quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Bichectomia vira febre entre as mulheres

Angelina Jolie (Foto: Divulgação)
O nome bichectomia significa retirada da bola de Bichat, uma gordura que fica nas bochechas e acaba deixando o rosto mais redondo. “A ideia da cirurgia é deixar o rosto mais definido e as maçãs mais evidentes, gerando um perfil mais fino e magro da face”, conta o cirurgião bucomaxilofacial dr. Alessandro Silva. Celebridades internacionais, como Angelina Jolie e Megan Fox optaram pela redução das bochechas, e, ambas, são conhecidas como ícones de beleza faciais no mundo todo.
A utilização da bola adiposa da bochecha (bola de Bichat) não é um procedimento novo na região maxilofacial. A bola de Bichat tem sido amplamente utilizada nas comunicações buconasais e bucosinusais como uma ferramenta auxiliar no fechamento dessas fístulas. Nos procedimentos com cunho estético, o procedimento é indicado para qualquer pessoa que esteja insatisfeita com o formato do seu rosto, porém, todas devem passar por avaliação do especialista antes para que não haja riscos.
Segundo o dr. Alessandro, a cirurgia deve ser feita por profissionais com amplo conhecimento na região maxilofacial, sendo uma cirurgia de baixo risco podendo ser realizada me ambiente ambulatorial. “Esse acúmulo de gordura na bochecha vai depender de pessoa para pessoa, mas de uma forma geral, é feita essa retirada e o corte é bem pequeno, com aproximadamente 1cm na parte interna da boca e depois é fechado com pontos de fios absorvíveis, que não deixam cicatrizes”, explica. O procedimento dura no máximo 40 minutos.
PÓS-OPERARÓRIO
O pós-operatório é considerado bem simples, semelhante à extração de um dente do siso. Durante pelo menos 10 dias o ideal é ingerir alimentos moles e evitar alimentos quentes. Além disso, é necessário o uso de compressas de gelo no local pelo menos 3 vezes por dia, evitar esforço físico e não se expor ao sol.
RISCOS
Segundo o médico, como qualquer outra cirurgia, a bichectomia possui alguns riscos, pois por mais simples que seja, é uma região que possui nervos e canais salivares muito delicados, e, qualquer corte acidental pode ocasionar problemas como paralisia facial.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Efeitos da radiação ultravioleta x câncer

O verão chrgou com a elevação das temperaturas e maior incidência de radiação ultravioleta, aumentando também a necessidade de atenção redobrada com a exposição excessiva da pele ao sol. A falta de conhecimento sobre proteção durante o verão pode levar a uma chance maior de desenvolvimento de câncer de pele, alerta a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP).
Segundo o patologista membro da SBP, Gilles Landman, o brasileiro já possui uma cultura de proteção contra o sol no verão, mas está muito restrita à situação de férias. Ele lembra que a radiação ultravioleta exerce seu efeito por todo o ano. “Muito se fala sobre evitar a praia nos horários de exposição mais perigosa (entre 11h e 16h), mas devemos lembrar que em todos os dias os efeitos da radiação solar estão presentes, inclusive nas cidades. Muitas pessoas passam o dia inteiro na rua, expostas ao sol, por razões profissionais”, ressalta.
Os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que o câncer de pele do tipo não-melanoma segue como o mais frequente do Brasil, correspondendo a 25% de todos os tumores malignos registrados. No total, a entidade estima 175.760 novos casos da doença para 2016, sendo 80.850 homens e 94.910 mulheres.
“É o tipo de câncer mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele mais clara, relativamente raro em crianças ou na população afro-descendente, com exceção daqueles que já apresentam doenças de pele anterior, que podem evoluir para o câncer. Sua mortalidade é baixa e o tratamento pode ser simples, desde que detectado precocemente”, explica o médico.
Melanoma
Landman ainda alerta que o melanoma (forma mais agressiva de câncer de pele) merece atenção especial. Apesar de apresentar a menor incidência (apenas 4% de todos os tumores cutâneos), a doença possui o maior índice de mortalidade, principalmente quando diagnosticada tardiamente. Ainda segundo o INCA, são esperados 5.670 novos casos para 2016.
“Por exemplo, se um melanoma tiver quatro milímetros de espessura quando diagnosticado, o paciente terá sobrevida de cinco anos em aproximadamente 54% dos casos, ou seja, 46% dos pacientes morrerão de disseminação da doença”, aponta o especialista, docente da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Além de mais agressivo, o diagnóstico de melanoma é frequentemente retardado por desconhecimento, dificuldades diagnósticas ou mesmo falta de prevenção secundária, atividade realizada para prevenir o desenvolvimento de um problema de saúde desde os estágios iniciais no paciente. Ele explica que os melanomas e seus subtipos são difíceis de serem descobertos por suas semelhanças com as lesões benignas, especialmente quando nos primeiros estágios.
Fatores de risco
O médico esclarece que as lesões na pele têm como fator predisponente a exposição à luz ultravioleta A e B, em especial em pessoas muito claras que se queimam e nunca se bronzeiam. No verão, essa concentração de luz tende a aumentar bastante, principalmente em cidades com maior altitude, que têm ar mais rarefeito e menos proteção atmosférica.
“Por outro lado, há famílias com propensão ao desenvolvimento de melanomas. Cerca de 10% dos pacientes diagnosticados com melanoma têm histórico familiar desse tipo de tumor. Nesses casos, é importante a avaliação com um oncogeneticista, que estabelecerá se é mesmo câncer hereditário e qual a probabilidade de desenvolvimento da doença”, aponta.
Há um tipo de melanoma, o acral, que ocorre com maior frequência em afrodescendentes e asiáticos e aparece especificamente nas plantas dos pés, palmas das mãos e unhas. Na população brasileira, a doença aparece com maior frequência onde houve grande miscigenação racial.
“Serviços públicos que atendem populações carentes, muitos de ascendência africana, têm encontrado maior frequência deste tipo de melanoma. Em Salvador e em Manaus, sua frequência respectiva é de 19% e 30% de melanomas acrais. Este dado indica a necessidade de não só pensar em melanomas induzidos pela radiação solar, mas também fazer campanhas de prevenção secundária para a observação de mãos e pés, frequentemente negligenciados. Afinal, além de caucasianos, os traços afrodescendentes e asiáticos também são uma marca da população brasileira”, diz o patologista.
Detecção precoce
O médico aponta que os avanços tecnológicos se tornaram importantes ferramentas no diagnóstico dos diversos tipos de câncer de pele. A dermatoscopia, por exemplo, usa uma espécie de lente de aumento semelhante à usada para observar o ouvido. “A técnica aumentou a precisão diagnóstica do melanoma e, em associação à digitalização das imagens, tem permitido monitorar lesões suspeitas que, reavaliadas num curto intervalo de tempo, podem crescer e permitir que o médico confirme a necessidade de retirada e avaliação com outros exames”, diz.
Outra tecnologia em desenvolvimento constante, apontada por Landman, é o uso da microscopia confocal in vivo. Ainda timidamente utilizada no Brasil, ela possibilita, através de raios laser, o exame de lesões com resolução de microscópio. “Nesse caso, é possível examinar o paciente com tecnologia de alta precisão para indicar se a lesão deve ou não ser retirada, além de demarcar as margens cirúrgicas para assegurar que toda a lesão foi retirada”, finaliza.

sábado, 26 de dezembro de 2015

Dicas para quem vai correr a São Silvestre

Enquanto alguns corredores profissionais entram na fase final de preparação para a São Silvestre, considerada a mais tradicional corrida de rua do Brasil, outros, mais amadores, ainda correm contra o tempo para melhorar o rendimento a fim de completar o percurso de 15 km pelas avenidas da capital paulista.
Para o ortopedista Emerson Garms, coordenador do Centro de Ortopedia Especializado do Hospital Santa Catarina (SP), a preparação adequada, aliada ao fortalecimento de músculos, assim como a alimentação apropriada e os treinos específicos, podem ser considerados fundamentais entre terminar a prova correndo ou, já sem forças, caminhando até a linha de chegada.
Especializado em ortopedia e traumatologia do esporte, Garms dá cinco dicas para quem está ansioso e deseja completar o percurso:
  • Prova de 15 km não é para amadores: a corrida de rua tornou-se febre no Brasil, no entanto, a preparação para correr provas acima de 5 km exigem preparação especial. Embora sempre existam atletas amadores se arriscando e aumentando os treinos sem qualquer cuidado, os riscos de lesões podem colocar a “vida de atleta” em xeque;
  • Varie o percurso: a mais famosa prova de rua do Brasil possui percurso desafiador, com subidas acentuadas, que exigem atenção redobrada do atleta. Incluir ladeiras (de preferência no fim dos treinos) e correr pela manhã (caso esteja acostumado com treinos noturnos) pode melhorar muito a preparação;
  • Profissionalize a preparação: muitas vezes, o apoio profissional, seja de um especialista da área, ou, então, do médico de confiança, pode fazer a diferença em completar a corrida. Recomendações assertivas sobre a alimentação, a hidratação, e, por fim, os alongamentos e os exercícios musculares indicados são fundamentais para melhorar o desempenho e evitar traumas e lesões graves;
  • Corpo aquecido e fôlego no fim: apesar de esquecido por alguns atletas, o aquecimento dos músculos é vital para a saúde. Além dos exercícios indicados para cada parte do corpo (joelho, pés, braços, ombros etc.), aproveite o início da corrida para caminhar (em vez de correr) e aquecer o corpo, já que, devido o excesso de participantes, o espaço entre os atletas é muito reduzido;
  • Aproveite e divirta-se: caso sua meta seja completar o percurso – e não brigar pelo pódio -, aproveite para curtir o visual dos 15 km, que passam pelas vias mais tradicionais da cidade. Divertir-se com os demais corredores, que aproveitam os 15 minutos de fama para vestirem fantasias e trazerem alegria aos pelotões, é outro charme da corrida que encerra as atividades esportivas de 2015 e dá início a um novo e próspero ano.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

App Jolie chega ao mercado para colaborar com profissionais autônomos de beleza

O App Jolie, aplicativo que permite agendamento de serviços de be­leza em domicílio e oferece ferra­mentas como geolocalização e avaliação dos consumidores, será lançado em breve. O Jolie é um marketplace que promove a integração entre os profissionais de beleza e suas consumidoras e vai facilitar o dia a dia dos pro­fissionais e seus clien­tes.
O pro­fissional cria seu ca­dastro in­formando os serviços oferecidos, fotos de­monstrati­vas de seu trabalho e os respecti­vos preços e formas de pagamento. Quando o consumi­dor solicita o agendamento, ele indica o lo­cal desejado para o atendimento (casa, es­critório etc.) e o App Jolie localiza os profis­sionais mais próximos a ele.
CRESCIMENTO DO MOBILE
Segundo os dados da Associação Brasilei­ra de Telecomunicações, atualmente mais de 80% dos brasileiros possuem um celu­lar, atingindo o número de 284,2 milhões de aparelhos (o Brasil é o sexto país no mundo em número de celulares ativos). Esses da­dos foram primordiais para executar o pro­jeto e desenvolver o aplicativo. “Utilizamos nossos aparelhos celulares por 84 minutos por dia, em média. Já utilizamos o celular pa­ra nos comunicar, para pedir uma pizza, pa­ra solicitar um táxi. Então, por que não usá-lo para cuidar da beleza?”, destaca o CEO da startup, Bruno Souza.
VANTAGENS
O App Jolie é gratuito, ou seja, não te­rá nenhum custo de utilização para os pro­fissionais nem para as consumi­doras. Já o pagamento do serviço executado é feito dire­tamente en­tre a consu­midora e a profissio­nal.
Inicial­mente o aplicativo será focado nos profissionais autônomos. “Já há muitos apps no mercado direciona­dos aos salões de beleza. Estamos focados em atender essa fatia de mercado que possui poucas ferramentas de trabalho e divulgação de seus serviços”, finaliza Bruno.
Para saber mais sobre o App Jolie, visite https://appjolie.com ou faça o download do aplicativo na Apple Store e no Google Play. Se quiser mais informações, entre em contato pelo faleconosco@appjolie.com.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Lifting de braço: quando fazer?

Após grandes emagrecimentos, alternâncias de ganho e perda de peso, ou com o passar do tempo, é comum que ocorra flacidez da pele da região posterior do braço. Normalmente, essa é uma região pouco exercitada, por isso surge a tendência de acumular gordura, associada com flacidez e perda muscular. Segundo o dr. Alderson Luiz Pacheco, graduado em medicina pela Universidade Federal do Paraná, a flacidez ocorre principalmente por causa do envelhecimento natural e do emagrecimento, e as principais afetadas por essa questão são as mulheres a partir dos 45 anos.
“Exercícios regulares e direcionados aos músculos desta região podem melhorar bastante o aspecto estético dos braços, mas se a flacidez já estiver em um grau elevado, só os exercícios não irão resolver. É aí que a cirurgia plástica aparece como sendo a melhor alternativa para melhorar a aparência estética deste local que tanto incomoda a maioria das mulheres”, explica.
O médico diz que o lifting braquial tem como objetivo retirar o excesso de pele na região, proporcionando um contorno do braço mais natural e menos flácido.
Essa plástica também recebe o nome de dermolipectomia braquial ou braquioplastia, e o especialista lembra que, antes de ser feita, o paciente precisa medir os prós e contras. “Se a pessoa está incomodada com o aspecto antiestético dos braços e decide por realizar a cirurgia, ela precisa estar ciente de que está trocando a flacidez por uma cicatriz em uma região relativamente aparente, e que dependendo da quantidade de pele a ser retirada, pode ir das axilas até o cotovelo. Por mais que a cicatriz fique na parte interna dos braços, sempre que eles forem levantados, ela irá aparecer”, alerta.
Pacheco explica que para jovens que se incomodam com o braço volumoso, a melhor opção de cirurgia é a lipoaspiração, pois a retração de pele na juventude é boa, mas para pessoas com mais idade, se for feita a lipoaspiração, ela pode aumentar a flacidez da pele. “Porém, não existe uma idade ideal para a realização da cirurgia plástica dos braços. Pode-se dizer que existe a oportunidade ideal, que é determinada pela presença do defeito a ser corrigido”, diz o especialista.
Vale lembrar que raramente essa é uma cirurgia que traz complicações sérias, desde que seja realizada dentro dos critérios necessários. ”Em casos de pacientes obesos, pode ocorrer, após o oitavo dia, a eliminação de certa quantidade de líquido amarelado (lipólise) por um ou mais pontos da cicatriz, mas é normal, não significa nenhuma complicação,” explica.
Pacheco recorda que é indicado ficar 15 dias sem fumar depois da realização da cirurgia. Os cuidados do pós-operatório são simples, como, por exemplo, se o curativo for molhado, principalmente nos dois primeiros dias, o importante é deixar a cicatriz seca, portanto, depois do banho o paciente tem que secar a cicatriz com um secador de cabelo. Outros cuidados que devem ser tomados são a não exposição sol por um período mínimo de oito semanas e não elevar o braço nem carregar peso por cerca de 30 dias. “O resultado definitivo da braquioplastia é atingido seis meses após a cirurgia, período necessário para a acomodação dos tecidos e amadurecimento da cicatriz” conclui.