domingo, 22 de junho de 2014

Exercício físico melhora a vida dos diabéticos


O exercício físi­co é um ponto chave como par­te do tratamento terapêutico no diabetes mellitus, e contribui para melhorar a quali­dade de vida do portador da doen­ça. Mais, ainda: prevenindo e par­ticipando de um programa de promoção de exercício físico, dieta sã e equilibrada e assistência médica, pode-se reduzir a incidência do diabetes e complicações associadas.
O risco de diabetes, principalmente do tipo 2, aumenta à medida que aumenta o IMC (Índice de Massa Corporal), e, ao contrário, quando se pratica exercício físico com regula­ridade, de forma a aumentar o consumo calóri­co semanal, esse risco diminui, especialmen­te em pacientes com risco elevado. Tal como ocorre em pessoas não diabéticas, a prática regular de exercício pode produzir importan­tes benefícios a curto, médio e longo prazo.
Entre os benefícios a curto prazo, o aumen­to do consumo de glicose como combustível por parte do músculo em atividade contribui para o controle da glicemia. O efeito hipogli­cemiante do exercício pode se prolongar por até 72 horas após sessão única de exercício. Por essa razão, a prescrição de exercício físico para melhorar o controle glicêmico em pacientes portadores de diabetes se faz necessário, pois permite a eles desenvolve­rem estratégias e ajustes no consumo de carboidratos e doses de insulina, para poder participar de maneira mais segura em um programa de exercício físico.
Não há dúvidas de que o exercício físico, em conjun­to com a perda de peso, é uma das indicações mais apropriadas para corrigir a resistên­cia à insulina e controlar a glice­mia, ainda mais se estiver associado à obesidade.
No mais, independentemente das al­terações fisiológicas que acompanham o exercício, também ocorrem alterações comportamentais que favorecem o cuidado e o autocontrole por parte do paciente, e conse­quentemente, contribuem para melhorar sua qualidade de vida. Por isso, é importante que o paciente esteja engajado em um trabalho multidisciplinar, em que não só o exercício físico prescrito e bem monitorado faça parte de sua rotina, mas que também o controle da doença junto ao médico e o acompanhamen­to nutricional sejam importantes em sua vida cotidiana, contribuindo, desta forma, para a qualidade de vida.

(Artigo dos educadores físicos Raphael da Silva e Francisco Felix Coco)


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