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sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Vacina do hpv é a principal aliada no combate ao câncer do colo do útero

 


Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2023 cerca de 17.010 mulheres serão diagnosticadas com câncer do colo do útero no Brasil a cada ano, o que representa um risco considerado de 13,25 a cada 100 mil casos. Vale lembrar ainda que a doença é o terceiro tipo de câncer que mais afeta o público feminino, por isso, é muito importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes para o início do tratamento. 

Diversos especialistas acreditam que na pandemia as medidas restritivas impostas para evitar o aumento do contágio pela covid-19, assim como o fechamento das escolas, pode ter impactado em uma menor procura pela vacinação contra o HPV, uma vez que muitas das campanhas são realizadas nas instituições de ensino.   

Apesar da pandemia, é importante reforçar que a cobertura vacinal contra o HPV é considerada insatisfatória há algum tempo. As entidades de saúde consideram ideal que as taxas sejam de 80% tanto para as meninas, quanto para os meninos. Mas, a realidade é outra: no Acre, apenas 33,6% do público-alvo está vacinado, no Rio Grande do Norte, 46,2%, Pará, 43,9%, Rio de Janeiro, 44,6%, Santa Catarina, 65,2%, Minas Gerais, 66,8% e Paraná com 72,7%. 

A vacina é oferecida nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de todo o Brasil para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. Segundo o Ministério da Saúde, 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão do vírus se dá na faixa dos 25 anos. Após o contágio, ao menos 5% delas irão desenvolver câncer de colo do útero em um prazo de dois a dez anos. 

"Geralmente, a infecção genital por HPV é bastante frequente e, na maioria dos casos, é assintomática e autolimitada, ou seja, até os 30 anos de idade grande parte das mulheres tem a infecção resolvida. Mas, quando ocorre a persistência do vírus nas células do colo do útero, elas podem avançar para o desenvolvimento de câncer", comenta Marcela Bonalumi, oncologista da Oncoclínicas São Paulo. 

De olho na prevenção

Diante dessa realidade, é importante reforçar que a ferramenta essencial na luta contra o câncer do colo do útero é a vacinação contra o HPV. "A imunização pode prevenir também o câncer de vulva, ânus e vagina nas mulheres e de pênis nos homens. Por isso, o ideal é que esse cuidado ocorra antes do início da vida sexual, evitando assim que haja uma exposição ao vírus".

Além da vacinação, que é considerada uma prevenção primária, é importante realizar os exames de rotina ginecológica, como o Papanicolau (anualmente e depois a cada três anos), dos 25 aos 64 anos de idade. "Ele é muito importante para identificar lesões pré-cancerosas e agir rapidamente contra o câncer do colo do útero", alerta Marcela. Vale lembrar ainda que os exames devem ser feitos mesmo se a mulher for vacinada contra o HPV, pois o imunizante não protege contra todos os tipos oncogênicos da doença.

Primeiros sinais

A doença em estágios iniciais é assintomática, mas a dor na relação sexual ou sangramento vaginal pode estar presente. Por isso, é muito importante o rastreamento com o exame Papanicolau de rotina. 

No entanto, se a doença estiver mais avançada, pode ser que a paciente tenha anemia - devido a perda de sangue - dores nas pernas e costas, problemas urinários ou intestinais e perda de peso não justificada. "Geralmente, os sangramentos acontecem durante a relação sexual, mulheres que já estão na menopausa ou ainda fora do período menstrual. Por isso, é muito importante buscar pelo aconselhamento de um especialista", orienta a oncologista. 

Diagnóstico da doença em estágio inicial aumenta chances de sucesso no tratamento

A oncologista da Oncoclínicas São Paulo explica que podem ser realizadas cirurgias, radioterapia e/ou quimioterapia. "Na cirurgia, ocorre a retirada do tumor, ou ainda do útero quando necessário. Quando a doença apresenta estágios mais avançados, são realizadas sessões de radioterapia e quimioterapia", comenta Marcela Bonalumi. 

Apesar da doença ser bastante silenciosa, quando descoberta precocemente pode haver uma redução de até 80% na mortalidade pelo câncer do colo do útero. "Muitas mulheres não descobrem na fase inicial. Sempre aconselho as pacientes a realizarem periodicamente seus exames de rotina, como o Papanicolau. Além disso, é fundamental que sejam consumidas informações de qualidade, sendo essa uma das principais aliadas ao combate do HPV", finaliza.

 

quinta-feira, 27 de julho de 2023

Vaginismo tem cura

 


Vaginismo é uma disfunção sexual fe­minina que provoca a contração invo­luntária (não intencional) dos mús­culos do assoalho pélvico, tornando dolorosa ou impossível a penetração, quer seja duran­te a relação sexual e/ou na introdução de ab­sorvente interno, espéculo vaginal, aplicador de pomada, entre outros objetos, mesmo que a mulher tenha o desejo em realizá-lo.

Segundo Raquel Piovesana (Crefito 78132-F), fisioterapeuta, especialista em fisioterapia pélvica, dor, ardor, câimbras em glúteos e mem­bros inferiores e a impossibilidade de pe­netração completa são alguns dos sintomas mais frequentes desta disfunção. Essa con­tração muscular excessiva é uma reação de­fensiva do corpo em situações consideradas inconscientemente ameaçadoras ou em res­posta a um estímulo de dor. O vaginismo pode afetar mulheres de dife­rentes maneiras.

Há casos de pacientes que conseguem realizar exames ginecológicos, mas não são capazes de ter relações sexuais. Outras têm relações somente com penetração parcial e relatam dor, sensação de ardência e/ ou queimação. A dificuldade é constante e re­corrente, podendo ocorrer em uma situação e não obrigatoriamente nas demais.

Tipos de vaginismo:

- Primário: dificuldade apresentada desde a primeira tentativa de penetração.

- Secundário ou adquirido: o principal si­nal é o aparecimento de dor progressiva du­rante a relação sexual. É quando a mulher, já em sua vida sexual ativa, desenvolve a dis­função, havendo ou não cau­sa física ou psi­cológica.

Diagnósti­co: o diagnós­tico do vaginis­mo é feito pe­lo histórico do paciente, exa­me clínico e por exames de imagem, se necessário, para afastar algum problema orgânico.

Tratamento: após excluir e tratar as cau­sas orgânicas é importante dar apoio emocio­nal, avaliar a necessidade de tratamento por psicoterapia, fisioterapia do assoalho pélvico, terapia cognitiva-comportamental, biofeed­back, focando no componente da dor. O tratamento fisioterapêutico tem indica­ção primária e engloba técnicas como: auto­conhecimento da anatomia, relaxamento, te­rapias manuais, eletroestimulação, biofeed­back e cinesioterapia. Apesar de essa disfunção atingir de forma avassaladora a vida da mulher, o vaginismo apresenta 100% de cura!




 

terça-feira, 23 de maio de 2023

Dia Mundial da Saúde Digestiva: sobrevida dobrou em 20 anos

 


Uma análise inédita, realizada pelo A.C.Camargo Cancer Center, identificou chance de sobrevida global superior à de 50% (podendo chegar até 84% se detectado cedo) em cinco anos para pacientes com câncer gástrico tratados na instituição nos últimos 20 anos. Isso significa um aumento de mais de 100% se compararmos as mesmas estatísticas no começo do século. O dado do Observatório do Câncer reforça a importância do diagnóstico precoce, acesso a tratamentos oncológicos modernos e de campanhas de conscientização, como o Dia Mundial da Saúde Digestiva, instituído em 29 de maio. 

A pesquisa avaliou mil casos de adenocarcinoma gástrico. Conforme o líder do Centro de Referência em Tumores do Aparelho Digestivo Alto, Dr. Felipe Coimbra, o resultado é uma excelente notícia para o tratamento dos pacientes com esses tumores no Brasil. "Há 20 anos, o paciente tinha a chance de sobrevida em torno de 25%. Se o mesmo paciente passasse hoje para tratamento com nossa equipe ele teria uma chance de mais de 100% em comparação ao ano de 2000", explica. 

Entre os principais motivos para esse aumento, o especialista aponta os avanços em tratamento multidisciplinar e a inovação, como o uso de tratamentos quimioterápicos antes e após a cirurgia, protocolos de recuperação precoce e a implementação da cirurgia minimamente invasiva laparoscópica e robótica. Atualmente, mais de 80% dos casos são operados por vias menos invasivas. 

Um outro ponto fundamental foi o trabalho interdisciplinar. "Tivemos uma melhoria da estrutura de reuniões multidisciplinares, chamadas de tumor boards, onde casos de alta complexidade e que necessitam expertise de vários grupos ao mesmo tempo são discutidos com alta resolução", completa Coimbra. 

Para contribuir com o aumento da sobrevida, o vice-líder do Centro de Referência em Tumores do Aparelho Digestivo Alto, Dr. Tiago Felismino, completa que o diagnóstico precoce é essencial. "O rápido reconhecimento dos sintomas e a realização de uma endoscopia digestiva alta são imprescindíveis. As novas estratégias de tratamento, como imunoterapia e terapia-alvo têm gradativamente melhorado a sobrevida dos pacientes com doença mais avançada", destaca. 

Por fim, o Dr. Felipe Coimbra reforça a importância das pesquisas clínicas, que viabilizam o conhecimento e novas possibilidades em benefício dos pacientes no futuro. Ao todo, já foram realizados 150 estudos, nos últimos 20 anos, no A.C.Camargo Cancer Center. Todos os ensaios clínicos podem ser encontrados no site da instituição. 

Cenário atual do câncer gástrico 

Ainda segundo o Observatório do Câncer, o número de casos de câncer do aparelho digestivo alto ultrapassou os de pulmão, ginecológicos e colorretais, nos últimos 20 anos. Ao todo, o A.C.Camargo registrou 2.416 casos de câncer de estômago entre o período de 2000 a 2020. 

Em um cenário geral, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que são esperados, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, cerca de 21 mil novos casos no Brasil. Segundo o órgão, sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de estômago é a quarto mais comum nos homens e o sexto nas mulheres, dentre os tipos de câncer mais frequentes no país. 

Principais sintomas

Os sintomas do câncer de estômago costumam ser inespecíficos no início e parecer um quadro simples de gastrite, o que faz com que muitas pessoas demorem a procurar um médico e só sejam diagnosticadas em estágios mais avançados da doença.

  • Dor de estômago
  • Azia e má digestão
  • Sensação de empachamento mesmo comendo pouco
  • Dificuldade para engolir e refluxo (nos casos de tumores na parte mais alta do estômago)
  • Inchaço no abdome
  • Náusea e vômitos
  • Perda de apetite
  • Diarreia ou prisão de ventre
  • Perda de peso inexplicável 

FATORES DE RISCO

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver câncer, mas isso não quer dizer que necessariamente a pessoa vai ter câncer de estômago. 

Infecção por Heliobacter pylori: aquela sensação de queimação no estômago merece uma visita ao médico. O consumo constante e indiscriminado de remédios para azia e má digestão pode mascarar essa infecção.

Consumo excessivo de sal: conservas, defumados e carnes salgadas para serem preservadas também estão na lista dos fatores de risco. Os países com maior incidência desse tipo de câncer consomem largamente esses produtos.

Fumo: estudos indicam que fumantes têm o dobro do risco de ter câncer de estômago que os não fumantes. O consumo excessivo de álcool também aparece como fator de risco.

Sexo: a doença é mais comum em homens do que em mulheres.

Idade: o câncer de estômago costuma aparecer em pessoas com mais de 55 anos.

Síndromes familiais de câncer também estão associadas ao aparecimento do câncer de estômago. Portadores de síndrome de Li-Fraumeni, de câncer colorretal não poliposo (HNPCC) e de câncer gástrico familial também correm maior risco de apresentar esse câncer. 

Tratamento

O único tratamento curativo do câncer gástrico é a cirurgia. Tumores extremamente precoces podem ser removidos por endoscopia. Os demais pacientes são candidatos a uma gastrectomia (cirurgia para retirada do tumor do estômago), que pode ser total, em que todo o estômago é removido, ou parcial, em que uma parte do órgão é preservada.  

No A.C.Camargo Cancer Center, esse procedimento pode ser feito por cirurgia robótica, que é mais precisa e permite que o paciente se recupere e tenha alta em menos tempo, por laparoscopia ou ainda por cirurgia convencional, aberta. Se o estômago todo precisar ser removido, durante a cirurgia é feita uma conexão do esôfago com o intestino delgado, para que o paciente possa se alimentar. Para se adaptar a essa nova situação, o principal é fracionar a alimentação em várias vezes e pequenas quantidades de cada vez. Também pode ser necessário ingerir suplementos de vitaminas.

A cirurgia é feita por cirurgiões especializados e com o esquema correto de quimioterapia e/ou radioterapia, entre 60% e 70% dos pacientes com doença localizada ou regional tratados são curados. 

É importante destacar que temos resultados excelentes no tratamento do câncer de estômago, comparáveis aos registrados no Japão e na Coreia, países que têm os melhores resultados do mundo.

 

Foto: Freepik

quinta-feira, 20 de abril de 2023

5 mitos sobre pedra nos rins

 


Cálculos renais, popularmente conhecidos como pedras nos rins, são extremamente comuns e podem afetar até um em cada 10 adultos. Esses cálculos podem ser pequenos e passar despercebidos ou grandes o suficiente para causar dor e desconforto intensos, a chamada crise renal.

Justamente por serem tão frequentes e afetarem quase 10% da população, existem muitos mitos sobre este assunto, e é importante estar bem-informado para evitar equívocos e saber como prevenir ou tratar esta condição.

Dra. Tamara Cunha, médica nefrologista pela UNIFESP e especialista em prevenção de cálculos renais esclarece os mitos mais comuns:

 

·         Pedras nos rins são causadas pelo consumo excessivo de cálcio.

Embora a maior parte dos cálculos renais seja formação cálcica (um composto chamado oxalato de cálcio), é um mito que o consumo de cálcio aumenta o risco de formação. "Na verdade, hoje sabemos que o cálcio proveniente da alimentação é um potencial aliado no tratamento dos cálculos de oxalato de cálcio e que estratégias de restrição da ingestão de cálcio podem piorar tanto as formações quanto a saúde dos nossos ossos", explica a médica.

 

·         Beber muita água pode desfazer as pedras nos rins.

A hidratação é um dos pilares básicos no processo de prevenção de cálculos renais. No entanto, beber água em excesso não é benéfico para desfazer ou diluir cálculo renal. É importante beber quantidades suficientes de líquidos para manter a urina diluída e esta quantidade é melhor ajustada de acordo com o peso de cada um. Uma regra simples que ajuda adultos é calcular a ingestão de líquidos necessária por dia multiplicando 30mL para cada kg de peso. Por esta regra, um indivíduo adulto, sem outros problemas de saúde que indiquem limitar a quantidade de líquidos, deve ingerir 2100mL de líquidos ao longo do dia (30x70=2100mL).

 

·         Apenas pessoas com histórico familiar de pedras nos rins precisam se preocupar.

Embora uma predisposição genética possa aumentar o risco de formação de cálculos renais, qualquer pessoa pode desenvolver pedras nos rins. Hoje, sabe-se que a maior parte das pessoas que desenvolve cálculos renais apresenta tanto fatores genéticos quanto ambientais - sendo os principais o sedentarismo e uma dieta desequilibrada.

 

·          Pedras nos rins só causam dor nas costas.

Embora a dor nas costas seja um sintoma comum de pedras nos rins, outras manifestações incluem dor ao urinar, micção frequente ou urgente, náusea e vômito, dor abdominal, sangue na urina e febre. Dependendo do tamanho e localização do cálculo, os sintomas podem variar.

 

·          É seguro tomar chá de quebra pedra durante a crise renal.

Embora muitas pedras nos rins possam ser eliminadas naturalmente através da urina, algumas pedras podem ser grandes demais ou obstruir o trato urinário, sendo urgente a avaliação em ambiente hospitalar. Em alguns casos, pode ser necessário tratamento médico para eliminar os cálculos renais, seja através de medicamentos ou procedimentos urológicos. Dra. Tamara Cunha explica que o consumo de chá de quebra pedra durante a crise não será capaz de dissolver o cálculo impactado e pode fazer com que o indivíduo atrase sua procura por assistência médica na expectativa de que o chá resolverá o problema.

A médica ainda reforça que é importante estar informado sobre os fatores de risco, sintomas e opções de tratamento para prevenir ou tratar o cálculo renal de maneira adequada.

Além disso, é importante que todos saibam que cálculos renais são diferentes entre si e, portanto, os fatores que estão levando à formação de cálculos de uma pessoa podem ser completamente diferentes de outra. "Existem formas eficientes de prevenir este problema, mas somente uma avaliação individualizada pode ser capaz de estabelecer o tratamento específico e mais eficaz em cada situação", finaliza a nefrologista. 



Foto: Freepik

 

sexta-feira, 31 de março de 2023

Agorafobia: entenda o que é a doença

 


Quem sofre com a Agorafobia costuma ter medo excessivo de sair de casa, frequentar espaços públicos (com grande fluxo de pessoas), como shoppings, praias, supermercados e transportes públicos, por exemplo, e passa a evitar esses locais por receio de passar mal, já que sintomas de ansiedade são desencadeados, por acreditar que se algo ruim acontecer o indivíduo não irá conseguir sair desses lugares, ou até mesmo para evitar algum tipo de constrangimento. Em alguns casos, esse quadro pode vir acompanhado da síndrome do pânico.

Esse transtorno acarreta uma série de impactos negativos na vida e na rotina das pessoas acometidas porque além do estresse, ele também gera manifestações como medo intenso, ansiedade súbita, falta de ar, formigamento no corpo, tontura, taquicardia, náusea, além de fazer com que elas queiram ficar cada vez mais isoladas e dependentes de outras para conseguirem sair de casa. O diagnóstico é realizado pelo médico psiquiatra com base nos sintomas e na prevalência dos sintomas que são relatados pelos pacientes.

De acordo com a coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU Paulista, Márcia Karine Monteiro, é fundamental que a busca pela ajuda de um profissional seja feita de forma precoce para que o tratamento possa ser iniciado e a doença seja controlada.

"Casos como o da Agorafobia, assim como os demais adoecimentos mentais, nem sempre possuem uma cura, no entanto, é possivel ter o controle ou a remissão, que é quando a doença fica estável e não manifesta sintomas no paciente. Além do acompanhamento com o psiquiatra, a busca pela psicoterapia é muito importante para se ter a melhora completa da doença e para que ele possa seguir com a sua rotina, já que esse quadro pode ser incapacitante. Quanto antes as pessoas começarem o tratamento, mais qualidade de vida e bem-estar elas podem ter", explica a psicóloga.

O surgimento de doenças que afetam a saúde mental pode estar ligado a fatores genéticos e ambientais, circunstâncias negativas que foram vivenciadas ou experiências traumáticas. A Agorafobia é considerada uma enfermidade e está inserida, de acordo com a Classificação Internacional da Doença (CID, criado pela OMS, dentro do grupo de fobias com a presença do transtorno do pânico frequente. 



(Foto: Freepik)

 

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Entenda a diferença de rinite e asma

 


Os especialistas da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) afirmam que portadores de rinite não são grupo de risco para Covid 19 nem em infectividade. Já os pacientes com asma, mesmo não sendo mais propensos a adquirir a infecção por coronavírus, podem desenvolver complicações se infectados pelo novo coronavírus.

 

“Asma e rinite são duas patologias diferentes. Apesar de serem doenças atópicas, (alérgicas) e hereditárias, elas são diferentes na sua gravidade, comprometimento e tratamento. Enquanto a asma provoca crises de falta de ar, chiado, sensação de aperto no peito e tosse, a rinite alérgica traz espirros, obstrução nasal, coriza e coceiras nos olhos, nariz, garganta e ouvidos. Mesmo não sendo tão grave quanto a asma, a rinite é um grande incômodo para o paciente, afetando sua qualidade de vida”, explicou o pediatra do Hospital Universitário de Jundiaí, Cristiano Guedes.

 

No caso da asma alérgica, existem desencadeantes em comum com a própria rinite alérgica e alguns testes alérgicos podem ser feitos. “Existe a teoria de via aérea única, em que a asma e a rinite são consideradas manifestações da mesma doença e o descontrole de uma pode levar ao descontrole da outra. Por isso, sempre que uma pessoa tiver o diagnóstico de asma, deve-se investigar rinite também e vice-versa. O controle das duas doenças é indispensável. Não podemos tratar apenas uma”, reforça dr. Cristiano.

 

O tratamento de ambas é dividido em dois momentos. “O tratamento preventivo com o afastamento de agentes desencadeantes das crises como cigarro, poeira, fungos, ácaros, higiene adequada do microambiente, etc, com auxílio de medicamentos como os antialérgicos, antileucotrienos, corticoides inalatórios e broncodilatadores de longa duração. Quando o paciente apresenta crise, o tratamento é com auxílio de broncodilatadores como as "bombinhas" e, em alguns casos, uso de corticoides e outros medicamentos de uso emergencial”, comenta.

 

Em ambos os casos, a oscilação de temperatura favorece o surgimento das crises. Existem crianças que apresentam os sintomas apenas pelo ar frio (não adianta "encapotar" a criança). “A oscilação térmica sem dúvida é um Fator de piora”, acentua o médico.

 

Dr. Cristiano finalizou dizendo que os pais devem procurar o pronto Socorro apenas em casos de piora. Quadros leves devem ser tratados via ambulatório. O melhor tratamento é a prevenção e orientação.

 

 

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Você sabe a diferença entre intolerância e alergia à lactose

 


Sentir-se mal após ingerir algum alimento com lactose, dores e desconfortos abdominais, gases, comichão, erupções cutâneas, náuseas, inchaço e diarreia. Essas são algumas reações do organismo que identificam alguma sensibilidade, intolerância ou até mesmo alergia em relação ao alimento.
É comum muitas pessoas que não conhecem o que diferencia uma condição da outra.

Segundo a médica nutróloga dra. Marianna Magri, a intolerância alimentar mais comum é a lactose. Acontece quando o organismo da pessoa é incapaz de digerir a lactose, um tipo de açúcar presente no leite e nos laticínios. Essa incapacidade digestiva pode ser parcial ou completa e ocorre devido ao organismo produzir pouca ou nenhuma quantidade de enzimas lactase, que é a enzima que digere a lactose e trata-se de uma reação provocada pelo intestino.

A enzima lactase é responsável por digerir esse açúcar, portanto, quanto mais lactose não digerida no processo de digestão, maior o risco de resultar em inchaço no estômago, dor ou distensão abdominal, flatulência, náuseas ou vômitos, inflamação e diarreia."A intolerância não é uma doença grave", diz a médica. "Em contrapartida, se houver desconforto ao ingerir alimentos lácteos, é importante consultar um especialista para avaliar o caso e verificar se há necessidade de restringir a lactose na alimentação, ou inserir suplementos de enzimas lactase para ajudar na digestão".

Já a alergia envolve o sistema imune do organismo, que controla a forma como o corpo se defende. Estudos da Academia Americana de Alergia, Asma e Imunologia (AAAAI) indicam, por exemplo, que se tem alergia ao leite de vaca, o sistema imunológico identifica-o como um invasor ou alérgeno.


 O corpo reage exageradamente, produzindo anticorpos chamados Imunoglobulina E (IgE). Esses anticorpos circulam até as células que libertam substâncias químicas, causando uma reação alérgica. Essa ação pode envolver diversos órgãos, provocando inchaço nos lábios e no rosto, coceira, manchas avermelhadas na pele, tosse, falta de ar e também diarreia. "Em casos mais graves, pode levar a choque anafilático e até a morte. Na maioria das vezes, a alergia pode surgir nos primeiros anos de vida e tende a desaparecer até os 5 anos de idade", destaca Marianna Magri.

O tratamento para a alergia ao leite de vaca é a exclusão desse alimento da dieta. Alguns dos sintomas para identificar a alergia ao ingerir leite de vaca: anafilaxia, urticária aguda, chiado no peito e respiração difícil, rinite, tosse seca, vômitos e edemas na laringe. "Consulte um especialista no assunto para informações e recomendações profissionais. Não existe cura para a intolerância nem para a alergia, porém seguindo as orientações médicas é possível viver bem e ter uma dieta saudável, com variadas opções de alimentos para substituir a ingestão de lactose," finaliza a dra. Marianna Magri.

 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Verão livre de suor excessivo nas mãos e axilas!

 


Com o aumento das temperaturas e da umidade do ar, é também momento para redobrar a atenção aos sintomas da hiperidrose que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é uma condição que provoca suor excessivo, na qual pacientes podem transpirar muito até mesmo em repouso. Isso ocorre, pois as glândulas sudoríparas das pessoas com essa condição são hiperfuncionantes. Ou seja, funcionam de forma excessiva e em qualquer ocasião, mesmo quando não se está praticando atividades físicas, exposto ao sol ou em demais situações específicas em que é comum suar.

O dermatologista Rafael Azevedo (CRM-SP 181221) explica que a hiperidrose ainda é motivo de muito constrangimento. "No verão, especialmente, em que o calor aumenta, esse constrangimento pode se tornar ainda maior. Hoje, temos diversos procedimentos que podem tratar a hiperidrose, como é o caso do neuromodulador, que impede a liberação de acetilcolina nas terminações nervosas, bloqueando o estímulo para a secreção de suor pelas glândulas sudoríparas”.

Com base nesse mecanismo de ação, o uso clínico de neuromoduladores tem se mostrado eficaz no tratamento de suor excessivo nas axilas e palma das mãos, que são os locais mais comuns. “Em média, é necessário apenas uma única aplicação para começar a observar resultado. Pacientes que têm hipersensibilidade a algum componente da fórmula não devem realizar esse tipo de procedimento”, esclarece o dermatologista. Por isso, é fundamental procurar um profissional da saúde habilitado para indicar o melhor protocolo de tratamento.
 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

AVC mata 11 pessoas por hora no Brasil

 


De acordo com dados oficiais, apurados pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) junto ao Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, a cada hora, 11 brasileiros morrem em decorrência de um AVC. Em 2020, último ano em que há dados disponíveis, morreram no País quase 100 mil pessoas. O AVC também pode deixar o paciente com sequelas graves, como perda da fala e da capacidade engolir, além da perda dos movimentos de um ou mais membros.

 Ao longo da última década (2010-2020), houve mais de 1 milhão de vítimas fatais. Cerca de 60% dos casos afetaram pessoas com menos de 80 anos. Dentre as regiões, neste período, se destacam o Sudeste, com 432.179 óbitos, e o Nordeste, com 284.050.

 Internações

 No ano passado, quase 195 mil pessoas foram internadas para tratamento de AVC somente no Sistema Único de Saúde (SUS). Desse total, perto de 33 mil pacientes tiveram alta da internação por óbito. Em comparação ao ano anterior, 15 estados registraram aumento no volume de atendimentos. No caso de Alagoas, por exemplo, houve aumento de 61% nos casos de hospitalizações no SUS.

 "Durante esse período de pandemia muitos sinais de AVC foram negligenciados. Por um lado, o medo de contágio afastou as pessoas dos hospitais e consultórios. Além disso, ficaram comprometidas a prática de atividades físicas e a adoção de hábitos saudáveis que, se forem abandonados, podem contribuir para o aumento do risco de doenças", lamentou Julio Peclat, presidente da SBACV.

 Sinais de alerta

Para Julio Peclat, na prevenção do AVC é essencial que o paciente faça visitas regulares ao médico, discutindo sinais e sintomas, pesquisando por fatores de risco e que realize exames direcionados para a sua idade, história familiar e comorbidades associadas. Na sua avaliação isso permite a identificação precoce de quadros de risco e a introdução de medidas para reduzir as chances de que o problema ocorra de fato.

 "Trata-se de uma doença de manifestação aguda ou subaguda. A pessoa que percebe o surgimento de perda de força, dificuldade de fala ou perda de visão de maneira súbita deve procurar atendimento médico imediatamente. Se houver demora, o paciente com AVC aumenta as chances de sofrer comprometimento grave, com surgimento de sequelas ou, em casos extremos, até mesmo morte. Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são importantes", destaca.

 Existem dois tipos de AVC: o isquêmico, tipo mais frequente que representa 80% dos casos e caracterizado pelo entupimento das artérias por um coágulo ou por placas de ateroma; e o hemorrágico, quando um vaso intracraniano rompe.

 Entre os sinais de alerta mais comuns, segundo os angiologistas e cirurgiões vasculares, especialistas diretamente implicados na prevenção e tratamento dessa doença, estão: perda unilateral da visão (amaurose fugaz), alteração da fala (disartria) e perda de força nos membros em um lado do corpo (paresia). O principal fator de risco para a ocorrência do AVC é a hipertensão arterial, doença altamente prevalente na população mundial.

 O AVC também é uma das principais causas de incapacidade funcional no país e no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O paciente atingido pelo AVC pode ficar com sequelas como dificuldade para se locomover, falar, sofrer paralisia em um dos lados do corpo e perda de algumas funções neurológicas, entre outras.

 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Conheça 8 motivos para a queda de cabelo

 


A queda de cabelo excessiva, que quando mais de 100 fios de cabelo por dia, é preocupante e pode acontecer por diversas razões, desde uma dieta pobre de nutrientes a alterações hormonais. 

 É sempre recomendado a busca por especialistas, de modo a orientarem o melhor tipo de tratamento, combinando alimentação adequada, suplementos nutricionais, shampoos ou técnicas que incluem lasers e/ou implantes. Pensando nisso, a tricologista Viviane Coutinho, membro-docente  da ABT( Academia Brasileira de Tricologia) deu dicas de como tratar o problema.  

 1- Alimentação

 A falta de nutrientes, vitaminas e minerais, como proteínas, o zinco, o ferro e as vitaminas A e C, pode ser uma causa de o cabelo cair. Eles ajudam no crescimento e fortalecimento capilar. 

A especialista indica uma dieta rica em proteínas, ferro, zinco e vitaminas, como carne magra, queijo, leite, frutas e legumes. É importante frisar que todo o acompanhamento deve ser feito com um nutricionista qualificado.  

 2- Período pós-parto

 Durante a gravidez os hormônios femininos encontram-se elevados, o que deixa o cabelo com um aspecto sedoso e brilhante. Porém, logo após o parto, os níveis hormonais caem drasticamente, principalmente o estrógeno e progesterona, cerca de 24 horas após o nascimento do bebê. Com isso, os fios ficam mais fracos e tendem a cair mais. 

 O ideal é manter a alimentação equilibrada, assim como seguir as instruções do médico responsável pelo parto, como o uso de suplementos e vitaminas durante a fase da amamentação. 

3- Anemia

 A carência de ferro pode causar queda excessiva do cabelo, pois trata-se de um mineral essencial para a produção de hemoglobina - proteína que carrega oxigênio nas células vermelhas do sangue para todos os tecidos do corpo, inclusive o couro cabeludo, que ao receber menos oxigênio e nutrientes, pode causar enfraquecimento e a queda dos fios. 

 É fundamental a busca a um médico para que seja avaliada a possibilidade de usar a suplementação em ferro, combinado a alimentação com os mesmos requisitos, feita por um nutricionista. Dentre os alimentos estão: folhas verde-escuras, fígado bovino e atum, por exemplo.  

4-Estresse

 O excesso de estresse e ansiedade podem causar um desequilíbrio hormonal do cortisol, um hormônio relacionado ao estresse, que quando está com os níveis aumentados pode provocar a queda excessiva do cabelo, com aumento do número de fios que caem por dia.  

 Além disso, afetam a digestão e a absorção de nutrientes no corpo, ocasionando o desequilíbrio de vitaminas e nutrientes essenciais para o crescimento e fortalecimento dos fios. 

 É importante identificar a causa do problema, seja por problemas pessoais ou profissionais. Assim, a busca por um psicólogo, combinada à prática de exercícios (o que libera a serotonina), alimentação equilibrada e a busca por momentos de distração.  

 5-Menopausa ou andropausa

 Durante a menopausa, o ovário deixa de produzir estrógeno e, consequentemente, ocorre a interrupção da menstruação. Já na andropausa, há redução na produção de testosterona. Em ambos os casos, há a ocorrência de queda capilar, de modo frequente.  

 Por isso, é importante sempre estar em contato com o ginecologista, no caso das mulheres, ou endocrinologista, no caso dos homens, de modo a buscar o tratamento ideal.  

 6-Hipotireoidismo

 O hipotireoidismo é um desequilíbrio dos hormônios produzidos pela tireoide que estão reduzidos, principalmente T3 e T4, que são necessários para o funcionamento de todas as células do corpo. Com isso, os cabelos podem ficar mais finos, secos e sem brilho, causando a queda. 

 É fundamental o acompanhamento com um endocrinologista, para que haja um tratamento adequado através de medicamentos.  

 7-Alopecia areata

 A alopécia areata é uma condição causada por fatores genéticos ou doenças autoimunes como vitiligo ou lúpus, que fazem com que o cabelo caia de forma rápida e/ou em outras regiões do corpo que possuem pelos, como sobrancelha, barba, pernas e braços. 

 Busque um profissional para identificar a causa da doença e, assim, o tratamento mais adequado que pode ser feito com o uso de medicamentos, técnicas de estética como a carboxiterapia ou laser, ou técnicas cirúrgicas como implante ou transplante capilar.  

 8- Uso de medicamentos

 Alguns medicamentos podem favorecer a queda de cabelo, como antibióticos ou de usos prolongados. Por isso, deve-se fazer um acompanhamento médico, além da consulta a um profissional, para o uso de suplementos que não interfiram na ação dos remédios.  

 Já no caso de tratamento do câncer, alguns tipos de quimioterapia podem provocar a queda do cabelo, que voltam a crescer quando a pessoa termina o tratamento.