domingo, 29 de novembro de 2015

Divertudo: o futuro e a rede

É sempre difícil tentar se antecipar ao futuro. Quando o assunto é tecnolo­gia, então, precisamos de muito co­nhecimento, imaginação e sensibilidade. O site infantil Divertudo (www.divertudo.com. br) existe há mais de 15 anos e vem driblan­do com criatividade e qualidade este turbi­lhão de novidades que chegam rapidinho às mãos das crianças.
O Mexa-se conversou sobre o assunto com a jornalista Evelyn Heine e a web designer Liliana Akstein, criadoras do Di­vertudo.
Qual é o grande desafio de manter um site infantil por mais de 15 anos?
Evelyn: Esta semana li o de­poimento de um grande empresá­rio dizendo que, se você não se atualizar, pode ver seu negó­cio afundar em pouco tempo. Uma empresa enorme, mas parada no tempo, pode ruir por causa de algum aplicativo criado da noite pa­ra o dia. As ideias estão valendo mais do que tudo agora. Então, nós, do Divertudo, tenta­mos saber o que a criança está buscando no momento e atender a esta demanda, dentro de nossas possibilidades.
E o que as crianças estão querendo agora?
Liliana: Vídeos de todos os tipos: engraça­dinhos, instrutivos, sobre qualquer assunto. O computador está virando a nova televisão. Ali você pode escolher o que quer ver e quan­do. É o mundo em suas mãos.
Evelyn: Nosso público também procura in­formações úteis que sirvam de suporte para trabalhos escolares, por exemplo. Percebe­mos isso pelos pedidos de ajuda que vinham de leitores. Então criamos os chamados “tu­toriais”, reunidos na seção “Como se faz?”.
Pode dar um exemplo?
Evelyn: Claro. Veja nossa “Oficina de Qua­drinhos”. Ela foi até solicitada por um por­tal de Educação vinculado ao governo fe­deral, além de outros mais. Tudo começou com o pedido de ajuda de uma lei­tora. Ela precisa­va produzir uma história em qua­drinhos para a es­cola e não sabia nem como come­çar. Então criamos um passo-a-passo que virou um su­cesso. E também criamos um vídeo simples só para explicar um modo prático de executar a história.
Liliana: Depois vieram outros pedidos e a seção foi crescendo: Como fazer uma peça de teatro, como fazer uma paródia, uma re­dação, uma propaganda…
E os jogos?
Os games de hoje usam muita tecnologia e recursos que nós não dominamos. Por isso, apostamos em conteúdo e na criatividade. Resolvemos também criar uma seção para crianças bem pequenas, que dispõem de pou­cas opções na rede: o Minitudo, que é o nosso bebê. Temos um carinho especial por ele. Es­tamos sempre engatinhando também.


sábado, 28 de novembro de 2015

Dependência química, um grave problema de saúde pública


Atualmente, o consumo de drogas não é considerado apenas um prejuízo para quem faz o uso, mas um com­plexo e grave proble­ma de saúde pública. Para tratar do assunto de drogadição, é neces­sário distinguir o pro­cesso de saúde/doen­ça com base nos mo­delos mais atuais pa­ra compreensão e es­tratégias de intervenção estabelecidas na ci­ência atual. Para discutir a dependência quí­mica, deve-se refletir como a droga foi enca­rada ao longo da história, levando em consi­deração os paradigmas que esse tema tam­bém engloba.
Apresentaremos aqui, brevemente, as ba­ses teórico-conceituais dos três eixos do pro­cesso (saúde, doença e dependência química), bem como proporcionar uma reflexão crítica sobre a questão da promoção de saúde frente à dependência de substâncias, de acordo com os modelos de trabalhos e intervenções biop­sicossocial presentes na atualidade.
Com base nas referências históricas, foi a partir do século XX que foram constatadas transformações no que se diz respeito ao processo de saúde/doença, sendo que o uso de substâncias psicoativas assumiu propor­ções alarmantes e, então, falar sobre drogas não é apenas falar da questão biológica, é fa­lar de um indivíduo integral (completo, sem diminuição), para o qual o uso das drogas possui uma representação específica.
O diagnóstico de uma dependência quí­mica exige a avaliação de diversos aspec­tos, uma vez que os padrões de consumo de drogas na atualida­de são diversificados, sendo a dependência o último estágio. Além disso, o tratamento da drogadição é algo pro­longado. Entretanto, romper o ciclo de de­pendência é algo mui­to difícil e delicado, pois os indivíduos que se tornam dependen­tes vivenciam um so­frimento físico e psíquico intenso, tendo sua vida afetada, bem como as suas famílias, ami­gos e a comunidade de uma forma geral.
É necessário pontuar que o atendimen­to a dependentes químicos envolve dois as­pectos centrais: primeiro, a desintoxicação com a finalidade de retirada da droga e seus efeitos, e segundo, a manutenção, ou seja, a reorganização da vida do indivíduo sem o uso da droga.
Para os profissionais de saúde, esse é um tema em constante estudo e desafio, e uma das ferramentas e métodos de trabalho uti­lizados na área da Psicologia é o psicodra­ma, em que as técnicas psicodramáticas são utilizadas para que o indivíduo perceba a sua relação com a dependência da droga, seu papel na família, adquirindo, assim, um novo padrão de consciência de seus confli­tos e sua vida.

(Artigo do psicólogo clínico e social Bruno Macedo Pedro)


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Entre em forma com o Ninjutsu

Muay Thai, Jiu Jitsu, Treino Funcional…  Todos eles exigem condicionamento, prática e muita persistência. Em troca, um corpo invejável, flexibilidade, além de melhora cardiorespiratória e nada de flacidez. Uma outra modalidade, ainda pouco conhecida no Brasil, mas que tem conquistado seu espaço e admiradores, é o Ninjutsu.
Segundo o instrutor do Maha Studio do Corpo (SP) Angelo Arantes, o Ninjutsu é uma arte que busca o aperfeiçoamento físico, mental e emocional. “Ele explora mais o intangível, atributo muito valioso na era do conhecimento, mas pouco explorado. E, para as mulheres, é uma forma de manter a intuição e a razão em equilíbrio, virtude nata feminina” diz ele.
A atividade trabalha técnicas com foco no movimento contínuo e aproveita a força do adversário, e também é ensinada como defesa pessoal. Segundo o instrutor, em uma aula, em média de uma hora, o aluno aprende mais de 20 técnicas de defesas, rolamentos e quedas, além de saltos. “Tudo o que pode ser aplicado ao dia a dia, garantindo a segurança das mulheres e eliminando, em média, 900 calorias”, conta Angelo.
Esses benefícios também ajudam no emocional, e o instrutor mostra em cada movimento do aluno suas características de personalidade e pontos que têm de melhorar, ensina a aceitar aquilo que não pode mudar e a transformar o que está ao seu alcance. Inclusive, problemas como ansiedade e síndrome do pânico são atenuados com a prática. 
“A prática tem como objetivo trabalhar a razão e emoção em harmonia. Procuramos a adaptação a diversas situações e necessidades. Em muitos países cadeirantes e deficientes treinam respeitando suas limitações. Transitar do tangível para o intangível livremente com uma mente aberta absorvendo sabedoria de cada lição que o destino apresenta”, afirma Arantes. “Para a mulher é surpreendente, pois como trabalhamos em 2/3 da prática o intangível, sua intuição natural aumenta chegando a prever movimentos do adversário.”



quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Uso de protetor bucal durante esportes deve ser incentivado

O risco de um atleta sofrer séria lesão nos dentes durante a prática de esportes tem sido motivo de inúmeros estudos internacionais – principalmente em relação ao papel do protetor bucal. De acordo com o cirurgião-dentista Reinaldo Brito e Dias, professor da Universidade de São Paulo e membro da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, ainda é muito sutil o trabalho realizado pelos profissionais de Odontologia no sentido de ‘convencer’ os atletas a usar protetores bucais, sejam eles padronizados ou personalizados.
“É muito importante que os atletas conheçam o risco real que estão assumindo ao deixar de proteger os dentes. Não me refiro apenas àqueles que praticam esportes de contato, como artes marciais, rugby e futebol americano. Mas até mesmo esportes de quadra, como basquete, em que um eventual choque pode resultar numa avulsão dentária e pôr tudo a perder, exigindo o afastamento do atleta para tratamento e recuperação”, diz o especialista.
O profissional ressalta que as pessoas só têm ideia da dimensão do problema quando perdem um dente. “Até surgir o problema, a pessoa fala ou morde uma maçã automaticamente. Mas, por exemplo, imagina o que é fazer isso sem um dente da frente? Toda saúde do atleta fica comprometida. Ele sofrerá restrições que terão desdobramentos em vários outros aspectos da sua vida, desde os mais práticos até os mais sensíveis, como autoconfiança e autoestima”.
O professor adverte, entretanto, que um bom protetor bucal tem algumas características que precisam ser levadas em conta. A primeira é que a peça precisa ser desenvolvida especialmente para a boca do paciente – até mesmo para quem usa aparelhos ortodônticos. Depois, é preciso que o material usado esteja de acordo com o risco oferecido pelo esporte em questão. Ainda, o material deve ser resiliente, resistente, de fácil adaptação e confortável para que o atleta possa respirar naturalmente e praticar seu esporte sem interferências nem preocupações com relação ao protetor bucal.
O uso do protetor bucal é especialmente indicado para atletas que praticam uma dessas modalidades: ginástica, acrobacia, vôlei, basquete, handebol, boxe, ciclismo, hipismo, esportes de campo, futebol, artes marciais, rugby, hockey, patinação, esportes radicais etc. “Geralmente o protetor bucal é usado somente na arcada superior. Caso o atleta tenha mandíbula proeminente, o cirurgião-dentista avaliará se a arcada inferior também precisa de proteção”, diz o especialista.
Independentemente da modalidade esportiva, estudos mostram que contar com um cirurgião-dentista para cuidar da saúde bucal dos atletas – atuando tanto na orientação e prevenção, bem como nos tratamentos – contribui de forma relevante para aumentar o desempenho e alcançar bons resultados.


quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Franja vai bem também em cabelos crespos

Sempre modernas e na moda, as franjas ainda são motivo de receio para muitas mulheres de cabelos cacheados. Mas, sabendo escolher o tamanho, modelo e produtos adequados para a modelagem, as cacheadas podem sim investir na franja e arrasar por aí. Quem afirma é Lúcia Santana, coordenadora técnica das cabeleireiras do Instituto Beleza Natural. Para quem quer apostar no corte e ainda tem dúvidas sobre o resultado, a especialista dá dicas que vão desde a escolha do profissional aos cuidados para manter o look lindo e atual.
Qual o modelo de franja ideal para os cabelos crespos e cacheados?
As franjas ideais são as medianas ou os franjões. Não recomendo franjas curtas pois o cabelo cacheado, quando seco, tende a encolher (subir) e o resultado é uma franja alta e volumosa.
Na hora de cortar, que cuidados devemos observar para ter o resultado esperado?
Antes de cortar, é importantíssimo que o profissional avalie a textura, a densidade e o tipo de cacho.
Cortei a franja. Como cuidar?
Após ter cortado a franja, é muito importante manter os cuidados como higienização e nutrição dos fios. Além disso, utilização diária de um creme de pentear é indispensável para controlar volume e definir os cachos. Vale lembrar que shampoo, condicionador, máscara de tratamento e creme de pentear devem ser específicos para o trato de cabelos crespos e cacheados.
A manutenção do corte da franja deve ser feita com qual periodicidade?
Caso a cliente queira manter o mesmo comprimento do primeiro corte, a manutenção deverá ser feita mensalmente.
A franja pode ser cortada em casa ou preciso de um profissional?
Não recomendo cortar as madeixas em casa. Cabelos cacheados são mais complexos para serem cortados e, por isso, precisam de um bom profissional.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Aprenda a escolher um bom vinho

Aprecia vinho e entende um pouco sobre a bebida? A sommelière da Evino, Jessica Marinzeck, explica algumas curiosidades, para entendermos um pouco mais sobre o universo do vinho. São cinco questões que todos os apreciadores da bebida precisam saber.
Você sabia que é possível ter vinho branco de uvas tintas?
Sim, é possível, já que a cor dos vinhos tintos é extraída das cascas das uvas, assim também, como a cor dos vinhos rosés. Só que esses últimos passam menos tempo em contato com as cascas, daí a sua baixa tonalidade. Sendo assim, se um produtor desejar, pode fazer vinho branco de uvas tintas, basta simplesmente ele evitar todo e qualquer contato da polpa ou mosto da uva, com suas cascas. Um bom exemplo são os Champagnes que podem levar em sua composição duas uvas tintas, a Pinot Noir e a Pinot Meunier, além da branca Chardonnay.
Barricas de carvalho francês ou americano?
As barricas são importantes para aportar aos vinhos algumas características mais complexas, como aromas de tostado, baunilha e de madeira. O carvalho americano é menos poroso que o francês, assim a oxigenação na barrica será menor e o vinho terá um desenvolvimento mais lento. Já com o francês ocorre o contrário, por isso, ele é mais caro e dá aos vinhos características mais elegantes e de baunilha. O carvalho americano deixa o vinho mais aromático e possui uma nota inconfundível de coco queimado.
Bouquet ou aroma? Qual a diferença?
É comum nesse mercado dizer que vinhos jovens apresentam apenas aromas de flores e frutas. Devemos nos referir a essas características como: os aromas do vinho. No caso de um vinho envelhecido que apresenta notas mais complexas, como couro ou charuto, é correto se referir como: bouquet do vinho.
Qual é a mais indicada: rolha ou Screwcap (tampa de rosca)?
Não existe uma fórmula mágica, ambas são benéficas dependendo do estilo de vinho que um dado produtor pretende criar. É certo que há uma maior troca de oxigênio quando temos um vinho vedado com rolha, ou seja, sua evolução será mais rápida que os vinhos vedados com a rosca.
Os vinhos mais velhos são melhores?
Isso é um mito. Hoje, com a alta demanda do mercado, muitos produtores estão focados em criar vinhos que já estão prontos para o consumo e que não irão se favorecer do longo armazenamento. É preciso antes, procurar saber um pouco sobre quem produziu aquela bebida e suas características antes de julgar se um vinho é ou não de guarda.
Essas são informações que auxiliam ao apreciador de vinhos a escolher os rótulos que mais o agradem e, até mesmo, a distinguir os que possuem maior valor agregado e custo-benefício.


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Diagnóstico precoce e hábitos saudáveis: principais aliados contra o diabetes

Um exame simples realizado em laboratório de análises clínicas para medir o nível de glicose no sangue, chamada glicemia (aleatória ou de jejum), é uma das mais importantes armas para diagnosticar o diabetes mellitus. Caso se detecte valores fora dos padrões, é sinal de que o paciente está pré-diabético ou com diabetes.
O teste da glicemia capilar feito a partir de uma gota de sangue tirada da ponta de dedo, muito comum em mutirões ou em serviços de pronto atendimento, é um procedimento ainda mais simples e permite medir instantaneamente o nível de glicose no sangue.
Diabetes é uma doença crônica, que não tem cura, mas que pode ser controlada por meio de medicamentos, alimentação balanceada e atividade física. Por isso, o acompanhamento médico e a realização de exames periódicos – principalmente para quem tem histórico familiar da doença ou apresenta excesso de peso – são fundamentais para um diagnóstico precoce e tratamento adequado desde o início, visando a prevenção das complicações.
Não controlado e em estado avançado, o diabetes pode levar à cegueira, acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, insuficiência renal e à amputação de membros. Os adultos com diabetes têm risco de morte 1,5 vez maior que os demais na mesma faixa etária.  “A prevenção é fundamental”, diz Vivian Estefan, endocrinologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. Segundo ela, além do risco de morte provocado pela doença, o seu impacto na qualidade de vida dos pacientes é enorme em função de todas as possíveis complicações.
Existem dois tipos de diabetes: tipo 1, que aparece normalmente na infância ou adolescência, em função de uma falha do sistema imunológico, que passa a entender a insulina como uma ameaça ao organismo e destrói as células que produzem o hormônio, originando uma deficiência total deste.
A tipo 2 (que corresponde a cerca de 90% dos casos), também chamada de familiar ou hereditário, aparece em geral após os 40 anos, em decorrência de obesidade, da falta de hábitos saudáveis de alimentação e sedentarismo. Neste caso, a produção de insulina encontra-se aumentada, porém existe uma resistência do organismo à sua ação.
De acordo com a especialista, há um aumento acelerado na incidência do diabetes tipo 2 na maioria dos países do mundo, inclusive no Brasil, devido principalmente ao estilo de vida pouco saudável e ao envelhecimento da população. Segundo dados IBGE de 2013, 6,2% da população com 18 anos ou mais tinham diabetes diagnosticada.