sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Efeitos do fim do horário de verão podem afetar saúde por até uma semana


Os efeitos do fim do horário de verão, que acontece no domingo, 19, afetam o corpo humano de diferentes maneiras, como sonolência, enxaqueca, dor de estômago e até alteração do apetite. Para a clínica geral e geriatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Rossana Maria Russo Funari, é comum que essa adaptação dure, em média, sete dias.

Para evitar problemas durante o período, a especialista recomenda preparar-se para dormir no horário de costume e evitar o consumo de bebidas que tirem o sono, como café, refrigerante e alguns tipos de chá que contêm cafeína.

De acordo com a médica, o estilo de vida também influência nesse desconforto do organismo. Pessoas que têm uma vida mais regrada em relação aos horários de alimentação e sono tendem a ser mais afetadas.

“Se a pessoa costuma acordar muito cedo para trabalhar, a mudança é mais perceptível. No fim do horário de verão, a tendência é dormir mais tarde, enquanto o relógio biológico está ‘programado’ para acordar mais cedo. Isso prejudica o rendimento”, explica.

Mas, para quem tem mais flexibilidade na rotina, a médica recomenda acordar 15 minutos mais cedo diariamente, para que a transição ocorra aos poucos.


Engana-se quem pensa que os efeitos são os mesmos de um “jetlag”, famosa fadiga de viagem ocasionada por mudanças no fuso. “No horário de verão, as mudanças nesse ritmo são mais suaves e não causam tantas consequências para a maioria das pessoas. Já no ‘jetlag’, temos uma condição menos fisiológica, que é uma consequência de alterações no ritmo circadiano (período de aproximadamente 24 horas), mais intenso em viagens longas em que há grandes mudanças de fuso horário.”

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Saiba qual a diferença dos vírus transmitidos pelo Aedes aegypt


A febre amarela, a dengue, a zika, a chikungunya e a mayaro são doenças causadas por vírus diferentes, mas que são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti. O inseto se prolifera em ambientes com água limpa parada, acumulada em lixos nas ruas e até mesmo em objetos nas casas como garrafas, pratos de vasos de plantas, pneus, ente outros. Apenas em 2016, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, 2,175 milhões de casos de infecções, com 846 mortes, relacionadas aos vírus transmitidos pelo mosquito foram registrados. A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) explica as diferenças entre as doenças, assim como os sintomas. 
 “Estas doenças têm sinais e sintomas iniciais muito semelhantes entre si, como febre, mal-estar, náuseas, vômitos e dores no corpo, mas ao longo do tempo cada uma tem características que ajudam a diferenciá-las, embora às vezes sejam necessários exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico”, explica Rodrigo Lima, médico de família e comunidade e diretor de comunicação da SBMFC.

Saiba as diferenças:

Febre amarela: No caso da febre amarela, a transmissão pelo Aedes aegypti se dá em áreas urbanas, pois em áreas rurais o mosquito transmissor é outro (chamado Haemagogus). Além dos sinais e sintomas já descritos ela pode provocar sangramentos, urina escura e pele bastante amarelada.

Dengue: tem como principal característica as dores musculares, as manchas na pele e alterações na coagulação sanguínea que se manifestam por sangramentos em mucosas (olhos, nariz, boca, ânus etc);

Zika: tem como principais manifestações as manchas na pele que coçam bastante, além da conjuntivite, que pode acontecer em alguns casos;

Chikungunya: é conhecida por provocar dores intensas nas articulações que são bastante incapacitantes e que podem durar meses, quadro semelhante à mayaro.

Nenhuma delas tem tratamento específico e todas são autolimitadas, ou seja, desaparecem após um período específico, que pode ser de poucos dias (mais comum) até semanas ou meses (no caso da chikungunya).

“O manejo dos casos é feito com sintomáticos e com medidas de prevenção e controle de complicações, especialmente a desidratação e os sangramentos. Casos mais complicados necessitam de internação hospitalar. Não costumam deixar sequelas, com exceção da zika, que pode atingir o sistema nervoso de fetos durante a gravidez de mães infectadas e provocar malformações neurológicas de diversos graus”, ressalta Lima.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Caminhar durante o trabalho aumenta a energia e o humor


Em um estudo publicado recentemente pelo International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity (Jornal Internacional de Nutrição Comportamental e Atividade Física), pesquisadores da universidade do Colorado Anschutz Medical Campus, juntamente com a Johnson & Johnson Instituto de Desempenho Humano e a outras instituições, demonstrou que ficar de pé e andar cinco minutos a cada hora de trabalho poderia melhorar o humor, aumentar energia e combater a sensação de sono.

A pesquisa indica ainda que a introdução desses breves períodos de atividade ao longo do dia das pessoas sedentárias no escritório não afeta o desempenho cognitivo.


Além disso, o estudo constatou que uma caminhada única e mais longa antes do trabalho é menos eficaz em melhorar o bem-estar que pausas breves e frequentes de caminhada.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Saiba como cuidar do cabelo no verão


Sol forte, piscina, banho de mar… No verão, os cabelos ficam ainda mais expostos a situações que danificam os fios. Exatamente por isso, é essencial ter cuidados redobrados.
Vânia Schmitt, hair Stylist do Crazy Hair Saloon Morumbi, separou algumas dicas que deixarão seu cabelo lindo e saudável. Confira:

Hidratação

Tão importante quanto hidratar o corpo, é hidratar o cabelo. Por isso, aposte em máscaras de hidratação pelo menos uma vez por semana. Outra dica é usar uma máscara de reconstrução uma vez por mês para deixar a fibra capilar mais forte e recuperada dos danos causados por agentes externos como poluição, sol, cloro e até mesmo tratamentos químicos feitos em salão.

Que calor!

Produtos com proteção UV e UVA são essenciais para curtir o verão e manter cabelos de diva! Além de proteger dos raios solares, os famosos leave-ins irão controlar o frizz. 

Fios coloridos, cuidados redobrados

Produtos específicos para proteção de cor são fundamentais para manter cor viva e com brilho. As ruivas, por exemplo, podem abusar dos óleos como argan, caviar, cranberry e copaíba. Já as loiras, além dos óleos, devem usar shampoo roxo para matizar a cor.

Corte

Cortar o cabelo uma vez a cada três meses faz com que os fios fiquem mais fortes e sem pontas duplas, além de manter o corte sempre atualizado e moderno.

Fios limpos

O couro cabeludo também merece atenção. No verão, o suor, o calor e a umidade podem facilitar problemas como seborreia e caspa; por isso, mantenha o cabelo e o couro cabeludo sempre limpos.

Pó-mergulho

Ao sair da piscina ou do mar, enxague os fios com água potável ou água de coco para evitar danos causados pela salinidade ou pelo cloro.

Alimentação

Por último, uma boa alimentação reflete nos fios. Beber muita água e comer corretamente deixarão os fios com mais brilho e força.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Bebês: quando começar a usar protetor solar?


No início deste ano circulou pelas redes sociais e sites de notícia a história de um bebê australiano de três meses que teve uma alergia grave após sua mãe usar um protetor solar, supostamente destinado ao uso infantil e utilizando desenho animado famoso na divulgação. A criança acabou precisando ficar internada por duas noites em um hospital da cidade de Queensland, na Austrália, com queimaduras e vermelhidões em toda pele, mesmo não tendo sido exposto ao sol. A dermatologista Livia Pino alerta para o fato de este episódio não ser tão raro quanto parece.

“O uso de protetor solar é importante para crianças e adultos, mas é fundamental que os pais e responsáveis observem a indicação adequada. Nós dermatologista só recomendamos o uso de protetor solar a partir dos seis meses. Antes disso, orientamos usar apenas roupas, chapéu e outras formas de proteção física. Evite a exposição solar excessiva, saia com seu bebê ao sol apenas nos horários recomendados e consulte o dermatologista”, orienta a médica.

Ao mesmo tempo que é perigoso, a exposição ao sol é também benéfica e a diferença entre o bem e o mal está na dose certa e no horário. Nos primeiros banhos de sol, a duração deve ser de 2 minutos, suficientes para que o organismo dos bebês sintetize a vitamina D e previna o raquitismo. Aos poucos, a partir do sexto mês, o tempo de exposição pode ser aumentado entre 10 e 20 minutos por dia. Nessa fase, deve-se expor a criança ao sol apenas nas pernas e nos braços. Crianças com mais de 3 anos e adultos podem ficar mais tempo expostos, mas nada acima dos 30 minutos sob o sol quente. O ideal é intercalar sol e sombra. E o horário deve ser respeitado: antes das 10h e após 16h.

“Queimaduras solares na infância estão relacionadas com o desenvolvimento de câncer de pele na vida adulta. A pele do bebê é muito delicada e mais sujeita a alergias. Porém devemos lembrar que qualquer pessoa está sujeita a desenvolver reação a qualquer produto”, destaca a dra. Livia.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 70% das radiações que irão causar câncer de pele na vida foram recebidas na infância; por isso, recomenda-se que somente se leve a criança à praia após os 12 meses de vida.


terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Saiba como evitar a dor de ouvido na praia ou piscina


Durante o verão, com a maior frequência dos banhos de mar ou piscina, é importante proteger o ouvido da água para evitar o surgimento de otites. Popularmente chamada de dor de ouvido, essa infecção pode ser provocada por vírus ou bactérias.

Para prevenir esta que é a causa de uma das dores mais fortes do corpo humano (perdendo apenas para o parto e a cólica renal), a fonoaudióloga Andréa Abrahão, da Direito de Ouvir, listou alguns cuidados:

- Após nadar, seque os ouvidos com a ponta de uma toalha. Se sentir que tem água dentro do conduto, deite a cabeça para o lado e encoste a orelha em uma toalha para que o líquido escorra.

- Se a água não sair e houver qualquer sinal de secreção no ouvido, que pode ser escura ou amarelada, procure ajuda de um otorrinolaringologista.

- Evite o uso de hastes flexíveis dentro do ouvido: elas servem para limpar apenas a parte externa e não devem ser introduzidas no canal auditivo.

- O ouvido úmido pode causar coceira, mas é extremamente importante não introduzir nenhum tipo de objeto dentro dele para aliviar o incômodo. Atenção às crianças, que podem se machucar facilmente com isso.

- Em caso de dor não se deve pingar remédios caseiros. Apenas o médico poderá dar a orientação adequada.


domingo, 5 de fevereiro de 2017

Dia Nacional da Mamografia: em debate, a saúde da mulher


Anualmente, no dia 5 de fevereiro, é celebrado no Brasil o Dia Nacional da Mamografia, data que busca conscientizar as mulheres sobre a importância deste exame de detecção precoce do câncer de mama. Quando o tratamento inicia no primeiro estágio da doença, o índice de cura pode chegar a 95%, mas, infelizmente, o Brasil ainda não garante condições integrais de detecção precoce do câncer de mama em sua rede pública de saúde, expondo milhares de mulheres a risco de morte todos os anos.

A Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), alinhada com sociedades médicas brasileiras, recomenda a realização anual da mamografia para mulheres a partir de 40 anos, com o objetivo de detectar a doença ainda no início, quando não há sintomas. Mulheres com histórico de câncer na família devem iniciar a realização do exame 10 anos antes da idade que a parente tinha ao detectar o tumor. Antes dessa idade, as mulheres devem solicitar ao ginecologista ou ao mastologista a realização do exame clínico das mamas, que é um exame de toque, e fazer exames complementares caso o médico os solicite, como, por exemplo, o ultrassom, normalmente aplicado em mulheres mais jovens por terem as mamas mais densas.

Durante muito tempo atribuiu-se ao autoexame um papel maior do que ele deveria ter na detecção da doença. A prática é importante para que a mulher conheça bem o seu corpo e possa perceber alterações suspeitas em suas mamas e, com isso, tenha a oportunidade de procurar um médico rapidamente para proceder a investigação. No entanto, ele não substitui o exame realizado pelo médico ou a mamografia. Isso porque não se pode atribuir a responsabilidade da detecção a mulheres sem treinamento de saúde. Além disso, quando o nódulo é palpável, isso significa que ele já apresenta um tamanho maior que um centímetro. O autoexame deve ser compreendido como uma prática de cuidado complementar. O câncer de mama inicial geralmente não apresenta sintomas e só pode ser detectado por exames como a mamografia. Nesse sentido, a mamografia é mais eficaz por detectar nódulos ainda muito pequenos, oferecendo maior possibilidade de cura.

Detecção precoce e tratamento adequado

A detecção do câncer na fase inicial é essencial para maior eficácia do tratamento. Caso seja confirmado o diagnóstico de câncer, o tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível. No Brasil, desde 2013 a Lei Federal 12.732 orienta que o início do tratamento de câncer no SUS não pode ultrapassar 60 dias. “Basicamente o tratamento se inicia com uma quimioterapia, no caso de cânceres menos severos, ou uma cirurgia para remoção do tumor em casos mais avançados”, esclarece a médica oncologista dra. Daniela Dornelles Rosa, vice-presidente do Conselho Científico da Femama, entidade sem fins econômicos que concentra uma rede de 60 instituições ligadas à saúde da mama, presentes em 17 estados brasileiros e Distrito Federal.

Segundo a médica mastologista dra. Maira Caleffi, presidente da Femama, algumas mulheres têm medo de realizar a mamografia por receio de descobrir uma doença com a qual não sabem lidar. “Elas têm medo das consequências de um possível câncer. O medo de uma possível mutilação, da provável perda dos cabelos, advinda da quimioterapia, mexe muito com a autoestima delas. Além, claro, do medo da morte, um estigma ainda muito forte relacionado ao câncer”, comenta Caleffi. “Nesta data, é muito importante esclarecer: câncer de mama tem cura se diagnosticado cedo, e quanto antes for descoberto, menos agressivo e mais eficaz será o tratamento. A mamografia de rastreamento consegue detectar nódulos mínimos e, em cânceres iniciais, a chance de cura é quase total”, explica.

Acesso à mamografia na rede pública de saúde

Atualmente, de acordo com portaria 61/2015 do Ministério da Saúde, apenas mulheres com 50 a 69 anos anos têm garantia de realização do exame pelo SUS, embora a Lei 11.664/2008 determine desde 2009 a realização gratuita do exame a todas as mulheres a partir dos 40 anos e sociedades médicas brasileiras estejam em consenso sobre a importância de iniciar o exame periódico a partir dessa idade. Dados concretos embasam essa determinação: de acordo com levantamento realizado pelo A.C. Camargo Cancer Center com 4,5 mil pacientes de câncer de mama atendidas pela instituição, 40% dos diagnósticos da doença em 2014 ocorreram em mulheres com até 49 anos de idade.

O Projeto de Lei 3.437/2015, sob análise na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara de Deputados desde dezembro de 2016, pode ser uma saída para reverter a situação, pois versa sobre o acesso ao diagnóstico precoce do câncer. A FEMAMA defende a elaboração de novo parecer a este projeto, uma vez que o parecer atual, que teve relatoria da deputada Gorete Pereira na Comissão de Defesa dos Direito da Mulher, não estabelece explicitamente a garantia de realização da mamografia para todas as mulheres a partir de 40 anos pelo SUS. Por isso, a instituição está em diálogo com os deputados federais para convencê-los da importância do diagnóstico precoce para salvar a vida de milhares de mulheres – anualmente, 14 mil mulheres morrem devido ao câncer de mama no Brasil.

“A mobilização da sociedade civil e o engajamento do poder legislativo na formulação de políticas públicas em defesa da saúde da mulher são fatores determinantes para mudarmos a realidade brasileira dos pacientes que sofrem com o diagnóstico de câncer, garantindo-lhes do acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado e digno. O tempo corre contra na luta pela vida das mulheres com câncer”, ressalta ofício assinado pela dra. Mairai, entregue aos líderes de partido para solicitar a atenção ao tema e pedir nova redação do projeto de lei, incluindo este pedido e outros que dizem respeito ao diagnóstico do câncer de mama.

A adesão do poder público à realização dos exames a partir dos 40 anos é fundamental para que o direito à detecção precoce do câncer seja plenamente exercido. Dados do DataSUS demonstram que, já em 2014, após instituição da portaria do Ministério da Saúde, houve diminuição de 40% do número de mamografias realizadas em mulheres na faixa etária de 40 a 49 anos em comparação com 2013. A restrição do acesso ao exame prejudica até mesmo mulheres que se encontram na faixa prioritária para o rastreamento, já que houve redução na realização de mamografias gratuitas inclusive em mulheres entre 50 e 69 anos de idade. A redução de exames nessa faixa, no mesmo período, foi de 30%.