quinta-feira, 27 de julho de 2023

Vaginismo tem cura

 


Vaginismo é uma disfunção sexual fe­minina que provoca a contração invo­luntária (não intencional) dos mús­culos do assoalho pélvico, tornando dolorosa ou impossível a penetração, quer seja duran­te a relação sexual e/ou na introdução de ab­sorvente interno, espéculo vaginal, aplicador de pomada, entre outros objetos, mesmo que a mulher tenha o desejo em realizá-lo.

Segundo Raquel Piovesana (Crefito 78132-F), fisioterapeuta, especialista em fisioterapia pélvica, dor, ardor, câimbras em glúteos e mem­bros inferiores e a impossibilidade de pe­netração completa são alguns dos sintomas mais frequentes desta disfunção. Essa con­tração muscular excessiva é uma reação de­fensiva do corpo em situações consideradas inconscientemente ameaçadoras ou em res­posta a um estímulo de dor. O vaginismo pode afetar mulheres de dife­rentes maneiras.

Há casos de pacientes que conseguem realizar exames ginecológicos, mas não são capazes de ter relações sexuais. Outras têm relações somente com penetração parcial e relatam dor, sensação de ardência e/ ou queimação. A dificuldade é constante e re­corrente, podendo ocorrer em uma situação e não obrigatoriamente nas demais.

Tipos de vaginismo:

- Primário: dificuldade apresentada desde a primeira tentativa de penetração.

- Secundário ou adquirido: o principal si­nal é o aparecimento de dor progressiva du­rante a relação sexual. É quando a mulher, já em sua vida sexual ativa, desenvolve a dis­função, havendo ou não cau­sa física ou psi­cológica.

Diagnósti­co: o diagnós­tico do vaginis­mo é feito pe­lo histórico do paciente, exa­me clínico e por exames de imagem, se necessário, para afastar algum problema orgânico.

Tratamento: após excluir e tratar as cau­sas orgânicas é importante dar apoio emocio­nal, avaliar a necessidade de tratamento por psicoterapia, fisioterapia do assoalho pélvico, terapia cognitiva-comportamental, biofeed­back, focando no componente da dor. O tratamento fisioterapêutico tem indica­ção primária e engloba técnicas como: auto­conhecimento da anatomia, relaxamento, te­rapias manuais, eletroestimulação, biofeed­back e cinesioterapia. Apesar de essa disfunção atingir de forma avassaladora a vida da mulher, o vaginismo apresenta 100% de cura!




 

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Menegatti: uma proposta para você melhorar a sua saúde articular!

 


Para a Proposta Menegatti, o essencial é preservar e manter a organização corporal, posicionando e adequando as articulações, pois articulações saudáveis atuam como uma unidade harmoniosa e equilibrada entre força, mobilidade e coordenação. Além disso, as articulações organizadas e saudáveis possuem resiliência e, consequentemente, são menos propensas a dores, desgastes e lesões.

Segundo Marcos Antônio Valério, o professor de Educação Física responsável pela Proposta Menegatti em Jundiaí, as aulas são realizadas de pés descalços para auxiliar o aluno a perceber como ele está caminhando e como está a sua postura, já que os calçados, muitas vezes, limitam essa percepção, e, a partir daí, ajudá-lo a melhorar a sua organização corporal.

“Normalmente, não percebemos quantas coisas realizamos ou fazemos erroneamente de maneira repetitiva. A rotina e, muitas vezes, hábitos posturais inadequados, podem acarretar lesões, desgastes e dores”, diz Marcos. “Com a correria do dia a dia, movimentar-se mais deixa de ser uma prioridade, porém, ao mesmo tempo, se mexer mais e de maneira variada é imprescindível para uma vida livre de restrições”.

Nas aulas da Proposta Menegatti, que podem ser individuais, em grupo ou online, o aluno experimenta movimentações variadas, aumentando a complexidade de movimentos a cada aula para ajudá-lo a tornar-se mais eficiente no seu dia-a-dia.

Menegatti por quem pratica a proposta

O sr. Amador tem 85 anos. Em abril de 2000 teve um AVC que comprometeu o lado esquerdo e teve outro em novembro de 2001. “Estamos na oitava aula e ele vem apresentando ganhos de força, mobilidade e controle motor”, conta Marcos A. Valério. “Quando ele iniciou as aulas, relatou instabilidade na perna esquerda e dificuldade para caminhar, o que ocasionava quedas. Tem relatado que essa instabilidade ainda continua, mas tem diminuído a frequência e melhorado também a coordenação”.

Segundo o professor Marcos, o trabalho de explorar movimentações variadas faz com que o aluno fique mais eficiente. “Envelhecer é um processo contínuo e ininterrupto, e a preparação para um envelhecimento saudável começa agora, não deixe o tempo passar”, diz ele, que faz questão de ressaltar: “a melhor forma para compreender a Proposta Menegatti é experimentando! Agende uma aula e venha experimentar como é possível viver bem ao longo da vida, como é possível recuperar disposição e saúde com uma prática extremamente diferenciada e eficiente”.


Saiba mais sobre a Proposta Menegatti: (11) 95453-4964 (whats app), Instagram: @marcosavalerio.

 

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Loiro Barbie: confira quatro cuidados importantes para ter um cabelo loiro platinado igual ao da boneca

 


Lançado recentemente, o filme Barbie tornou-se um verdadeiro sucesso no mundo todo. Protagonizado pela atriz Margot Robbie, uma das coisas que vem ganhando cada vez mais a atenção dos fãs é seu cabelo loiro platinado, conhecido como "loiro Barbie", característica marcante da boneca. O tom está sempre em alta e outras famosas também já aderiram a ele, como Marilyn Monroe, Madonna, Katy Perry e Lady Gaga. Já no Brasil, a apresentadora e empresária Xuxa ainda chama atenção por seu cabelo platinado.

 

"Quando se trata da tendência do cabelo 'loiro Barbie', existe uma variedade de tons que podemos considerar. Alguns mais populares são: o Loiro Platinado, que é um tom muito claro, quase branco, sendo bem dramático e que realmente imita a cor do cabelo da Barbie; o Loiro Morango, com nuances de rosa, menos impactante que o platinado, mas, ainda assim, chique e na moda; e o Loiro Mel, mais quente e dourado, que pode ser uma boa opção para quem tem o tom de pele quente", explica Marcella Dias, hairstylist e sócia do Mega Studio Be Emotion, rede de salões que tem como foco democratizar a beleza com qualidade e preços acessíveis.

 

Pensando em ajudar as pessoas que desejam ter a tonalidade de loiro da boneca mais famosa do mundo, Marcella recomenda alguns cuidados necessários, para preservar a saúde e beleza dos fios. Confira, a seguir:

 

1. Hidrate bem os cabelos

O processo de descoloração, característico do "loiro Barbie", pode deixar o cabelo ressecado e poroso, além de frizado e quebradiço. Por isso, é importante hidratá-lo regularmente. "Isso pode ser feito por meio de condicionadores e/ou máscaras capilares potentes, optando, sempre, por produtos específicos para cabelos loiros", recomenda Marcella, que ainda indica incluir shampoos e condicionadores tonificantes no cronograma capilar, pois irão ajudar a manter o tom e combater o desbotamento ou o amarelamento do mesmo.

 

2. Tenha um bom protetor térmico

Em decorrência do forte impacto químico que o cabelo loiro sofre, os fios se tornam mais suscetíveis a danos, especialmente aqueles causados pelo calor, ou seja, por fontes térmicas. "Por causa do intenso processo de descoloração, as madeixas, de forma inevitável, ficam mais fragilizadas e propensas a determinados prejuízos, como a alteração da cor, que ocorre pela queimadura do fio", explica. Dessa forma, torna-se imprescindível proteger o cabelo, por meio de protetores térmicos, ao usar ferramentas de calor.

 

3. Não esqueça de proteger os fios do sol

Assim como as fontes de calor, os raios solares podem desbotar a cor do cabelo e causar danos severos, principalmente quando exposto ao sol durante longos períodos de tempo. "Para preservar a saúde dos fios, é essencial usar sprays, óleos, leave-ins ou cremes capilares que possuam proteção solar. Atualmente, existem diversas opções acessíveis no mercado e que vão ajudar a cuidar das madeixas na praia e/ou piscina", acrescenta Dias.

 

4. Evite produtos com sulfatos

Cosméticos com sulfatos podem ser especialmente prejudiciais para cabelos coloridos, pois desbotam a cor de forma mais rápida. Além disso, produtos com alto teor de álcool na composição podem ressecar ainda mais o cabelo, um grande problema para o loiro, que já possui tal propensão devido ao processo químico. "Não deixe de ler os componentes dos produtos que for utilizar, afinal, cabelos com esse nível de descoloração precisam ter cuidados redobrados e contínuos", comenta.
 

De acordo com a especialista, qualquer tipo de cabelo pode ser tingido de loiro, mas há alguns pontos a se considerar. Para chegar a essas tonalidades mais extremas, é necessário, em grande parte das vezes, descolorir os fios primeiro, especialmente se o cabelo tiver um tom mais escuro. Após a descoloração, a cor loira desejada é aplicada. Este é um processo que pode ser bastante prejudicial e agressivo, então, é fortemente recomendado que seja realizado por um profissional. Além disso, se o cabelo já estiver danificado ou enfraquecido, pode não ser uma boa ideia descolorir ou tingir, até que esteja em melhor condição. "É importante lembrar que, embora a cor do cabelo possa ser uma maneira divertida de expressar sua personalidade e estilo, é também um compromisso significativo. O cabelo loiro exige muita manutenção e cuidado e pode ser caro manter a cor. Por isso, certifique-se de estar preparado para isso antes de decidir mudar a cor do seu cabelo", finaliza a expert.



Foto: Freepik

 

terça-feira, 20 de junho de 2023

Como evitar danos no cabelo durante os dias frios

 


O frio chegou. É hora de tirar os casacos do armário, saborear bebidas quentes e curtir a temporada. Mas você sabia que o clima frio também pode afetar a saúde dos seus cabelos? O frio intenso e a baixa umidade do ar podem causar danos significativos aos fios, pois os cabelos ficam mais propensos a ressecamento, opacidade e até mesmo queda durante o inverno. Confira as dicas do dermatologista dr. Gustavo Martins e saiba quais cuidados especiais deve ter com as madeixas durante essa época do ano e manter seus cabelos saudáveis e deslumbrantes.

Hidratação é a palavra-chave: o frio retira a umidade natural dos fios, tornando-os secos e quebradiços. O dr. Gustavo recomenda investir em produtos de hidratação intensa e fazer tratamentos regulares para repor a umidade perdida. "Máscaras capilares, óleos e condicionadores são grandes aliados nessa batalha contra o ressecamento", destaca o especialista.

Proteja seus cabelos: assim como protegemos nossa pele do frio com roupas e cremes, nossos cabelos também precisam de cuidados extras. "Use chapéus, gorros ou lenços para proteger seus fios dos ventos gelados e evitar que eles fiquem expostos ao ar frio por muito tempo", aconselha o dr. Martins. Além disso, ele recomenda evitar banhos muito quentes, pois a água quente pode ressecar ainda mais os cabelos.

Alimentação balanceada: uma dieta saudável e equilibrada é essencial para a saúde dos cabelos, especialmente no inverno. "Certifique-se de incluir alimentos ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes, como frutas, legumes, peixes e nozes. Eles ajudam a fortalecer os fios e a mantê-los saudáveis", explica o especialista.

Evite o uso excessivo de secadores e chapinhas: o calor excessivo desses aparelhos pode danificar ainda mais os cabelos no inverno. O médico sugere deixar os fios secarem naturalmente sempre que possível e, quando precisar usar o secador, optar por temperaturas mais baixas.

Corte regularmente as pontas: o inverno é uma ótima época para renovar o visual e eliminar as pontas duplas. O especialista recomenda fazer cortes regulares para manter os cabelos saudáveis e estimular o crescimento dos fios. 



Foto: Freepik

 

terça-feira, 23 de maio de 2023

Dia Mundial da Saúde Digestiva: sobrevida dobrou em 20 anos

 


Uma análise inédita, realizada pelo A.C.Camargo Cancer Center, identificou chance de sobrevida global superior à de 50% (podendo chegar até 84% se detectado cedo) em cinco anos para pacientes com câncer gástrico tratados na instituição nos últimos 20 anos. Isso significa um aumento de mais de 100% se compararmos as mesmas estatísticas no começo do século. O dado do Observatório do Câncer reforça a importância do diagnóstico precoce, acesso a tratamentos oncológicos modernos e de campanhas de conscientização, como o Dia Mundial da Saúde Digestiva, instituído em 29 de maio. 

A pesquisa avaliou mil casos de adenocarcinoma gástrico. Conforme o líder do Centro de Referência em Tumores do Aparelho Digestivo Alto, Dr. Felipe Coimbra, o resultado é uma excelente notícia para o tratamento dos pacientes com esses tumores no Brasil. "Há 20 anos, o paciente tinha a chance de sobrevida em torno de 25%. Se o mesmo paciente passasse hoje para tratamento com nossa equipe ele teria uma chance de mais de 100% em comparação ao ano de 2000", explica. 

Entre os principais motivos para esse aumento, o especialista aponta os avanços em tratamento multidisciplinar e a inovação, como o uso de tratamentos quimioterápicos antes e após a cirurgia, protocolos de recuperação precoce e a implementação da cirurgia minimamente invasiva laparoscópica e robótica. Atualmente, mais de 80% dos casos são operados por vias menos invasivas. 

Um outro ponto fundamental foi o trabalho interdisciplinar. "Tivemos uma melhoria da estrutura de reuniões multidisciplinares, chamadas de tumor boards, onde casos de alta complexidade e que necessitam expertise de vários grupos ao mesmo tempo são discutidos com alta resolução", completa Coimbra. 

Para contribuir com o aumento da sobrevida, o vice-líder do Centro de Referência em Tumores do Aparelho Digestivo Alto, Dr. Tiago Felismino, completa que o diagnóstico precoce é essencial. "O rápido reconhecimento dos sintomas e a realização de uma endoscopia digestiva alta são imprescindíveis. As novas estratégias de tratamento, como imunoterapia e terapia-alvo têm gradativamente melhorado a sobrevida dos pacientes com doença mais avançada", destaca. 

Por fim, o Dr. Felipe Coimbra reforça a importância das pesquisas clínicas, que viabilizam o conhecimento e novas possibilidades em benefício dos pacientes no futuro. Ao todo, já foram realizados 150 estudos, nos últimos 20 anos, no A.C.Camargo Cancer Center. Todos os ensaios clínicos podem ser encontrados no site da instituição. 

Cenário atual do câncer gástrico 

Ainda segundo o Observatório do Câncer, o número de casos de câncer do aparelho digestivo alto ultrapassou os de pulmão, ginecológicos e colorretais, nos últimos 20 anos. Ao todo, o A.C.Camargo registrou 2.416 casos de câncer de estômago entre o período de 2000 a 2020. 

Em um cenário geral, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que são esperados, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, cerca de 21 mil novos casos no Brasil. Segundo o órgão, sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de estômago é a quarto mais comum nos homens e o sexto nas mulheres, dentre os tipos de câncer mais frequentes no país. 

Principais sintomas

Os sintomas do câncer de estômago costumam ser inespecíficos no início e parecer um quadro simples de gastrite, o que faz com que muitas pessoas demorem a procurar um médico e só sejam diagnosticadas em estágios mais avançados da doença.

  • Dor de estômago
  • Azia e má digestão
  • Sensação de empachamento mesmo comendo pouco
  • Dificuldade para engolir e refluxo (nos casos de tumores na parte mais alta do estômago)
  • Inchaço no abdome
  • Náusea e vômitos
  • Perda de apetite
  • Diarreia ou prisão de ventre
  • Perda de peso inexplicável 

FATORES DE RISCO

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver câncer, mas isso não quer dizer que necessariamente a pessoa vai ter câncer de estômago. 

Infecção por Heliobacter pylori: aquela sensação de queimação no estômago merece uma visita ao médico. O consumo constante e indiscriminado de remédios para azia e má digestão pode mascarar essa infecção.

Consumo excessivo de sal: conservas, defumados e carnes salgadas para serem preservadas também estão na lista dos fatores de risco. Os países com maior incidência desse tipo de câncer consomem largamente esses produtos.

Fumo: estudos indicam que fumantes têm o dobro do risco de ter câncer de estômago que os não fumantes. O consumo excessivo de álcool também aparece como fator de risco.

Sexo: a doença é mais comum em homens do que em mulheres.

Idade: o câncer de estômago costuma aparecer em pessoas com mais de 55 anos.

Síndromes familiais de câncer também estão associadas ao aparecimento do câncer de estômago. Portadores de síndrome de Li-Fraumeni, de câncer colorretal não poliposo (HNPCC) e de câncer gástrico familial também correm maior risco de apresentar esse câncer. 

Tratamento

O único tratamento curativo do câncer gástrico é a cirurgia. Tumores extremamente precoces podem ser removidos por endoscopia. Os demais pacientes são candidatos a uma gastrectomia (cirurgia para retirada do tumor do estômago), que pode ser total, em que todo o estômago é removido, ou parcial, em que uma parte do órgão é preservada.  

No A.C.Camargo Cancer Center, esse procedimento pode ser feito por cirurgia robótica, que é mais precisa e permite que o paciente se recupere e tenha alta em menos tempo, por laparoscopia ou ainda por cirurgia convencional, aberta. Se o estômago todo precisar ser removido, durante a cirurgia é feita uma conexão do esôfago com o intestino delgado, para que o paciente possa se alimentar. Para se adaptar a essa nova situação, o principal é fracionar a alimentação em várias vezes e pequenas quantidades de cada vez. Também pode ser necessário ingerir suplementos de vitaminas.

A cirurgia é feita por cirurgiões especializados e com o esquema correto de quimioterapia e/ou radioterapia, entre 60% e 70% dos pacientes com doença localizada ou regional tratados são curados. 

É importante destacar que temos resultados excelentes no tratamento do câncer de estômago, comparáveis aos registrados no Japão e na Coreia, países que têm os melhores resultados do mundo.

 

Foto: Freepik

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Saiba quais tratamentos estão por trás da estética dental

 


mercado de odontologia está em constante ascensão, pesquisas apontam que a busca por profissionais da área está em alta no mundo inteiro. A companhia irlandesa Research and Markets ilustrou uma média de crescimento anual de investimento na área de 5,59% desde 2018. Isso faz com que a previsão para o final de 2023 seja de cerca de US 35,7 bilhões. 

No Brasil, não é diferente. Segundo o IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), em 2020 o número de procedimentos odontológicos foi de 154 milhões e em 2021 o número cresceu para 174 milhões. O estudo também mostra que em 2021 os brasileiros investiram R 3,2 bilhões em assistência odontológica. Esta busca é - muitas vezes - motivada pela estética, segundo o especialista Renato Trezza, especialista em odontologia estética e reabilitadora, diretor do Dental Studio Rio e líder de opinião da EMS  "Os tratamentos mais procurados são os chamados reabilitadores restauradores. Ou seja, pacientes com queixas estéticas, muitas vezes, que necessitam de algum tipo de reparo", explica o especialista. "Não podemos deixar de lado, portanto, os tratamentos de prevenção, que visam tanto a estética quanto a saúde bucal como um todo, uma vez que os dentes não são o único componente da boca, temos os tecidos moles e a gengiva, por exemplo. Por isso, nós, dentistas, instruímos muito o paciente no quesito prevenção", completa. 

Porém, a maior dica para quem deseja manter a estética bucal é a prevenção. Renato Trezza explica que queixas estéticas podem ter sua raiz em algum outro problema e isso só pode ser observado a partir de uma avaliação específica. Além disso, neste processo são considerados três pilares: saúde, estética e funcionalidade. 

Segundo o especialista, todo o tratamento restaurador passa pela etapa de análise clínica, com exames prévios e, a partir deste momento, o caso é submetido a uma avaliação, baseada nos pilares citados anteriormente. "Este processo leva em consideração a queixa do paciente e suas reais necessidades para definir qual o tratamento mais adequado, pois há momentos em que o paciente deseja algo que não é replicável a ele. Além disso, há casos em que existe uma queixa estética, que - na verdade - é causada por algum outro fator de saúde ou funcionalidade", esclarece Trezza. 

Outro fator relevante é que cada indivíduo é único, portanto precisa de um tratamento personalizado e que se adeque às suas necessidades. "Cada paciente tem uma necessidade diferente, por esta razão, tem uma recomendação apropriada. Existe um mito, por exemplo, que a visita ao dentista deve ser feita a cada 6 meses para todos os pacientes. Em alguns casos, a frequência ideal pode ser anual, em outros, é preciso que haja, pelo menos, quatro consultas anuais. Tudo varia de acordo com a necessidade real de um", evidencia o especialista. 

A importância da prevenção 

Parte deste processo de prevenção é a profilaxia, que trata da limpeza dos dentes e tem uma importância fundamental na saúde bucal. Para este procedimento, existe uma tecnologia inovadora, personalizada, eficiente e indolor, chamada protocolo GBT - Guided Biofilm Therapy, da EMS, que atua tanto na ação do dentista, quanto na educação e instrução ao paciente. "O protocolo GBT veio para auxiliar bastante, tanto por ser algo protocolar, o que nos permite orientar e guiar o paciente, instruindo-o da maneira correta, quanto como um meio de motivá-lo, fornecendo mais informação e com melhor qualidade", relata Trezza. 

Para que isso aconteça, o procedimento conta com um evidenciador - produto que indica os locais onde há maior necessidade de escovação. "Ao usar o evidenciador podemos mostrar ao paciente as regiões que necessitam de um cuidado maior. Com este direcionamento, o paciente volta para as próximas consultas mais motivado e com um aspecto da boca mais limpo, pois teve uma percepção clara dos aspectos que precisavam ser melhorados. Esse fator reflete diretamente nos cuidados bucais", esclarece o dentista. 

Vale ressaltar também que os cuidados do dia a dia são parte importante da manutenção da saúde bucal, comprometendo seu sucesso e sua longevidade. Tudo começa na instrução do paciente, dada pelo profissional de odontologia, quanto aos cuidados que devem ser tomados em casa, como tipo de creme dental ou tipo de escova de dentes e técnica escovatória, são essenciais. 

O especialista ressalta a importância deste fator: "O primeiro ponto fundamental para fazer odontologia estética restauradora com eficiência é a saúde: bucal, periodontal e gengival. Isso vem primeiramente de um processo de adequação, onde o protocolo GBT entra de uma forma extremamente eficiente. Ao utilizá-lo, é possível perceber uma mudança real e efetiva quanto à estética do paciente", explica. 

Por fim, é preciso lembrar de que a estética é uma consequência dos cuidados com a saúde bucal e só pode ser alcançada com cuidados frequentes. Não é possível separar a saúde da beleza dos dentes, uma vez que a Odontologia estética é uma soma de fatores que levam à excelência, não um fator único. Portanto, a percepção do todo é muito importante, até porque, a saúde começa pela boca e pode ser vista como uma consequência da preocupação com a prevenção e da educação dos pacientes.


Foto: Pixabay

 


quinta-feira, 20 de abril de 2023

5 mitos sobre pedra nos rins

 


Cálculos renais, popularmente conhecidos como pedras nos rins, são extremamente comuns e podem afetar até um em cada 10 adultos. Esses cálculos podem ser pequenos e passar despercebidos ou grandes o suficiente para causar dor e desconforto intensos, a chamada crise renal.

Justamente por serem tão frequentes e afetarem quase 10% da população, existem muitos mitos sobre este assunto, e é importante estar bem-informado para evitar equívocos e saber como prevenir ou tratar esta condição.

Dra. Tamara Cunha, médica nefrologista pela UNIFESP e especialista em prevenção de cálculos renais esclarece os mitos mais comuns:

 

·         Pedras nos rins são causadas pelo consumo excessivo de cálcio.

Embora a maior parte dos cálculos renais seja formação cálcica (um composto chamado oxalato de cálcio), é um mito que o consumo de cálcio aumenta o risco de formação. "Na verdade, hoje sabemos que o cálcio proveniente da alimentação é um potencial aliado no tratamento dos cálculos de oxalato de cálcio e que estratégias de restrição da ingestão de cálcio podem piorar tanto as formações quanto a saúde dos nossos ossos", explica a médica.

 

·         Beber muita água pode desfazer as pedras nos rins.

A hidratação é um dos pilares básicos no processo de prevenção de cálculos renais. No entanto, beber água em excesso não é benéfico para desfazer ou diluir cálculo renal. É importante beber quantidades suficientes de líquidos para manter a urina diluída e esta quantidade é melhor ajustada de acordo com o peso de cada um. Uma regra simples que ajuda adultos é calcular a ingestão de líquidos necessária por dia multiplicando 30mL para cada kg de peso. Por esta regra, um indivíduo adulto, sem outros problemas de saúde que indiquem limitar a quantidade de líquidos, deve ingerir 2100mL de líquidos ao longo do dia (30x70=2100mL).

 

·         Apenas pessoas com histórico familiar de pedras nos rins precisam se preocupar.

Embora uma predisposição genética possa aumentar o risco de formação de cálculos renais, qualquer pessoa pode desenvolver pedras nos rins. Hoje, sabe-se que a maior parte das pessoas que desenvolve cálculos renais apresenta tanto fatores genéticos quanto ambientais - sendo os principais o sedentarismo e uma dieta desequilibrada.

 

·          Pedras nos rins só causam dor nas costas.

Embora a dor nas costas seja um sintoma comum de pedras nos rins, outras manifestações incluem dor ao urinar, micção frequente ou urgente, náusea e vômito, dor abdominal, sangue na urina e febre. Dependendo do tamanho e localização do cálculo, os sintomas podem variar.

 

·          É seguro tomar chá de quebra pedra durante a crise renal.

Embora muitas pedras nos rins possam ser eliminadas naturalmente através da urina, algumas pedras podem ser grandes demais ou obstruir o trato urinário, sendo urgente a avaliação em ambiente hospitalar. Em alguns casos, pode ser necessário tratamento médico para eliminar os cálculos renais, seja através de medicamentos ou procedimentos urológicos. Dra. Tamara Cunha explica que o consumo de chá de quebra pedra durante a crise não será capaz de dissolver o cálculo impactado e pode fazer com que o indivíduo atrase sua procura por assistência médica na expectativa de que o chá resolverá o problema.

A médica ainda reforça que é importante estar informado sobre os fatores de risco, sintomas e opções de tratamento para prevenir ou tratar o cálculo renal de maneira adequada.

Além disso, é importante que todos saibam que cálculos renais são diferentes entre si e, portanto, os fatores que estão levando à formação de cálculos de uma pessoa podem ser completamente diferentes de outra. "Existem formas eficientes de prevenir este problema, mas somente uma avaliação individualizada pode ser capaz de estabelecer o tratamento específico e mais eficaz em cada situação", finaliza a nefrologista. 



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