestão calórica adequada consegue-se evitar a obesidade e o sedentarismo, além de prevenir doenças crônicas (diabetes, hipertensão, osteoporose etc), e no caso de já instalada a doença, o exercício atua como tratamento terapêutico não farmacológico.
Segundo o Colégio Americano de Medicina do Esporte, a mínima quantidade recomendada para conseguir benefícios para a saúde acima dos esforços leves do dia a dia é a prática de 30 minutos de atividade física moderada 5 dias por semana, ou 20 minutos de exercícios vigorosos 3 dias por semana, ou a combinação de moderado e vigoroso. Lembre-se: dê um passo de cada vez. Inicie com o que julgar mais fácil e vá incorporando novos hábitos com o tempo. Pequenas mudanças fazem grande diferença!

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Conheça a Abordagem Centrada na Pessoa


Na Psicologia existe uma forma diferenciada de se atender que não é muito conhecida pela sociedade. A Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) é uma filosofia em que não se usam técnicas e padrões, acreditando que a melhor maneira de se ajudar alguém é acreditando na condição natural da pessoa de sentir, pensar, escolher e direcionar o caminho das suas próprias necessidades, à medida que lhe faz bem. Por conta disso, aceita e respeita a pessoa como ela realmente é, sem julgamentos e classificações, já que as necessidades de cada um são diferentes. Assim, não enfatiza os sintomas, mas os seus significados.
Nos encontros com adolescentes e adultos o tratamento psicológico é pela conversa, na qual se oferece um ambiente facilitador para que a pessoa, junto com o terapeuta, entenda o sentido de suas ações e sentimentos para que consiga se conhecer melhor, ter outras possibilidades e se transformar.
Já com crianças, o tratamento psicológico é pela ludoterapia – por meio do brincar a criança consegue explorar seus sentimentos, atitudes e se libertar de suas tensões reprimidas, e essa experiência dá a possibilidade para a criança se perceber, amadurecendo e se desenvolvendo. Também com crianças a conversa pode ser utilizada, da mesma forma que com adolescentes. O brincar pode ser utilizado, quem escolhe o caminho dos encontros é sempre a pessoa, e o terapeuta apenas aceita e respeita a escolha.
Um diferencial que eu considero relevante é que a ACP acredita que as pessoas com necessidades especiais também conseguem pensar, sentir, resolver e direcionar suas próprias escolhas. Portanto, aceita a pessoa como ela é realmente, sem classificações pelos sintomas, valorizando-a e as suas potencialidades antes dos seus sintomas e limitações.
A ACP acredita na relação terapêutica entre a pessoa atendida e o terapeuta. Por meio dessa relação e tendo apoio em critérios facilitadores que o terapeuta dispõe, facilita a pessoa para se conhecer e, quando ela consegue se conhecer completamente, torna-se seu próprio guia.

(Artigo da psicóloga Vanessa Sardisco)

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Cuide bem da alimentação das crianças no calor



As crianças costumam brincar e se movimentar muito e, como estamos enfrentando uma época de muita seca, é muito importante estarmos atentos à hidratação delas, oferecer muita água e alimentos frescos, como frutas (principalmente, melancia, laranja, mexerica, pera), além de verduras, sucos naturais e água de coco.
Nas viagens é preciso tomar muito cuidado com alimentos típicos e que não sejam do costume da família, principalmente alimentos gordurosos. Já os frutos do mar podem causar alergia em algumas pessoas, e, como as crianças são mais sensíveis, eles devem ser consumidos somente em locais de boa procedência. Para crianças que nunca os consumiram, a quantidade deve ser pouca, pois podem apresentar reações alérgicas.
A criança deve ser alimentada a cada 3 horas, com alimentos leves, sem esquecer a hidratação.
Nunca substituir a água por sucos ou outros líquidos: criança precisa tomar água. Evite refrigerante, pois, como contém muito sódio, pode levar à desidratação mais rapidamente. Além da água, frutas, verduras e legumes são alimentos que hidratam.
As crianças precisam de aproximadamente 8 copos de água fresca diariamente.
Alimentos com muito sal causam desidratação e retenção hídrica. Deve-se evitar salgadinhos, temperos e molhos prontos, refrigerantes, e alimentos industrializados em geral. No preparo das refeições, utilizar pouco sal.
E muito cuidado, pois é uma época em que as bactérias patológicas têm maior facilidade em se reproduzir nos alimentos mal higienizados e armazenados. Elas gostam de alimentos úmidos e ambiente quente.
Todo alimento perecível deve ser mantido em refrigeração por no máximo 3 dias, após isso deve ser descartado. Evite deixar refeições prontas fora de refrigeração. Ao preparar frangos, peixes e carnes, tire-os da refrigeração somente no momento de prepará-los. Quanto aos ovos, lave muito bem a casca antes de quebrá-la.
Quando o dia está muito quente, pode ser que as crianças percam o apetite, mas nunca as deixe sem se alimentar – vitaminas geladas, gelatinas, saladas coloridas e sucos feitos com água de coco são boas opções.

(Artigo da nutricionista Ellen Rampini)

domingo, 9 de novembro de 2014

Você sabe a diferença entre exercício aeróbico e anaeróbico?



Há muita dúvida sobre quais exercícios são os melhores para emagrecer, criar massa muscular ou definir o corpo. Os exercícios aeróbicos e anaeróbicos suscitam esses questionamentos. Para o médico endocrinologista Mohamad Barakat é importante saber o real objetivo da pessoa para conseguir indicar qual melhor exercício. O aeróbico é aquele que o consumo de oxigênio é principal fonte de energia para a queima de gordura e de longa duração. Já o anaeróbico não utiliza o oxigênio sendo de alta intensidade e curta duração.
“Quando falamos de exercícios aeróbicos, estamos querendo dizer que o oxigênio é o fator principal, pois ele funcionará como fonte de queima dos substratos que irão produzir a energia transportada para o músculo que está em atividade”, explica Barakat.
Esse é um tipo de exercício de longa duração, preferencialmente contínuo e de baixa ou moderada intensidade. É um estimulador da função dos sistemas cardiorrespiratório e vascular e também do metabolismo, uma vez que aumenta a capacidade cardíaca e pulmonar para suprir a energia do músculo a partir do consumo do oxigênio.
 “Se você está precisando deste tipo de prática, a caminhada (desde que seja mais de meia hora), corrida, pedalada, natação e a dança são tipos de exercícios que utilizam vários grupos musculares ao mesmo tempo e a duração dos movimentos influencia mais do que a velocidade”, comenta o médico.
Já o exercício anaeróbico é aquele que utiliza uma forma de energia que não depende do uso de oxigênio, e é feito com alta intensidade e curta duração, diferentemente do aeróbico. Ele envolve um esforço mais intenso, pois é realizado por um número limitado de músculos (também há produção de ácido lático). “Exemplos de exercícios anaeróbicos são corridas de cem metros rasos, saltos, arremesso de peso, bem como exercícios de força ou resistidos, como a musculação”, diz Barakat.
Para a perda de gordura corporal, ambos os exercícios são eficazes, já que trabalham na aceleração do metabolismo. Segundo o médico, o ideal é associar estes dois tipos à dieta alimentar, uma vez que terão a função de acelerar e a dieta, de produzir um déficit calórico que obriga o organismo a metabolizar as reservas de gordura.
“Apenas os exercícios aeróbicos podem metabolizar gorduras para que ocorra a produção de energia necessária ao esforço físico, considerando que esta quantidade é muito baixa se comparada às quantidades necessárias no processo de perda de gordura corporal.”, diz ele.
Segundo Barakat, a maior queima de gorduras ocorre durante o pós-exercício, que é um fenômeno chamado after burning, e está presente tanto no aeróbico quanto no anaeróbico, sendo que ocorre em maior intensidade após exercícios anaeróbicos.

sábado, 8 de novembro de 2014

Fonoaudiologia ajuda a tratar ronco e apneia

A Síndrome da Apneia e Hipoapneia Obstrutiva do Sono (SAHOS) é caracterizada, segundo a Academia Americana de Medicina do Sono, por episódios recorrentes de obstrução parcial ou total das vias aéreas superiores (VAS), e é definida como sendo uma doença crônica, progressiva, incapacitante, com alta mortalidade, no qual o fluxo de ar é diminuído na hipoapneia e completamente cessado na apneia.
A SAHOS é caracterizada por sintomas noturnos e diurnos. Nos sintomas noturnos estão presentes as pausas respiratórias, sono agitado com múltiplos despertares, sudorese, engasgos, insônia noturna (mais presentes em mulheres). Entre os diurnos estão: hipersonolência diurna, cefaleia matinal, déficits neurocognitivos, déficits de memória e atenção, alterações de personalidade, redução da libido, sintomas depressivos (principalmente nas mulheres), ansiedade, hipertensão pulmonar, problemas sexuais e estresse.
O diagnóstico da SAHOS é realizado por meio da avaliação clínica e confirmado pelo estudo polissonográfico, que consiste na monitorização do sono durante uma noite, permitindo a avaliação de vários parâmetros.
A redução da tonicidade dos músculos da faringe e genioglosso promove o estreitamento das VAS, ocasionando um aumento da velocidade do fluxo aéreo, gerando uma vibração do palato mole e dos tecidos da faringe, produzindo, em última análise, o ronco, ruído que pode ocorrer durante o sono, gerado predominantemente na inspiração e causado pela vibração dos tecidos moles na orofaringe.
O portador de SAHOS apresenta ronco interrompido pelos episódios de parada respiratória (ronco cíclico e intenso), enquanto os indivíduos que não possuem a síndrome apresentam ronco suave e contínuo (menos intenso).
O tratamento convencional e mais indicado até os dias de hoje é o aparelho CPAP (aparelho de pressão positiva contínua nas vias aéreas). No entanto, é um tratamento que apresenta baixa adesão no longo prazo, por causar desconforto, como ressecamento da mucosa nasal e oral, alguns pacientes sentem claustrofobia, e por ser um aparelho de custo elevado.
Na busca por tratamentos de baixo custo, maior aceitabilidade e resultados praticamente imediatos pelos indivíduos roncadores e apneicos, surgiu uma nova proposta de tratamento, baseada no trabalho oromiofuncional, realizado em consultório fonoaudiológico.
Tendo em vista que uma das principais causas do ronco é a deficiência muscular das partes moles da orofaringe está a especialidade que previne e reabilita deficiências musculares da face por meio de exercícios específicos para cada estrutura.
A contribuição da Fonoaudiologia nesses casos fundamenta-se na terapia miofuncional, partindo da conscientização do problema e da necessidade de sua correção, da melhora da postura corporal, da realização de exercícios específicos e, por fim, de um período de reforço visando à manutenção dos novos padrões alcançados com a fonoterapia.
(Artigo das fonoaudiólogas Laura Trippe e Vanessa Vaz )