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quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Você sabe a diferença entre intolerância e alergia à lactose

 


Sentir-se mal após ingerir algum alimento com lactose, dores e desconfortos abdominais, gases, comichão, erupções cutâneas, náuseas, inchaço e diarreia. Essas são algumas reações do organismo que identificam alguma sensibilidade, intolerância ou até mesmo alergia em relação ao alimento.
É comum muitas pessoas que não conhecem o que diferencia uma condição da outra.

Segundo a médica nutróloga dra. Marianna Magri, a intolerância alimentar mais comum é a lactose. Acontece quando o organismo da pessoa é incapaz de digerir a lactose, um tipo de açúcar presente no leite e nos laticínios. Essa incapacidade digestiva pode ser parcial ou completa e ocorre devido ao organismo produzir pouca ou nenhuma quantidade de enzimas lactase, que é a enzima que digere a lactose e trata-se de uma reação provocada pelo intestino.

A enzima lactase é responsável por digerir esse açúcar, portanto, quanto mais lactose não digerida no processo de digestão, maior o risco de resultar em inchaço no estômago, dor ou distensão abdominal, flatulência, náuseas ou vômitos, inflamação e diarreia."A intolerância não é uma doença grave", diz a médica. "Em contrapartida, se houver desconforto ao ingerir alimentos lácteos, é importante consultar um especialista para avaliar o caso e verificar se há necessidade de restringir a lactose na alimentação, ou inserir suplementos de enzimas lactase para ajudar na digestão".

Já a alergia envolve o sistema imune do organismo, que controla a forma como o corpo se defende. Estudos da Academia Americana de Alergia, Asma e Imunologia (AAAAI) indicam, por exemplo, que se tem alergia ao leite de vaca, o sistema imunológico identifica-o como um invasor ou alérgeno.


 O corpo reage exageradamente, produzindo anticorpos chamados Imunoglobulina E (IgE). Esses anticorpos circulam até as células que libertam substâncias químicas, causando uma reação alérgica. Essa ação pode envolver diversos órgãos, provocando inchaço nos lábios e no rosto, coceira, manchas avermelhadas na pele, tosse, falta de ar e também diarreia. "Em casos mais graves, pode levar a choque anafilático e até a morte. Na maioria das vezes, a alergia pode surgir nos primeiros anos de vida e tende a desaparecer até os 5 anos de idade", destaca Marianna Magri.

O tratamento para a alergia ao leite de vaca é a exclusão desse alimento da dieta. Alguns dos sintomas para identificar a alergia ao ingerir leite de vaca: anafilaxia, urticária aguda, chiado no peito e respiração difícil, rinite, tosse seca, vômitos e edemas na laringe. "Consulte um especialista no assunto para informações e recomendações profissionais. Não existe cura para a intolerância nem para a alergia, porém seguindo as orientações médicas é possível viver bem e ter uma dieta saudável, com variadas opções de alimentos para substituir a ingestão de lactose," finaliza a dra. Marianna Magri.

 

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Dor no estômago pode ser o alerta para diversas doenças


As dores de estômago estão longe de ter somente uma causa. De acordo com o gastroenterologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Eduardo Berger, realizar o diagnóstico correto é essencial para evitar confusão com doenças que tenham sintomas semelhantes.

O conselho do médico está relacionado a um incômodo comum, popularmente conhecido como dor na "boca do estômago", localizada no ponto mais alto da região mediana do abdômen. Berger explica que nestes casos, pode haver um engano quanto ao motivo.

"Inúmeras situações clínicas provocam sintoma doloroso naquele local, o que confunde quem o está sentindo. O incômodo pode estar atrelado a problemas bíleo-pancreáticos, ou seja, no fígado, vesícula e pâncreas. Além disso, pode estar relacionado com problemas cardíacos e outras afecções digestivas, que envolve apendicite, verminose e outras doenças intestinais", ressalta.

Para evitar um diagnóstico incorreto, observar as características da dor é o primeiro passo. Entre os pontos a serem questionados, segundo o médico, estão; a forma como o sintoma surgiu, o tipo, o ritmo, periodicidade e quais fatores o fazem melhorar ou piorar.

Somente após a confirmação de tratar-se de uma doença estomacal, é que os cuidados com alimentação e hábitos de vida serão aconselhados ao paciente. O gastroenterologista afirma que, realmente, na maioria dos casos, o consumo de café e álcool piora o quadro de saúde.

Na lista do que deve ser evitado está também o estresse, que segundo Eduardo Berger, aumenta a secreção gástrica e consequentemente eleva a dor. Mas além desse mal estar, a atenção deve ser ampliada a outros sintomas que podem surgir.


"As lesões gástricas mais sérias comprometem sensivelmente a digestão. Então, uma perda acentuada do apetite, a sensação de plenitude muito precoce e os vômitos volumosos são sinais de alerta", conclui.