quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Meditação ajuda na cura de doenças



A meditação vem ganhando uma importância muito grande na vida das pessoas que buscam um alívio para o estresse, para os problemas e para a dor constante da vida. Por isso, os cientistas vêm tentando entender o que essa prática traz de benefícios do ponto de vista científico e neurológico e por que promove tantas mudanças positivas nas vidas dos praticantes.

Estudos mostram que a meditação auxilia em diversos pontos na saúde e na qualidade das relações familiares e profissionais. Não é à toa que o meio corporativo também vem aderindo à prática como tentativa de solução para aumentar a produtividade, o relacionamento entre funcionários, a qualidade de vida, despertar situações mais criativas e melhorar a articulação mental.

Pessoas que praticam meditação há mais tempo e com regularidade são mais alegres, confiantes, tranquilas e estáveis emocionalmente. Ela modifica áreas de ação do cérebro, controlando a atividade na região do córtex pré-frontal, que é responsável pelo pensamento consciente, articulação, criatividade e visão estratégica, fazendo com que as pessoas vivam mais o presente e atuem de forma consciente e criativa.

"O cérebro tem uma grande capacidade, que há algumas décadas ainda não tínhamos conhecimento, chamada neuroplasticidade. Através dela, ele pode se modificar estruturalmente e funcionalmente mediante estímulos, criando novas sinapses e aumentando o número de neurônios. Portanto, a ideia antiga de que os neurônios, uma vez destruídos, não tinham mais jeito, não é verdade ", diz o dr. Fabio Gabas, médico clínico, neurocientista e idealizador da medicina do BEIN (medicina do bem-estar integral).

A meditação ajuda a estimular as áreas ligadas à atenção, criatividade, memória e velocidade de processamento. Sendo assim, esse estímulo reduz a perda de massa encefálica que as pessoas sofrem com o tempo. Por ter um papel importante no equilíbrio do sistema nervoso autônomo, que é controlador de mais de 90% das funções orgânicas, ajuda, também, na redução da pressão arterial, melhora nos níveis de açúcar no sangue, na fadiga, nas dores crônicas e na digestão; evita doenças da pele e cura depressão moderada.

"Não são os fatos que geram estresse, é a forma com a qual os enxergamos. O cérebro no automático, sem estímulo, age de forma primitiva, condicionado à sobrevivência. A meditação transfere a atividade para áreas cerebrais mais nobres que trazem uma visão mais otimista da vida, gerando, consequentemente, todos esses benefícios para os seres humanos", complementa o dr. Fabio.

Outra questão importante, visto como um problema mundial nos dias de hoje, é a falta de atenção. Segundo o cientista cognitivo Herbert Simon, a riqueza de informações é igual a pobreza de atenção. Ou seja, a quantidade de informações e a facilidade de acesso a elas permite com que as pessoas se distraiam facilmente e com que a mente divague, atrapalhando a atenção para a solução dos problemas e a boa performance em tarefas. Estudos da Universidade de Stanford, na Calofórnia, Estados Unidos, mostram que em poucas horas de prática da meditação, já é possível ter um estado de melhor atenção às tarefas que estão sendo realizadas.



quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Deixe as crianças brincarem



Você lembra da sua própria infância? Você brincava de quê? Brincava na rua? Brincava com quem? Quais as suas brincadeiras favoritas? Continuando a série de perguntas: será que nossa cultura atual é menos amigável à natureza infantil? Será que hoje as crianças têm menos chances de brincar? Para tentar responder a tantas pergunta de pais e mães, a Academia Americana de Pediatria divulgou um documento oficial, em agosto, deste ano,  intitulado "O poder da brincadeira: o papel pediátrico do lúdico no desenvolvimento das crianças pequenas".

O documento caracteriza a brincadeira como intrinsecamente motivadora, envolvendo engajamento ativo e resultando em “descobertas alegres” na infância, reúne pesquisas de desenvolvimento e neurológicas extensivas sobre brincadeiras e tenta extrair algumas das descobertas específicas de desenvolvimento dos jogos repetitivos que fornecem “a alegria de poder prever o que vai acontecer”, além do controle dos impulsos. O documento recomenda fortemente que os pediatras encorajem o aprendizado lúdico de pais e bebês.  A "prescrição para brincar" deve ser feita, em todas as consultas de crianças saudáveis, ​​nos dois primeiros anos de vida.

“O documento é uma verdadeira declaração de valores porque muitos dos especialistas que estudam a importância do brincar sentem-se sitiados, mesmo quando novas pesquisas enfatizam sua importância no desenvolvimento infantil. Brincar está sendo visto como algo irrelevante e antiquado, hoje”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Vivemos em um clima onde os pais sentem que precisam programar cada minuto do tempo de seus filhos. Cerca de 30% dos jardins de infância, nos EUA, não têm mais recesso escolar.  Existe um velho ditado que diz que brincar é trabalho de crianças. E é mesmo! “Brincar é  um dos jeitos que elas aprendem e o modo como elas se desenvolvem. É importante entender como todos nós, pediatras, e especialmente os pais, podemos encorajar a brincadeira”, observa Chencinski.

De acordo com a declaração americana, as crianças desenvolvem as habilidades necessárias para viver no século XXI por meio das brincadeiras. São habilidades sociais e emocionais, que os ajudam a colaborar e inovar, que são cruciais para o mundo do trabalho na nova economia global.

Trabalho de pediatra, sim!

Uma meta fundamental na atenção primária pediátrica é fortalecer o relacionamento entre pais e filhos. E o brincar também é importante nessa área. Mesmo uma criança muito pequena se beneficia da prática. Quando uma criança de 3 meses sorri e um dos pais sorri de volta, esse tipo de atividades não é trivial. Esse ato é realmente importante para o desenvolvimento da linguagem e das habilidades emocionais infantis, como a capacidade de se revezar.

Relações estáveis ​​com os pais e outros cuidadores que são construídas por meio dessas interações também são importantes para ajudar as crianças a lidarem com o estresse e o trauma e evitar o que os pediatras americanos chamam, no documento, de “estresse tóxico”.

O documento entra em detalhes de pesquisas recentes que mostram que a brincadeira pode afetar o cérebro em desenvolvimento, tanto em sua estrutura básica, quanto em sua função, com mudanças que podem ser encontradas, tanto no nível molecular e celular, bem como no nível de comportamento e de função executiva.

“Há um verdadeiro papel pediátrico em apontar a real importância de brincar em muitos níveis. Os pais perguntam aos pediatras: o que eu faço com o meu filho? Quantas atividades ele deve fazer? Estou muito empolgado com o fato de endossar a ideia de receitar a brincadeira”, diz o médico.

O documento não trata de brincadeiras elaboradas. Ele aborda o brincar com utensílios domésticos comuns que as crianças podem descobrir e explorar, como colocar colheres e recipientes de plástico no chão e bater, para ver o que a criança faz com eles. 

O objetivo não é fazer com que os pais se sintam culpados ou torná-los especialistas em brincadeiras, mas sim orientá-los, durante as consultas, para que eles possam contribuir ludicamente com o desenvolvimento da criança – o que é um imperativo básico da atenção primária em Pediatria.

E há maneiras de trabalhar esse conceito durante a consulta médica: soprar bolhas de sabão para ajudar crianças com medo a se sentirem mais à vontade ou usar fantoches para demonstrar o que vai acontecer em um exame, por exemplo. Pode ajudar levar a família para a sala de espera e ver o que a criança faz com os brinquedos por lá.

“A declaração defende um currículo equilibrado no jardim de infância que não ignore o aprendizado divertido e não considere o tempo gasto em brincadeiras, recreios e férias, como tempo perdido. A aprendizagem lúdica significa apoiar a motivação intrínseca das crianças pequenas para aprender e descobrir, em vez de impor motivações extrínsecas, como as pontuações dos testes”, diz o médico.

O que os pais precisam fazer?

Dar aos pais um reforço positivo para o que eles já estão fazendo é o que mais ajuda, não os criticando pelo que eles não estão fazendo. “Passei muito tempo pensando em como poderíamos incentivar os pais a lerem para os filhos como parte da consulta de atenção primária. Escrevi sobre a importância dessa prescrição. Mas podemos, com sucesso, ‘prescrever a leitura e a brincadeira’, essenciais para uma infância saudável, quando os pais são tão ocupados?. Sim!”, defende o pediatra.

Há temas subjacentes cruciais que conectam todas essas ideias: a importância de interagir com as crianças, respondendo às suas sugestões e perguntas, o valor do “antiquado cara-a-cara” com os pais e com os cuidadores e a importância de ajudar as crianças a encontrarem uma variedade de experiências, que não são todas sobre telas, em um mundo que é cada vez mais virtual para pais e filhos.

“Uma ‘receita para brincar’ que eu poderia prescrever aos pais, no final de uma consulta, é apenas dizer: confie em seu senso comum. Como você pode compartilhar um pouco de alegria com seu filho enquanto ele está explorando o mundo? O objetivo não é realmente validar o que eu acho,  mas liberar os pais que estão se sentindo pressionados por uma cultura que diz não à brincadeira, uma cultura que diz  que as crianças precisam ter videogames especiais, um iPad, ou ainda, precisam ter cada minuto de tempo estruturado para ‘vencer na vida’”, explica o pediatra Moises Chencinski.

“O brincar é a parte mais importante da infância. É como as crianças se desenvolvem emocionalmente e cognitivamente. É como aprendem a falar! A declaração americana vem para ajudar os pediatras e os pais a entenderem a importância desse ato”, acredita o médico.


terça-feira, 9 de outubro de 2018

Prevenção de doenças como a osteoporose é a chave para o envelhecimento saudável


Cerca de 200 milhões de mulheres sofrem com a doença no mundo, de acordo com
International Osteoporosis Foundation (IOF) e no Brasil, são 10 milhões de pessoas atingidas por esse problema (dados ABRASSO 2017). Levando em conta que o país tinha 28 milhões de idosos em 2016, ou 13,5% do total da população, e que em dez anos, chegará a 38,5 milhões, 17,4% do total de habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), focar no esclarecimento público sobre a osteoporose é urgente e essencial.

A causa da doença é a diminuição da absorção de minerais e de cálcio, que provoca a fragilização dos ossos e aumenta o risco de fraturas. Nos homens, a partir dos 65 anos, o envelhecimento se acentua e eles podem ficar mais propensos à doença. Nas mulheres, depois dos 50 anos é um período crítico, pois além do envelhecimento, esta fase está associada à pós-menopausa, quando naturalmente a mulher já tem perda de osso. Numa dieta pobre em cálcio, esse desfalque é mais acentuado, portanto, a osteoporose chega com mais velocidade. Ocorre também que muitos casos de osteoporose são genéticos, decorrem de uma herança familiar de baixa massa óssea e isto é um fator não modificável.

“A osteoporose, muitas vezes, só fica evidente quando acontece a fratura, de forma espontânea ou causada por um impacto. Quando há dor, é devido ao local lesionado ou ao desgaste ósseo. Como a osteoporose é uma doença assintomática, até o momento da fratura, é necessário que o paciente faça alguns exames para detectá-la. O exame mais importante é a densitometria óssea, que mede a densidade do osso, o quanto tem de cálcio naquele osso. Quando esta densidade está muito baixa, caracteriza-se a osteoporose, e há o maior risco de fratura. Para a mulher, na menopausa (que é a última menstruação) é a hora de se fazer o exame. No homem, como a doença acontece mais tardiamente, a densitometria é indicada a partir dos 70 anos de idade”, alerta a médica endocrinologista dra. Marise Lazaretti Castro, presidente da ABRASSO.

A entidade recomenda o consumo diário de cálcio em 1.200mg, para a faixa etária dos 51 aos 70 anos e também acima dos 70 anos. Já a vitamina D suficiente no organismo é mais uma forma de prevenir a osteoporose. “A vitamina D vem do sol, então, a gente tem de tomar sol, de dez a quinze minutos ao dia, para ter um aporte razoável de Vitamina D, importante para absorver o cálcio no organismo”, ressalta a dra Marise.

Em relação aos níveis de cálcio, a ABRASSO está à frente da Campanha Quanto Cálcio, onde disponibiliza uma tabela nutricional online, para todas as faixas etárias, para facilitar o cálculo de ingestão de cálcio, de acordo com o consumo diário e individual dos alimentos que contém esse mineral. Tem cerca de 210 produtos, entre leites, iogurtes, leite fermentado, queijos e outros (como sucos, requeijão, achocolatados e demais). O acesso é em http://abrasso.org.br/abrasso-lanca-a-campanha-quanto-calcio

Segundo a Dra. Marise, o leite e derivados são as principais fontes de cálcio para o organismo. O cálcio é o principal nutriente do esqueleto, e sua ingestão inadequada pode contribuir para redução da massa óssea. Além disso, o leite tem outras vitaminas (complexo B, vitamina C, A) e minerais (fósforo, potássio, magnésio) essenciais à saúde.

A alimentação adequada, os medicamentos, os suplementos e a atividade física são importantes fatores para o tratamento e a melhoria do quadro de osteoporose. “Quando a pessoa não pode consumir laticínios durante a primeira infância e adolescência, especialmente, têm que ter suplementação, a complementação com cálcio medicamentoso, porque senão a criança vai ter consequências sérias em relação ao esqueleto que está se formando. Para os idosos, a combinação dos fatores de tratamento pode aumentar a qualidade e expectativa de vida e diminuir o sofrimento”, conclui a dra Marise.

A ABRASSO tem um intenso trabalho de conscientização sobre osteoporose. Conheça mais visitando www.abrasso.org.br


domingo, 7 de outubro de 2018

Dicas para prevenção do câncer de mama


O Instituto Nacional do Câncer (Inca) informa que, entre todas os cânceres, o que mais atinge as mulheres é o de mama, devido a fatores hormonais. Quando detectado precocemente, pode ter boas chances de cura. Veja abaixo pequenas ações importantes para a prevenção, de acordo com João Bosco Ramos Borges, mastologista, ginecologista e obstetra da SOGESP.
  1. Tenha uma dieta equilibrada: consumir frutas, verduras e legumes regularmente ajudam a manter a saúde em dia.
  2. Diminua o consumo de alimentos embutidos.
  3. Pratique atividade física: além de manter o corpo saudável, traz bem-estar e disposição.
  4. Evite beber álcool, mesmo em quantidade moderada.
  5. Não fume. Além prejudicar os pulmões, cigarro aumenta o risco de câncer de mama.
  6. Cuidado com o peso: a obesidade também aumenta o risco de desenvolver a doença.
  7. Mulheres acima de 40 anos devem realizar a mamografia anualmente e ser examinada por um médico ginecologista ou mastologista.
  8. Dependendo do caso, reposição hormonal pode aumentar o risco de câncer de mama, portanto mulheres na menopausa devem consultar um médico para obter informações.
  9. Realizar o autoexame é sempre importante, mostrando autocuidado, autoconhecimento e pode até ajudar na descoberta de nódulos.
  10. A exposição ao sol ajuda na produção de vitamina D e reduz os riscos de câncer. Mas cuidado, não fique exposta entre 10h e 16h.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Rinoplastia pode ter fins estéticos e funcionais



Depois da lipoaspiração e do aumento das mamas, um dos procedimentos que têm mais procura nos consultórios de cirurgiões plásticos no Brasil é a rinoplastia, cirurgia plástica para redesenhar e modelar o formato do nariz.

Mas, antes de falar sobre a rinoplastia, que tal conhecer algumas curiosidades sobre o nariz?

Um estudo publicado na revista científica Plos Genetics,em 2017, revelou que o clima foi o responsável pelos diferentes formatos de nariz que conhecemos hoje. A pesquisa apontou que os moradores de lugares mais frios, como os Europeus, por exemplo, tinham o nariz mais estreito para aquecer e umedecer o ar antes dele chegar aos pulmões.

Essa característica era fundamental para prevenir as doenças respiratórias.
A mesma pesquisa apontou que os narizes mais largos eram mais comuns em populações de regiões mais quentes e úmidas, como a África, por exemplo. Portanto, o formato do seu nariz tem grande influência dos seus antepassados e da evolução da humanidade.

Todavia, à parte da evolução humana e da origem dos seus antepassados, o fato é que por estar localizado no centro da face, o nariz tem grande importância para a harmonia facial. E é por isso que a rinoplastia é um dos procedimentos com maior procura quando se fala em cirurgia plástica estética.

Além disso, em muitos casos, a rinoplastia é feita também para corrigir problemas respiratórios causados pelo desvio de septo nasal e por hipertrofia (aumento anormal) nos cornetos nasais.

Tamanho é a principal queixa
Segundo o cirurgião plástico. Luiz Molina, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a rinoplastia pode equilibrar a aparência do nariz quando este é muito grande, muito largo na ponta, com depressões visíveis, caído, muito virado para cima ou ainda quando apresenta uma assimetria muito grande (diferença entre um lado e outro).

“A cirurgia tem como principal objetivo criar uma harmonia facial e corrigir as proporções e possíveis deformidades do nariz. Atualmente, graças aos avanços das técnicas cirúrgicas e do conhecimento mais apurado sobre a harmonia facial, a rinoplastia é feita para adequar o nariz de acordo com as características faciais individuais. Isso contribui para que o resultado seja o mais natural possível. Essa abordagem mais cuidadosa, portanto, procura o equilíbrio e harmonia na aparência”, comenta o dr. Molina.

Rinoplastia e desvio de septo
O desvio de septo é uma condição que leva muitas pessoas a procurarem a rinoplastia. Nestes casos, a cirurgia é estética e funcional. “Traumas na infância ou em qualquer fase da vida podem levar ao desvio do septo nasal, cartilagem que separa as cavidades nasais. O que nem todo mundo sabe é o septo não é reto na maior parte da população, sem causar nenhum problema. Porém, quando este desvio é muito acentuado, pode levar à dificuldade para respirar”, explica o especialista.

Segundo o cirurgião, o desvio acentuado, além de dificultar a respiração, pode levar a quadros crônicos de sinusites, sangramentos e acúmulo de secreções. “Do ponto de vista estético, dependendo do desvio, pode também levar a deformidades no nariz. Por isso, nestes casos, a cirurgia é feita para melhorar o funcionamento e a aparência do nariz. Esta cirurgia é chamada de septoplastia”, ressalta

Há ainda uma outra deformidade que pode atrapalhar a respiração, que ocorre nos cornetos nasais, ossos que se localizam no interior do nariz e são recobertos por tecido esponjoso e pela mucosa nasal. “Algumas pessoas apresentam hipertrofia dos cornetos, que pode levar à obstrução total ou parcial das vias respiratórias. Portanto, nestes pacientes, é feita a turbinectomia para corrigir o tamanho dos cornetos”, diz o médico.

Quando fazer?
A rinoplastia pode ser feita em qualquer fase da vida, porém em adolescentes é indicado esperar até que se complete o desenvolvimento ósseo e cartilaginoso, que ocorre por volta dos 14 anos de idade. Mas, se há problemas funcionais, pode ser necessário antecipar a cirurgia.

Como é a recuperação?
Os eventos esperados após a rinoplastia estão relacionados ao edema (inchaço) e hematomas. O lado bom é que é uma região menos sensível à dor. O desconforto é mínimo, porém a melhora do inchaço é mais demorada. Além disso, o resultado só pode ser visto depois de alguns meses, quando o edema e os hematomas desaparecem.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Estrabismo pode ser operado em adultos?



Essa é uma pergunta muito frequente nos consultórios dos oftalmologistas especialistas em estrabismo. E a resposta é sim! O estrabismo também pode ser corrigido por meio de cirurgia em adultos e a boa notícia é que o procedimento em adultos não é meramente estético.

Segundo um estudo, a cirurgia para corrigir o estrabismo em adultos alcança um alinhamento dos olhos satisfatório em 80% dos casos. Outra revelação da pesquisa é que a maioria dos adultos que passa pela correção do desvio dos olhos, experimenta melhora na função binocular, responsável por ver os objetos em 3D pela visão de profundidade, por exemplo.

De acordo com dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra, especialista em Estrabismo e Chefe do Serviço do Neuroftalmologia do Banco de Olhos de Sorocaba, estudos mais recentes mostram que além dos benefícios psicossociais da cirurgia de estrabismo em adultos, há também melhora na expansão do campo visual binocular ou ainda a recuperação da visão binocular (estereopsia).

“A visão binocular é aquela responsável pela sensação espacial das imagens e pela profundidade. É a visão que usamos para ver em 3D. Ela se forma a partir da captação da imagem de forma individual pelos olhos, que depois é fundida em uma só pelo cérebro. O estrabismo, quando não tratado, pode resultar na perda dessa capacidade”, explica a especialista.

“Por isso, a recomendação é fazer a cirurgia ainda na infância, período de maturação do sistema visual. Entretanto, os estudos ao longo dos anos mostraram que mesmo quando a correção do estrabismo é feita na vida adulta, resulta em melhora no campo visual binocular e, em alguns casos, ocorre a recuperação da binocularidade, conhecida pelo termo médico estereopsia”, comenta a dra. Marcela.

Impactos da perda da visão binocular
A perda da visão binocular pode ser um impedimento para exercer algumas profissões. Uma pessoa com estrabismo não corrigido não poderá exercer funções, como pilotar um avião, um trem ou ainda ser um médico cirurgião. Ler livros em 3D ou ver um filme em 3D também não será possível, por exemplo.

Visão dupla e estrabismo
Uma outra condição que também apresenta melhora com a cirurgia de estrabismo é a diplopia, mais conhecida como visão dupla. “O que ocorre é que quando o estrabismo se desenvolve depois da maturidade visual, a pessoa irá apresentar visão dupla, porque não tem mais a capacidade de suprimir uma das imagens captadas pelos olhos. Na infância, como a visão está em desenvolvimento, o cérebro inibe a imagem do olho saudável, levando à ambliopia, conhecida como olho preguiçoso”, diz a médica.

Estrabismo: quando operar?
De acordo com dra. Marcela, a indicação da cirurgia é feita de forma individualizada e não são todos os tipos de estrabismo que podem ser corrigidos por meio da cirurgia. “O estrabismo causado pela hipermetropia, por exemplo, não tem indicação cirúrgica. Mas, nos estrabismos com indicação, teremos casos em que será preciso operar precocemente, ainda no primeiro ano de vida. Quanto antes for feita a cirurgia, menor o risco de ocorrer danos no desenvolvimento visual”.

Já em adultos, o estrabismo pode ser corrigido a qualquer momento, desde que não haja contraindicações nos exames pré-operatórios ou outras condições de saúde que impeçam a cirurgia.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Vamos falar de Alzheimer




Doença considerada muito comum no Brasil, o Mal de Alzheimer afeta 1,2 milhões de brasileiros, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). O problema é neurodegenerativo, o que significa uma diminuição gradativa de células e conexões nervosas. O principal sintoma do paciente é a perda de memória. Portanto, quanto antes a doença for percebida, menos danos serão causados. E este é um assunto sério, que vem bem a calhar no dia de hoje, 1º de outubro, Dia Internacional do Idoso.

Alguns sinais de que a pessoa está com a doença são mais precoces e, se reconhecidos, valem uma avaliação médica especializada. O neurologista do Hospital Santa Catarina, Maurício Hoshino, reuniu sete sinais típicos que podem indicar que a pessoa pode ser um portador de Alzheimer.

Repetições de falas e ações: devido aos problemas de memória, pessoas com Alzheimer tendem a repetir as mesmas frases e ações, já que a doença costuma afetar principalmente a memória recente.

Problemas para realizar tarefas simples: uma simples tarefa como fazer café pode se tornar um problema para o portador de Alzheimer. Até mesmo a utilização dos utensílios corretos na cozinha passa a ser um obstáculo. Passa a ter dificuldade em manipulação do dinheiro, senhas e para elaborar as compras do supermercado ou padaria.

Esquecimento frequente de palavras: em um estágio um pouco mais avançado, o portador de Alzheimer passa a esquecer palavras básicas. A degeneração constante das células no cérebro leva a essa condição.

Mudança repentina de humor: é comum uma pessoa que tenha o Mal de Alzheimer ficar facilmente irritada e chateada, com falta de confiança e sentindo-se frustrada.

Não saber onde está ou o que está fazendo em determinada situação: é recorrente que o portador da doença neurodegenerativa perca a noção de onde está, esquecendo-se totalmente de seu propósito na situação e no local presente. É costume encontrar uma explicação para suas falhas, embora não justifique a frequência com que ocorrem.

Falta de higiene pessoal: algumas mudanças no comportamento são típicas do portador de Alzheimer, por exemplo esquecer-se de tomar banho ou de fazer seus procedimentos básicos de higiene (e frequentemente argumenta que já o fez). Colocar as mesmas roupas também é habitual, assim como a falta de preocupação com a própria imagem.

Mudança de linguagem e dificuldade na fala: a pessoa com Alzheimer tende a utilizar uma linguagem mais simplificada, utilizando cada vez menos palavras e apresenta nítida dificuldade de construir frases coesas. O vocabulário fica mais simplificado.