domingo, 18 de setembro de 2016

Como escolher a lâmina de barbear?


Atualmente, o Brasil é o segundo país que mais consome produtos de higiene pessoal masculina, atrás apenas dos EUA, e a perspectiva, segundo a Euromonitor Internacional, é que o país lidere esse ranking até 2019. Hoje, entre aparelhos de barbear, o mercado conta com modelos que se diferem pela quantidade de lâminas, de 1 a 6. Mas a variedade ainda confunde os consumidores, que não sabem a real diferença e forma correta de usá-las.
“Quanto maior a quantidade de lâminas, melhor o aparelho, porque passa-se menos vezes a lâmina na pele. Porém, os mais potentes também podem não ser indicados a peles sensíveis, uma vez que o contato da lâmina é mais rente à pele, podendo gerar irritação”, afirma Arthur da Costa, sócio-fundador do clube de assinaturas de lâminas de barbear Home Shave Club.
Veja abaixo as dicas de Arthur sobre a funcionalidade de cada modelo:
- 2 lâminas: é indicada para homens com pele sensível e pelos finos, em pouca quantidade. Ideal também para fazer o acabamento e desenho para quem mantém barba, bigode, costeleta ou cavanhaque, por exemplo; indicada também para mulheres que costumam raspar as axilas e pernas.
- 3 e 4 lâminas: serve para quem precisa de um barbear mais rente ou possui pelos mais grossos e em grande quantidade. Pode ser usado tanto para fazer barba e bigode por completo, como para retirar os excessos para quem tem muito pelo;
- 5 e 6 lâminas: as mais potentes,  servem para tirar completamente a barba mais grossa, além de ter maior eficiência para outras partes do corpo, como braços, pernas, peitoral e costas.
“Após escolher corretamente o tipo ideal do aparelho, é importante saber os processos antes, durante e após fazer a barba”, explica Arthur. Veja abaixo o passo a passo para um barbear perfeito.



sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Novos horizontes para o linfoma


O Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas, datado em 15 de novembro, foi criado com o objetivo de alertar a população mundial para esse tipo de câncer que cresce a cada ano. Segundo dados de 2016 do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estimam-se cerca de 10 mil casos novos da doença todos os anos. A doença, que ataca as células do sistema imunológico, tem altas chances de cura quando diagnosticada e tratada precocemente.   
Carlos Chiattone, médico especialista em tratamento de linfoma, diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), alerta sobre a deficiência de arsenal terapêutico atualizado para proporcionar cura e evitar efeitos colaterais do tratamento aos pacientes brasileiros.

Segundo o hematologista, algumas drogas já foram aprovadas há muito tempo em outros países, mas ainda aguardam aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que coloca os pacientes brasileiros em desvantagem. “Além dos medicamentos disponíveis para o tratamento há outros que se encontram em estágio de estudos muito avançados. E neste caso os brasileiros também são prejudicados pelas dificuldades burocráticas para participação nesses estudos”, explica.

Atualmente, além do tratamento convencional utilizando a quimioterapia, a radioterapia e o transplante de medula óssea, o arsenal terapêutico inclui drogas “inteligentes” que atingem mais especificamente as células cancerosas, poupando as células normais, determinando um tratamento mais efetivo e com menos efeitos colaterais. Estes tratamentos incluem a imunoterapia particularmente com anticorpos monoclonais e mais recentemente a utilização de moléculas alvo específicas que agem dentro das células bloqueando as vias que determinam o crescimento do tumor.

“Embora já idealizada há mais de um século, só mais recentemente a imunoterapia pode ser desenvolvida e utilizada na prática clínica. Esta nova modalidade de tratamento passa pelos anticorpos monoclonais que são anticorpos (proteínas usadas pelo sistema imunológico para identificar e neutralizar corpos estranhos como bactérias, vírus ou células tumorais) produzidos por um único clone, idênticos em relação às suas propriedades físico-químicas e biológicas, que podem ser usados isoladamente ou acoplados com toxinas ou radioisótopos.

Outras modalidades de imunoterapia que estão sendo desenvolvidas rapidamente são as vacinas, e o avanço mais esperado é a possibilidade de se modificar geneticamente as células de defesa do próprio paciente tornando-as altamente ativas contra as células tumorais. Chiattone, que é ​Professor Titular da Santa Casa de São Paulo, reforça que estes novos tratamentos geralmente determinam menos eventos adversos que os tratamentos convencionais e, mais importante, conseguem obter respostas positivas no momento no qual a doença já era considerada completamente refratária.  

Dados sobre a doença

A cada ano são diagnosticados 10 mil casos no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). É difícil identificar a causa deste aumento, uma das possibilidades reconhecidas pelos especialistas é o envelhecimento da população. Não há diferença entre o sexo que a doença acomete. Sua incidência está relacionada, sobretudo, à faixa etária, acometendo pacientes acima dos 60 anos.

O linfoma pode começar em qualquer local em que existam as células linfáticas. Ainda assim, se manifesta preferencialmente nos gânglios linfáticos, em nódulos no pescoço, axilas e região da virilha. Vale ressaltar que na maioria das vezes os nódulos são ocasionados por infecções, nem sempre sendo linfoma.

Manifestações dos linfomas se assemelham a outras doenças comuns. Em torno de 30% dos pacientes com quadro de linfomas apresentam sintomas acompanhados de febre, perda de peso sem motivo aparente, suor noturno intenso e coceira persistente, sem indício de quadro alérgico. “O que é intrigante nos linfomas, é que as manifestações se assemelham a outras doenças comuns”, relata Chiattone.

Quando detectado em estágio precoce, o linfoma pode ser erradicado com tratamento adequado. Atualmente, a terapia que mais aumenta a chance de cura e qualidade na sobrevida é a quimioterapia associada ao uso de anticorpos monoclonais, este último ainda não disponível da rede SUS para todos os tipos existentes de linfoma.

Não há na oncologia uma área tão avançada em termos de tratamento como a dos linfomas. O médico relata que na maioria das vezes, é aplicada a quimioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, radioterapia. “Quando a doença é mais grave ou a pessoa teve recaída, daí entramos com o transplante de medula óssea, como terapia de salvamento”, diz ele.

Tipos

Linfoma de Hodgkin: ocorre em 10% a 20% dos doentes, normalmente crianças, sendo mais comum no sexo masculino (numa proporção de aproximadamente três para dois). O índice de cura da doença é de, em média, 75%, em pacientes com o tratamento inicial. Pode surgir em qualquer parte do corpo e o sintoma inicial mais comum é um aumento indolor dos linfonodos (ou ínguas).

Linfomas não-Hodgkin: correspondem a cerca de 60% do problema na infância (entre cinco e 15 anos), com maior incidência entre os rapazes. São curados em menos de 25% dos casos. Pode apresentar manifestações no estômago, pele, cavidade oral, intestino delgado e sistema nervoso central (SNC).


quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Morte súbita no esporte


A prática de atividade física é sinônimo de diversão, bem-estar e saúde. Quando realizada de forma correta proporciona diversos benefícios para o organismo, além de prevenir doenças. No entanto, é fundamental, especialmente em atividades mais intensas a realização de um exame médico desportivo. Isso porque muitas pessoas podem ter doenças cardiovasculares, muitas vezes sem sintomas, sendo um risco para a prática de exercícios físicos de alta intensidade.
De acordo com o cardiologista e especialista em medicina do exercício e do esporte, dr. Marcelo Leitão, a morte súbita no esporte ocorre 95% das vezes em decorrência de doenças cardiovasculares. Nos atletas jovens, com menos de 35 anos, as principais causas de morte súbita são as doenças cardíacas congênitas, aquelas presentes desde o nascimento, mas que podem ser silenciosas ou só se manifestarem tardiamente.
A cardiomiopatia hipertrófica é o tipo mais comum de doença cardíaca de origem genética relacionada a morte súbita no esporte. Ela se caracteriza pelo aumento da espessura do músculo do coração (miocárdio), fazendo com que seja mais difícil para o coração bombear o sangue. “É a situação mais frequente”, comenta o médico. Já acima de 35 anos de idade as doenças das artérias coronárias respondem pela grande maioria dos eventos de morte súbita no esporte.
Segundo o especialista, dor no peito, na região do pescoço, ou na região superior do abdômen desencadeada pelo esforço, falta de ar, episódios de tonturas ou desmaios são sintomas que podem preceder a morte súbita. “O maior erro que se pode cometer é menosprezar estes sintomas”, diz o cardiologista.
O dr. Marcelo destaca ainda que o uso de drogas ilícitas como a cocaína podem estar associada a morte súbita no exercício, assim como substâncias lícitas como a cafeína, quando ingeridas em altas doses.
Prevenção acima de tudo
A maneira mais eficaz de prevenir a morte súbita é fazer uma avaliação médica periódica. Praticar exercícios físicos dentro dos limites estabelecidos também ajuda a evitar este tipo de evento. “Pessoas portadoras de arritmias cardíacas ou de qualquer outro tipo de doença cardiovascular não apenas podem, mas devem praticar exercícios. O ponto fundamental é que esta prática deve ser baseada numa prescrição adequada”, comenta o médico.
O que fazer
A causa mais comum da parada cardíaca é uma arritmia chamada de fibrilação ventricular. É uma situação na qual há uma desorganização da atividade elétrica do coração, e assim, o coração para de bombear sangue efetivamente. “Uma pessoa que sofre uma morte súbita durante a prática esportiva, seja por um infarto agudo do miocárdio, seja por miocardiopatia hipertrófica, na grande maioria das vezes apresentará a fibrilação ventricular como mecanismo de parada cardiorrespiratória”, explica dr. Leitão.
Quem presencia este tipo de ocorrência deve em primeiro lugar pedir auxílio e chamar um serviço de atendimento de emergência (SAMU/SIATE). Se tiver treinamento adequado, deve iniciar imediatamente as manobras de ressuscitação cardiopulmonar, com ênfase nas compressões torácicas (massagem cardíaca). “Há diversas pesquisas que mostram claramente que a chance de sucesso no atendimento de uma parada cardiorrespiratória é duas vezes maior se alguém executou as manobras básicas de ressuscitação até a chegada de um serviço de emergência”, destaca o cardiologista.


quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Perda de peso acentuada é sinal de alerta para a hiperglicemia


Atualmente, milhares de pessoas estão na luta contra a balança, não somente pela questão estética, mas também porque o excesso de peso é um fator para o surgimento de diversas doenças. Na contramão dessa realidade existem também aqueles que, involuntariamente, emagrecem com facilidade. Ainda que essa condição pareça “sorte” para algumas pessoas, a perda de peso excessiva também é uma questão de saúde: quando o emagrecimento acontece sem razão aparente, sem que o indivíduo faça mudanças severas na dieta ou esforços físicos além do habitual, é preciso ficar alerta.
O emagrecimento não-intencional seguido de alguns sintomas como sede em excesso, apetite exacerbado e desejo de urinar constante podem indicar que a glicemia está muito acima do normal. Esse quadro, além de representar um risco à saúde, é um dos principais indícios da diabetes descompensada. Por se tratar de uma doença silenciosa, esses sinais podem passar desapercebidos num primeiro momento e só despertar a preocupação dos que convivem com o problema quando os sintomas já estão críticos. É de suma importância que a hiperglicemia seja detectada e tratada, não somente para se recuperar o peso do paciente, mas também para garantir sua saúde, uma vez que este quadro pode levar a complicações severas no organismo.

Como ocorre a hiperglicemia?

Obtida por meio da metabolização dos alimentos, a glicose tem um papel substancial no organismo: é a principal fonte de energia rápida das células, funcionando como um combustível para que o corpo possa desenvolver suas funções normalmente. Porém, para que esse nutriente entre nas células é preciso que a insulina – um hormônio produzido pelo pâncreas – “sinalize” a presença da glicose, somente então é possível sua absorção e posterior transformação em energia. Porém, quando o organismo sofre alguma alteração nesse processo, as células não conseguem captar a glicose, resultando no acúmulo do açúcar circulante no sangue – a hiperglicemia. Tanto a ineficiência na produção de insulina (diabetes tipo 1) quanto à resistência ao hormônio (diabetes tipo 2) podem acarretar em episódios de hiperglicemia.
Ainda que um dos principais fatores para o surgimento da diabetes seja a dupla, obesidade e sedentarismo, isso não implica que somente pessoas acima do peso estejam sujeitas a doenças. Fatores genéticos, histórico familiar e, principalmente, o estilo de vida podem acarretar no desenvolvimento da disfunção metabólica mesmo em pessoas magras – e quando o indivíduo passa a perder peso de forma involuntária somada à sintomas como tontura, cansaço, fome e sede constantes, seguidos da necessidade de urinar frequente, é preciso ligar o alerta: esses sintomas podem ser sinal de que o indivíduo está com alta concentração de glicose na corrente sanguínea.

Porque acontece a perda de peso?

De acordo com a nutricionista Joanna Carollo, da Nova Nutrii, quando se trata da perda de peso relacionada à diabetes isso ocorre pois, sem energia, o organismo precisa recorrer à outras fontes como as reservas de gordura - levando a perda de peso não intencional, ou seja, mesmo que o indivíduo continue se alimentando normalmente, ou até mais, e continuará perdendo peso devido à disfunção metabólica. “O indivíduo come, mas a glicose não chega às células, devido ao baixo nível de insulina no organismo,  levando à uma série de sintomas relacionados ao aumento da glicose no sangue e à falta de energia”, explica ela.
O apetite exacerbado é, inclusive, outra consequência da hiperglicemia: sem energia, o corpo acionará os mecanismos de fome, aumentando o desejo por alimentos especialmente ricos em glicose, como carboidratos simples. Contudo, este sintoma é também uma armadilha - se não houver um controle da glicemia e da dieta, a alimentação pode até mesmo agravar o problema, aumentando ainda mais a glicose circulante.
Joana diz que, além de sintomas como mal-estar, fraqueza e enjoos pela falta de energia, o indivíduo com hiperglicemia passa a apresentar uma necessidade frequente de urinar, conhecida como poliúria. Isso ocorre, pois o organismo precisa eliminar o excesso de glicose e passa a produzir mais urina para excretar o nutriente, esforço que, consequentemente, leva à desidratação. Logo, o indivíduo também passa a sentir uma sede intensa, denominada polidipsia.

Como evitar a hiperglicemia e recuperar o peso?

A perda de peso não intencional deve ser sempre investigada, especialmente quando acompanhada por sintomas relacionados à diabetes. “Ainda que a princípio os sinais da hiperglicemia pareçam brandos, o grande risco por trás do diagnostico tardio é que o descontrole da glicemia acarrete em problemas renais, da visão, circulação, doenças cardíacas e leve, até mesmo, ao coma”, ressalta a nutricionista.
Para identificar a razão por trás da perda de peso involuntária é fundamental o acompanhamento médico. Quando decorrente da hiperglicemia, atestada por exames laboratoriais, o indivíduo deverá adotar um novo estilo de vida e novos hábitos alimentares para manter a glicemia sob controle. “Pacientes diabéticos devem seguir uma dieta específica, que permita o controle glicêmico, tanto para evitar os altos níveis de glicose quanto a queda brusca do nutriente na corrente sanguínea”, explica Joanna. Algumas medidas serão indispensáveis para tal: além de eliminar o uso do açúcar, o paciente deverá incorporar hábitos como alimentar-se a cada 3 horas, ter um cardápio balanceado e saudável – preferencialmente livre de alimentos industrializados –, controlar o consumo de carboidratos e dar preferência pelos integrais.
Porém, a nutricionista complementa que quando se trata da recuperação da perda de peso causada pelo diabetes, é preciso que a dieta contemple o estado nutricional do indivíduo “Neste caso, a alimentação deve ser reforçada com nutrientes que ajudem a recompor este peso através de um cardápio específico, de acordo com o caso do paciente, ou até mesmo da suplementação”, diz ela. “É possível aumentar a oferta calórica e proteica e, ao mesmo tempo, fazer o controle glicêmico.”
Segundo Joanna, não se deve recorrer aos alimentos gordurosos ou carboidratos refinados para ganhar peso, justamente porque estes alimentos podem levar a novos episódios de hiperglicemia. O acompanhamento de um nutricionista é indispensável para que as mudanças necessárias no cardápio sejam identificadas e prescritas.

Fique alerta!

A diabetes é conhecida como uma doença silenciosa, pois o indivíduo pode conviver por longos períodos sem ao menos desconfiar da doença. Muitos, inclusive, só descobrem que possuem a disfunção metabólica quando os sintomas já estão críticos. Dados recentes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) estimam que dos cerca de 14 milhões de brasileiros diabéticos, metade não sabe que possui a doença.
Além de sintomas como a sede, fome, urina em excesso e a própria perda de peso involuntária, outros sinais podem indicar que o nível glicêmico está acima do normal: dores de cabeça, vômitos, sonolência, cansaço, visão turva, comichão e hálito cetônico (com cheiro adocicado, semelhante ao de uma fruta) também estão relacionados à hiperglicemia.
A adoção de um estilo de vida saudável, apoiado pela prática de exercícios e uma alimentação balanceada são as principais armas para o controle dos níveis de açúcar no sangue. Consultar-se regularmente com um médico e realizar exames periódicos também é uma forma de prevenir e manter a diabetes sobre controle. Seguindo os cuidados essenciais à risca, é totalmente possível ter qualidade de vida e conviver com a doença sem grandes complicações.


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Treinamento em excesso pode levar a problemas cardíacos


Todo mundo sabe que praticar esportes faz muito bem à saúde, desde que não se cometa excessos, chamado de overtraining -, um estado físico que acontece sempre que a quantidade e intensidade de treinos de uma pessoa excedem sua capacidade de recuperação.
A quantidade elevada de cargas pode evoluir ainda para a Síndrome de Excesso de Treinamento (SET), uma alteração cardíaca com diversos sinais e sintomas.  Os primeiros indícios podem surgir ainda durante os treinamentos, com a diminuição de desempenho: a pessoa começa a fazer os percursos em mais tempo ou levantar menos peso do que de costume, por exemplo. Ou ainda, ele tem a percepção corporal de que está aumentando a carga, mas tudo continua como antes. Ou seja, a realização das atividades que antes era comum, passa a ser mais difícil. Na SET, os batimentos cardíacos podem se manter elevados, mesmo quando estiver em repouso, além de apresentar insônia, irritabilidade, crescimento anormal do coração e cansaço exagerado.
Para o dr. Mauricio Fadel, ortopedista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, é importante ficar atento quando o cansaço começa a aparecer com mais frequência. “São sinais de alerta do corpo dizendo que está precisando de descanso”, observa.
Além disso, as dores musculares que costumam surgir após os treinos são normais quando duram cerca de dois a três dias após as atividades. Tudo que se assemelha a dor acima disso pode ser indício de excessos de treinamentos. Perda de peso, quando este não é o foco do treino, e diminuição de concentração também são sinais de alerta.
Ao se enquadrar em alguma das situações acima, o paciente está treinando mais do que o tempo necessário de descanso. Para evitar isso, a primeira atitude é desacelerar.  “O ideal é ficar, pelo menos, uma semana sem treinar”, orienta Fadel. O segundo passo é fazer uma alimentação equilibrada, rica em vitaminas, minerais, carboidratos de absorção lenta e proteínas. Frutas, legumes e cereais integrais deverão também fazer parte do seu cotidiano. Evite as gorduras saturadas, trans e o consumo de bebidas alcoólicas.


sábado, 3 de setembro de 2016

Dicas para quem quer deixar de fumar


Descoberto pelos colonizadores europeus no Novo Mundo onde era usado em rituais religiosos ou para fins terapêuticos por indígenas das Antilhas, o fumo foi levado à Europa e disseminado pela falsa associação com prazer, relaxamento e concentração. Hoje, cerca de 80% a 90% dos fumantes iniciam-se no tabagismo antes dos 18 anos e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, respondendo por 63% dos óbitos relacionados a doenças crônicas não transmissíveis, 85% das mortes por doença pulmonar crônica, 30% das mortes por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago e outros), 25% dos óbitos por doença coronariana e 25% das mortes por doenças cerebrovasculares. A entidade prevê ainda que, se nada for feito, o mundo registrará mais de 8 milhões de mortes por ano a partir de 2030, sendo que mais de 80% delas devem atingir pessoas que vivem em países de baixa e média renda.
De acordo com a profª. dra. Marisa Amato, cardiologista do Amato Instituto de Medicina Avançada, o hábito de fumar além da nicotina expõe também o indivíduo a componentes nocivos como a nicotina e o monóxido de carbono que, passando pelos pulmões chegam ao sangue prejudicando ainda mais a saúde.
“A nicotina aumenta a frequência cardíaca e eleva a pressão arterial, podendo desencadear arritmias, ou seja, mudança no ritmo do coração. Está comprovado que após cada cigarro fumado há intensa vasoconstrição com grande diminuição do calibre das artérias e arteríolas, tanto periféricas como dos órgãos vitais e aceleração do ritmo cardíaco. A repetição frequente desse ato agrava lenta e progressivamente o quadro hipertensivo e o processo aterosclerótico. Já o monóxido de carbono decorre da combustão das substâncias orgânicas, que ocupa nos glóbulos vermelhos o espaço do oxigênio e assim, diminui a capacidade da hemácia em transportar este elemento para os tecidos”, explica a médica.
Tais substâncias lesam a parede interna das artérias facilitando a deposição de gordura e a formação das placas de ateroma, que levam a aterosclerose, doença de base dos aneurismas, gangrenas, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e outras. Durante o ato de fumar a pressão arterial se eleva o que pressiona a entrada de gordura na parede das artérias. Além desse comprometimento cardiovascular o cigarro aumenta a incidência de câncer de praticamente todos os órgãos, em particular pulmão e bexiga.
“Esses fatores levam a consequências desastrosas, aumentado a mortalidade entre fumantes que chega a ser duas vezes maior do que entre os não fumantes com incidência significativamente maior de morte súbita. Um entre três homens de 40 anos que fumam mais de vinte cigarros por dia morrerá antes da idade de se aposentar. Vale lembrar que a ilusão do filtro nos cigarros não afasta seus efeitos maléficos, admitindo-se até mesmo, que ele proporcione maior concentração de monóxido de carbono”, finaliza.
Dicas para deixar o cigarro
- O dia de parar: é bom marcar uma data específica e parar completamente naquele dia;
- Contar a todos que está parando de fumar dará suporte e coragem ao se sentir tentado a novamente acender um cigarro;
- Encarar cada dia como um novo desafio. O começo de um dia representa o início de uma barreira a ser ultrapassada. Mais um dia sem fumar é mais uma etapa vencida;
- Identificar os momentos do dia em que o desejo pelo cigarro é mais acentuado, e ocupar as mãos durante estes momentos com alguma outra coisa: brincar com lápis, costurar, manipular bolas de borracha etc.;
- A cada dia, colocar no cinzeiro da casa o montante de dinheiro que se gastaria com maços de cigarro;
- Pensar positivamente e tratar-se como um não fumante, e não um fumante que parou. Quando um cigarro é oferecido, a pessoa deve sempre dizer: “Não, obrigado. Eu não fumo”;
- Quando se sente o impulso, a vontade quase irresistível de dar uma tragada, deve-se pensar em como já foi difícil parar de fumar e como esse desejo já foi superado a contento em ocasiões anteriores;
- Não são todos os que conseguem parar na primeira tentativa. O vício é muito forte, mas o importante é não desanimar e continuar tentando.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Ginecomastia, uma das cirurgias mais realizadas pelos homens


Segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética, mais de 21 milhões de procedimentos foram realizados no mundo inteiro, sendo os homens responsáveis por 14,4% desse total. A operação de ginecomastia está, segundo o órgão, entre as cinco mais procuradas pelo público masculino.
Caracterizada pelo aumento da mama nos homens, a ginecomastia afeta principalmente durante o início da puberdade, sendo que 65% dos casos acontecem entre os 14 e 15 anos de idade. Segundo o cirurgião-plástico brasiliense dr. Sérgio Morum, a ginecomastia é uma fase que pode ser revertida naturalmente. “O homem também tem mama, mas muito pequena. Ela acaba aparecendo por conta de um desequilíbrio hormonal ligado à produção de testosterona. Com o passar do tempo, o corpo equilibra essa produção, e esse aumento da mama pode regredir. Caso não, faz-se a retirada cirurgicamente, através da sucção da gordura produzida e, dependendo do caso, uma reposição da aréola. A cirurgia permite que o problema não ocorra novamente, ou seja, um único procedimento já garante que não cresça mais uma vez”, explica ele.
De acordo com o médico, homens adultos também podem estar sujeitos ao quadro, com o uso de esteroides anabolizantes ou alguma doença no testículo, prejudicando a produção de testosterona. Para ele, esses são os pacientes que mais procuram resolver o problema. “Vem sendo bastante comum a procura dos homens pelo procedimento”. O cirurgião conta que muitos chegam ao consultório reclamando do aspecto que a mama apresenta. “Muitos acham que há uma aparência feminina, e relatam muita vergonha, não gostam de tirar a camisa, ou usar uma regata para ir na academia, por exemplo. Eles reportam que também são alvos de chacotas por outras pessoas. Acaba atrapalhando o convívio social do paciente”, finaliza ele.