quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Confira dicas para evitar a perda da audição



A perda auditiva é uma das deficiências mais comuns na população brasileira. E o que muita gente não sabe que nem toda pessoa deficiente auditiva nasceu assim e que uma boa parte das dificuldades auditivas poderiam ser evitadas. Quem fala sobre o tema é o médico otorrinolaringologista Bruno Borges de Carvalho Barros, da capital paulista que explica que todo mundo pode ter perdas auditivas por exposição excessiva ao ruído, uso de remédios, infecções, acidentes, decorrentes da idade ou causas de origem genética. "O mais importante é cuidar da audição para que ela permaneça intacta e permita desfrutar todos os sons que a vida oferece. Para isso, algumas dicas simples podem se tornar essenciais", diz. 

  • Evite ambientes barulhentos por muito tempo;
  • Utilize sempre os acessórios de proteção auditiva (EPI) se as atividades profissionais exigirem muita exposição á ruídos intensos;
  • Evite ouvir música em volume acima da metade da capacidade dos aparelhos, principalmente com fones de ouvido;
  • Em casos de infecção de ouvido, procure um otorrinolaringologista e faça o tratamento indicado. Infecções, especialmente aquelas de repetição, são riscos potenciais de perda auditiva;
  • Cuidado com objetos pontiagudos ou hastes flexíveis no ouvido. Esse tipo de objeto pode empurrar a cera para o tímpano ou até perfurar a membrana timpânica e afetar a audição; 
  • Se perceber dificuldade em entender ou grande necessidade em aumentar o volume da televisão, procure um especialista para fazer um exame de audição. Quanto mais cedo se cuidar, melhor! 

Para finalizar, o médico fala que a prevenção é o melhor remédio. "Perdas de audição são irreversíveis e poucas mudanças de hábito já surtem excelentes efeitos benefícios para a saúde auditiva, lembre-se de que ouvir é um privilégio", diz.



Foto: Freepik

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Holding familiar: conheça cláusulas importantes para garantir futuro dos filhos



A holding familiar se tornou popular, após a atriz Larissa Manoela revelar que utiliza esse modelo de negócio para gerir seus bens. O objetivo da holding é preservar os ativos da família, diminuir a carga tributária e planejar a sucessão dos herdeiros, sem a burocracia de inventário. Mas, você sabe quais são as cláusulas mais importantes que devem constar no contrato social para garantir o patrimônio das futuras gerações?

A resposta é dada por Carlos Stoever, sócio do JusDocs – site de compartilhamento de peças jurídicas entre advogados em todo o Brasil. Lidando com o tema diariamente, ele lista três requisitos que servem como barreiras de proteção. São elas:

- Cláusula de inalienabilidade: proíbe que o filho ou a filha venda a sua cota para qualquer pessoa.

- Cláusula de impenhorabilidade: impede a penhora da cota do filho ou da filha para pagamento de dívida pessoal.

- Cláusula de incomunicabilidade: evita que a cota do filho ou da filha se comunique com o seu respectivo cônjuge.

"Importante frisar que essas regras são válidas para os filhos e não serão automaticamente aplicadas aos netos. Por isso, é possível alterar o contrato da holding ao longo dos anos, adaptando-o às novas necessidades", revela Stoever.

Qualquer família pode ter uma holding?

O sócio do JusDocs, conta que sim. Qualquer família pode criar uma holding. Segundo ele, quanto mais bens pessoais e empresariais, maior a vantagem fiscal e de gestão. O processo de abertura é similar ao de uma empresa, com direitos e obrigações dos sócios, distribuição de lucros e resolução de conflitos.

"Uma equipe multidisciplinar formada por profissionais do direito, contabilidade e finanças analisam todo o patrimônio, a quantidade de membros da família e os regimes de casamento dos participantes. Para assim, indicar a estrutura jurídica ideal, o tipo de sociedade, os impactos sucessórios e a formulação do contrato social", explica Stoever.

Filho menor de idade pode ser cotista?

O filho e a filha podem ser incluídos como cotistas na holding, independentemente da idade. Carlos Stoever diz que até os 16 anos, a criança ou o adolescente é representado pelo pai e pela mãe. Entre 16 e 18 anos, o filho passa a ter capacidade civil para assinar os atos societários, junto com um dos pais. Acima disso, a participação dele torna-se comum aos sócios adultos.

Outras condições indispensáveis

Além de proibir a venda, a penhora ou o acesso de terceiros às cotas dos sócios, existem outras cláusulas que podem ser adicionadas na holding familiar ou em outras composições societárias. Com base nos modelos de contrato social disponibilizados no JusDocs, encontramos:

- Cláusula de reversão: caso o filho venha a falecer antes dos pais, os seus respectivos patrimônios retornarão automaticamente aos fundadores, afastando a necessidade do inventário da cota.

- Cláusula de call option: permite aos pais comprar de volta as cotas doadas ao filho. Sendo possível determinar o valor que será pago.

- Cláusula de direitos políticos: ajuda os pais a não ficarem reféns das vontades dos filhos. Mesmo que retirados da estrutura societária, os pais permanecerão no controle, administração e gestão de todo o patrimônio.

- Cláusula de mandato: afasta burocracias cotidianas em cartórios, juntas comerciais e em órgãos públicos onde a empresa precisa ser representada. Os pais, usufrutuários, terão em seu poder procuração pública dos filhos.

- Cláusula de doação com reserva de usufruto: utilizada para adiantar herança e evitar o inventário. Isto é, os pais doam as cotas para os filhos, mantendo o direito de usufruir deste bem.

Para saber mais, basta acessar o site JusDocs (https://jusdocs.com).

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Transplante de Medula óssea: saiba como ser um doador e ajudar a salvar vidas




O transplante de medula óssea (TMO) é o tratamento para cerca de 80 doenças do sistema sanguíneo e imunológico, como leucemia, falências medulares adquiridas e hereditárias, imunodeficiências primárias e doenças raras. Hoje, 650 pessoas aguardam por um transplante de medula óssea (TMO) no país. 

E mesmo o Brasil possuindo um dos maiores registros de doadores voluntários de medula óssea do mundo, o Redome, com mais de 5,6 milhões de cidadãos cadastrados, a chance de encontrar um doador compatível é de uma em cada cem mil, segundo o Ministério da Saúde. "Nem sempre nós encontramos um doador na família [as chances são de 25%, conforme o Ministério da Saúde]. Por isso, a importância de doadores que representem a miscigenação brasileira, com todas as raças e etnias. Desta forma, maiores são as chances de encontrar um doador compatível", destaca a médica transplantadora Fernanda Benini, do Hospital Pequeno Príncipe.
 
No Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, lembrado em 16 de setembro, a instituição, que é referência nacional em transplante de medula óssea em crianças e adolescentes, reforça a importância desse ato de amor ao próximo e responde às principais dúvidas sobre a doação.
 
Quais são os requisitos para ser doador de medula óssea?
- Ter entre 18 e 35 anos, para efetuar seu cadastro.
- Estar em bom estado geral de saúde.
- Não ter infecções ou doenças impeditivas para doação. Confira a lista completa aqui.
 
Como ser doador de medula óssea?
- Procurar o Hemocentro do seu estado, com um documento de identidade, preencher uma ficha com informações pessoais e realizar a coleta de amostra de sangue (10ml).
- O sangue é analisado por exame de histocompatibilidade (HLA), e os dados pessoais são incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).
- Quando houver um possível paciente compatível, o doador será consultado para decidir quanto à doação. Por isso, a importância de manter o cadastro atualizado.
- A doação ocorre após a realização de outros exames de compatibilidade e avaliação clínica da saúde do doador.
- Os custos envolvendo despesas do doador voluntário e seu acompanhante, como deslocamento, alimentação e estada, são de responsabilidade do Redome.
 
Como é feita a coleta da medula óssea?
Uma das preocupações comuns entre os potenciais doadores é se a coleta de medula óssea dói. A boa notícia é que o procedimento é realizado sob anestesia, o que significa que o doador não sente dor. Existem duas formas de coleta, que é definida pelo médico responsável. A recuperação é tranquila, e o retorno à rotina habitual é rápido, sem nenhum impacto na saúde do doador.
 
- Coleta por punção aspirativa: uma agulha é inserida na região posterior do osso da bacia, e uma pequena quantidade de medula óssea é aspirada. Esse processo dura cerca de 30 minutos, é realizado no Centro Cirúrgico com anestesia e requer internamento de 24 horas. Pode ocorrer uma leve dor no local, que é aliviada por meio de analgésico.
 
- Coleta por aférese: o doador recebe um medicamento para aumentar a produção de células-tronco na medula óssea, que são então coletadas por meio de um procedimento similar à doação de plaquetas ou plasma. Esse processo pode levar algumas horas. Pode ocorrer pequenos desconfortos, como náuseas, dormência e hematoma no local do acesso.
 
Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital Pequeno Príncipe
O Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital Pequeno Príncipe é referência nacional e um dos maiores centros do Brasil e da América Latina que realizam o procedimento em pacientes pediátricos. Em 2022, foram feitos 56 transplantes.
 
O serviço foi implantado em 2011, inicialmente com três leitos. Um sonho realizado em parceria com o médico Eurípides Ferreira. O hematologista foi pioneiro no Brasil ao realizar o transplante de medula óssea nos anos 1970. Em 2016, o TMO foi ampliado, passando a ter dez leitos e proporcionando um tratamento humanizado e de qualidade a um número maior de crianças e adolescentes.
 
Ao longo de 12 anos de trajetória, mais de 400 crianças e adolescentes tiveram a vida transformada pela realização do procedimento no Hospital. O sucesso se deve também à assistência ofertada pela equipe multidisciplinar. Médicos com formação em transplante pediátrico contam com o suporte de profissionais de outras 35 especialidades para uma atuação de excelência.


Crédito foto: Marieli Prestes/Hospital Pequeno Príncipe

domingo, 24 de setembro de 2023

O que é que a banana tem?



De sabor adocicado, a banana está entre as frutas mais consumidas no Brasil. Versátil e prática, pode ser ingerida in natura nos intervalos das refeições, com a comida ou em receitas doces, como bolos, tortas e vitaminas, e salgadas, como farofas. De acordo com a nutricionista do Oba Hortifruti, Renata Guirau, as bananas são excelentes fontes de nutrientes essenciais à saúde. "Possuem boa quantidade de carboidrato, que fornece energia, potássio, que atua na função cardíaca e muscular, magnésio, para saúde óssea, dentária e muscular, além de fibras, que garantem saciedade e bom funcionamento do sistema digestivo", ensina. 

Renata ressalta que o consumo regular da fruta auxilia o raciocínio, a memorização e a concentração. E completa: "Rica em antioxidante, ajuda a retardar o envelhecimento e promove a produção de colágeno. Por conter vitamina B6 e triptofano, um aminoácido que atua na síntese da serotonina, conhecido como "hormônio da felicidade", melhora o humor e o sono", diz. 


A nutricionista explica as particularidades de seis tipos de bananas. 

 

Nanica: Uma unidade possui em média 90kcal. Seu nome tem origem na bananeira que a produz, que é de porte pequeno, embora seja uma das maiores bananas. Tem teor de fibras e carboidratos mais alto, o que ajuda na função intestinal.

 

Prata: 100g têm cerca de 90kcal e correspondem a 2 unidades médias. Por ter uma quantidade menor de carboidratos, é menos doce. É uma das bananas com maior durabilidade.

 

Ouro: Uma das mais doces e mais calóricas. Cada 100g têm cerca de 160kcal. Uma unidade pesa aproximadamente 40g.

 

Maçã: Uma unidade média tem em torno de 50kcal. É ótima para doces e salada de frutas, pois oxida com menor facilidade.

 

Terra: É a maior de todas as bananas. Uma unidade pode pesar de 400g a 500g. Muito usada em preparações salgadas, como farofas, e consumida também frita.

 

Marmelo: Lembra bastante a banana-da-terra, com sabor mais adocicado, principalmente se for cozida. Se ela estiver bem madura, pode ser consumida in natura. Quando está mais verde, o melhor é cozinhá-la.

 

Renata ensina receitas com os diversos tipos de banana:

 

Panqueca de banana  

1 banana nanica madura

1 ovo

1 colher de sopa de farelo de aveia

1 colher de sopa de mel

1 colher de sopa de nibs de cacau

 

Modo de preparo:

Amasse a banana e misture todos os ingredientes. Leve para cozinhar em uma frigideira untada com azeite ou manteiga sem sal e cozinhe bem dos dois lados. Só servir.

 

 

Pãozinho doce de banana 

2 bananas-prata maduras

2 colheres de sopa da aveia em flocos

1 colher de sopa de farinha de trigo

1 colher de sopa de açúcar

1 colher de chá de fermento em pó

 

Modo de preparo:

Amasse 1 banana e misture a aveia em flocos, o trigo, o açúcar e o fermento em pó. Acomode a massa em um pote de vidro e em seguida, adicione rodelas da outra banana picada. Leve ao microondas por cerca de 3 minutos. Se você desejar, adicione canela em pó antes de aquecer.

 

 

Bolo de banana com maçã  

4 ovos

½ xícara de chá de óleo

1 maçã com casca

6 bananas-ouro

2 xícaras de chá de farinha de trigo

2 xícaras de chá de açúcar ou adoçante culinário

1 colher de chá de fermento em pó

1 colher de chá rasa de sal

 

Modo de preparo:

Bata no liquidificador a maçã, os ovos, o óleo e o sal. Adicione o açúcar, a farinha de trigo, o fermento, e bata novamente. Acomode metade da massa em uma forma com furo central, untada com manteiga e farinha. Em seguida, adicione metade das bananas, cortadas em rodelas. Junte o restante da massa e decore com as bananas. Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus por 40 minutos.



Foto: Freepik

sábado, 23 de setembro de 2023

Cólicas em bebês: por que elas ocorrem e como aliviar este incômodo?



As cólicas são um problema comum em bebês, especialmente nos primeiros meses de vida, além de causarem temor em pais de primeira viagem. Meninos e meninas são igualmente afetados, independentemente de mamarem no peito ou tomarem fórmula. Esse desconforto pode ser fruto de algumas conjunturas, mas seu motivo exato ainda não é totalmente compreendido. Algumas teorias relacionam as prováveis causas ao sistema digestivo em desenvolvimento, acúmulo de gases, sensibilidade alimentar, ou mesmo ingestão de ar na hora e mamar ou tomar leite na mamadeira, acarretando dor abdominal e choro constante.
 

Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria e médica da UTI Neonatal do Hospital e Maternidade São Cristóvão, dra. Claudia Conti comenta que o tempo das cólicas geralmente varia de bebê para bebê. "Os episódios costumam passar completamente até no máximo 6 meses de vida." Segundo a especialista, a cólica típica se manifesta como um ataque de choro forte, agudo, estridente e crescente: "O bebê se estica, fica vermelho, vira a cabeça para os lados e se encolhe".
 

A pediatra descreve alguns dos sinais emitidos pelos bebês durante essas ocorrências:


  • Choro inconsolável: O bebê chora intensamente, muitas vezes no final da tarde ou à noite, e o choro pode ser alto e agudo;
     
  • Pernas encolhidas: O bebê pode encolher as pernas em direção ao abdômen, demonstrando desconforto;
     
  • Barriga tensa: A região abdominal do bebê pode ficar rígida ao toque;
     
  • Mudanças de expressão: O bebê pode fazer caretas, franzir a testa ou parecer desconfortável;
     
  • Agitação: O bebê pode se contorcer ou se mexer constantemente enquanto chora;
     
  • Gases: A presença de gases é muitas vezes associada a cólicas e pode causar desconforto adicional.

"É importante notar que os sinais de cólicas também podem estar associados a outros problemas de saúde, como refluxo gastroesofágico, alergias alimentares ou infecções", complementa Dra. Claudia Conti.
 

Para aliviar o desconforto das cólicas, além da tão recomendada dica de "fazer o bebê arrotar depois de cada mamada", com tapinhas delicados em suas costas, algumas das seguintes estratégias levantadas pela especialista, ou a combinação de algumas delas, podem ser eficazes:


  1. Movimento suave: Embale o bebê nos braços, use um balanço ou uma cadeira de balanço para acalmá-lo;
     
  2. Barriga para baixo: Colocar o bebê de bruços sobre o colo ou em uma superfície macia e segura pode ajudar a aliviar a pressão abdominal;
     
  3. Massagem: Com cuidado, faça movimentos circulares suaves na barriga do bebê, no sentido horário. Isso pode ajudar a liberar gases;
     
  4. Água morna: Um banho morno pode relaxar os músculos do bebê e aliviar o desconforto;
     
  5. Ambiente relaxado: Diminua as luzes, ou reduza o barulho para que o seu bebê possa descansar.

Além disso, estudos demonstram que o contato pele a pele com o bebê nas primeiras semanas de vida junto aos seus responsáveis, pode fazer com que os episódios de choro sejam menores durante seu crescimento. Em alguns momentos, o bebê vai chorar, independentemente do método de alívio escolhido. Experimente abordagens diferentes e, caso a sugestão não funcione em uma semana, passe para a próxima da lista. A fase de cólicas de seu bebê passará, então, não se frustre.
 

Peça ajuda da família e dos amigos e divida os cuidados do bebê com o companheiro, pois essas pessoas serão uma importante rede de apoio. Além disso, exponha suas dúvidas ao pediatra e converse também com seu médico sobre formas de lidar com a frustração causada pelo choro constante. Grupos de mães ou fóruns online também proporcionam dicas e conselhos de outras mães que passam pela mesma situação.



Foto: Freepik

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

De infecção fúngica a dor de ouvido: problemas que dormir de cabelo molhado pode causar



Você já deve ter ouvido alguém dizer: "Não durma de cabelo molhado ou você vai acordar resfriado!". Embora não haja comprovação científica para essa afirmação, dormir com os cabelos molhados pode trazer consequências prejudiciais para a saúde dos fios e do couro cabeludo. A dermatologista especializada em tricologia, dra. Hevelyn Mendes, esclarece todos os problemas possíveis e apresenta as melhores soluções para preveni-los e tratá-los.
 
Principais danos de dormir com o cabelo molhado
 
1. Proliferação de fungos e bactérias: Dormir com o cabelo molhado cria um ambiente propício para a proliferação de fungos e bactérias. A umidade retida no couro cabeludo, especialmente se a fronha for de tecido sintético, abafa a raiz dos fios e cria um habitat favorável para o crescimento desses microorganismos. Essas infecções fúngicas podem se espalhar rapidamente e causar sintomas como coceira intensa, descamação, vermelhidão, formação de crostas e até mesmo a perda de cabelo em certas áreas e infecções mais graves. A solução é garantir que o cabelo esteja completamente seco antes de dormir, seja utilizando um secador de cabelo em temperatura baixa ou permitindo que o cabelo seque naturalmente.

2. Danos aos fios: A dra. Hevelyn Mendes comenta que a fricção causada pelo atrito do cabelo molhado com o travesseiro durante o sono pode tornar os fios mais frágeis, quebradiços e propensos a nós e frizz. Ao dormir com o cabelo molhado regularmente, você está comprometendo a saúde e a aparência dos seus cabelos. A melhor solução é evitar dormir com os fios úmidos, optando por lavar o cabelo com antecedência ou utilizando técnicas de secagem adequadas, como a utilização de uma toalha de microfibra para absorver a umidade antes de deitar.
 
3. Prevenção de doenças mais graves, como otite externa: Dormir com o cabelo molhado e úmido repetidamente pode aumentar o risco de desenvolver otite externa, também conhecida como "ouvido de nadador". A umidade no couro cabeludo pode entrar no canal auditivo e criar um ambiente favorável para o crescimento de bactérias. Essas bactérias podem causar inflamação e infecção no canal auditivo externo, resultando em dor de ouvido, coceira, inchaço e até mesmo perda auditiva temporária.
 
A dermatite de contato, uma reação alérgica, também pode surgir devido à exposição a substâncias irritantes presentes em produtos capilares.
 
Para evitar esses problemas mais graves, é essencial adotar medidas preventivas

- Priorizar a secagem adequada do cabelo antes de dormir, utilizando técnicas suaves e sem atrito, como o uso de toalhas de microfibra;
 
- Evitar o uso de fronhas de tecido sintético, optando por tecidos naturais, como algodão, que permitem maior respirabilidade do couro cabeludo;
 
- Garantir a higiene adequada do couro cabeludo, utilizando produtos capilares adequados ao seu tipo de cabelo e evitando o acúmulo de resíduos;
 
- Consultar um tricologista, especialista em saúde capilar, para obter orientações específicas e personalizadas para o seu caso.
 
"É essencial adotar medidas preventivas e seguir as melhores práticas de cuidado capilar. Lembre-se de que a saúde dos seus cabelos é valiosa e merece atenção e cuidado adequados. Consultar um especialista em tricologia pode ser o primeiro passo para garantir cabelos saudáveis e deslumbrantes. Invista em você e em seus cabelos, pois eles refletem sua autoestima e bem-estar", finaliza a especialista.



Foto: Freepik

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Como identificar e prevenir sintomas de depressão infantil em sala de aula




Desde 2015 o Brasil se volta à importância da prevenção do suicídio. A campanha Setembro Amarelo é incentivada e liderada do dia 1º ao 30 por uma das mais antigas ONGs do país, a CVV - Centro de Valorização da Vida. A organização lembra que falar sobre o tema e saber sobre suas causas são as primeiras providências para lutarmos contra estatísticas devastadoras, como um estudo realizado pela Unicamp que mostrou que 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida e, que 32 pessoas tiram suas vidas todos os dias. 

A primeira medida preventiva é a educação. "Existem debates entre profissionais de saúde mental sobre quais seriam os sintomas que poderiam levar as crianças a uma tendência ao suicídio. E a atenção à depressão infantil, inclusive na escola, se tornou essencial", destaca a coordenadora pedagógica da Mind Lab, Miriam Sales. Conforme a Fiocruz, estima-se que 2% das crianças e 5% dos adolescentes no mundo todo sofram com a doença. Pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), durante a pandemia, apontou que uma em cada quatro crianças e adolescentes passaram a sofrer de depressão e ansiedade.
 
Parte dos especialistas defende que os sintomas infantis são os mesmos da depressão verificada em pessoas adultas, como humor deprimido na maior parte do dia, desinteresse nas atividades diárias, alteração de sono e apetite, dificuldade de se concentrar e até alternação na atividade motora. No entanto, alguns estudiosos acreditam que no caso de crianças e jovens, há sintomas diferenciados, o que torna o diagnóstico mais desafiador. Esses sintomas seriam facilmente confundidos com malcriação, pirraça, birra, mau-humor, tristeza e agressividade. Esse ramo acredita que a lista de sintomas a seguir seria mais adequada para ser observada por profissionais em sala de aula.
 
A ideia de suicídio ou pensamento de tragédias e mortes estão na lista, mas podem ser mais difícil de ser acessada. Assim como sentimentos de desesperança e baixa autoestima e sentimento de inferioridade. Diferente da falta de apetite, prazer em executas atividades, apatia, agressividade, pessimismo, alterações no sono, cansaço, apatia e queixa de dores.
 
Para facilitar o processo de identificação e alimentar o diálogo em um ambiente em que crianças e adolescentes passam boa parte do seu tempo, a escola, a Miriam Sales, que também é pesquisadora sobre a importância das neurociências para o fazer docente, destaca três frentes:
 
Diferenciar depressão de tristeza
Muitos dos sintomas listados acima podem ser facilmente confundidos com a tristeza natural do dia a dia de uma criançaComo estabelecer essa diferença, então? Segundo os especialistas, a principal diferença está na intensidade dos sintomas, na persistência por longos períodos e nas mudanças que operam em hábitos normais da vida da criança. Assim, quando os pais ou responsáveis percebem a ocorrência desses sintomas de forma recorrente, devem procurar uma avaliação médica para diagnóstico.
 
Destacar o papel do professor
O professor não é um profissional de saúde e não tem o conhecimento necessário para diagnosticar casos de depressão entre crianças e jovens. Entretanto, na sala de aula, ocupa uma posição privilegiada para notar mudanças no desempenho, no comportamento e no humor de seus alunos e alunas.
Conhecendo os sintomas listados acima, um educador atento pode perceber os primeiros sinais de que algo está acontecendo com a criança ou o jovem. "O seu papel, nesse caso, é disparar o alarme, chamando os familiares para conversar sobre as alterações percebidas e tentando entender se os pais ou responsáveis também observaram mudanças recentes. Muitas vezes eles já estão atentos e até conseguem apontar causas para essas mudanças", destaca Miriam.
 
Incluir a educação socioemocional
O desenvolvimento dessas habilidades atua como prevenção à depressão entre crianças e jovens. Ao desenvolver competências como persistência, foco, entusiasmo, confiança, autoconfiança e ampliar a tolerância ao estresse, a educação socioemocional ajuda a fortalecer a saúde mental dos jovens e crianças. Por isso, com essas competências bem desenvolvidas, elas ampliam a sensação de bem-estar, satisfação e felicidade consigo mesmas.
Se os sintomas persistirem, é indicado que a família procure ajuda especializada com profissionais de saúde e mantenha o professor avisado sobre os desdobramentos e possíveis diagnósticos. "A parceria entre família e escola é fundamental para ajudar a criança ou adolescente a superar uma situação de depressão", ressalta a profissional.


Foto: Freepik