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quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

AVC: sete fatos que talvez você não conheça

 


Todo mundo já ouviu falar e conhece alguém que teve, seja vizinho, amigo, parente, conhecido ou até mesmo celebridade. Esse contato dos brasileiros com o acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido popularmente como derrame, se explica em números: a doença é a segunda maior causa de morte no Brasil¹ e estima-se que, a cada seis segundos, uma pessoa morra por essa causa no mundo². Por aqui, são aproximadamente 400 mil casos por ano que resultam em 100 mil mortes³ - bem mais do que os cânceres de mama (18,4 mil)5 e de próstata (16,7 mil)v, por exemplo.

Mesmo com o aumento do fluxo de informações nos últimos anos quanto às principais causas do AVC, como preveni-lo e a importância de procurar atendimento médico nos primeiros sinais da doença, muitas dúvidas ainda rondam a população, e a informação segue como o principal meio de evitar que mais pessoas corram esse risco. Com o auxílio do dr. Hélio Penna, médico especialista em emergência e presidente da ABRAMEDE (Associação Brasileira de Medicina de Emergência), listamos abaixo 7 fatos sobre o AVC que devem ser amplamente difundidos para conscientização do público:

1- Existem dois tipos
O AVC pode ocorrer de duas formas. "Quando há a obstrução do vaso e interrupção do fluxo sanguíneo em uma área do cérebro, é conhecido como AVC isquêmico. Já quando ocorre um rompimento do vaso e extravasamento do sangue, temos um AVC hemorrágico", explica o dr. Hélio. Enquanto o primeiro representa a grande maioria dos casos, 84%, o segundo é mais raro, mas tem impactos mais complicados e um maior índice de óbitos¹.

2- É uma doença multifatorial
Não há uma causa definida para a ocorrência do AVC, e sim vários fatores correlacionados: doenças do coração, sedentarismo, diabetes, pressão alta, tabagismo, colesterol descontrolado, sexo, história de doença vascular prévia, uso de anticoncepcional, abuso de álcool e drogas, entre muitos outros¹.

3- Ao primeiro sinal, é necessário procurar ajuda médica
Os sintomas mais comuns são paralisia de um lado do corpo, dificuldade para falar, desequilíbrio, vertigem, alterações da visão e da sensibilidade. Se você estiver dentro de um dos fatores de risco e sentir algum desses sintomas, procure ajuda médica imediata¹. O tempo é crucial quando se trata da doença: uma vez com o quadro instaurado, uma pessoa com AVC pode perder até 2 milhões de neurônios por minuto por falta de oxigenação5.

4- AVC e COVID-19 podem ter uma relação perigosa
Muitos fatores de risco para o desenvolvimento de um AVC são os mesmos para casos graves de infecção pelo coronavírus, tais como diabetes, tabagismo, obesidade e doenças cardiovasculares. Para além disso, há uma relação direta da COVID-19 com o AVC: "o coronavírus aumenta a coagulação do sangue e, consequentemente, a formação de trombos, que podem, eventualmente, causar AVC", revela o médico. O vírus também é responsável por instaurar um quadro de inflamação que pode descompensar condições - como as cardíacas e o diabetes - o que acaba aumentando as chances de um acidente vascular cerebral.

5- Algumas doenças do coração estão diretamente relacionadas aos casos de AVC
Pacientes com arritmias, como a fibrilação atrial, espécie de descompasso nos batimentos cardíacos, têm até cinco vezes mais chances de sofrer um AVC6. No Brasil, cerca de 1,5 milhão de pessoas convivem com essa doença, que é responsável por 20% dos casos de AVC 7, 8 .

6- 90% dos casos poderiam ser evitados com prevenção
O uso de anticoagulantes, como parte do tratamento da fibrilação atrial, reduz em aproximadamente 60% a incidência de AVC nos pacientes9. Estima-se que a extensão ampliada a outros fatores de risco poderia ampliar para até 90% a proteção para o AVC10 . "Isso inclui o tratamento correto e recorrente de arritmias, outras doenças cardíacas e do diabetes, além da redução do tabagismo, sedentarismo e estímulo de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e atividade física regular", detalha Penna.

7- Nem 30% dos pacientes chegam ao hospital em 3 horas
Do primeiro sinal de AVC ao início do atendimento de emergência, o paciente deve levar, no máximo, três horas para evitar sequelas mais graves e até o óbito. Entretanto, apenas 22% conseguem atendimento médico dentro do período recomendado. "Em tempos de pandemia, temos percebido que as pessoas tendem a postergar ainda mais uma ida ao hospital com medo do contágio, mas é imprescindível que se procure a emergência imediatamente ao perceber algum dos sinais", reitera o especialista.


1 Protocolo de tratamento AVC - Espírito Santo Agosto/2001.
2 de Carvalho JJ et al. Stroke Epidemiology, Patterns of Management, and Outcomes in Fortaleza, Brazil. Stroke. 2011 Dec;42(12):3341-6. doi: 10.1161/STROKEAHA.111.626523. Epub 2011 Nov 3
3 Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares.
4 WHO. International Agency for Research on Cancer. The Global Cancer Observatory. Disponível em: http://gco.iarc.fr/today/data/factsheets/populations/76-brazil-fact-sheets.pdf. Acesso em 30 de março de 2020.
5 WebMD. Timeline of a Stroke. Disponível em http://www.webmd.com/stroke/stroke-symptoms-timeline. Acessado em 08/07/2020
6 Mansur Ade P1, Favaratto D1. Trends in Mortality Rate from Cardiovascular Disease in Brazil, 1980-2012. Arq Bras Cardiol. 2016 Jul;107 (1) 20-5. Doi:105935/abc.20160077.Epub2016 May 24.
7 Zimerman LI, Fenelon G, Martinelli Filho M, Grupi C, Atié J, Lorga Filho A, et al; Sociedade Brasileira de Cardiologia. 8 Diretrizes brasileiras de fibrilação atrial. Arq Bras Cardiol. 2009;92(6 supl 1):1-39 - acesso em: 19 de setembro de 2017.
8 Gouveia CA, Filho RL, Fantini FG, fantini PR. Rev Bras Neurol, 45 (1): 5-11. 2009.
9 Granger C B , Armaganijan L V Circulation 2012;125:159-164.
10 Secretaria de Saúde do Distrito Federal. AVC pode ser evitado em 90% dos casos. Disponível em http://www.saude.df.gov.br/avc-pode-ser-evitado-em-90-dos-casos. Acessado em 28/04/20.

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Exercícios físicos ajudam na prevenção e controle da diabetes

 


A Diabetes afeta cerca de 13 milhões de brasileiros, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Caracterizada pela ausência, produção insuficiente ou baixa sensibilidade de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue, ela tem o exercício físico como um dos pilares para o seu tratamento. 

Mas, para isso, é necessário fazer no mínimo 150 minutos semanalmente, associando exercícios de fortalecimento com aeróbicos. "Tanto atividades físicas quanto nutrição fazem parte do tratamento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e dislipidemias", conta Gustavo Souza, profissional de educação física do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) das Unidades Básicas de Saúde Jardim Lídia e Maracá, gerenciadas pelo Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" (CEJAM).

Os exercícios auxiliam na captação da glicose e intensificam a ação da insulina para controlar o nível de açúcar no sangue. "É importante medir a glicemia antes de iniciar a atividade física. Caso esteja baixa, a prática do exercício pode baixar ainda mais, causando hipoglicemia, que é uma baixa concentração de glicose no sangue, levando a tontura, visão turva e palpitações", alerta o profissional.

Independentemente da aplicação de insulina, as atividades físicas ajudam na captação do açúcar em até 2 horas após o exercício e melhoram a sensibilidade à ação da insulina por até 48 horas. "O ideal é que a atividade seja de moderada a intensa e que não tenha um intervalo maior que dois dias. Em casa, é possível fazer exercícios de fortalecimento, como agachamento, flexão e abdominal, usando o próprio peso do corpo e aeróbicos como corrida no lugar, polichinelo e pular corda", exemplifica Souza, que recomenda estabelecer os exercícios conforme o condicionamento físico da pessoa, com orientação de um profissional e a recomendação do médico.

A população ainda pode contar com o Programa de Automonitoramento Glicêmico (PAMG), do Sistema Único de Saúde (SUS), que está presente em todas as Unidades Básicas de Saúde. O programa oferece monitoramento dos pacientes em tratamento para diabetes, com apoio no diagnóstico da doença, assim como na oferta de aparelhos e insumos necessários para acompanhamento da doença. Nas UBS gerenciadas pelo CEJAM no Jardim Lídia e Maracá, o paciente conta ainda com auxílio psicológico, físico ou nutricional. "Por conta da pandemia, temos oferecido assistência por telefone estimulando a prática de atividades físicas em casa ou em espaços sem aglomeração", conclui.

 

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Dor no estômago pode ser o alerta para diversas doenças


As dores de estômago estão longe de ter somente uma causa. De acordo com o gastroenterologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Eduardo Berger, realizar o diagnóstico correto é essencial para evitar confusão com doenças que tenham sintomas semelhantes.

O conselho do médico está relacionado a um incômodo comum, popularmente conhecido como dor na "boca do estômago", localizada no ponto mais alto da região mediana do abdômen. Berger explica que nestes casos, pode haver um engano quanto ao motivo.

"Inúmeras situações clínicas provocam sintoma doloroso naquele local, o que confunde quem o está sentindo. O incômodo pode estar atrelado a problemas bíleo-pancreáticos, ou seja, no fígado, vesícula e pâncreas. Além disso, pode estar relacionado com problemas cardíacos e outras afecções digestivas, que envolve apendicite, verminose e outras doenças intestinais", ressalta.

Para evitar um diagnóstico incorreto, observar as características da dor é o primeiro passo. Entre os pontos a serem questionados, segundo o médico, estão; a forma como o sintoma surgiu, o tipo, o ritmo, periodicidade e quais fatores o fazem melhorar ou piorar.

Somente após a confirmação de tratar-se de uma doença estomacal, é que os cuidados com alimentação e hábitos de vida serão aconselhados ao paciente. O gastroenterologista afirma que, realmente, na maioria dos casos, o consumo de café e álcool piora o quadro de saúde.

Na lista do que deve ser evitado está também o estresse, que segundo Eduardo Berger, aumenta a secreção gástrica e consequentemente eleva a dor. Mas além desse mal estar, a atenção deve ser ampliada a outros sintomas que podem surgir.


"As lesões gástricas mais sérias comprometem sensivelmente a digestão. Então, uma perda acentuada do apetite, a sensação de plenitude muito precoce e os vômitos volumosos são sinais de alerta", conclui.

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Mais de 50 mil AVCs podem ser evitados por ano no Brasil



Figurando há anos como uma das principais causas de morte no país, o acidente vascular cerebral (AVC) é um antigo conhecido da população. Só em 2015, por exemplo, cerca de 100 mil óbitos foram ocasionados pela doença no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Diante de tal cenário, falar sobre a prevenção dos fatores de risco torna-se obrigatório: entre os principais, está a fibrilação atrial (FA), o tipo de arritmia cardíaca mais comum do mundo, que leva o coração a bater em um ritmo irregular, aumentando em cinco vezes as chances dos pacientes sofrerem um AVC.

A fibrilação atrial é um grande problema de saúde pública e os números da doença são alarmantes. Mas qual é a relação entre as duas doenças? Primeiro, é preciso entender a atuação da FA: a enfermidade faz com que os sinais elétricos emitidos pelo coração falhem, levando os átrios a se contraírem de maneira irregular, "fibrilando", e provocando um acúmulo de sangue local. Tal retenção, além de outras alterações provocadas pela FA, pode levar à formação de coágulos sanguíneos que podem se dirigir à circulação sanguínea e chegar a qualquer parte do corpo, como o cérebro – provocando o AVC, que, nesse caso, tende a ser mais grave do que em outras situações.

O diagnóstico precoce e o tratamento da fibrilação atrial são fortes aliados do paciente para evitar essa complicação, pois parte do tratamento consiste no uso de medicamentos anticoagulantes, responsáveis por reduzir o risco de AVC. É importante ressaltar, ainda, que existem tratamentos que visam restaurar a frequência cardíaca do paciente.

O maior desafio está no fato de que a FA é uma doença silenciosa: muitos dos pacientes não apresentam sinais da arritmia, o que faz com que eles não procurem orientação médica. Entretanto, nos casos em que há manifestações, os sintomas mais comuns englobam palpitações, tontura, dores no peito e falta de ar. Além disso, outro ponto que merece atenção é que, embora a fibrilação atrial atinja entre 1,5 milhão e 2 milhões de pessoas no país, ela ainda é desconhecida pela população, como mostrou a pesquisa "A percepção dos brasileiros sobre doenças cardiovasculares", encomendada pela Boehringer Ingelheim (BI) e desenvolvida pelo Ibope Conecta, em que 63% dos participantes afirmaram nunca terem ouvido falar sobre a arritmia. O estudo também revelou que 47% dos entrevistados com FA não faziam uso de medicação anticoagulante, ficando mais expostos às complicações da doença.

Uma das possíveis explicações sobre a não adoção ao tratamento é a preocupação com sangramentos, o efeito colateral mais lembrado das medicações anticoagulantes - conhecidas popularmente por "afinarem o sangue". Entretanto, recentemente a medicina testemunhou um grande avanço quanto a essa classe terapêutica: já está aprovado em 61 países, inclusive no Brasil, o primeiro agente reversor de medicação anticoagulante do mundo, destinado a uso hospitalar. De princípio ativo idarucizumabe, o medicamento possui efeito imediato e momentâneo, revertendo especificamente a ação da dabigatrana, em pacientes que precisam ser submetidos a cirurgias de emergência ou apresentam sangramentos incontroláveis, ocasionados por acidentes, sejam eles domésticos ou não.

Logo, apesar de parecer inofensiva em um primeiro momento, a fibrilação atrial representa um grande risco para a saúde de quem sofre com a doença, que atinge principalmente idosos acima dos 70 anos. É comum os pacientes serem diagnosticados com a arritmia apenas em um episódio de AVC, a sua manifestação mais grave, que pode levar a sequelas incapacitantes e até à morte. Por isso, é importante realizar check-ups de rotina, consultando o médico especialista em caso de dúvidas e sintomas.

Por dr. José Francisco Kerr Saraiva, médico cardiologista, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo e professor da PUC Campinas.


segunda-feira, 25 de junho de 2018

Aprenda a prevenir as doenças de inverno



Em tempos de baixas temperaturas, diversas doenças passam a atingir o organismo. Com o frio, a tendência da maioria das pessoas é fechar portas e janelas, e é assim - em locais fechados e cheios de gente - que vírus e bactérias se espalham e provocam os sintomas que todos conhecem: coriza, obstrução nasal, diminuição do olfato e da gustação, nariz entupido, rouquidão, febre e dores pelo corpo.  

O sistema respiratório é o principal alvo desses problemas, que merecem ser remediados o quanto antes para evitar complicações. As "doenças de inverno" possuem sintomas muito semelhantes e diferenciar uma gripe de um resfriado, ou até mesmo de uma sinusite, rinite ou meningite, não é fácil, mas é imprescindível para tratá-las de forma adequada, sempre seguindo as orientações de um profissional médico.

O resfriado é uma infecção causada pelo rinovírus e acomete principalmente nariz e garganta. Sua transmissão é feita pelo contato com outras pessoas via tosse, espirro, a própria fala ou até objetos contaminados. "Não há remédio específico para os vírus do resfriado. Os medicamentos usados são os analgésicos e antipiréticos. A recomendação é manter uma alimentação saudável, boa hidratação, evitar bebidas alcoólicas e permanecer em repouso relativo", afirma o vice-diretor clínico do Hospital e Maternidade São Cristóvão, dr. Hélcio Valério Passos.

Já a gripe é um problema respiratório causado pelo vírus influenza. Ao contrário do que muita gente pensa, não tem nada a ver com o resfriado. Para identificar a gripe, basta prestar atenção nos seguintes sintomas: febre alta, tosse, secreção nasal, dor de garganta, dores pelo corpo e cansaço físico. "Para o tratamento, são adotados remédios que atenuam os sintomas, como os antitérmicos e os analgésicos", completa o profissional. Depois de avaliar o caso, o médico pode receitar apenas repouso ou recorrer também a antivirais, cuja função é justamente exterminar o influenza.

Para prevenir, o importante é lavar sempre muito bem as mãos, evitar o contato com pessoas com sintomas da gripe e, se possível, não frequentar locais fechados e cheios de gente. "A vacina é a mais importante prevenção da gripe, principalmente nos grupos de risco como idosos, gestantes, crianças de 6 meses a 2 anos de idade, diabéticos e portadores de doenças pulmonares crônicas. Ela ensina o sistema imune a criar um pelotão atento, capaz de desmobilizar o ataque do influenza", alerta o dr. Hélcio.

Não havendo um tratamento adequado, os resfriados e gripes podem complicar evoluindo para sinusite (inflamação dos seios da face) de causa infecciosa. Sinusites infecciosas podem ser causadas por diferentes tipos de germes, algumas por bactérias, outras por vírus. As sinusites virais, assim como os resfriados e gripes, têm sintomas leves e não requerem o uso de antibióticos. Já as sinusites causadas por bactérias têm sintomas mais intensos, como dor na face, febre em torno de 38 - 38,5 graus, tosse que piora ao deitar e secreção nasal. "Nesses casos, os medicamentos indicados são sintomáticos, mucolíticos, e nos casos de complicação por contaminação bacteriana está indicado o tratamento com antibioticoterapia", completa o médico.

Para quem sofre de asma e rinite em todas as estações no ano, no inverno é preciso dobrar os cuidados, pois essas patologias podem se agravar devido à baixa umidade relativa do ar, comum nesta estação. Segundo o clínico geral do Hospital São Cristóvão, as medidas preventivas são se manter bem agasalhado e umidificar o ambiente.

Além das doenças supracitadas, as mais preocupantes são as meningites - doença infecciosa causada por vários tipos de germes (vírus, bactérias e fungos) que acometem as membranas do sistema nervoso - e as pneumonias - infecção ou inflamação dos pulmões, que podem ser causada por vários microrganismos diferentes, incluindo vírus, bactérias, parasitas ou fungos. Como prevenção, devem-se evitar grandes aglomerações e ambientes fechados. "Medidas como lavar sempre as mãos, evitar colocá-las na boca, nariz e olhos, além de utilizar sempre lenço de papel ao espirrar ou tossir são essenciais para a prevenção dessas doenças", finaliza o médico.


sexta-feira, 22 de junho de 2018



A endometriose é uma doença que atinge cerca de 7 milhões de mulheres só no Brasil e, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), mais de 60% das mulheres desconhecem seus sintomas.

O endométrio é uma camada que reveste a parede interna do útero. Quando não há fecundação, boa parte das células desse tecido são eliminadas na menstruação. Nos casos de endometriose o sangue não é totalmente eliminado, as células, em vez de serem expelidas, migram no sentido oposto, podendo atingir outros órgãos como bexiga e intestino.

Os sintomas mais comuns são as dores na época da menstruação, por isso a dificuldade do diagnóstico, pois muitas vezes a doença é confundida com as cólicas menstruais que acontecem na adolescência, sem causa orgânica. A endometriose além de impactar diretamente na qualidade de vida das mulheres – principalmente jovens que estão em idade fértil – pode dificultar os planos de quem deseja engravidar.

O ginecologista e responsável técnico do Serviço de Endometriose do Hospital Santa Catarina (SP), professor doutor Alexander Kopelman, alerta que "quanto antes for realizado o diagnóstico, maiores serão as chances de evitar as formas graves da doença. Para atingir este objetivo recomenda exame de toque, história clínica minuciosa da paciente, ressonância magnética e/ou exame de ultrassom endovaginal especializado".

A doença está ligada diretamente à dor e a infertilidade, fatores que podem mexer com o emocional. Segundo o especialista, "contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar que envolva psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta e acupunturista especializados no tema pode potencializar as chances de sucesso no tratamento".

Os sintomas além das cólicas menstruais
Além das fortes cólicas menstruais, outros sinais podem indiciar a presença da endometriose. Entre eles, o médico destaca três principais sintomas:
  • Incômodo durante as relações sexuais: a endometriose pode causar fortes dores no momento da penetração, por se localizar, muitas vezes, no fundo da vagina. Por isso, qualquer dor que atrapalhe a relação sexual, dever ser investigada.
  • Dores além do período menstrual: com o avanço da doença, a mulher passa a sentir dores em todo o ciclo, e não mais apenas na região do útero, dependendo do foco da endometriose, as dores podem atingir toda a pelve, a lombar e o intestino.
  • Problemas no banheiro: há mulheres que apresentam diarreia e sangramento ao urinar. Em mulheres com endometriose mais agressiva, a doença pode atingir o intestino, levando, por vezes, a sangramento nas fezes.
Existe algum tipo de prevenção?
"Até o momento nenhum estudo encontrou um método eficiente de prevenir o aparecimento e crescimento da doença", conclui o dr. Kopelman. "Algumas evidências sugerem que as pílulas podem trazer este efeito."


quarta-feira, 20 de junho de 2018

Casos de asma tendem a crescer cada vez mais



Uma das doenças crônicas mais comuns, a asma pode ter um importante agravante: a urbanização. "Os estudos mostram que a taxa de incidência da patologia aumenta quando as comunidades passam a adotar um estilo de vida ocidentalizado, com hábitos menos saudáveis, e se tornam urbanizadas, com altas concentrações populacionais", afirma o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Marcelo Mello. Atualmente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que existam 300 milhões de asmáticos no mundo, sendo que o Brasil ocupa a 8ª colocação em prevalência da doença, com cerca de 10% da população afetada.

A vida moderna, evidentemente, não é a única culpada. O crescimento populacional e a melhoria no acesso e qualidade dos serviços de saúde permitem que o diagnóstico chegue para mais pessoas. "Se os médicos forem um pouco mais a fundo podem perceber que os pacientes que referem a primeira crise depois de idosos já apresentavam a doença na infância, eram crianças cansadas, que não gostavam de esportes, que faziam muita inalação, viviam gripadas", detalha. A enfermidade carrega também um importante fator genético. Existem ainda os gatilhos, que desencadeiam o problema, como as infecções virais, a exposição à poeira, aos ácaros, pelos de animais, fumaça de cigarro, estresse, variações climáticas e exercícios físicos.

A asma é caracterizada por uma inflamação crônica das vias aéreas, que provoca uma limitação do fluxo respiratório, graças ao estreitamento dos brônquios e espessamento da árvore respiratória. Há também aumento da produção de muco. O resultado é chiado e aperto no peito, falta de ar e tosse. Esses sintomas vão variando de intensidade ao longo do tempo e podem ser desencadeados pelos gatilhos relacionados acima.

Algumas patologias alérgicas, como rinite e dermatite atópica, também podem estar por trás da asma. "Essas enfermidades foram englobadas como manifestações de uma mesma doença e podem se apresentar de modo isolado ou coexistirem, com intensidade variável de cada uma delas. Considera-se que 80% dos asmáticos manifestem também rinite e 50% dos pacientes com rinite sejam asmáticos. Quem sofre com dermatite, normalmente, apresenta a asma de forma mais intensa", explica o especialista do Hospital CEMA.

Apesar de a doença não ter cura, atualmente os tratamentos estão cada vez melhores. Geralmente são ministrados medicamentos para controle da asma. No entanto, o mais indicado é sempre evitar os gatilhos. Por isso, o médico lista alguns cuidados que podem ajudar a prevenir as crises:

- Encapar colchões e travesseiros;
- Lavar semanalmente as roupas de cama;
- Retirar cortinas, tapetes, carpetes;
- Manter animais domésticos fora de casa;
- Promover a ventilação do ambiente;
- Não fazer atividade física quando tiver excesso de poluente ou baixa umidade do ar;
- Não fumar ou frequentar locais com fumantes.


domingo, 10 de junho de 2018

Como combater o glaucoma



Segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2020 a estimativa é que 80 milhões de pessoas no mundo tenham glaucoma. Por ser uma doença silenciosa, que raramente causa dor, as pessoas não costumam procurar o oftalmologista para identificar se estão saudáveis.

Diante dos seus riscos, é importante esclarecer que o glaucoma é uma doença ocular caracterizada por alteração do nervo óptico, que causa um dano irreversível das fibras nervosas e, como consequência, a perda de campo visual. Erroneamente, as pessoas associam o glaucoma com a pressão dos olhos, assim, é importante esclarecer que esse é um dos principais fatores de risco, porém, não é o único, uma vez que, embora existam pacientes diagnosticados com a doença, alguns têm a pressão normal.

Vale destacar ainda que o glaucoma pode ser hereditário, por isso, quem tem casos da doença na família precisa investigar, pois aumenta o risco de desenvolver a efemeridade. Existem ainda outros fatores de risco tais como: uso crônico de corticosteroides – tanto via oral, nasal quanto na forma de colírios. Quem tem doenças como diabetes e problemas cardíacos também está mais propenso.

O glaucoma é mais comum após os 60 anos de idade, contudo, vale a ressalva que indivíduos em outras faixas também podem ser surpreendidos, especialmente, se tiverem histórico de trauma ocular, quem faz uso excessivo de corticoide, histórico familiar e doença inflamatória ocular (Uveites). Nem mesmo as crianças estão livres. Há bebês que nascem com o aumento da pressão intraocular e com perda visual grave logo nos primeiros anos de vida, se não tratado.   A partir de um ano já é indicado à realização de avaliações dos olhos, neste caso, não apenas para essa doença, mas para garantir também a saúde ocular completa.

Existe ainda uma forma congênita, quando os recém-nascidos já apresentam uma lesão no nervo óptico e, nesses casos, precisam de tratamento cirúrgico.  Essa é uma doença genética rara, herdada pelas mães durante a gestação.

Por sua vez, o glaucoma crônico de ângulo aberto é o mais comum e, neste caso, o paciente apresenta aumento da pressão intraocular e déficit do campo visual.

Já o glaucoma de ângulo fechado é o mais emergencial, uma vez que pode causar a perda visual irreversível rapidamente e, por fim, o glaucoma do tipo secundário pode acontecer devido a alguma complicação médica, seja pelo uso excessivo de corticoides ou até mesmo por conta de cirurgias como cataratas.

Para finalizar, é fundamental ressaltar que a melhor prevenção é a consulta anual ao oftalmologista, pois esse profissional é apto para avaliar se há suspeitas da doença e, caso o diagnóstico seja positivo, realizar o tratamento adequadamente com colírios e, ou até mesmo se for preciso, indicar a cirurgia.  Com o avanço da medicina e dos recursos de diagnóstico, hoje a identificação do glaucoma é muito precisa.

Por dr. Alexandre K. Misawa, oftalmologista do HSANP, centro hospitalar localizado na zona Norte de São Paulo


terça-feira, 15 de maio de 2018

Otite: causas, tratamento, prevenção


O termo otite refere-se à inflamação e/ou infecção nas orelhas média ou externa e uma de suas principais características é a dor de ouvido. Embora seja muito frequente em crianças pode também acometer adultos e idosos.
Com a chegada do inverno, aumenta de forma considerável a incidência das infecções das vias aéreas superiores e, desta forma, existe também um crescimento no número de casos de otite média aguda, uma vez que essas podem ocorrer como complicações dessas infecções.  A otite pode ser muito dolorosa por conta do acúmulo de fluídos dentro da orelha média (antigamente chamada de ouvido médio).
O otorrinolaringologista dr. Renato Bittar, do Consulta Aqui (www.consultaaqui.com.br), explica que as otites externas, causadas, na maioria dos casos, pela umidade excessiva, lesões de pele pelo uso de cotonetes, introdução de outros objetos estranhos e pela prática natação, têm como principais agentes etiológicos as bactérias chamadas Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. Já as otites médias agudas, os causadores são as bactérias Streptococcus pneumoniaeHaemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis.
A otite pode ser classificada de acordo com seu tempo de duração. Enquanto a maior parte das otites se resolvem em pouco tempo, alguns casos podem apresentar maiores riscos de complicações quando não tratadas.
De acordo com o dr. Renato, todo quadro de otite deve ser investigado e, em geral, apenas um histórico dos sintomas e uma avaliação clínica é o bastante para determinar seu diagnóstico, sem que haja necessidade de exames laboratoriais ou de imagem. Porém, quando o paciente não apresenta sinais de melhora com o tempo e/ou manifesta complicações, o médico pode requisitar outros exames, como audiometria, impedanciometria ou até uma tomografia computadorizada.
O tratamento é realizado com anti-inflamatórios e, às vezes, com antibióticos. “Vale salientar que somente um otorrinolaringologista pode diagnosticar e tratar as otites de forma correta”, adverte o especialista. “As principais orientações para a prevenção das infecções das vias aéreas são: não fumar e evitar ambientes com fumantes, lavar as mãos com frequência, evitar aglomerações em locais fechados e mal ventilados, arejar bem a casa, vacinar-se contra a gripe, alimentar-se bem, aumentar a ingestão de água e fazer lavagem nasal com solução fisiológica várias vezes ao dia”, complementa.

terça-feira, 3 de abril de 2018

Tempo seco favorece casos de conjuntivite


A baixa umidade do ar, comum nesta época do ano, é propícia para o aumento de casos de conjuntivite. De acordo o oftalmologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Wilmar Silvino, é preciso ficar atento ao tempo seco, que diminui a defesa natural dos olhos e aumenta as chances de serem infectados.

"Por causa da secura do ar, a conjuntiva (membrana transparente que recobre o globo ocular e a parte interna da pálpebra) apresenta menos lágrimas e, consequentemente, menos defesa, sendo mais fácil dos olhos serem infectados", explica o especialista.

Por isso, aconselha Silvino, é fundamental manter os olhos hidratados com colírios que tenham composição parecida à da lágrima. "Não pode ser colírio com antibiótico ou vasoconstritor, apenas medicamentos com substâncias hidratantes", salienta. Soro fisiológico e água boricada são métodos descartados pelo médico.

Para tentar ficar longe da conjuntivite, é muito importante lavar sempre as mãos, evitar coçar os olhos, não compartilhar objetos, como toalhas, lenços e maquiagem, entre outras. "Lave os olhos com água, muita água. Se o uso de colírio e a limpeza adequada dos olhos não forem suficientes, procure um médico", reforça o oftalmologista.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Mitos e verdades sobre cabelos oleosos


Fios de cabelos grudados, oleosidade na pele, sensação de cabelos pesados, essas são só algumas das queixas de quem possui cabelo oleoso. Se você é daqueles que acorda de manhã, lava os cabelos e na hora do almoço já estão oleosos, com a sensação de sujos, então fique atento às dicas da Thais Antunes, barbeira e empreendedora, que desvenda os mistérios desse incômodo que preocupa homens e mulheres.

Homens não tendem a ter cabelos oleosos
MITO - Segundo Thais, a maioria dos homens chegam ao salão reclamando que seus cabelos são oleosos. O cabelo curto favorece a distribuição mais rápida do sebo, o que gera a sensação de oleosidade, mas com algumas medidas é possível por fim a esse problema, como banhos mornos e xampus específicos. Homens que tem química no cabelo também tem tendência a ter os cabelos oleosos. O que deixa os cabelos oleosos é a progressiva.

Lavar o cabelo com água gelada diminui a oleosidade e hidrata
VERDADE. A água gelada ajuda a fechar a cutícula do cabelo, dando um efeito de mais brilho aos cabelos. De acordo com Thais Antunes, a dica é lavar o cabelo com uma água de morna para fria, e deixar o último jato mais gelado, isso vai ajudar no controle da oleosidade.

Existe xampu adequado para cada tipo de cabelo
VERDADE. Cada tipo de cabelo requer um cuidado específico. "No caso dos cabelos oleosos, o mais indicado são xampus transparentes, mas em conjunto com eles também é importante intercalar produtos leitosos, para evitar o ressecamento", revela a barbeira.

Usar condicionador acima das orelhas aumenta a oleosidade
VERDADE. Uma pequena quantidade de condicionador já é o suficiente somente para o fechamento das cutículas, principalmente para os homens que possuem o cabelo mais curto. O condicionador é utilizado para repor parte do óleo natural do cabelo que é retirado pelo xampu. O couro cabeludo já produz uma oleosidade natural, por isso para quem tem cabelos compridos é preciso utilizar o condicionador apenas na extensão dos fios.

Álcool e vinagre ajudam a reduzir a oleosidade dos fios
MITO. Thais alerta que produtos de cozinha e alimentos são para ingestão. Cabelo é outra coisa. Existem produtos próprios para o cabelo, dos quais você consegue tirar a oleosidade, começando pelo xampu correto e a temperatura da água, além de outros cuidados.

Cabelos oleosos tem caspa
VERDADE. A alta testosterona afeta diretamente a glândula produtora de sebo, o que causa aumento da oleosidade, afetando a saúde dos cabelos, levando até dermatite seborreica, ou seja, a descamação do couro cabeludo. Thais, também acrescenta que o frio pode agravar a situação.

Relação hormonal
VERDADE. Nesses casos é necessário consultar um especialista, de preferência um dermatologista que pode fazer um tratamento para oleosidade e indicar outros profissionais caso seja necessário.

Química no cabelo deixa oleoso

VERDADE. A química pode prejudicar o couro cabeludo. É fundamental saber se há algum sinal associado, como a descamação do couro cabeludo, resultado de progressiva, ou algum tratamento químico

terça-feira, 27 de junho de 2017

Como tratar e evitar as olheiras



O rosto é o nosso cartão de visitas, mas infelizmente os primeiros sinais de envelhecimento surgem exatamente na região da face. A olheira, cujo nome médico é hiperpigmentação periorbital, é um problema comum que atinge mais frequentemente as mulheres. Embora não tenha impacto na saúde física, afeta a autoestima e a qualidade de vida.
Isso porque essa condição interfere na aparência facial, causando um aspecto de cansaço, tristeza ou até mesmo de ressaca, o que pode comprometer a vida social e profissional de quem sofre com esse problema. Segundo a dra. Tatiana Nahas, oftalmologista, especialista em cirurgia de pálpebras e Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, a olheira é a diferença de cor entre a pele que reveste as pálpebras e o restante da pele facial.
“A região ao redor dos olhos, que chamamos de periorbital, é uma das primeiras áreas a mostrar os sinais do envelhecimento. Além das rugas e da flacidez, é muito comum ocorrer a hiperpigmentação dessa região, ou seja, as temidas olheiras”, explica a médica, que responde sobre as principais dúvidas dos pacientes.
De onde vêm as olheiras?
A origem das olheiras é complexa e inclui diversos fatores. As causas podem ser primárias, quando há fator genético envolvido, ou secundárias quando há apenas fatores ambientais. Não há uma definição exata de sua origem, mas hipóteses sugerem fatores como hereditariedade, excesso de exposição solar, hiperpigmentação pós-inflamatória, excesso de vascularização subcutânea, hipertransparência da pele, edema periorbital e herniação da gordura palpebral como as causas mais prováveis.
Os descendentes de árabes, turcos, hindus e ibéricos costumam herdar essa característica geneticamente. Mas, ela pode se agravar se a pessoa se expuser aos fatores de risco, como fumar, consumir álcool em excesso, dormir pouco e fizer uso de certos medicamentos. Portanto, existem condições mistas. Outros fatores de risco envolvidos nas olheiras são as doenças alérgicas, como rinite e asma, doenças que atingem os rins, coração e tireoide.
Quais são os tipos de olheira?
Como há diferentes tipos de olheiras, é preciso cautela nos tratamentos. Cada paciente irá demandar uma ou mais terapêuticas diferentes, mesmo porque raramente a olheira é causada por apenas um fator. A melhora dos “olhos escuros e cansados” é feita por combinações de tratamento.
·         Pigmentar (olheira verdadeira): olheiras que surgem pelo acúmulo da melanina. O tratamento deve ser realizado em conjunto com o dermatologista, que geralmente aplica laser para melhora do quadro.
·         Muscular: ocorre quando há hipertrofia do músculo orbicular pré-tarsal: o tratamento com toxina botulínica alcança bons resultados.
·         Bolsa de gordura: por protusão (protuberância) das bolsas de gordura inferiores. O tratamento é feito por meio da blefaroplastia (cirurgia de pálpebras) inferior transconjuntival ou transcutânea.
·         Sulco Nasojugal: ocorre pela formação de sombra abaixo dos olhos por evidência do ligamento palpebromalar (ou sulco nasojugal). O tratamento é feito com preenchimento com ácido hialurônico.
Como a toxina botulínica melhora aspecto da olheira?
Quando a pessoa sorri e fica um “gordinho” logo abaixo dos cílios, significa que ela tem um músculo orbicular mais espesso e forte que, ao se contrair, simula uma olheira. Para amenizar esse aspecto, é usada a toxina botulínica para diminuir a contração das fibras musculares. O tratamento dura no máximo seis meses.
Como o preenchimento melhora o aspecto da olheira?
Existem diversos preenchedores faciais. O mais próximo do “ideal”, atualmente, é o ácido hialurônico. Ele está presente em diversos tecidos do organismo, inclusive na pele, mas perde suas qualidades de hidratação e elasticidade com o tempo. Por isso quando confeccionado industrialmente possui ligações intercelulares mais estáveis (crosslinking) e pode durar até 18 meses. O ácido hialurônico é usado para preencher espaços entre as células e quando colocado no sulco nasojugal dá volume a uma área deprimida, refletindo mais luminosidade no local tratado, disfarçando as olheiras.
Como a blefaroplastia melhora o aspecto da olheira?
Nos casos em que há excesso de pele ou de gordura nas pálpebras, é possível corrigir por meio de uma blefaroplastia, cirurgia feita nas pálpebras.
É possível prevenir? 
Dicas para prevenir o agravamento ou surgimento das olheiras:
·         Dormir de 7 a 8 horas por noite
·         Não fumar
·         Consumir álcool com moderação
·         Evitar coçar os olhos, pois a fricção pode levar ao rompimento de vasos sanguíneos e consequentemente ao escurecimento das pálpebras
·         Usar protetor solar específico para a região dos olhos e evitar a exposição solar, mesmo que esteja usando protetor solar
·         Diminuir o consumo de sal e sódio, pois essas substâncias levam à retenção de líquido, que pode impactar no inchaço das pálpebras.