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terça-feira, 16 de maio de 2017

Enxaqueca x automedicação


A Academia Brasileira de Neurologia (ABN), com o apoio do seu Departamento
Científico de Cefaleia, acaba de realizar uma sondagem eletrônica para traçar
um perfil dos que sofrem com a doença. De forma espontânea, 2.318 pessoas responderam a questionário estruturado, on-line, distribuído pelas redes sociais, com a grande maioria, 97%, afirmando que teve dor de cabeça no último ano.

Foi maciça a participação do sexo feminino na pesquisa – 88% contra 12% de homens –, o que confirma o predomínio da doença entre as mulheres. Do total de participantes da pesquisa, o diagnóstico de cefaleia que prevaleceu foi o da enxaqueca – 87% ou 1912 pessoas, das quais 946 sofrem de cefaleia episódica, com menos de 15 dias de ocorrência por mês, e 966 têm o tipo crônico.

A sondagem via internet com respostas espontâneas mostra ainda a
influência da doença nas atividades produtivas dos entrevistados, com
28% dos que sofrem de enxaqueca episódica sem emprego, número
que sobe para 33% entre as vítimas do tipo crônico.

Automedicação
Mas a maior diferença entre os pacientes de enxaqueca episódica e da crônica é na questão sobre abuso de analgésicos – 36% entre os primeiros contra 74% entre os segundos tomam medicamentos além do recomendado.

“O paciente crônico realmente abusa mais de analgésicos”, atesta o neurologista Marcelo Ciciarelli, membro titular da ABN e coordenador da pesquisa.

A questão da utilização de remédios para sanar a dor de cabeça, aliás, é um dos pontos que mais chama a atenção. Entre a totalidade dos participantes, 81% declararam que tomam medicamentos sem a orientação de um profissional.

Esse problema da automedicação se estende entre a própria população. As respostas mostram que 58% das pessoas que sofrem de cefaleia indicam analgésicos para os outros, e 50% aceitam as indicações de não profissionais. Apenas 61% dos entrevistados afirmaram que procuraram auxílio médico para a dor de cabeça.

“A pesquisa indica que as pessoas que estão sofrendo com a cefaleia,
principalmente com a enxaqueca crônica, precisam de atenção e muitas
vezes não sabem como conseguir. Nosso intuito é mostrar que o melhor
caminho para interromper o sofrimento com as dores de cabeça é
buscar um bom acompanhamento médico”, conclui dr. Ciciarelli.

Clique no link e veja a pesquisa completa:
http://docs.wixstatic.com/ugd/0e461b_ee7c50695806432693344847695e2253.pdf

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Efeitos do fim do horário de verão podem afetar saúde por até uma semana


Os efeitos do fim do horário de verão, que acontece no domingo, 19, afetam o corpo humano de diferentes maneiras, como sonolência, enxaqueca, dor de estômago e até alteração do apetite. Para a clínica geral e geriatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Rossana Maria Russo Funari, é comum que essa adaptação dure, em média, sete dias.

Para evitar problemas durante o período, a especialista recomenda preparar-se para dormir no horário de costume e evitar o consumo de bebidas que tirem o sono, como café, refrigerante e alguns tipos de chá que contêm cafeína.

De acordo com a médica, o estilo de vida também influência nesse desconforto do organismo. Pessoas que têm uma vida mais regrada em relação aos horários de alimentação e sono tendem a ser mais afetadas.

“Se a pessoa costuma acordar muito cedo para trabalhar, a mudança é mais perceptível. No fim do horário de verão, a tendência é dormir mais tarde, enquanto o relógio biológico está ‘programado’ para acordar mais cedo. Isso prejudica o rendimento”, explica.

Mas, para quem tem mais flexibilidade na rotina, a médica recomenda acordar 15 minutos mais cedo diariamente, para que a transição ocorra aos poucos.


Engana-se quem pensa que os efeitos são os mesmos de um “jetlag”, famosa fadiga de viagem ocasionada por mudanças no fuso. “No horário de verão, as mudanças nesse ritmo são mais suaves e não causam tantas consequências para a maioria das pessoas. Já no ‘jetlag’, temos uma condição menos fisiológica, que é uma consequência de alterações no ritmo circadiano (período de aproximadamente 24 horas), mais intenso em viagens longas em que há grandes mudanças de fuso horário.”

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Intolerância alimentar: causas e sintomas

O sistema imunológico do intestino é o maior e o mais importante de todo o organismo. Mais de 80% das reações imunológicas têm sua origem no intestino, que garante uma barreira quase intranspo­nível contra bactérias, vírus, e outros agentes patogênicos, assim como contra proteínas de alimentos ou frações de proteínas reconhe­cidas como substâncias estranhas.
No entanto, segundo o dr. Marcel Ferrari Ferret, a integridade dessa parede in­testinal poder estar, muitas vezes, danifi­cada por medicamentos, infecções, microrganismos, estresses e toxi­nas ambientais, permitindo as­sim entrada de partes de nu­trientes ou proteínas não totalmente fragmentadas entre as células.
Estas substâncias e/ou fragmentos de proteínas são reconhecidos pelo sistema imu­nológico como elementos estranhos e agres­sores e são combatidos pelo sistema imu­nológico, que produz anticorpos contra es­se alérgeno.
Ao ingerir esse alimento, regularmente ocorrem reações imunológicas repetitivas que estimulam processos inflamatórios. A experiência demonstra que na maioria dos casos são os alimentos ingeridos diaria­mente que causam essas inflamações, no­meadas de hipersensibilidade alimentar ou alergias tardias.
"Diferentemente das alergias clássicas, me­diadas por IgE que causam reações imedia­tas, com sinais e sintomas bastante conheci­dos e relativamente de fácil identificação, tais como reações cutâneas e inchaços, as ´aler­gias´ mediadas por IgG são caracterizadas por processos inflamatórios e poderão ser reveladas por meio de sinais e sintomas pe­la deposição de complexos imunológicos em vários tecidos ou órgãos", explica o médico.
Sintomas relacionados com intolerância alimentar:
- doenças autoimunes
- enxaquecas
- depressão, ansiedade, síndrome do pânico, insônia
- artrite
- dores articulares
- sintomas respiratórios crônicos, rinite, sinusite, otite
- dor abdominal
- colite, diarreia, constipação
- doenças da pele
- obesidade
- problemas menstruais
- fadiga crônica

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Enxaqueca pode comprometer a atenção e memória


Pessoas que sofrem com a enxaqueca podem ter a atenção e memória auditiva comprometidas. Uma pesquisa realizada pelo Setor de Investigação e Tratamento das Cefaleias (SITC) e pelo Ambulatório de Neuroaudiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) observou maior prevalência de alteração no processamento das informações auditivas nos pacientes com enxaqueca.
A doença atinge 15,2% de pessoas no Brasil e é mais frequente em mulheres e em indivíduos com ensino superior. Com o estudo, foi possível verificar o impacto da enxaqueca no indivíduo que não faz nenhum tipo de tratamento preventivo, apenas se utiliza de analgésicos nas crises. As evidências levantadas são de que esses pacientes podem apresentar deficits cognitivos, sendo a memória e atenção para as informações auditivas, afetadas.
Uma das orientadoras da pesquisa e neurologista chefe do Setor de Investigação e Tratamento das Cefaleias da Unifesp, Thais Rodrigues Villa, explica que a ideia do estudo se deu através da observação da falta de atenção e memorização das informações demonstrada pelos pacientes durante as consultas. “A pessoa ouve normalmente, mas está menos atento àquilo que escuta. Com isso, a memorização das informações fica prejudicada, e a compreensão do seu diagnóstico e tratamento também. Os pacientes frequentemente queixam-se de desatenção e esquecimentos no dia a dia”.
Larissa Mendonça Agessi, fonoaudióloga e autora da pesquisa, selecionou 41 pacientes voluntários, entre 18 e 40 anos, de ambos os sexos, e os dividiu em três grupos: 1º) 11 pessoas com enxaqueca com aura – crises de cefaleia acompanhadas de sintomas visuais e sensitivos como flashes luminosos, pontinhos brilhantes, embaçamento visual, formigamentos, dormência, dificuldade em falar, tonturas, vertigem, entre outros indícios que podem aparecer antes, durante e após a crise. Esses sintomas duram de minutos até uma hora, usualmente; 2º) 15 pessoas com enxaqueca sem aura; 3º) 15 pessoas no grupo controle, que negavam cefaleia no último ano ou nunca tiveram. Também foi considerada a escolaridade de cada indivíduo. As pessoas com quadro de enxaqueca apresentavam, em média, de 5 a 6 dias de crise no mês, e foram avaliados sem estar com dor de cabeça, há no mínimo três dias, ou seja, fora do período de uma crise de enxaqueca.
Das 26 pessoas com enxaqueca analisadas, 21 apresentaram problemas com o processamento auditivo. “Concluímos que pessoas com enxaqueca têm audição normal, mas podem apresentar maior dificuldade para prestar atenção e memorizar o que foi ouvido, do que as pessoas que não tem dor de cabeça. Se você sente muita dor de cabeça e, além disso, pede sempre para as pessoas repetirem o que elas falam, ou esquece frequentemente o que lhe foi dito, recomendo que busque um neurologista e um fonoaudiólogo”, ressalta Larissa.