quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Menopausa x insônia



Mais de metade das mulheres acima de 40 anos tem insônia ou má qualidade de sono. Dentre mais de 6 mil mulheres estudadas em artigo publicado na revista internacional ‘Maturitas’ (acesse em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22717489), 56,6% têm insônia, má qualidade de sono ou ambos.

As que já passaram pela menopausa têm uma prevalência ainda maior de insônia e de sono não reparador. A principal queixa é acordar no meio da noite, o que caracteriza a insônia tardia (ou seja, o começo da noite vai bem, mas a partir das 3h da manhã fica acordada).

Não bastasse a menopausa causar insônia, a insônia também é capaz de acentuar a severidade dos sintomas da menopausa e piorar muito a qualidade de vida.
Se você sofre de insônia ou se sua qualidade de sono é pior desde a menopausa, o ajuste de fatores na casa, como o controle da iluminação e de ruídos (desligar o celular!) é o primeiro passo. Também é importante manter uma alimentação saudável e evitar alimentos estimulantes perto da hora de dormir, como refrigerantes de cola, café, chá preto ou mate, shoyo, ajinomoto etc.

Existem algumas terapias não-medicamentosas adjuvantes, como a prática da ioga (por 4 meses ou mais), receber massagem e até o uso do extrato de valeriana. Entretanto, se você já tentou e nada disso melhorou o seu sono, o uso de medicamentos é indicado. Procure seu médico!

Por Renata Bonaccorso Lamego é especialista em Ginecologia e Obstetrícia, em Medicina Fetal, e em Patologia do Trato Genital Inferior. Contato: bonamego@gmail.com

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Dança do ventre e qualidade de vida



Que a prática de dança faz beneficia o corpo e a mente, todos nós já sabemos, não é? Relaxa, melhora a auto estima, alivia o stress, entre várias outras coisas, além de trabalhar o corpo inteiro, por ser atividade aeróbica, fortalecendo músculos, aumentando flexibilidade, agilidade, coordenação, e muito mais. Porém, cada estilo de dança foca uma ou outra parte do corpo, tem suas bases rítmicas e históricas que influenciam na prática e aprendizado. Uma das modalidades bem peculiar, que desde sempre encanta mulheres pelo mundo todo, é a dança do ventre.

A dança do ventre é uma arte milenar, a qual o seu surgimento ocorreu no Antigo Egito. Acredita-se (há divergências sobre o seu exato surgimento) que em cultos as mulheres dançavam em homenagem à Deusa da fertilidade, com movimentos ondulatórios e batidas de quadril, agradecendo a vida e preparando para o parto. Como era uma espécie de ritual, a dança era aprendida informalmente, e executada de acordo com os sentimentos e emoções da mulher.

Nos dias de hoje, após a disseminação e desenvolvimento dessa dança pelo mundo inteiro, podemos aprender essa modalidade em escolas e estúdios de dança, seja para ter um momento de lazer, seja para desenvolver uma prática de atividade física constante, ou mesmo para se aperfeiçoar e fazer apresentações. Tudo, claro, sem perder a magia que a dança do ventre promove.

O que muitas mulheres praticantes dessa arte milenar não sabem, é seu poder terapêutico. Através dessa atividade, desenvolvemos uma maior consciência corporal, pois aprendemos a dissociar partes do corpo ao executarmos os passos, como os movimentos de quadril, de tronco e ombros; a mulher aflora sua feminilidade, devido aos movimentos que exaltam o corpo da mulher com muita delicadeza; serve como uma válvula de escape para o estresse, depressão e ansiedade, já que exige muita concentração para executar as movimentações; emagrece, portanto “não dá barriguinha”, pois além de queimar muitas calorias (por volta de 400 calorias por hora), trabalhamos diretamente os músculos abdominais, fortalecendo e definindo-o, além dos músculos das pernas, glúteos, braços, enfim, do corpo inteiro. 

Por esses e vários outros motivos que as mulheres lotam as salas de aula nas academias. Vale ressaltar, que esses objetivos serão alcançados se a professora tem um vasto conhecimento e experiência na modalidade, sabendo esclarecer dúvidas e passar explicações adequadas para cada aluna.

Ou seja, a dança do ventre é uma excelente atividade para a mulher, pois além de fazer ela se sentir bem consigo mesma, que influencia diretamente nas suas atividades diárias, também serve para trabalhar a parte física, aumentando, assim, a sua qualidade de vida.

Por Camila Iara, professora de dança do ventre

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Medicamento para fibrose cística é aprovado pela ANVISA



A Vertex Pharmaceuticak Inc anunciou hoje que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o ORKAMBI® (lumacaftor/ivacaftor), o primeiro medicamento para tratar a causa subjacente da fibrose cística (FC) em pessoas com seis anos ou mais e com duas cópias da mutação ∆F508 no gene regulador da condutância transmembrana da fibrose cística (CFTR).

A FC é uma doença genética rara causada pela ausência ou defeito da proteína CFTR como resultado de uma mutação do gene CFTR. No Brasil, há mais de 750 pessoas com FC que têm duas cópias da mutação ∆F508. A Vertex aguarda neste momento a conclusão do processo de registro de preço na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

O ORKAMBI é o primeiro medicamento sintético aprovado sob a nova resolução da Anvisa para doenças raras e representa um passo importante no sentido de colocar este medicamento à disposição para as pessoas com fibrose cística que possam se beneficiar com ele”, conta Fernando Afonso, gerente geral da Vertex no Brasil. “A fibrose cística é uma doença progressiva e devastadora. Agora vamos trabalhar com as autoridades competentes para colocar este medicamento à disposição.”

A aprovação da ANVISA foi baseada em dados previamente anunciados da Fase 3 dos estudos do ORKAMBI com pessoas com fibrose cística e duas cópias da mutação ∆F508 em diferentes grupos etários. Mais de 1.100 pessoas com 12 anos ou mais foram cadastradas nos dois estudos de 24 semanas da Fase 3 global. Os pacientes tratados com ORKAMBI tiveram melhoras significativas nas funções pulmonares. Os pacientes também experimentaram melhoras no índice de massa corpórea (IMC), reduções nas exacerbações pulmonares (infecções pulmonares agudas) e nas hospitalizações e uso de antibiótico intravenoso relacionados. Em crianças com FC com idades entre 6 e 11 anos que têm duas cópias da mutação ∆F508, os dados demonstraram melhoras estatisticamente significativas nas funções pulmonares (a partir de avaliação da mudança absoluta no índice de clareamento pulmonar, ou LCI) entre crianças tratadas com ORKAMBI comparadas com as tratadas com placebo.

A combinação de lumacaftor e ivacaftor foi em geral bem tolerada e o perfil de segurança foi consistente em crianças de 6 a 11 anos e pacientes com 12 anos ou mais. Para os pacientes com 12 anos ou mais, os eventos adversos mais comuns foram falta de ar e/ou aperto no peito e sintomas comuns gastrointestinais (inclusive náusea, diarreia ou gases) ou de resfriado. Para crianças de 6 a 11 anos, os eventos adversos mais comuns foram exacerbação pulmonar infecciosa, tosse produtiva, congestão nasal, dor orofaríngea, dor abdominal superior, dor de cabeça, infecção no trato respiratório superior e aumento de expectoração.

Sobre a fibrose cística
A fibrose cística (FC) é uma doença genética rara e potencialmente fatal, que atinge aproximadamente 4.600 pessoas no Brasil.
A FC é causada pela ausência ou defeito da proteína reguladora da condutância transmembrana da fibrose cística (CFTR) como resultado de mutações do gene CFTR. As crianças precisam herdar dois genes defeituosos – um de cada genitor – para ter FC. Existem aproximadamente 2 mil mutações conhecidas no gene CFTR. Algumas dessas mutações, que podem ser identificadas por um teste genético ou teste de genotipagem, causam FC por gerar proteínas inativas ou muito escassas na superfície da célula. 

A função defeituosa ou a ausência de proteína CFTR tem como consequência a má circulação de sal e água para dentro e para fora da célula em diversos órgãos. Nos pulmões, isso leva ao acúmulo de um muco anormalmente grosso e pegajoso que pode causar infecções crônicas dos pulmões e danos progressivos aos pulmões em muitos pacientes, podendo levar à morte. A idade média de sobrevida no Brasil é estimada em 43,8 anos de idade







segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Quem deve ser vacinado contra o sarampo?



Quem o Ministério da Saúde acredita que está adequadamente protegido contra o sarampo? Segundo as normas recentemente publicadas pelo Ministério da Saúde, entende-se que o indivíduo está adequadamente protegido se tiver entre 12 meses e 29 anos de idade e tiver recebido duas doses da vacina do sarampo. Essas pessoas devem ter recebido, pelo menos, duas doses da vacina de sarampo com pelo menos um mês de intervalo entre elas.

Em relação aos indivíduos de 30 a 49 anos, o Ministério da Saúde entende que estão adequadamente protegidos, se pelo menos tiverem recebido uma dose da vacina contra sarampo.

Já os indivíduos acima de 50 anos nasceram em uma época que a vacina não era realizada e a grande maioria - ou quase a totalidade - já teve sarampo.

Uma recomendação importante: se você não sabe se tomou a vacina ou se teve sarampo, procure um Posto de Saúde e vacine-se contra o sarampo. É a forma mais eficaz de se prevenir contra a doença.

Por Marco Aurélio Palazzi Sáfadi, diretor do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Contato: masafadi@uol.com.br


domingo, 5 de agosto de 2018

Guia completo de hidratação da pele



Hidratação da pele, um tema recorrente nos consultórios dermatológicos principalmente nas temporadas mais frias. Mas será que somente no frio devemos proteger e hidratar nossa pele? O que devemos usar? “Para que um hidratante funcione bem no seu corpo, o primeiro passo é saber qual é o seu tipo de pele”, afirma a dermatologista Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology (AAD). A médica explica, abaixo, tim-tim por tim-tim, tudo que você precisa saber sobre hidratação da pele.

MECANISMOS 

Segundo a médica, durante a escolha do seu hidratante, também é importante conhecer os diferentes mecanismos que esses hidratantes podem ter:

Hidratação por oclusão: “Nesse processo, os ativos presentes no cosmético são capazes de promover uma redução da evaporação da água no estrato córneo, uma camada mais externa da pele, composta por células achatadas e mortas, que funcionam como uma barreira protetora”, explica. Além disso, essa hidratação é capaz de manter a umidade das camadas mais profundas, graças à presença de óleos, e também possui a capacidade de retardar a evaporação da água. “Assim a desidratação da pele é impedida, pois retarda ainda mais o processo de evaporação da água. Os produtos que utilizam tal mecanismo formam uma barreira protetora, à base de lipídios, pois, assim como água e óleo não se misturam, lipídio e água também não. Então, dessa forma, a água fica instalada entre a pele e a camada lipídica, não conseguindo evaporar. Portanto, os cosméticos com emulsões cremosas e com óleos vegetais na composição promovem uma hidratação por oclusão. Esse método é indicado para pessoas com a pele seca”, afirma a médica.

Hidratação por umectação: Na hidratação por umectação, as substâncias do produto retêm a umidade do ar e assim podem utilizá-la para a hidratação da pele, promovendo então a emulsão natural da pele. “Já nesses cosméticos, as substâncias mais encontradas são os gliceróis e o D-pantenol. Além desses, o colágeno também é um ingrediente bem recorrente na composição de tais produtos. Ele é muito importante, pois em sua cadeia há muitos radicais de prolina e hidroxiprolina, que por formarem uma estrutura macromolecular, não são absorvidos pela pele, ou seja, ela continua hidratando o tecido epitelial”, explica. Além disso, esse processo pode ocorrer de dois modos, atuando em níveis diferentes, na superfície da pele ou por meio de mecanismos intracelulares. “Esse processo é indicado para pessoas com peles oleosas.”

Hidratação ativa: As emulsões misturam os dois mecanismos anteriores. Esse processo possui uma fase lipídica, responsável por promover a oclusão, e uma fase aquosa com ingredientes higroscópicos, capazes de proporcionar a hidratação. Na composição desses cosméticos, são encontrados aminoácidos, ureia e ácido hialurônico, que são considerados hidratantes biológicos. As peles que mais se beneficiam desse tipo de ação são as normais e secas.

PRINCIPAIS ATIVOS

De acordo com a médica, as principais substâncias hidratantes encontradas em cosméticos são: Ceramida; Esqualeno; Olesterol; PCA; ADN; NMF; Lactato de Amônia; Ureia; Alfa-hidroxiácido (ácido glicólico e ácido láctico); Oligoelementos; Fosfolipídeos; e Ácido hialurônico.

APLICAÇÃO 

Na hora de aplicar o hidratante, ele deve ser espalhado com movimentos circulares, firmes e constantes, mas sem força exagerada, diz a médica. “Também é importante que a aplicação do hidratante seja feita quando a pele já estiver seca, assim ela irá absorver muito melhor o produto. Além disso, é fundamental massagear a pele até que o hidratante seja totalmente absorvido. O ideal é que o seu corpo receba o hidratante logo após o término do banho, para que a sua pele fique balanceada, pois o banho muito quente pode ressecar a cútis”, afirma.  “Outra alternativa é hidratar a pele durante o banho, com cremes ou óleos. A absorção pode ser ainda maior, pois o sabonete retira os lipídios cutâneos, abrindo ainda mais canais para a penetração do hidratante”, explica a dra. Valéria. Já a hidratação do rosto deve ocorrer durante a noite, também após o banho. E, caso a pele seja muito seca, ele também deve ser aplicado de manhã, antes do protetor solar.

OUTRAS FORMAS DE HIDRATAÇÃO DA PELE  

A maioria dos nutricosméticos possui em sua fórmula componentes como vitamina E, colágeno marinho, licopeno e betacaroteno, que podem ajudar tanto na hidratação como no fortalecimento da barreira da pele. “Além disso, a hidratação interna com ingestão de agua adequada e alimentação natural e saudável hidrata de dentro para fora”, afirma.

COMO ESCOLHER O PRODUTO IDEAL 

Dependendo do tipo de pele, alguns produtos são recomendados e outros completamente contraindicados. A médica sugere:

Para as peles mistas e oleosas: o melhor é optar por veículos mais leves, como gel-creme ou serum. “O gel é um material viscoso, transparente ou não e geralmente composto basicamente por água; ele promove sensação de pele limpa e não obstrui os poros”, afirma. “O gel-creme é um material viscoso, composto por uma mistura entre um creme e um gel; possui uma proporção equilibrada de modo a não deixar a pele oleosa.” Já o sérum, é um produto quase líquido, leve e suave, que possui rápida absorção e penetra de forma imperceptível na cútis.

Para peles secas: nesse caso, as consistências cremosas são mais indicadas, com creme, bálsamos e óleos. “O creme é denso, hidratante e resistente. É rico em óleos que auxiliam a hidratar intensamente a pele”, diz. “Já o bálsamo é cremoso, mas não deixa a pele pegajosa, além de acalmar e nutrir”, afirma. E, por fim, o óleo hidrata e nutre o corpo, auxiliando no desequilíbrio provocado por agentes externos.

Produtos para todos os tipos de pele: existem, ainda, produtos que atendem necessidades gerais de todos os tipos de pele. São eles: O Mousse, a Loção e os Tônicos. “O Mousse são emulsões bifásicas, a fase interna é composta por um gás e a externa por um líquido, lembrando a consistência de uma espuma; no caso da loção, ela possui água como veículo e é muito acessível em produtos como tônicos e pré/pós-barba. Já os tônicos são fáceis de espalhar pelo rosto e têm alta absorção. Possuem diversas finalidades desde equilibrar o pH até auxiliar na limpeza profunda da pele”, afirma.

MITOS 

Um dos maiores mitos sobre a hidratação da pele é que a pele oleosa não precisa ser hidratada, ou até mesmo que não pode ser hidratada, pelo receio de que o hábito cause espinhas e cravos. “Oleosidade é diferente de hidratação: enquanto o primeiro se refere ao excesso de sebo, o segundo trata da quantidade de água na pele. Além disso, diferentes tratamentos para acne e pele oleosa ressecam muito a pele, havendo ainda mais a necessidade de hidratá-la”, finaliza.


sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Dicas para cuidar do coração



Exames de rotina, visitas a médicos periodicamente, entre outros cuidados, são essenciais para manter a saúde em dia. E com a saúde do coração não é diferente. Atingido principalmente pela hipertensão arterial, o órgão também merece atenção.

Infarto, AVC e aneurismas são algumas das mais conhecidas consequências da hipertensão. A doença que atinge quase 30% dos brasileiros com menos de 60 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), traz grandes riscos ao coração, mas também pode afetar de forma grave outros órgãos do corpo, como cérebro e rins.

- O cérebro necessita de um fluxo sanguíneo contínuo para exercer suas atividades no organismo. Sem essa circulação sanguínea e com a falta de oxigenação, o órgão pode perder progressivamente suas capacidades e funções, podendo chegar a um estado de demência. Nesse estágio, o paciente passa a apresentar problemas de cognição, memória e concentração – alerta a dra. Olga Souza, coordenadora do Serviço de Arritmia, Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca da Rede D’Or São Luiz.

Os rins também podem sofrer com a hipertensão arterial mal controlada. A doença é uma das principais causas da insuficiência renal. A pressão alta deixa os vasos sanguíneos mais rígidos e a quantidade de sangue que chega até o órgão, como o rim, seja menor, tornando-o incapaz de exercer suas funções, como eliminar impurezas e filtrar substâncias no organismo.

A cegueira é outra consequência pouco conhecida da hipertensão arterial. Os olhos podem sofrer grandes alterações, especialmente na retina, decorrentes da doença. Tais alterações, chamadas de retinopatia hipertensiva, são ocasionadas por um estreitamento dos vasos sanguíneos ou pelo enrijecimento das paredes arteriais, levando a um quadro de hemorragia nos olhos e deslocamento da retina, que pode ocasionar – em casos mais graves – a cegueira.

- A hipertensão arterial também está relacionada à ocorrência de uma arritmia cardíaca, conhecida como fibrilação atrial que acarreta a formação de coágulos no coração e pode causar o AVC. Apesar de graves consequências, pode-se conviver com a hipertensão arterial de forma segura. Após o diagnóstico, hábitos mais saudáveis e, se necessário, uso de medicamentos com orientação médica, são aliados no tratamento que deve ser seguido para o resto da vida – destaca a cardiologista. 

Curiosidades que podem ajudar na prevenção, combate e tratamento da doença

- Música ajuda no tratamento da hipertensão: Controle o seu nível de estresse. Procure durante o dia ter alguns minutos para relaxar, ouvir uma música, conversar com um amigo, isso ajuda bastante no tratamento;
- Analgésicos e anti-inflamatórios podem causar hipertensão: Esses medicamentos podem elevar a pressão arterial.
- Uma vida solitária pode causar a doença: Procure estar com pessoas que te fazem sentir bem;
- A doença é silenciosa: Em alguns casos, os sinais e sintomas são imperceptíveis, portanto verifique sempre a sua pressão arterial;
-  A doença não tem cura e o tratamento deve ser levado à sério para o resto da vida.


quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Mitos e verdades sobre amamentação




No dia 1º de agosto celebra-se o Dia Mundial da Amamentação, data que tem como objetivo promover o exercício do aleitamento materno e estimular a criação de bancos de leite em todo o país, os quais contribuem no combate da desnutrição infantil.
Além de o leite materno ser o alimento mais completo para o desenvolvimento do bebê, a amamentação contribui para criar um laço entre mãe e filho. “O aleitamento está relacionado ao desenvolvimento emocional do bebê, pois promove uma forte ligação com a mãe, transmitindo-lhe segurança e carinho, de modo a facilitar, mais tarde, o seu relacionamento interpessoal e, ainda, contribui para o desenvolvimento psicomotor do bebê”, destacam Luciana Santos e Natalia Modica, enfermeiras da Criogênesis.
Em meio a tantas informações, é comum que as mamães tenham diversas dúvidas. Para auxiliá-las, as enfermeiras respondem algumas das questões mais recorrentes sobre o tema.     


             Algumas mulheres têm leite fraco
MITO. No início da amamentação o primeiro leite, chamado de colostro, é aquoso, o que pode dar a impressão de que o leite é fraco. Entretanto isso não é verdade, uma vez que a substância é rica em anticorpos essenciais para garantir a saúde da criança.

          Amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama

VERDADE. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a amamentação completa diminui de 3 a 4% o risco de a mulher desenvolver o câncer de mama. Mulheres que amamentam por mais de seis meses têm menos chances de desenvolver a doença devido à substituição de tecido glandular por gordura nas mamas.

          Passar produtos nos seios previne rachaduras

MITO. Não use sabonetes, álcool, pomadas ou perfume. A limpeza deve ser feita apenas com água. A pomada a base de lanolina, deve ser utilizada sempre na aréola e mamilo, pois é utilizada para tratamento das feridas. Em volta da mama pode utilizar o creme de estrias normal já utilizado na barriga.

           Existe uma posição ideal para amamentar

VERDADE. O fundamental é que ambos estejam confortáveis e relaxados, mas é importante observar o alinhamento entre o corpo e a cabeça da criança, abdômen do bebê encostado ao abdômen materno e queixo tocando a mama. A criança deve estar apoiada pelo braço da mãe, que envolve a cabeça, o pescoço e a parte superior do seu tronco. A boca precisa estar bem aberta com o lábio inferior para fora recobrindo quase toda a aréola (como uma “boca de peixe”) enquanto a porção superior da aréola pode ser visualizada.

          Apenas a pega incorreta pode desencadear fissura nos mamilos

MITO. Outros fatores como clima, resíduos de detergente nas roupas, loções aplicadas na região da mama, sabonetes, talco, produtos para cabelo, desodorante ou perfume, podem influenciar no ressecamento dos seios. O uso incorreto de bombinhas para extrair o leite também pode causar o aparecimento de rachaduras, pois certos equipamentos, quando utilizados de forma mais brusca, podem ferir o tecido mamário e romper os capilares. Por isso, recomenda-se colocar o dedo mínimo no canto da boca do bebê para ele soltar o vácuo que está fazendo na mama, antes de retirá-lo.

          Quem tem prótese de silicone não pode amamentar

MITO. O silicone não interfere na qualidade do leite materno, pois as próteses ficam localizadas abaixo das glândulas mamárias. Vale ressaltar que existem várias maneiras pelas quais as próteses podem ser colocadas e a maioria delas não oferece nenhum risco. A exceção fica por conta dos procedimentos conhecidos por periareolar e transareolar, em que o enchimento é inserido pelas aréolas dos seios.

          Amamentar deixa os seios flácidos

MITO. É importante ressaltar que a flacidez dos seios ocorre em função da gravidez e não da amamentação, portanto, o fato de não amamentar para evitar o problema não tem fundamento.

        Durante o aleitamento o consumo de chocolate deve ser controlado
VERDADE. A mãe pode comer chocolate, mas sem exageros. Quantidades superiores a 400 gramas de chocolate por dia causa irritabilidade ou aumento da peristalse do intestino do bebê – causando cólica e dor de barriga.

       O bebê deve mamar a cada duas ou três horas
MITO. A criança em aleitamento materno exclusivo deve mamar em livre demanda, ou seja, na hora que quiser. Porém, após 3 horas de jejum, aumenta o risco de hipoglicemia, devendo-se oferecer a mama ao recém-nascido para minimizar o risco.

        A amamentação deve ser exclusiva até os seis meses
VERDADE. As recomendações do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Academia Americana de Pediatria é de que a amamentação seja exclusiva até os 6 meses de vida para garantir a saúde dos bebês e imunizá-los contra doenças respiratórias, diarreias, doenças crônicas, problemas cardiovasculares, diabetes, hipertensão e osteoporose. Após esse período, inicia-se a inclusão de alimentos na dieta da criança, conforme orientação do pediatra, que ocorre até os dois anos de idade. Recomenda-se que não fique mais de 4h de jejum.