segunda-feira, 15 de junho de 2015

Entenda melhor a diarreia



Você sabia que a diarreia pode até matar? Ela é caracterizada geralmente por provocar o aumento do número de evacuações e a perda da consistência das fezes. Segundo o médico especialista em doenças do aparelho digestivo João Gomes Netinho, a diarreia pode ser causada por uma infecção ou também por alergia. Essa complicação tem início geralmente pela desidratação causada pela perda de água e falta de minerais importantes como sódio e potássio. Bebês, crianças e idosos fazem parte do grupo que mais corre risco de morte, por conta da desidratação.
Netinho explica que o intestino funciona, basicamente, absorvendo e eliminando líquidos e substâncias, e quando sua função sofre alteração, desenvolve-se um desequilíbrio entre eliminação e absorção podendo gerar o quadro da diarreia. A avaliação médica parte de duas questões importantes. “Saber há quanto tempo a diarreia está presente. Descobrir o provável local, intestino delgado ou grosso, pode auxiliar no diagnóstico médico”, explica.
O médico lembra ainda que existem dois tipo de diarreia: a aguda, que geralmente dura de uma a três semanas, e na maioria dos casos não necessita de intervenção médica. Já a diarreia crônica dura mais que três semanas e é dividida em dois grupos; o primeiro é a diarreia que pode ser controlada com a realização de um jejum; e o segundo tipo, é aquele que não corresponde aos jejuns e as fezes podem apresentar muco ou sangue.
“Quando as fezes apresentam sangue ou muco, o paciente deve procurar um especialista, para que possa ser feito um diagnóstico diferenciado, pelo qual podem ser identificadas doenças inflamatórias no intestino, tumores ou alguma outra infecção”, diz o médico.
O médico avisa que água é muito importante, mas apenas ela não vai recompor a perda de sódio e potássio causada pela diarreia. Por isso, tome também soro caseiro e alguns isotônicos que existem no mercado. Mantenha sua alimentação quando você estiver com diarreia. Neste caso prefira alimentos mais leves. Muitas pessoas associam de forma errada a diarreia com alimentação e deixam de comer.
Alguns medicamentos podem até causar uma sensação de alívio aos sintomas da diarreia, mas estes não devem ser consumidos, pois a diarreia é uma manifestação de defesa natural do nosso organismo.
E por último, mas não menos importante, Netinho ressalta a necessidade de uma boa higiene para evitar que você seja infectado ou contaminado pela diarreia. “Lavar sempre muito bem as mãos e sempre que for ao banheiro dar a descarga com a tampa do vaso sanitário fechada, são alguns cuidados que podem ser tomados para evitar o problema”, finaliza o médico.

domingo, 14 de junho de 2015

Cuide bem da sua pele no inverno

Durante o inverno, as temperaturas mais baixas levam à diminuição do suor e da produção de óleo pelas glândulas sebáceas, que contribuem para a manutenção da umidade na pele. Além disso, o frio, ventos e a baixa umidade do ar diminuem a hidratação natural da pele, deixando-a mais ressecada e sensível. Intensificando ainda mais este ressecamento, as pessoas tendem a tomar banhos mais quentes nesta época, o que provoca uma remoção da oleosidade natural de forma mais intensa, diminuindo o manto lipídico que retém a umidade da pele.
A dermatologista Nicole Perim, especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que a pele ressecada pode ter sua função de proteção comprometida, apresentando aspereza, perda da elasticidade, descamação, rachaduras, e produzindo sintomas como coceira e ardência ao contato com substâncias irritantes. “Com esses fatores, durante o inverno algumas doenças podem ser exacerbadas por causa do ressecamento da pele, como a dermatite atópica, dermatite seborreica e a psoríase”, explica.
A dermatologista Leandra Metsavaht, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que, no caso da dermatite atópica e psoríase, as medidas preventivas são banhos frescos, rápidos, uma vez ao dia, com pouco sabonete  ou com sabonetes especiais, recomendados pelo dermatologista, sem bucha nem esfregão, além de muita hidratação, principalmente logo após o banho. “No caso da dermatite seborreica, quando é na face, a hidratação costuma funcionar bem como prevenção. Já no couro cabeludo, é necessário consultar o dermatologista para prescrever um shampoo para manutenção. Sabe-se, porém, que, no inverno, a caspa costuma voltar, mesmo que de forma leve”, diz ela.
Confira dicas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para manter a sua pele hidratada durante o inverno.
  •  Beber no mínimo 2 litros de água por dia.
  •  Manter uma alimentação rica em frutas, legumes e verduras.
  •  Evitar o uso excessivo de sabonetes. Utilizar sabonetes apenas uma vez ao dia.
  •  Evite banhos quentes e muito demorados; evite se ensaboar demais e usar buchas, que também contribuem para alterar a composição do manto hidrolipídico (hidratante natural produzido pelo organismo) que protege a pele.
  •  Use o hidratante logo após o banho – ainda no banheiro – com aquele vaporzinho pós-banho, pois ajuda na penetração do creme.
  •  Os lábios também costumam ressecar muito no inverno. É importante usar hidratantes labiais para evitar rachaduras.
  •  Utilizar filtro solar diariamente.
Segundo a dra. Nicole, as substâncias hidratantes ajudam a recompor o teor de água da pele e a evitar a perda da mesma através das células epidérmicas. Todos os tipos de pele precisam de hidratação, até a pele oleosa. A diferença é a escolha certa do produto a ser utilizado, por isso é importante consultar um dermatologista para saber qual formulação é a ideal para o seu tipo de pele”, explica.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia explica um pouco sobre cada uma dessas doenças, suas causas, sintomas e formas de tratamento.
Dermatite atópica
A dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica da pele com períodos de melhora e piora. Não se sabe exatamente a causa, porém sabe-se que há um caráter familiar associado a fatores externos. Não é uma doença contagiosa e a sua frequência na população vem aumentando gradativamente.  Caracteriza-se por lesões inflamadas da pele, avermelhadas, que coçam, descamam, e acometem principalmente as dobras do corpo, como as dos joelhos, cotovelos e pescoço. Nos casos mais graves, pode acometer grande parte da superfície corporal. Portadores de dermatite atópica apresentam uma incidência maior de infecções bacterianas, fúngicas ou virais da pele. Apesar da melhora gradativa da doença com a progressão da idade, o paciente com dermatite atópica tende a manter, durante toda a sua vida, uma pele ressecada que se irrita facilmente. A dermatite atópica tende a aparecer ou a piorar quando a pessoa é exposta a certas substâncias ou condições, como o clima frio.
Dermatite seborreica 
A dermatite seborreica é uma inflamação na pele que causa principalmente escamação e vermelhidão em algumas áreas da face, como sobrancelhas e cantos do nariz, couro cabeludo e colo.  É uma doença de caráter crônico, com períodos de melhora e piora dos sintomas. A causa não é totalmente conhecida, e a inflamação pode ter origem genética ou ser desencadeada por agentes externos, como alergias, situações de fadiga ou estresse emocional, tempo frio, excesso de oleosidade.
Existem inúmeros tratamentos para controle da dermatite seborreica e alívio dos sintomas. Podem ser utilizadas substâncias que controlam a oleosidade da pele e couro cabeludo, muitas vezes em forma de shampoos e sabonetes; cremes ou loções de corticoides para alívio da inflamação e coceira; e antifúngicos; todos prescritos para cada paciente por seu dermatologista. Uma novidade é uma medicação oral, que reforça as defesas imunitárias e a função “barreira” do organismo, melhorando a dermatite seborreica.
É importante lembrar que a dermatite seborreica é uma doença crônica, que pode ser controlada com o tratamento correto e após com tratamento de manutenção para tentar evitar recidivas.
Psoríase
A psoríase é uma doença da pele relativamente comum, crônica e não contagiosa. Em geral são lesões arredondadas, vermelhas e descamativas, nas áreas extensoras dos membros, mas podem aparecer por todo o corpo. As lesões de psoríase tendem a piorar durante o frio, devido ao ressecamento da pele no inverno.
É uma doença cíclica, ou seja, apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente. Sua causa é desconhecida, mas sabe-se que pode ter causas relacionadas ao sistema imunológico, às interações com o meio ambiente e à suscetibilidade genética.
Há vários tipos de psoríase, e o dermatologista poderá identificar a doença, classificá-la e indicar a melhor opção terapêutica.
Saiba mais: http://www.sbd.org.br/

sábado, 13 de junho de 2015

Esfoliantes ajudam no bom aspecto da pele



Muitas são as dúvidas que surgem quando o assunto é esfoliação da pele. Quando ela é necessária? Como fazer? Quais produtos utilizar? Essas, entre outras perguntas, são frequentes, e merecem atenção, afinal a esfoliação requer alguns cuidados importantes. Trata-se de um processo de remoção das células desvitalizadas da camada superficial da pele.
De acordo com a dermatologista Carolina Marçon, a esfoliação promove um peeling mecânico, removendo as células desvitalizadas da camada córnea da epiderme (porção mais superficial da pele). Essas células acumulam-se diariamente, deixando a aparência opaca e sem viço.
A médica explica que a esfoliação melhora o aspecto e a textura da pele, ao expor suas camadas mais jovens e saudáveis e desobstruir os poros. Além disso, previne o aparecimento de pelos encravados e acne e facilita a penetração e ação de hidratantes e outros dermocosméticos, uma fez que a pene fica mais fina e receptiva. “Na esfoliação eliminamos impurezas que, apesar da higiene diária, se acumulam. O processo também estimula a circulação sanguínea local, promove a renovação celular e pode clarear manchas”, diz ela. 
Os produtos esfoliantes podem apresentar diversas versões: cremes, sabonetes líquidos e em barra, óleos corporais, buchas de banho, gel, entre outros. As partículas que promovem a esfoliação da pele também variam, podendo ser de origem vegetal, como sementes de bambu, damasco, maracujá e linhaça, ou sintéticas, cada uma delas com características menos ou mais abrasivas. Segundo dra. Carolina, quanto maior a dimensão dos grânulos, maior será o efeito abrasivo, devendo-se evitar os produtos com grânulos de dimensões exageradas, pois podem levar a lesões cutâneas. Assim, quanto maior a sensibilidade da pele, menor deverá ser o tamanho dos grânulos.
A dermatologista recomenda que a esfoliação seja feita com a pele úmida, durante o banho, já que o vapor da água quente dilata os poros e isso facilita a tarefa de limpeza da pele. Ressalta que a frequência depende do tipo de pele e do produto utilizado. De forma geral, a recomendação é usar esses produtos duas a três vezes por semana nas peles mais oleosas. Nas peles secas, a frequência cai para uma vez por semana ou a cada 15 dias. A esfoliação corporal dever ser feita uma ou duas vezes por semana e sempre que se pretender aplicar algum tratamento à pele”, explica
O mesmo esfoliante do rosto não serve para o corpo e vice-versa. O rosto pede grânulos menores e mais delicados e o corpo grânulos maiores, pois a pele do rosto é mais sensível e fina. Nos dois locais, é importante retirar todo o produto e passar um hidratante depois, pois a pele fica fragilizada e desidratada. A esfoliação facial deve ser feita com muita cautela, em movimentos suaves e com produtos de qualidade, específicos para a região. Para quem tem acne, o cuidado deve ser redobrado, pois não se deve esfoliar uma pele com lesões inflamatórias, a reação pode se tornar ainda mais intensa, levando ao aparecimento de manchas e cicatrizes. Além disso, esfoliação muito intensa e frequente em peles oleosas, pode levar a um efeito ‘rebote’, com aumento de produção de sebo pelas glândulas sebáceas.
Sobre as contraindicações para a realização da esfoliação, a dermatologista faz um alerta: quem possui pele seca deve ter cuidado, pois se a pele não for hidratada adequadamente após a esfoliação, pode ressecar ainda mais. Pacientes com dermatite atópica, psoríase, eczemas e demais dermatoses que alteram a epiderme (camada mais superficial da pele) também devem evitar o procedimento devido ao risco de piora das lesões, uma vez que a pele se apresenta fragilizada. Os tratamentos que deixam a pele mais sensível, fina e geram reação inflamatória não devem ser associados à esfoliação, pelo risco de trauma físico, aparecimento de feridas e manchas, como por exemplo, peelings, laser e uso de ácidos mais potentes.
Após a esfoliação, a médica reforça que a hidratação da pele é importante para restituir a camada hidrolipídica e não resultar numa pele ressecada. Pode-se optar por aplicar um produto mais nutritivo ou séruns ricos em minerais e vitaminas que dão mais luminosidade à pele. O segredo para o resultado iluminado não se restringe em esfregar um produto esfoliante na pele, mas sim em hidratá-la corretamente após o ritual, completa.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Tire suas dúvidas sobre o glaucoma



Poucas pessoas sabem sobre o glaucoma e como ele afeta a qualidade de vida dos pacientesA especialista em glaucoma do IMO, a oftalmologista Márcia Lucia Marques (CRM-SP 110.583), explica sobre a doença, e fala sobre a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e o manejo da doença por pacientes e oftalmologistas. Confira:
A idade é um fator de risco importante para o glaucoma?Pense em alguém que você conheça que tem glaucoma. As chances de que essa pessoa seja um idoso são grandes, pois a doença afeta mais de 2,2 milhões de americanos com mais de 40 anos de idade, com a maior incidência de casos a partir dos 70 anos ou mais. Apesar das dificuldades para realização de estudos epidemiológicos em nosso país, a Sociedade Brasileira de Glaucoma aponta cerca de 900.000 portadores da doença no Brasil; provavelmente, 720.000 são assintomáticos. Dentre os fatores de risco conhecidos para a doença, a idade é responsável pelo aumento considerável da incidência e da prevalência de glaucoma.
Além do desafio do diagnóstico precoce, o glaucoma é uma doença de difícil manejo?
O glaucoma é uma doença que apresenta desafios para o paciente e para o oftalmologista. Quando o glaucoma é tratado em seus estágios iniciais, a perda da visão pode ser prevenida. No entanto, os estudos mostram que mais da metade dos pacientes com glaucoma não aderem aos planos de tratamento prescritos devido a fatores que incluem dificuldades em aplicar colírios, falta de educação sobre a medicação e esquecimento. Muitos pacientes lutam diariamente para aderir ao tratamento, especialmente os que estão gerenciando outros problemas de saúde ao mesmo tempo. Mas, para cada dificuldade, há uma solução, que pode ser desenvolvida para cada paciente. Não tenha medo de perguntar ao oftalmologista tudo o que você precisa saber sobre o tratamento do glaucoma.
Um trabalho apresentado durante o congresso anual da Academia Americana de Oftalmologia, revelou que mulheres que tomaram contraceptivos orais por um período de três anos ou mais são duas vezes mais propensas a desenvolver glaucoma. Como as mulheres podem se prevenir da doença, visto que a pílula é um dos contraceptivos mais difundidos?Os autores desse estudo alertaram ginecologistas e oftalmologistas, destacando que estes profissionais precisam estar atentos para o fato que os contraceptivos orais podem desempenhar um papel importante em quadros glaucomatosos. Estes profissionais devem informar suas pacientes sobre a importância dos exames de visão periódicos e sobre os outros fatores de risco para a doença, visando a prevenção do glaucoma. Embora os resultados do estudo não indiquem claramente que os contraceptivos orais tenham um efeito causador no desenvolvimento do glaucoma, eles indicam que o uso, de contraceptivos orais, a longo prazo,  pode ser um fator de risco potencial para o glaucoma. E este dado pode ser considerado como parte do perfil de risco para uma paciente em conjunto com outros fatores de risco existentes já conhecidos, tais como: etnia, história familiar de glaucoma, história de aumento da pressão intraocular ou defeitos no campo visual existentes.
Pesquisadores de Taiwan descobriram que as pessoas com apneia do sono são muito mais propensas a desenvolver glaucoma em comparação com aquelas sem esta condição. Como se estabelece essa relação?Este estudo determinou que a apneia obstrutiva do sono não é simplesmente um marcador para a saúde debilitada. Na verdade, a apneia é um fator de risco independente para o glaucoma de ângulo aberto. A relação entre as duas condições é significativa, dado o grande número de pessoas no mundo que sofrem com elas. A apneia do sono é uma condição crônica que bloqueia a respiração durante o sono em mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo.  Durante uma crise de apneia obstrutiva do sono, as vias aéreas tornam-se bloqueadas, provocando uma pausa na respiração que pode perdurar por até dois minutos. Os sintomas incluem ronco alto e sonolência diurna persistente. O glaucoma afeta cerca de 60 milhões em todo o mundo. Se não for tratada, a doença reduz a visão periférica e, eventualmente, pode causar cegueira, danificando o nervo óptico. Apenas metade das pessoas que tem glaucoma está ciente disso porque a doença é indolor e a perda de visão é tipicamente gradual. O estudo encoraja os médicos a alertarem os pacientes com apneia obstrutiva do sono sobre a associação entre a apneia e o glaucoma de ângulo aberto. A pesquisa pode ser usada como um mote para levantar a questão e incentivar o tratamento das duas condições.
De acordo com um estudo realizado com mais de 300.000 pacientes pela Escola de Medicina da Universidade de Michigan, pessoas que tomam estatinas para reduzir o risco de doenças cardiovasculares são menos propensas a serem diagnosticadas com a forma mais comum de glaucoma. Como se estabelece esse fator de proteção contra a doença?Segundo os autores desse estudo, o risco para o glaucoma foi reduzido em 8% em pacientes que tomaram estatinas continuamente por dois anos, em comparação com os pacientes que não tomavam estatinas. Segundo o estudo, o uso de estatinas pode ser mais relevante antes que o glaucoma seja diagnosticado ou nos primeiros estágios da doença. A pesquisa pode levar a novos tratamentos preventivos que poderiam beneficiar especialmente os grupos de maior risco, incluindo negros e aqueles com história familiar de glaucoma. A capacidade das estatinas de reduzir o risco aparente de glaucoma é devida a vários fatores, incluindo um fluxo de sangue melhorado para o nervo óptico e para células nervosas da retina, além de uma melhor saída do humor aquoso, o que pode reduzir a pressão intraocular.
Mudar o estilo de vida do paciente portador de uma doença crônica é um desafio para todos os profissionais de saúde. Para o paciente com glaucoma, por exemplo, é importante fazer exercícios físicos regularmente?Estudos sugerem que pacientes com glaucoma de ângulo aberto que se exercitam regularmente  – pelo menos 3 vezes por semana –  podem ser capazes de reduzir sua pressão intraocular  em até 20%. Mas se estes pacientes deixam de se exercitar por mais de duas semanas, a pressão intraocular aumenta novamente. Quando o assunto é a prática de exercícios físicos, o paciente com glaucoma precisa saber que a ioga e outros exercícios que envolvem posições de cabeça para baixo podem ser prejudiciais para o prognóstico da doença.  É importante dizer também que os exercícios físicos não têm efeito algum sobre o glaucoma de ângulo fechado. E podem, de fato, aumentar a pressão ocular em pacientes com glaucoma pigmentar. Exercícios de alto impacto podem liberar mais pigmentação da íris destes pacientes.  É fundamental que o paciente glaucomatoso converse com seu médico sobre  o programa de exercícios mais adequado.
O uso dos óculos de sol é essencial para o paciente com glaucoma?O glaucoma pode deixar os olhos mais sensíveis à luz e ao brilho do sol. Medicamentos para melhorar este sintoma podem agravar o problema. Os óculos de sol resolvem a questão e são importantes para a prevenção da catarata e de outras doenças da retina.  É importante lembrar que os óculos escuros não precisam ser caros. O mais importante é escolher óculos que bloqueiem pelo menos 99% dos raios UVB e 95% dos raios UVA.
Na internet há uma grande oferta de “remédios naturais” para o tratamento do glaucoma. Eles realmente auxiliam o tratamento do paciente?Uma série de remédios naturais e ervas  têm sido anunciados na internet como “bons para o tratamento do glaucoma”.  Por exemplo, não há evidências científicas de que o mirtilo – fitoterápico popular para distúrbios oculares – seja eficaz na prevenção ou no tratamento do glaucoma. Alguns estudos têm relatado que o ginkgo biloba  pode ter propriedades que oferecem benefícios aos pacientes com glaucoma, tais como o aumento do fluxo de sangue no olho, sem alterar a pressão arterial, a frequência cardíaca e a pressão intraocular. No entanto, muitas pesquisas ainda precisam ser feitas para comprovar estes benefícios. Não há a menor evidência que esta substância possa ser usada com segurança no tratamento do glaucoma. É importante não interromper a medicação prescrita pelo oftalmologista, pois a segurança dos medicamentos para o tratamento desta moléstia já foi atestada.
Mais informações sobre o glaucoma: www.imo.com.br

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Síndromes mielodisplásticas: mitos e verdades



As síndromes mielodisplásticas (SMD) são um grupo de doenças hematológicas malignas que se iniciam na medula óssea, nosso órgão hemoformador, responsável pela formação do sangue. Por ser pouco conhecida pela população, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) divulga informações de relevância sobre a doença, que afeta potencialmente pessoas acima dos 60 anos.
“A SMD tem como apresentação clínica mais comum a anemia. O indivíduo fica pálido e se queixa de fraqueza, cansaço aos esforços, peso nas pernas. A anemia no idoso é considerada um problema de saúde pública, pela sua alta prevalência. É necessária, portanto, uma avaliação criteriosa e especializada, para afastar outras causas de anemia nesse grupo populacional, como as anemias carenciais e a anemia por doença crônica para confirmação do diagnóstico”, explica Sílvia Magalhães, hematologista especializada no tratamento de SMD e diretora de comunicação da ABHH.
Confira os mitos e verdades sobre a SMD:
A SMD pode evoluir para outras doenças.
VERDADE.
 As células progenitoras acometidas podem sofrem sucessivos danos ao seu material genético,comprometendo sua proliferação e diferenciação, condição que pode, em um terço dos casos, evoluir para leucemia aguda.
A causa da doença é conhecida.
MITO
. Não se conhece a causa dessa doença em cerca de 90% dos casos (SMD primária). Em aproximadamente 10% dos casos a doença se desenvolve após exposição prévia a agentes quimioterápicos para tratamento de uma outra neoplasia prévia (SMD secundária).
Existe cura.
SIM. 
Porém o único tratamento com potencial curativo é o transplante de medula óssea. Infelizmente, a falta de doador, a idade avançada e a presença de outras comorbidades limitam muito a disponibilidade para esse tratamento.
O tratamento no Brasil é acessível como nos outros países.
MITO. 
Para os pacientes com o tipo de SMD chamado “deleção 5q” o tratamento considerado de primeira linha no mundo é a lenalidomida, com boa resposta em cerca de 70% dos casos. Essa droga, infelizmente, ainda não foi aprovada pela agência reguladora do Brasil, a Anvisa. Para pacientes com doença de mais alto risco de evolução para leucemia aguda está indicada uma droga da classe dos hipometilantes (azacitidina e decitabina), aprovados no Brasil, mas não disponíveis para pacientes no âmbito do Sistema Único de Saúde.
O transplante de medula óssea é procedimento essencial para o tratamento.
VERDADE. 
A indicação para o transplante de medula óssea deve ser sempre considerada, em especial para pacientes mais jovens e com doenças classificadas como de mais alto risco de evolução para leucemia aguda.
O paciente precisa realizar transfusão de sangue?
VERDADE.
 As transfusões de sangue (hemácias e plaquetas) são parte das medidas de suporte e fazem parte do tratamento de todos os pacientes. Um dos objetivos do tratamento é, além de melhorar a sobrevida, reduzir a necessidade transfusional e garantir melhor qualidade de vida aos pacientes.
Uma pessoa com SMD pode ter uma boa qualidade de vida, desde que tenha acesso ao tratamento adequado.
VERDADE. 
Com certeza não apenas qualidade de vida, mas também maior sobrevida. O ideal é que todos os pacientes tenham acesso a um centro especializado e ao tratamento melhor indicado para seu caso, em tempo hábil para se beneficiar.
Saiba mais: www.abhh.org.br

terça-feira, 9 de junho de 2015

ZíngaraFest: evento reúne tradições da cultura cigana

Foto: Dorival Pinheiro Filho

O Centro de Cul­tura Oriental by Sara Yacov promove no próximo dia 27 a ZíngaraFest, festa cigana que trará para a região de Jun­diaí um pouco dessa cultura. O evento será realizado das 15 ho­ras às 3 horas no Resort Paradies, na cida­de de Jarinu, SP.
Evento itinerante, que seguirá as cidades do Circuito das Frutas, a ZíngaraFest terá mú­sica, workshops de dança, gastronomia, bai­le e exposição, entre outras atrações. “Será uma grande reunião de pessoas, com mui­ta alegria regada à música e outras mani­festações artísticas”, diz a bailarina Sara Ya­cov, que promove o evento ao lado de Iolan­da de Oliveira.
Atrações
O local do evento estará totalmente am­bientado para abrigar as atrações, que pro­metem estender a festa até a madrugada. São elas:
- Duas atrações musicais: banda Fúria Cigana e dupla serta­neja Erik Dias e Mar­celinho;
- Workshops: dan­ça cigana do Rajastão (Índia), com Andrea Albergaria (bailarina e professora de Ati­baia), e rumba cigana e zambra (mistura de música árabe com ci­gana), com Alih Kalih (bailarino com reco­nhecimento interna­cional);
- Exposição de utensílios e fotos de famílias tradicionais;
- Cerimônia dedicada a Santa Sara, padro­eira dos ciganos;
- Baile;
- Gastronomia;
- Expositores.
Os convites custam R$ 60,00 e podem ser encontrados nas lojas LL Indiana (Maxi Sho­pping e Jundiaí Shopping, em Jundiaí), Franchitur (Caja­mar), Shopping Park Anhanguera, Rani Arti­gos Indianos (Atibaia) e Ali Kalih Dance Stu­dio (Guarulhos).

Mais informações: 11-94144-9718, 99820-4012, Facebook/ZíngaraFest

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Idosos devem realizar exercícios de proteção para prevenir lesões



Independentemente da faixa etária e das condições físicas, todos podem sofrer lesões nos músculos e articulações. Por isso, é cada vez mais comum a prática de exercícios considerados de proteção que, segundo o médico do esporte do Delboni Medicina Diagnóstica, dr. Luiz Augusto Riani, previnem lesões por meio do aumento da força, da resistência e da potência do sistema músculo esquelético, aumentando a amplitude dos movimentos e a estabilidade das articulações.
Os exercícios de proteção podem ser realizados por qualquer pessoa que queira prevenir possíveis lesões e degeneração das articulações. “Eles também têm sido indicados para quem sofre de obesidade, postura inadequada, desequilíbrios musculares e histórico de lesões musculoesqueléticas, como tendinite e lombalgia”, afirma o especialista. Nos idosos, estes exercícios podem proporcionar significativa melhora na sua qualidade de vida, já que aumentam o desempenho físico e reduzem as dores nas articulações. Para aqueles que sofrem de dor crônica musculoesquelética, degeneração articular e perda de força e flexibilidade, a prática destes exercícios também reflete em bons resultados.
É importante lembrar que cada pessoa deve ter seu plano de exercícios individualizado e adequado às suas necessidades específicas. “Devem ser respeitados os limites de cada pessoa, atentando-se às cargas excessivas, progressões muito rápidas e curtos intervalos de descanso. Isso vale principalmente aos idosos”, destaca Riani.
A principio, os exercícios de proteção devem ser feitos sob acompanhamento de um fisioterapeuta. Com o tempo, um professor de educação física pode avaliar a atividade em conjunto com um médico do esporte. Dependendo das condições e necessidades de cada pessoa, o médico pode também solicitar uma análise biomecânica.
Atletas de alto nível, com grande exigência mecânica corporal, também devem praticar estes exercícios com regularidade. Segundo o dr. Riani, além de prevenir lesões e dores, os exercícios de proteção podem aumentar a capacidade física e melhorar a performance, independentemente da atividade ou esporte praticado, promovendo efeitos positivos nas mais diferentes modalidades.
Como fazer
Existem diversos tipos de exercícios de proteção, que podem ser realizados tanto em academias quanto em casa. Geralmente são recomendados exercícios que buscam correção dos desvios e desequilíbrios de força, ajustes posturais, sincronização de músculos e ganho de amplitude de movimento.
Quando realizados em casa, os exercícios não necessitam de nenhum instrumento complementar, sendo utilizado o próprio peso corporal e posições e movimentos específicos. Estes são indicados principalmente para quem está no processo de recuperação de lesões, sem necessidade de cargas mais pesadas, mas sempre sob orientação adequada e cuidadoso controle da postura e do movimento conforme aprendido nas sessões com o profissional responsável, seja o fisioterapeuta ou o professor de educação física.
A realização frequente destes exercícios promete reduzir a fadiga na prática de atividades cotidianas. “É necessário frisar que os exercícios de proteção não substituem outras atividades físicas de maior intensidade e com estímulo específico em outras qualidades da aptidão física, mas sua prática deve ser adotada para evitar danos ao corpo com o passar dos anos”, conclui o médico.