quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Cálculo renal: quando é necessária a cirurgia?


O cálculo renal é uma formação, dentro da via urinária (rins, ureteres, bexiga  e uretra), de um corpo sólido que é conhecido, popularmente, por pedra nos rins. Essas “pedras” podem ser formadas por diversos motivos diferentes: tipo de alimentação, baixo consumo de água, algum medicamento ou, como é na maioria dos casos, predisposição genética. Muitas vezes, a formação do cálculo acontece por causa de uma combinação desses fatores.
Quando esse cálculo está nos rins, geralmente não provoca dor ou sintomas, e, com frequência, é expelido através da urina. Porém, quando o cálculo é muito grande e migra de um órgão para outro, ele pode provocar entupimento de algum canal da via urinária. Segundo o dr. Camillo Loprete, urologista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, esse bloqueio causa acúmulo de urina e, por isso, espasmos. “Esses espasmos são o que chamamos de cólica renal, o motivo para uma das piores dores que se pode sentir, algo próximo à dor do parto”, explica.
Intervenção cirúrgica
O cálculo renal pode ser tratado clinicamente (medicamento, alimentação etc) ou, em casos críticos, por intervenção cirúrgica. “A necessidade da cirurgia de cálculo renal vem quando existe obstrução grave da via urinária e infecção associada à obstrução”, diz Loprete. O urologista explica que a maioria das cirurgias de cálculo renal é feita por meio de uma endoscopia, rígida ou flexível, própria para passar pelo canal do ureter e que utiliza laser para fragmentar a “pedra”.
“Esse é um procedimento pouco invasivo, que utiliza os próprios canais de entrada do corpo e que resolve a maioria dos casos agudos de cálculo renal”, explica o médico, que adverte, porém, que a cirurgia não resolve em definitivo o problema do paciente: “a pessoa que tem cálculo renal tem predisposição para desenvolver esse problema até o resto de sua vida”. Por isso, ele aconselha ao paciente realizar um estudo de lipogênese para determinar a razão da formação do cálculo e que ele tenha um acompanhamento médico periódico.

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