domingo, 20 de novembro de 2016

Criança também sofre somatização


A somatização po­de ocorrer inclu­sive em crian­ças, aliás, muitos cientis­tas afirmam que muitas doenças têm sua origem nos fatores emocionais. Existem reações físicas provocadas por causas psicológicas, e reações psicológicas provoca­das por causas físicas.
Um bebê mostra seus desejos, seus sentimen­tos, sua dor ou descon­forto, assim como os seus prazeres, com o corpo. Quando uma criança aprende a falar, começa, quase sem per­ceber, a diminuir a ex­pressividade dos seus gestos, principalmen­te do corpo como um todo, porque os adultos não são muito bons para entender a lingua­gem corporal, mas continua “falando” com a expressão do rosto e do resto do corpo, coe­rente com o que diz, pensa e sente.
Por isso, a criança tem mais reações físicas que o adulto quando alguma coisa a assusta ou faz com que fique ansiosa. Como a crian­ça pequena ainda não tem muitos meios de entender e agir diante das coisas que a afli­gem, seu corpo responde e ela pode ficar do­ente, ou mostrar sintomas de doença. A isso se dá o nome de somatização.
Quando o adulto percebe uma criança aba­tida, com febre, adoentada, logo imagina que a causa é física. Mães experientes, no entan­to, estão acostumadas a perceber quando a criança tem emoções fortes demais, quando está angustiada, com medo ou ansiosa. Se o relacionamento dos pais com os filhos é bom e a criança tem con­fiança, pode ser que ela consiga falar a respei­to. Quase sempre bas­ta conversar para que ela se recupere rapida­mente. Quanto mais a criança for compreen­dida e quanto mais o adulto entender o que seu corpo quer comuni­car, mais depressa e me­lhor ela aprenderá a li­dar com seus problemas sem ficar doente.
Fazer a criança falar sobre seus problemas, mesmo que seja por meio de gestos e expres­sões, sempre ajudará a criança a colocar para fora suas angústias. Isso evita que elas soma­tizem e tenham problemas físicos.
Existem crianças que só de olhar para o pai ou a mãe percebem se eles estão ou não aprovando o que elas estão fazendo. Dessa mesma forma, aprendendo a fazer a leitura do comportamento da criança, o adulto po­derá evitar muitas situações difíceis.
Em muitos casos é preciso fazer acompa­nhamento com um profissional especializa­do para poder ajudar.

Artigo da psicóloga clínica Glaucia Kraide (CRP 06/72743).


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Exercício físico no combate a pré-diabetes


Diabete é uma patologia que atinge grande parte da população, independentemente da idade ou sexo. Caracterizada pela insuficiência da produção de insulina por parte do pâncreas, a doença exige uma alimentação regrada e o auxílio de medicamentos dispostos a repor esta insulina ao corpo. A prática de exercícios físicos relacionada diretamente a uma dieta adequada pode garantir um avanço considerável no quadro dos indivíduos.
Pensando em reverter os riscos da diabete no cotidiano das pessoas, o atleta Guilherme Sato selecionou alguns exercícios que podem retroceder a evolução desta doença, auxiliando no bem-estar e a forma física.
Caminhada
Para obter resultados positivos não é preciso horas e horas de treino – praticar 30 minutos de forma moderada ou pelo menos 10 minutos de exercício médio ou intensivo, realizados durante 5 dias por semana poderá ser um forte aliado no combate a diabete, além de auxiliar na perda de peso e outras patologias.
Fuja do sedentarismo
A vida sedentária é uma das principais causas da diabete. No decorrer do dia a dia é interessante diminuir a quantidade de açúcar ingerido nos alimentos. Apostar também em subir ou descer escadas ao invés de elevadores e escadas rolantes ajudará a potencializar o seu consumo calórico, bem como sua predisposição e rentabilidade laboral.
Exercícios e treinos
O trabalho de força muscular prescrito por um profissional irá potencializar e regular os níveis de glicose no sangue. Os indivíduos que apresentam diabete do Tipo II, que combinam um trabalho cardiovascular com um trabalho de força muscular conseguem diminuir em um terço a presença de açúcar no sangue.
Uma alimentação equilibrada combinada com uma rotina agradável que fuja do sedentarismo auxilia a melhora e o desaceleramento da diabete. É importante ter sempre o acompanhamento médico e uma supervisão com os medicamentos.


quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Ansiedade e depressão de fim de ano podem ser evitados


Transtornos de ansiedade antecedem, sucedem ou coexistem com a depressão em até 70% dos pacientes, de acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre 1990 e 2013, o número de pessoas depressivas e ansiosas aumentou quase 50%, chegando a um número atual de cerca de 615 milhões de pessoas afetadas pelas duas doenças. Por isso, é importante avançar na compreensão da relação entre as enfermidades e adotar estratégias de tratamento que contemplem ambas as condições.

“Muitas vezes, tratar os transtornos de ansiedade é uma forma de prevenir a própria depressão", diz o psiquiatra Kalil Duailibi, diretor científico de Psiquiatria da Associação Paulista de Medicina (APM). Juntas, depressão e ansiedade custam à economia global, anualmente, cerca de US$ 1 trilhão, segundo um relatório produzido pela OMS em parceria com o Banco Mundial e divulgado neste ano.

De acordo com o médico, as doenças fazem parte de um círculo vicioso que inclui também estresse e insônia. “Isso ocorre porque, em geral, os mecanismos que envolvem a regulação do humor, do ciclo de sono e da resposta de estresse estão relacionados à ação de um mesmo neurotransmissor, a noradrenalina. Então, ocorrem efeitos em cascata, que no início se manifestam como ansiedade e, depois, como depressão”, completa.

Sequelas irreversíveis

A depressão, quando não tratada adequadamente, pode trazer consequências graves e sequelas importantes, como a diminuição do número de células nervosas e, com o passar do tempo, do volume de algumas regiões cerebrais de modo irreversível, levando a déficits cognitivos significativos, ou até mesmo, tentativas de tirar a própria vida. A doença também prejudica o tratamento de outras enfermidades das quais o paciente seja portador e pode piorar a evolução desses quadros, em razão da desesperança e da autoestima fragilizada dessas pessoas.

Sob o aspecto social, a depressão pode provocar prejuízos no trabalho, na vida familiar e afetiva. Mas a boa notícia é que a evolução no entendimento da doença e o conhecimento cada vez mais aprofundado das outras condições associadas a ela têm possibilitado o desenvolvimento de tratamentos cada vez mais modernos, eficazes e seguros, como os antidepressivos de 3ª geração, que apresentam uma ação dual.

Segundo o especialista, adotar uma dupla abordagem, contemplando os medicamentos antidepressivos e também a psicoterapia, é uma estratégia fundamental para recuperar a funcionalidade do paciente, restaurando sua capacidade plena de atuação e ampliando sua qualidade de vida.


segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Dia Mundial do Diabetes: previna-se!




É uma epidemia. Desde 1980 até hoje, quadruplicou o número de pessoas com diabetes no mundo: de 108 milhões, para 422 milhões. Os dados são da Organização Mundial da Saúde, que prevê ainda que em 20 anos, esse número dobre.

O Brasil contribui para este quadro preocupante. Atualmente, são mais de 14 milhões de pessoas com diabetes e um terço delas não sabe que possui a doença. Segundo o médico endocrinologista dr. Walter Minicucci, presidente do departamento de diabetes da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), fatores que favorecem o crescimento desses números são obesidade, ganho de peso, sedentarismo e alimentação inadequada. “Tudo isso é fator de risco para o diabetes tipo 2, que é o mais frequente e também aquele que pode ser evitado”, alerta.

O ‘Diabetes Mellitus’ é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue. Pode ocorrer devido a problemas na produção ou na ação da insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas. “A insulina é que promove a entrada de glicose para as células do organismo, de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares.  Sua falta ou ação inadequada resulta no acúmulo de glicose no sangue, ou hiperglicemia, que pode trazer uma série de complicações para a saúde”, explica o médico.

No caso do diabetes tipo 1, o pâncreas deixa de produzir insulina. É uma doença autoimune e geralmente aparece na infância ou adolescência. Seu surgimento não depende de dieta, sedentarismo ou algum fator claramente sabido. Deve ser tratada com insulina, dieta e atividades físicas. Menos de 10% dos portadores de diabetes têm o tipo 1. O tipo 2 é o mais frequente e é causado por uma resistência ou intolerância à glicose. Muitas vezes a produção de insulina é normal, mas não é usada de forma adequada pelo organismo. “Nestes casos, são utilizados medicamentos ou até insulina para normalizar o controle glicêmico, mas medidas de prevenção e mudanças de hábitos ajudam a prevenir e controlar o problema.”, diz dr. Minicucci.

Justamente para conscientizar sobre a prevenção e alertar sobre os perigos da doença, foi criado o Dia Mundial do Diabetes, instituído em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2007, a ONU ‘oficializou’ a data, reconhecendo o diabetes como uma doença crônica que deveria receber atenção global. A escolha pelo 14 de novembro é uma homenagem ao médico canadense Frederick Banting que, junto com o pesquisador Charles Best, realizou importantes pesquisas para a descoberta da insulina, fundamental no tratamento da doença. “Diabetes é uma doença que, se não tratada, pode trazer complicações extremamente importantes. É a principal causa de amputação de membros inferiores, está entre as primeiras causas de cegueira, insuficiência renal, entre outros problemas”, alerta Dr. Minicucci. “A descoberta da insulina foi uma verdadeira revolução no combate à doença”, completa.

Com diagnóstico correto, tratamento e acompanhamento médico adequados, porém, o risco de desenvolver outras complicações em decorrência do diabetes se reduz bastante. E, com relação ao diabetes tipo 2, adotar hábitos saudáveis é uma medida bastante eficaz de prevenção. Confira dicas do dr. Walter Minicucci:

• A prática de exercícios físicos com regularidade ajuda a manter o peso, os níveis de colesterol e o nível de açúcar no sangue.
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• Alimentação equilibrada, com todos os nutrientes, colabora para o bom funcionamento do organismo. O ideal é ingerir todos os nutrientes de forma equilibrada: carboidratos para manter a energia; proteínas, que ajudam na construção dos tecidos, assim como frutas, verduras e grãos.  Cortar bebidas açucaradas e sucos de frutas integrais.

• Não fumar: diabetes e tabagismo não combinam. O fumo, associado ao diabetes, eleva os riscos de problemas cardíacos e circulatórios, como por exemplo, o pé diabético.

• Controlar  a obesidade: aquela gordura abdominal é a mais perigosa - a medida da circunferência abdominal aumentada é um fator de risco para infarto, AVC, pressão alta e diabetes. 
 


sábado, 12 de novembro de 2016

Dia Mundial da Pneumonia: cuide-se


12 de Novembro é o Dia Mundial da Pneumonia, uma das doenças que mais atinge a humanidade. O objetivo da data é conscientizar as pessoas sobre os cuidados e prevenção contra a pneumonia, principalmente a infantil – principal causa das mortes de crianças com menos de 5 anos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) uma criança morre de pneumonia no mundo a cada 20 segundos.

A pneumonia é uma doença pneumocócica, ocorre quando há uma inflamação nos pulmões, podendo ser causada por vários microorganismos, entre vírus e bactérias. Os sintomas são semelhantes aos de resfriados e gripes, como febre, tosse, dores no corpo e mal estar.

“A pneumonia, assim como outras inúmeras doenças, está relacionada a microorganismos e bactérias. Infelizmente estamos vulneráveis 24 horas em qualquer lugar do mundo, por isso precisamos ressaltar a importância da prevenção. No entanto, se já estiver com a doença procure ajuda médica, pois a mesma pode levar a morte”, destaca o diretor de Comunicação da Sterilair, Felipe Prado.

Saiba quais são os principais sintomas da pneumonia e como prevenir:

Sintomas

·              Falta de ar;

●      Febre;
●      Tosse forte;
●      Dores no tórax;
●      Expectoração com secreção amarelada (por vezes com sangue).

Prevenção

●      Vacinação contra principais agentes da doença;
●      Lavar bem as mãos e todos os utensílios de uso regular;
●      Não fumar;
●      Evitar aglomerações

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Câncer de pulmão não acomete só os fumantes


O mês de novembro, além de ser dedicado ao câncer de próstata, também é conhecido como o “Mês de Conscientização sobre o Câncer de Pulmão”, doença que afeta cerca de 28 mil pessoas por ano no Brasil. Um dos mais agressivos tipos da doença, é geralmente diagnosticado em estágio avançado, dificultando o tratamento e prejudicando a qualidade de vida do paciente.  Médicos, especialistas, cientistas e profissionais de órgãos da saúde têm discutido com frequência questões ligadas à prevenção, testes genéticos e medicina personalizada. Esse movimento retrata a importância da conscientização e desmistificação de alguns pontos comuns como “câncer de pulmão apenas em fumantes”.
Não é bem assim. O dr. Marcelo Horacio, diretor médico executivo da AstraZeneca, explica que o câncer de pulmão pode, sim, surgir num organismo livre de tabaco. “Sabemos que 80-90% dos casos de câncer de pulmão estão relacionados ao cigarro, mas existem outros fatores de risco que podem contribuir com o desenvolvimento da doença, como a poluição, genética, produtos químicos e até elementos próprios da natureza”, explica ele.
Nos EUA, por exemplo, somente os 20% dos pacientes com câncer de pulmão que não são fumantes, quase se igualam aos casos de todos os diagnósticos de câncer no pâncreas ou de leucemias.  Para o dr. Marcelo, o que fez aumentar o número de pacientes não fumantes com câncer de pulmão, foi o diagnóstico precoce. “Temos visto um movimento, uma mudança de cultura nos consultórios e PSs, mostrando que os médicos têm dado bastante atenção a um diagnóstico mais assertivo, pois só assim o paciente terá o tratamento que de fato precisa”, ressalta.
Realidade até pouco tempo duvidosa – até para certa parcela da comunidade médica -, hoje os pacientes contam com exames objetivos, que conseguem detectar, além da doença, o diagnóstico molecular de mutações, responsáveis, na maioria das vezes, pela ineficiência do tratamento. “Os testes genéticos estão muito evoluídos, conseguimos entender toda a estrutura da célula doente analisando seu DNA”, diz o médico.
Muitas drogas desenvolvidas hoje, especificamente na área da oncologia, agem em parceria com esse diagnóstico assertivo. Esses exames mostram exatamente o problema e onde ele está, com isso os médicos podem prescrever a medicação certa, que vai combater o foco da doença. “Sempre aconselhamos os pacientes a conversarem com seus médicos. É na consulta de rotina que estão as maiores chances de um diagnóstico preciso e precoce, o que pode salvar uma vida”.  
Qual a diferença entre os tumores de pacientes fumantes e não fumantes?
O câncer de pulmão que se desenvolve em fumantes não é o mesmo que se desenvolve em pessoas que nunca fumaram cigarro. Acredita-se que eles sejam diferentes porque o tumor de não fumantes tem quase duas vezes mais mudanças no DNA do que o tumor de pessoas que fumam. Isso sugere que os tumores aparecem por meio de diferentes vias moleculares. Os não-fumantes podem ficar expostos a uma substância cancerígena, não de cigarros, que faz com que os tumores tenham mais alterações no DNA e promovam o desenvolvimento de câncer de pulmão. Os tumores de pulmão relacionados ao tabagismo possuem, em geral, comportamento mais agressivo.


terça-feira, 8 de novembro de 2016

Exame de toque e PSA devem ser feitos anualmente por homens acima dos 50 anos




O câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens brasileiros, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados mais de 61 mil novos casos da doença e quase 14 mil mortes somente este ano. Ainda assim, o índice de sobrevida desse tipo de câncer chega a 96% e se apoia fortemente no diagnóstico precoce. Daí a importância de campanhas como Novembro Azul – que estimula homens com mais de 50 anos a fazerem anualmente exames de toque e PSA.

Para a investigação de câncer de próstata, o exame de toque não oferece altas taxas de sensibilidade quando realizado isoladamente. Por outro lado, quando associado ao exame PSA (antígeno prostático específico), a dupla oferece 92% de acerto no diagnóstico. Por isso é tão importante conhecer em detalhes esse exame laboratorial. Quanto maior o nível de PSA no sangue, maior também é a chance de o paciente ter câncer de próstata. De acordo com o médico urologista e ultrassonografista Leonardo Piber, do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo, é fundamental que homens entre 50 e 75 anos se submetam a esse simples rastreamento todos os anos. 

“Pesquisa realizada em nosso serviço mostrou casos de pacientes com exame de toque alterado, ou seja, evidenciando nódulo, mas que apresentavam um PSA dentro dos limites de normalidade. Nestes casos, a ultrassonografia transretal confirmou a presença do nódulo e a biópsia diagnosticou câncer. Isso ressalta a extrema importância do exame de toque. Sabemos que o habitual é ocorrer alteração do PSA, mas há casos em que isso não acontece. Essa pesquisa foi apresentada no Congresso Sul Brasileiro de Urologia em junho deste ano”, diz Piber.

Conhecer os fatores de risco para o câncer de próstata contribui muito para evitar negligência ou alarmismo, garante o médico. “A maioria dos casos acontece por volta dos 65 anos, mas a investigação diagnóstica deve acontecer entre 50 e 75 anos. Quando há parentes diretos que já enfrentaram a doença, é recomendado iniciar os exames anuais mais cedo, a partir dos 40 anos. Trata-se também de um tipo de câncer particularmente agressivo para homens obesos ou com uma dieta rica em gorduras”. 

Piber afirma que, quando a análise do sangue detecta alteração importante, normalmente o médico do paciente solicita novos exames de imagem para eventualmente diagnosticar o câncer de próstata em fase inicial, já que a doença oferece boas chances de cura quando tratada logo no começo. “O PSA é uma proteína encontrada em grandes quantidades no sêmen e em pequena quantidade no sangue, mas é o suficiente para indicar quando há risco. Pode acontecer de o nível de PSA estar alto por conta de alguma inflamação ou infecção, ou ainda pelo aumento benigno da glândula prostática. Daí a importância de o médico fazer o toque retal e encaminhar o paciente para exames de imagem, considerando idade, histórico familiar, medicamentos de uso contínuo e até mesmo determinados suplementos que afetam o tamanho da próstata”.

Quando o toque retal e o nível de PSA apontam para o câncer de próstata, Leonardo Piber diz que outros exames costumam contribuir para chegar a um diagnóstico preciso, como o ultrassom transretal e a biópsia. “A ressonância magnética também costuma ser empregada para sabermos a localização exata do tumor, bem como se ele se espalhou pela próstata”.  Independentemente dos exames que serão realizados, o médico chama atenção para o fato de que inicialmente a doença costuma ser assintomática, ou seja, não apresenta sintomas relevantes. Mesmo assim, o paciente pode começar a sentir dificuldade ou dor ao urinar, urgência em urinar (principalmente à noite), urinar em pouca quantidade e mais vezes, verificar sangue na urina, e sentir dor persistente nas costas ou nos quadris.

“Em casos mais graves, quando o câncer de próstata atinge outros órgãos, o paciente também pode ter dor nos ossos, fraqueza generalizada, perda de peso sem motivo aparente, anemia e falência renal. Por se tratar de uma doença com ótimo prognóstico quando diagnosticada e tratada logo no início, é importante que os homens levem a sério os exames preventivos, principalmente essa dobradinha entre toque retal e exame de PSA assim que atingem a meia-idade”, adverte o médico.