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quinta-feira, 20 de abril de 2023

5 mitos sobre pedra nos rins

 


Cálculos renais, popularmente conhecidos como pedras nos rins, são extremamente comuns e podem afetar até um em cada 10 adultos. Esses cálculos podem ser pequenos e passar despercebidos ou grandes o suficiente para causar dor e desconforto intensos, a chamada crise renal.

Justamente por serem tão frequentes e afetarem quase 10% da população, existem muitos mitos sobre este assunto, e é importante estar bem-informado para evitar equívocos e saber como prevenir ou tratar esta condição.

Dra. Tamara Cunha, médica nefrologista pela UNIFESP e especialista em prevenção de cálculos renais esclarece os mitos mais comuns:

 

·         Pedras nos rins são causadas pelo consumo excessivo de cálcio.

Embora a maior parte dos cálculos renais seja formação cálcica (um composto chamado oxalato de cálcio), é um mito que o consumo de cálcio aumenta o risco de formação. "Na verdade, hoje sabemos que o cálcio proveniente da alimentação é um potencial aliado no tratamento dos cálculos de oxalato de cálcio e que estratégias de restrição da ingestão de cálcio podem piorar tanto as formações quanto a saúde dos nossos ossos", explica a médica.

 

·         Beber muita água pode desfazer as pedras nos rins.

A hidratação é um dos pilares básicos no processo de prevenção de cálculos renais. No entanto, beber água em excesso não é benéfico para desfazer ou diluir cálculo renal. É importante beber quantidades suficientes de líquidos para manter a urina diluída e esta quantidade é melhor ajustada de acordo com o peso de cada um. Uma regra simples que ajuda adultos é calcular a ingestão de líquidos necessária por dia multiplicando 30mL para cada kg de peso. Por esta regra, um indivíduo adulto, sem outros problemas de saúde que indiquem limitar a quantidade de líquidos, deve ingerir 2100mL de líquidos ao longo do dia (30x70=2100mL).

 

·         Apenas pessoas com histórico familiar de pedras nos rins precisam se preocupar.

Embora uma predisposição genética possa aumentar o risco de formação de cálculos renais, qualquer pessoa pode desenvolver pedras nos rins. Hoje, sabe-se que a maior parte das pessoas que desenvolve cálculos renais apresenta tanto fatores genéticos quanto ambientais - sendo os principais o sedentarismo e uma dieta desequilibrada.

 

·          Pedras nos rins só causam dor nas costas.

Embora a dor nas costas seja um sintoma comum de pedras nos rins, outras manifestações incluem dor ao urinar, micção frequente ou urgente, náusea e vômito, dor abdominal, sangue na urina e febre. Dependendo do tamanho e localização do cálculo, os sintomas podem variar.

 

·          É seguro tomar chá de quebra pedra durante a crise renal.

Embora muitas pedras nos rins possam ser eliminadas naturalmente através da urina, algumas pedras podem ser grandes demais ou obstruir o trato urinário, sendo urgente a avaliação em ambiente hospitalar. Em alguns casos, pode ser necessário tratamento médico para eliminar os cálculos renais, seja através de medicamentos ou procedimentos urológicos. Dra. Tamara Cunha explica que o consumo de chá de quebra pedra durante a crise não será capaz de dissolver o cálculo impactado e pode fazer com que o indivíduo atrase sua procura por assistência médica na expectativa de que o chá resolverá o problema.

A médica ainda reforça que é importante estar informado sobre os fatores de risco, sintomas e opções de tratamento para prevenir ou tratar o cálculo renal de maneira adequada.

Além disso, é importante que todos saibam que cálculos renais são diferentes entre si e, portanto, os fatores que estão levando à formação de cálculos de uma pessoa podem ser completamente diferentes de outra. "Existem formas eficientes de prevenir este problema, mas somente uma avaliação individualizada pode ser capaz de estabelecer o tratamento específico e mais eficaz em cada situação", finaliza a nefrologista. 



Foto: Freepik

 

sexta-feira, 30 de abril de 2021

O que a cor da urina pode dizer sobre sua saúde?


Você sabia que a cor da sua urina pode dizer muito sobre a saúde de seu corpo? Embora seja um método antigo de avaliação, ainda é muito utilizado para identificar possíveis fatores de risco à saúde. Quando analisadas por um especialista, tais alterações podem apontar informações valiosas a respeito do organismo, como o indícios de doenças que necessitam de investigações mais aprofundadas.

A cor natural da urina varia de amarelo bem claro até um tom mais escuro. Quanto mais hidratada a pessoa estiver, mais clara a urina será. Dr. Cristóvão Barbosa Neto, urologista do Grupo São Cristóvão Saúde, revela quando se deve procurar auxílio médico: "A urina avermelhada está associada a infecções, cálculo renal ou lesões no trato urinário, podendo por exemplo, haver tumores de bexiga e ureter. Além disso, quando ela está enegrecida (urina colúrica), é indício de obstrução das vias biliares". Sendo assim, quando alguma dessas variantes é identificada, uma investigação aprofundada das causas é essencial.

E não para por aí: na consulta a um especialista, é possível descobrir desde desidratação, até a ocorrência de sangramento no sistema urinário. "Já com relação ao odor, o cheiro fétido da urina é sugestivo de infecções do trato urinário, composto por uretra, bexiga, ureter e rins", avalia o urologista.

Em pacientes com cálculos renais, cujas pedras nos rins se formam por uma tendência genética associada a hábitos como alimentação, baixa ingestão de água ou de sódio, é necessário prudência. "Os cuidados dependem da qualificação do problema. Portanto, indivíduos com cálculos de oxalato, por exemplo, deve evitar brócolis, espinafre, agrião, dentre outros alimentos com esse componente em abundância", diz.

Em tempos de pandemia, já foram notados efeitos da Covid-19 interferindo na saúde dos rins. "Alguns pacientes apresentam hematúria (sangramento); outros tem proteinúria, caracterizada pela presença de proteínas na urina, em uma quantidade superior ao normal", ressalta Dr. Cristóvão. "Nesses casos, grande parte dos pacientes apresenta lesão renal aguda (LRA), podendo levar à insuficiência renal e por vezes, é necessário tratamento com hemodiálise", pontua o especialista do São Cristóvão Saúde.

O urologista também reforça que nem sempre uma mudança de cor está relacionada a problemas de saúde, mas caso persista por várias micções seguidas, o ideal é procurar a opinião de um médico especializado. E lembre-se, "substâncias diuréticas, desde remédios, chás, até bebidas alcoólicas, permitem mais perda da água, tornando a urina muito diluída e com uma coloração que tende a ser bem clara, parecida com água", ressalta.

Lembre-se de agendar consulta com este capacitado profissional sempre que apresentar sintomas que envolvam o sistema urinário, como dificuldades para urinar, dor nos rins, dor durante as relações sexuais e em caso de doenças sexualmente transmissíveis. Assim, você estará sempre em dia com a sua saúde!


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Cálculo renal: quando é necessária a cirurgia?


O cálculo renal é uma formação, dentro da via urinária (rins, ureteres, bexiga  e uretra), de um corpo sólido que é conhecido, popularmente, por pedra nos rins. Essas “pedras” podem ser formadas por diversos motivos diferentes: tipo de alimentação, baixo consumo de água, algum medicamento ou, como é na maioria dos casos, predisposição genética. Muitas vezes, a formação do cálculo acontece por causa de uma combinação desses fatores.
Quando esse cálculo está nos rins, geralmente não provoca dor ou sintomas, e, com frequência, é expelido através da urina. Porém, quando o cálculo é muito grande e migra de um órgão para outro, ele pode provocar entupimento de algum canal da via urinária. Segundo o dr. Camillo Loprete, urologista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, esse bloqueio causa acúmulo de urina e, por isso, espasmos. “Esses espasmos são o que chamamos de cólica renal, o motivo para uma das piores dores que se pode sentir, algo próximo à dor do parto”, explica.
Intervenção cirúrgica
O cálculo renal pode ser tratado clinicamente (medicamento, alimentação etc) ou, em casos críticos, por intervenção cirúrgica. “A necessidade da cirurgia de cálculo renal vem quando existe obstrução grave da via urinária e infecção associada à obstrução”, diz Loprete. O urologista explica que a maioria das cirurgias de cálculo renal é feita por meio de uma endoscopia, rígida ou flexível, própria para passar pelo canal do ureter e que utiliza laser para fragmentar a “pedra”.
“Esse é um procedimento pouco invasivo, que utiliza os próprios canais de entrada do corpo e que resolve a maioria dos casos agudos de cálculo renal”, explica o médico, que adverte, porém, que a cirurgia não resolve em definitivo o problema do paciente: “a pessoa que tem cálculo renal tem predisposição para desenvolver esse problema até o resto de sua vida”. Por isso, ele aconselha ao paciente realizar um estudo de lipogênese para determinar a razão da formação do cálculo e que ele tenha um acompanhamento médico periódico.