quarta-feira, 30 de junho de 2021

O que não fazer para piorar a diástase

 


Estima-se que a cada 3 mamães duas sofram com diástase após a gestação.  A condição, caracterizada pelo excesso de afastamento dos músculos abdominais, está entre as queixas mais comuns das mulheres nas consultas pós-parto. Enquanto umas relatam aparência de grávida, mesmo após meses de vida do bebê, outras sofrem com incontinência urinária e dores na lombar.  

Segundo a especialista em reabilitação da diástase, Verônica Motta, conhecida como Vevê Fit e criadora do programa Adeus Diástase, da plataforma de exercícios online, Queima Diária, o problema ocorre na gravidez, mas pode afetar também ex-obesos, inclusive homens. Para evitar a piora da diástase, a expert alerta que é preciso ter cautela ao executar tarefas domésticas e conta que o segredo da cura está em fazer os exercícios específicos para reabilitar a diástase, que são os hipopressivos e o RAP. A seguir, confira o que não fazer e como tratar a diástase, por meio desses exercícios indicados por ela.

Como identificar a diástase, em casa?

 

Vevê Fit diz que o processo é bem simples e pode ser feito através de autoexame. Basta deitar de barriga para cima, contrair o abdômen como se fosse realizar um exercício abdominal e pressionar os dedos (indicador e médio) acima e abaixo do umbigo, apalpando a barriga. Veja se existe um afastamento entre essa musculatura. Se existir, é possível medir com os dedos, se ela tem um, dois ou mais dedos de diâmetro.

 

 Atenção aos movimentos do dia a dia

Após identificada a diástase, Vevê Fit indica ter disciplina nas atividades simples da rotina. Mas antes, ela explica: a parede abdominal é composta por quatro músculos: transverso (camada mais profunda ou cinturão natural), obliquo interno, obliquo externo e reto abdominal, que são os músculos mais aparentes. "Todos os músculos da parede abdominal são interligados pela linha alba, que fica entre os retos. A frouxidão da linha alba deixa um espaço entre os músculos e é aí que acontece a diástase. Qualquer movimento que se fizer que vai empurrar ou fazer uma força mecânica de dentro para fora, vai piorar a diástase ou atrasar o processo de reabilitação", explica.

 

Varrer a casa, passar pano no chão, carregar o filho, tirar um galão de água da mesa e colocar no chão, arrastar um móvel, levantar-se do chão, são atividades que merecem atenção, de acordo com a treinadora. "Ao realizar qualquer tarefa, é preciso ter consciência de movimento e conectar o abdômen.  Para isso, é preciso imaginar uma faixa elástica amarrada na cintura. Antes de fazer qualquer esforço é necessário apertar esse cinturão natural", explica.

 

Na contramão da indicação de alguns profissionais, Vevê afirma que o tratamento da diástase "não é levar o umbigo nas costas ou segurar o xixi. Na reabilitação, é preciso manter uma boa postura o tempo todo. Coluna reta, sentir o músculo abraçar a coluna e aí sim fazer a tarefa, seja ela qual for".

 

Nada de cinta

Segundo Vevê Fit, o uso de cinta modeladora é um erro e prejudicial à saúde. "Muita gente fala que a cinta vai ajudar. Temos uma cintura natural chamada de transverso abdominal. Ele é um músculo bem profundo, localizado ao redor da cintura. Usar cinta modeladora vai deixar esse músculo sem função, ou seja, vai perder tônus e outros problemas como dores nas costas irão aparecer. Para quem tem diástase é necessário trabalhar uma musculatura profunda e não é a cinta que vai fazer o músculo se reaproximar", esclarece. 

 

Não estufe o abdômen na hora do exercício

"Quando for fazer qualquer exercício durante a rotina de treino, seja abdominal ou agachamento, tome cuidado para a barriga não estufar. Contenha o abdômen para não piorar a diástase. Ressalto que não é o exercício que vai piorar a diástase, mas sim a fraqueza e a falta de tônus dos músculos".

 

Como tratar?

De acordo com a especialista, há somente duas formas de recuperar a diástase: através de exercícios específicos ou, em poucos casos, por meio de cirurgia. "De 100 mulheres que atendo apenas duas precisam de cirurgia para reverter o quadro. São casos, geralmente, de gravidez gemelar ou engordou muito e o músculo afastou mais de seis centímetros", explica.

 

 

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Treino no sofá para espantar o frio

 


Opções de treinos para fazer no sofá são uma boa opção, principalmente pelo gatilho do desânimo para ir até a academia com esse frio. A treinadora da  plataforma de exercícios online Queima Diária, Lana Pessoa, entrega três diferentes exercícios que podem ajudar a espantar o desânimo nesse inverno.  

 

Confira o treino do sofá indicado pela Lana, a seguir:

 

Abdominal

Deitado no sofá, faça o movimento de abdominal de forma lenta e sem puxar o pescoço. Se preocupe com a contração das musculaturas na descida também. Faça quantas repetições conseguir. O objetivo é sentir aquela queimação na região da barriga.

 

Elevação pélvica

Ainda deitada, faça elevação pélvica. Suba e abaixe o quadril, lembrando sempre de contrair o bumbum toda vez que elevar o quadril. Repita esse movimento até o quadril não conseguir mais se levantar, sinal de que você fez o máximo de repetições possível.

 

Prancha lateral

Apoie um dos antebraços no encosto do sofá e o joelho do mesmo lado, formando então uma prancha lateral.  Faça movimentos de vai e vem para trabalhar o glúteo e retorne à posição inicial. Faça isso até você sentir “queimar” a região do culote. Repita o mesmo do outro lado.

 

Agachamento

Agora com o corpo mais quente, Lana sugere fazer agachamentos focados nos glúteos. Sente-se no sofá e fique 1 segundo relaxada. Levante-se e sente-se e toda vez que fizer isso lembre-se de contrair bastante o bumbum. Repita até as pernas e o bumbum reclamarem.

 

sábado, 26 de junho de 2021

Baixas temperaturas alertam para os cuidados com a saúde dos pequeninos

 


A partir desta segunda-feira, 21, até 22 de setembro, as temperaturas ficarão mais baixas, o tempo mais seco, a alta concentração de poluentes e as frentes frias mais frequentes. A chegada do inverno traz um cenário que convida a tirar do armário os casacos e redobrar os cuidados com a saúde para encarar a estação mais fria do ano.

Serão mais de dois meses de olho nos termômetros e investindo em uma rotina continua de atenção com a imunidade para não ser pego desprevenido e evitar nariz congestionado, coriza, dor de garganta, tosse, febre e as dores pelo corpo que costumam chegar sem serem convidados. "É o momento mais oportuno do ano para trazer à tona aquele velho ditado: prevenir é melhor que remediar", destaca a médica pediatra do Grupo Sabin, dra. Talita Cordeschi Corrêa.

A especialista reitera ainda uma preocupação a mais com a queda das temperaturas. "Estamos no meio de uma pandemia e não podemos relaxar com os hábitos de higiene e saúde que já fazem parte do nosso dia a dia. Agora, é fundamental reforçar ainda mais esses cuidados, principalmente com os pequeninos, que estão entre os mais suscetíveis aos vírus circulantes e doenças típicas do inverno".

Grande vilã da saúde, a gripe é uma das mais comuns e atinge pessoas de todas as idades, mas crianças e idosos os principais alvos "devido à imunidade mais baixa e, em muitos casos, sistema respiratório fragilizado", explica a médica. que reforça a importância de se prevenir de e adotar hábitos dentro de casa, como investir em uma alimentação mais rica e com mais nutrientes e beber muita água. A médica detalha ainda que gripe e resfriado são infecções transmitidas por via respiratória, mas são doenças distintas. "Alguns sintomas são semelhantes, mas o resfriado não é provocado pelo vírus influenza, os sintomas são mais leves e passam em poucos dias".

Otites, asma, amigdalites, sinusites, pneumonias também figuram na lista de doenças comuns do período e que podem ser causadas ou agravadas por bactérias ou vírus. A especialista destaca que algumas medidas simples de higiene como cobrir a boca ao espirrar ou tossir, manter as mãos sempre limpas e evitar ambientes fechados, são importantes formas de se prevenir contra os males provocados por esses vírus e aponta ainda uma prática de fácil aplicação: limpeza nasal com soro fisiológico. "Esse cuidado auxilia para evitar o acúmulo de secreção nas vias aéreas superiores e consequente complicação das doenças virais. Esse soro nasal umidifica as vias aéreas e por limpar o excesso de secreções dificulta a proliferação do vírus e de bactérias", explica.

Além disso, outro aliado fundamental da saúde de crianças, jovens, adultos e idosos é a vacinação. Disponível nas redes pública e privada, a vacina contra a o vírus influenza, causador da gripe age estimulando o organismo a desenvolver proteção própria. Oferecida no portfólio do Grupo Sabin, ela é quadrivalente, protegendo quatro tipos de vírus da gripe - dois subtipos de influenza A (H1N1 e H3N2, conhecido com sazonal) e duas linhagens de influenza B.

 

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Como cuidar da pele em dias frios

 


É comum escutarmos sobre a importância dos cuidados com a pele, principalmente em dias quentes. Porém, nos dias mais frios, a atenção também não deve ser deixada de lado. Nas estações outono/inverno, alguns fatores influenciam no ressecamento da pele, como temperatura e baixa umidade do ar, redução de suor e o aumento de banhos quentes, por aumentarem a remoção de oleosidade da pele. Além disso, acabamos por ingerir uma menor quantidade de líquidos, prejudicando a hidratação de nosso corpo.

Pensando nisso, certos cuidados básicos não devem ser ignorados, como o uso de sabonetes e hidratantes específicos, um para o rosto e outro para o corpo. De acordo com a dra. Eliana Antiqueira, dermatologista do Grupo São Cristóvão Saúde, "os sabonetes convencionais têm pH alcalino e isso altera a camada lipídica da pele, podendo causar ressecamento e irritação cutânea. Muitas vezes, orientamos o uso do sabonete de glicerina. Prefira também os líquidos aos em barra, pois eles têm um pH mais adequado e ressecam menos a pele. Para peles mais sensíveis, são indicados os Syndet, um tipo de detergente sintético com menos de 10% de sabonete e com pH entre 5,5 e 7, menos agressivo para a pele".

Quando o clima esfria, é difícil não fazer uso de água quente na hora do banho. Porém, vale ressaltar que o chuveiro pode estar em um modo agradável, sem que a água esteja a ponto de causar vermelhidão na pele. É aconselhado evitar o uso de buchas ou tomar mais de um banho por dia, quando a temperatura está muito baixa: "é possível notar a pele repuxando de tão ressecada; então, deve-se hidratar o rosto e o corpo logo após o banho", sugere a especialista. "As peles oleosas, por exemplo, também precisam de hidratação e, nesse caso, o ideal são os produtos oil free nas áreas de maior oleosidade (face e tórax)", conta a dermatologista.

Engana-se quem acredite não precisar fazer uso de protetor solar no inverno: esse item é fundamental e deve fazer parte da rotina, caso precise sair de casa: "fora de casa, estamos expostos à radiação UV, mesmo em dias frios ou nublados. Alguns protetores possuem agentes hidratantes, o que auxilia também na hidratação do rosto", reforça dra. Eliana.

A dermatologista do São Cristóvão Saúde explica que algumas doenças podem aparecer ou piorar em tempos frios, devido ao ressecamento da pele. Alguns exemplos são: a dermatite atópica, psoríase e ictiose vulgar. Desse modo, para evitar o surgimento de doenças e lidar melhor com essas estações, inclua essas dicas em seu cotidiano e mantenha em dia a saúde de sua pele e, ao menor sinal, consulte um profissional qualificado.

 

terça-feira, 22 de junho de 2021

Conscientização e conhecimento são os primeiros passos para o tratamento da asma

 


Em 21 de junho é celebrado o Dia Mundial de Controle da Asma, uma das doenças crônicas mais comuns. Segundo dados epidemiológicos da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), ela acomete cerca de 300 milhões de pessoas entre crianças e adultos a nível mundial. No Brasil, estima-se que em torno de 20 milhões de brasileiros sejam asmáticos, acarretando em média 350 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) anualmente.

Trata-se de uma doença de trato respiratório, que desencadeia um processo inflamatório nas vias aéreas. A causa da asma ainda não é conhecida, mas acredita-se que seja um conjunto de fatores genéticos e ambientais, que podem agravar ou desencadeá-la. Os fatores ambientais são os mais comuns, como a exposição à poeira, mofo, fungos, poluição e períodos sazonais do ano. Nas questões genéticas, observamos o histórico familiar de asma e rinite, além da obesidade.

Um paciente com asma apresenta os seguintes sintomas:

-    Falta de ar ou dificuldade para respirar;
-   Chio no peito, popularmente chamado de gato no peito
-    Sensação de peito pesado ou aperto
-    Tosse

Estes sintomas normalmente apresentam-se mais comumente nas primeiras horas da manhã ou à noite, pode piorar com a prática de exercícios físicos ou exposição do indivíduo à alérgenos como citados anteriormente, mofo, poeira, poluição.

O diagnóstico da doença é realizado pelo médico, através da história do paciente juntamente com a realização do exame de espirometria. Vale ressaltar que o diagnóstico de asma não é realizado através de radiografia de tórax ou somente baseado na história clínica do paciente. A radiografia de tórax muitas vezes é solicitada pelo médico, entretanto, ela é realizada com intuito de descartar outras patologias como tumores e não para diagnóstico da asma. A história clínica detalhada é de suma importância para fechar o diagnóstico. Nele, é importante observar quando o paciente relata apresentar os sintomas, períodos do dia, em alguma estação do ano, em algum ambiente específico, até mesmo para se descobrir ou dar indícios dos possíveis desencadeadores dos sintomas.

O exame específico é a espirometria, também conhecido como prova de função respiratória. Trata-se de um exame simples no qual o paciente realizará diversas expirações, e este volume de ar exalado será transcrito em números e gráficos para análise. Muitas vezes este exame é repetido, porém com o uso de um broncodilatador para acompanhar uma possível melhora nos volumes pulmonares avaliados, e desta forma verificar se a medicação será ou não eficaz, para uma possível reversão de um quadro agudizado.

 A asma possui diferentes graus de gravidade, classificados em quatro graus. O primeiro tem sintomatologia mais leve e períodos sem agudização do quadro, o grau quatro há presença de sintomas mais graves, com importante redução da ventilação pulmonar e sem períodos de cessação da crise.

A doença não tem cura, entretanto, com o tratamento adequado, os sintomas podem melhorar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo. O importante nestes pacientes é, além da medicação rotineira, o autoconhecimento e o autocuidado a fim de evitar fatores desencadeantes da crise asmática, mantendo assim a melhor qualidade de vida.

No tratamento medicamentoso são utilizadas as famosas bombinhas, medicações inalatórias a base de broncodilatadores ou corticoides inalatórios que conseguem ser administradas em doses pequenas e com ótima eficácia, tanto no controle quanto na reversão e em boa parte das crises asmáticas.

Desde de 2011, o SUS fornece tratamento gratuito aos asmáticos por meio do Programa Farmácia Popular. Medicamentos como brometo de ipratrópio, dirpoprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol podem ser obtidos, gratuitamente, com a apresentação do CPF e da receita médica.

Outra conduta importante para o paciente asmático é a prática de exercícios aeróbicos, sempre autorizada pelo médico e realizada de forma supervisionada. O objetivo é ter um melhor condicionamento cardiorrespiratório, auxiliando na redução de episódios de crise.

sábado, 19 de junho de 2021

Minha tontura é labirintite?

 


Citada de maneira equivocada pela maioria das pessoas que sofrem de tontura, a labirintite pode, na verdade, esconder outras doenças do labirinto, que é a parte interna do ouvido, responsável pela audição, percepção e equilíbrio do corpo.

De acordo com o otoneurologista Ricardo Dorigueto, do Hospital Paulista, o termo labirintite é geralmente utilizado de modo incorreto por pacientes e, até mesmo, por alguns profissionais da saúde, como sinônimo de tontura.

O especialista faz um alerta para os riscos de doenças neurológicas, psiquiátricas, cardíacas, hormonais e metabólicas, manifestadas com os mesmos sintomas. De fato, a maioria dos pacientes que se queixa de tontura possui doenças localizadas no labirinto ou em suas conexões com o sistema nervoso, mas não é a labirintite, caracterizada pela inflamação do labirinto.

Segundo o dr. Dorigueto, é importante que, ao sentir tontura, o indivíduo procure um médico, que pode ajudar a identificar a doença ou qual condição de saúde que está causando este sintoma.

"Erros alimentares, estresse emocional, automedicação e hábitos inadequados de sono e postura devem ser corrigidos. Neste momento de isolamento social, é necessário ficar atento também ao nervosismo, insônia e ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, nicotina e doces", destaca o especialista.

A patologia, no entanto, pode ser evitada por meio da adoção de hábitos saudáveis, praticados no dia a dia, além de uma dieta equilibrada, livre de gordura e açúcares; e da prática de atividades físicas regulares.

Diagnóstico

A melhor forma de diagnosticar a tontura é por meio de avaliação médica minuciosa. Como os sintomas costumam ser bastante comuns em pessoas que sofrem de outras patologias, como diabetes, hipertensão e até esclerose múltipla, é comum que ela seja facilmente confundida com outra doença.

"Caso haja algum desses sintomas, é importante que o paciente procure um profissional o quanto antes. A avaliação médica é importante não só para diagnosticar a labirintite, mas qualquer uma das doenças mencionadas", ressalta o médico.

Segundo o dr. Ricardo, o diagnóstico da tontura pode ser auxiliado por meio de exames complementares sofisticados, como a videonistagmografia, o vHIT (teste do impulso cefálico com vídeo) e o VEMP, indicados pelo profissional caso haja necessidade.

 

quinta-feira, 17 de junho de 2021

Fake news sobre cirurgias de hérnia de disco interferem no tratamento



Muito se fala sobre a hérnia de disco, uma doença relativamente comum no país: segundo o IBGE, mais de 5,4 milhões de brasileiros são afetados. Apesar de ser conhecida, ela é também uma doença que gera muitas dúvidas, principalmente sobre as formas de tratamento. Será que os pacientes realmente precisam de intervenções invasivas?

Segundo o dr. Marcelo Valadares, médico neurocirurgião da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein, nem todo paciente com hérnia de disco precisa de uma cirurgia de coluna. "Este é um dos problemas mais comuns no consultório. O papel da cirurgia para quem tem hérnia de disco, na verdade, é muito pequeno. A maioria dos pacientes melhoram da dor apenas com medidas paliativas, como o uso de medicamentos", diz.

O especialista explica que cerca de 9 a cada 10 pacientes com dores causada por hérnias de disco não precisam de cirurgia. "O bom cirurgião sempre leva a intensidade da dor do paciente em conta, há quanto tempo ele está sofrendo com o problema e, também, como a dor interfere em suas atividades diárias", afirma o médico. "Se os sintomas forem leves e tiverem curta duração, o tratamento jamais será cirúrgico. "O organismo é sábio e capaz de corrigir alterações sozinho, ou com um pequeno auxílio. Em determinados casos, somente a fisioterapia ou uma infiltração são necessários", complementa o neurocirurgião.

Nos casos cirúrgicos, que são exceções, o dr. Valadares reforça: se o paciente for bem tratado e bem indicado, provavelmente terá grandes chances de resolver seu problema definitivamente com a cirurgia. "Raramente a cirurgia será a primeira opção. Quando isso acontece, é extremamente raro e relacionado a alterações neurológicas graves. É possível que tentemos tratamentos mais simples antes. Entretanto, quando o problema persiste e a pessoa está, por exemplo, há meses ou até mesmo anos sofrendo com dor, o caso será reavaliado", finaliza.