domingo, 2 de novembro de 2014

Novembro azul: prevenção do câncer de próstata

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens - atrás apenas do câncer de pele. Mais do que qualquer outro tipo, o câncer de próstata é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.Em sua fase inicial, a doença tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite).Para a detecção do câncer de próstata são utilizados três exames: a dosagem no sangue do antígeno prostático específico (PSA), o toque retal e a biópsia da próstata. Obtendo o diagnóstico precoce é possível tratá-lo de modo curativo. O importante é o acompanhamento anual a partir dos 45 anos, com dosagem do PSA e toque retal. Cirurgia, radioterapia, hormonioterapia e quimioterapia são os pilares do tratamento, porém a escolha destes elementos depende do estágio do câncer e das características individuais dos pacientes. Outro aspecto que vale destacar é a participação da mulher na manutenção da boa saúde do homem. Seja ela, mãe, esposa, filha, companheira ou cuidadora, é a mulher quem na maioria das vezes incentiva o homem a se prevenir de doenças, realizar exames periódicos e buscar serviços médicos e tratamentos.

sábado, 1 de novembro de 2014

Saiba mais sobre a plástica de umbigo



A onfaloplastia é um nome ainda pouco conhecido, uma vez que faz referência a uma cirurgia na qual a maioria ainda não ouviu falar: a correção de umbigo. Ainda que muitas mulheres apresentem algum tipo de deformidade no umbigo, poucas são aquelas que realmente se submetem a um tratamento de correção estética.
Podendo ser realizada a partir dos 18 anos, o procedimento é frequentemente associado à abdominoplastia ou retoques de outras cirurgias. “A cirurgia isolada é mais aconselhada em casos de deformidades muito acentuadas, que realmente prejudicam a estética da barriga e causam constrangimento aos pacientes”, comenta o cirurgião plástico Alderson Luiz Pacheco (CRM-Pr 15715).
Sendo uma cirurgia de caráter estético, a onfaloplastia faz com que o sentimento de vergonha e desconforto que muitas mulheres sentem por causa do seu umbigo passe, assim, elas se sentem mais seguras para utilizar certas peças de roupas, como biquínis, por exemplo.
Pacientes que perderam muito peso, que sofreram com o efeito sanfona, ou mulheres que passaram por uma gestação tendem a ter indicação para este procedimento, assim como pessoas com hérnia umbilical e pacientes de plástica no abdômen. A onfaloplastia pode ainda ser uma opção para aqueles com deformidades, cicatrizes, estrias e até verrugas na área umbilical.
“Essa não é uma cirurgia essencial para a saúde do paciente, mas deve ser feita quando esse aspecto se torna desconfortável para o indivíduo”, explica o médico. “Quando a pessoa se sente se sente desconfortável com o seu corpo, mesmo que seja com um pequeno detalhe, como nesse caso, esse pode ser o ponto de partida para os problemas de autoestima”.
Quando realizado o procedimento, a cicatriz fica situada ao redor do umbigo, formando um pequeno círculo na região. Os pontos da cirurgia são feitos junto à musculatura da região abdominal e, dependendo da anatomia do paciente, é bastante comum que a marca fique escondida na cavidade do umbigo. O paciente permanece no hospital no máximo por um dia.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Câncer de mama: exame é fundamental

O câncer de mama é o tipo que mais atinge as mulheres em todo o mundo e as estimativas indicam que em 2014 são esperados 57.120 casos novos da doença, com um risco estimado de 56,09 casos a cada 100 mil mulheres.  A cada ano, o Brasil registra em média 49 mil novos casos de câncer de mama, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
“A melhor maneira de prevenir o câncer de mama é lembrar que ele existe e realizar o exame das mamas”, alerta o ginecologista e obstetra Alberto Jorge Guimarães, fundador da Parto Sem Medo (www.partosemmedo.com.br). “A princípio, o exame das mamas é realizado pela própria mulher, apalpando os seios, o que ajuda no conhecimento do próprio corpo; entretanto, esse autoexame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado. Caso a mulher observe alguma alteração, deve procurar imediatamente o serviço de saúde. Mesmo que não encontre nenhuma alteração no autoexame, as mamas devem ser examinadas uma vez por ano por um profissional de saúde”.
Dr. Alberto dá algumas dicas para auxiliar a mulher na prevenção e exame da doença. Alerta, porém, que nenhuma informação dispensa a confirmação, orientação e o tratamento de um médico especialista.
Diagnóstico
Toda mulher com 40 anos ou mais de idade deve procurar anualmente um ambulatório, centro ou posto de saúde para realizar o exame clínico das mamas. Além disso, toda mulher entre 50 e 69 anos deve fazer uma mamografia, pelo menos, a cada dois anos. Independentemente disso, é importante sentir o próprio corpo e procurar um médico, caso apareça algum sintoma. Se for possível e a mulher tiver algum fator de risco da doença, é importante fazer o exame antes de completar 40 anos.
Exame clínico
É realizado por médico para essa finalidade. Nesse exame, poderão ser identificadas alterações nas mesmas. Se for necessário, será indicado um exame mais específico, como a mamografia.
Mamografia
Exame muito simples e eficaz, que consiste em um raio-X da mama e permite descobrir o câncer numa fase inicial. Quanto mais precoce a descoberta, maiores são as chances de cura, isso é muito importante!
Sintomas 
Mais fácil de ser percebido pela mulher é um caroço no seio, acompanhado ou não de dor. A pele da mama pode ficar parecida com uma casca de laranja. Também podem aparecer pequenos caroços embaixo do braço. Deve-se lembrar que nem todo caroço é um câncer de mama e, por isso, é importante consultar um profissional de saúde.
Prevenção
Ter uma alimentação saudável e equilibrada (com frutas, legumes e verduras), praticar atividades físicas (qualquer atividade que movimente seu corpo) e não fumar: essas são algumas dicas que podem ajudar na prevenção de várias doenças, inclusive do câncer. É importante lembrar que a história familiar diz muito sobre os riscos de se ter câncer de mama. Uma mulher cuja mãe, tia o avó teve a doença apresenta maior chance de ter câncer do que uma outra cujos familiares não tiveram câncer de mama.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Lentes de contato: erros podem comprometer a visão



Dados do Sindióptica revelam que mais de 1,7 milhão de brasileiros faz uso de lentes de contato. Trata-se de um mercado que tem muito, ainda, a crescer. Estudo da Unicamp demonstra que metade da população adulta do país (entre 18 e 39 anos) precisa de correção visual. Daí a importância de aprender a usar as lentes da forma mais correta possível.
Segundo oftalmologista Renato Neves, são muitos os usuários que negligenciam os cuidados com as lentes de contato, podendo pôr em risco a saúde dos olhos. O especialista aponta erros que podem comprometer a visão:
- Enxaguar as lentes com água corrente: a água de grandes capitais é uma das mais bem tratadas do mundo. Mesmo assim, é um erro quando o paciente lava suas lentes com água de torneira ou do chuveiro, achando que não faz mal. Embora tratada, a água potável não é estéril nem livre de microrganismos que podem atingir a córnea e causar uma infecção.
- Umedecer a lente com saliva ou água comum: às vezes, a pessoa sente-se incomodada com as lentes de contato e, na ausência de material de higiene apropriado, toma iniciativa de reposicionar a lente, umedecendo-a com saliva ou água comum. Apesar de considerar uma ‘emergência’, novamente, é uma péssima ideia. Quando o paciente passa saliva na lente é como se a estivesse mergulhando numa banheira de bactérias. Nesses casos, ou a pessoa usa soro fisiológico, ou recorre às lágrimas artificiais para limpar os olhos e as lentes numa emergência. Em último caso, é preferível jogar fora a lente a recorrer a esse tipo de solução caseira.
- Reaproveitar solução de limpeza: por mais que haja toda uma tendência à reciclagem e ao reuso de materiais, esse não é o caso. Quando o paciente resolve usar mais de uma vez a solução de limpeza das lentes de contato, está procurando problemas. Outra vez, é como se estivesse mergulhando suas lentes numa banheira de bactérias antes de colocar nos olhos novamente. Basta um arranhão microscópico na córnea para essas bactérias promoverem uma infecção que pode resultar até mesmo na perda da visão.
- Usar a mesma caixa de lentes de contato por muito tempo: se você não tem paciência para limpar e armazenar lentes de contato e caixinhas do modo mais seguro e higiênico possível, melhor considerar lentes descartáveis, óculos ou cirurgia ocular. As caixas que guardam as lentes de contato devem ser trocadas entre três e quatro vezes ao ano. Isso porque ela não está livre de contaminação ao longo do uso.
- Tampar a caixinha das lentes quando ainda está úmida: é comum encontrar usuários de lentes de contato que lavam as caixinhas com solução apropriada, mas não permitem que elas sequem completamente antes de tampá-las. É preferível comprar uma caixa nova, livre de contaminação, a recorrer a soluções caseiras como colocar na máquina de lavar louça ou ferver dentro de uma panela.
- Usar lentes prescritas há muito tempo: tem gente que usa as mesmas lentes de contato prescritas há três, quatro ou cinco anos. E tem sempre aqueles que usam por um tempo, param, e depois resolvem voltar a usar as mesmas lentes. Trata-se de um erro muito perigoso. Primeiramente, por conta da provável contaminação do material. Depois, porque o grau pode ter sofrido variações ao longo dos anos. Por fim, porque deve ter expirado o prazo de validade do conjunto (lentes, solução, caixa), aumentando o risco de infecção se o paciente insistir em não passar por nova consulta e adquirir lentes novas.
- Usar as lentes por mais tempo do que o recomendado: muitas pessoas acreditam que o pior só acontece com os outros. Assim, vão criando suas próprias regras, como usar as lentes de contato por mais tempo ou ainda dormir com elas. Mas o risco existe e é grande. Quando estamos acordados, a córnea recebe oxigênio do ar e das lágrimas que lubrificam os olhos. Quando estamos dormindo, a córnea recebe menos nutrientes, lubrificação e oxigênio. Sendo assim, quando a pessoa não retira as lentes antes de dormir, ela está aumentando exponencialmente o risco de as lentes grudarem ou até mesmo arranharem a córnea. Caso haja microrganismos no local, uma infecção pode se instalar rapidamente.
- Colocar as lentes de contato depois da maquiagem: um dos erros mais comuns entre as mulheres é fazer toda a maquiagem e, por fim, colocar as lentes de contato. Esse equívoco na ordem certa de fazer as coisas pode causar prejuízos à visão. Para evitar que as lentes sejam contaminadas, é importante que elas sejam colocadas antes da maquiagem e que sejam retiradas antes da remoção dos produtos de beleza. Outro detalhe importante: quem faz uso de lentes não deve usar maquiagem à prova d’água, já que, em caso de contato, a limpeza das lentes será bastante dificultada ou impossibilitada.
- Desconsiderar sensação de incômodo provocada pelas lentes: na dúvida, é sempre recomendável procurar um médico oftalmologista. Afinal, mesmo que o desconforto, a vermelhidão, ou ainda o embaçamento da visão sejam mínimos, não vale a pena correr o risco de o quadro se agravar. Os olhos têm de estar sempre claros e transparentes. Na presença de qualquer tipo de desconforto, vale a pena checar se está fazendo algo errado, lembrando que é preciso sempre lavar muito bem as mãos antes de tocar nas lentes e nos olhos, higienizar diariamente as lentes com solução apropriada, e usar lubrificante prescrito por um oftalmologista. Se ainda assim a irritação se prolongar, o paciente deve ser avaliado por um especialista.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Organizando a bagunça



O espaço pode não ser pequeno, apenas estar mal aproveitado. E com especialistas na área de organização, tudo fica perfeito – da simples caixa de costura até o closet, passando pela cozinha, pelos CDs, fotos e, por que não, pela área de serviço?
Todo mundo sabe como é difícil arrumar as coisas – roupas, CDs, fotos, documentos, livros, utensílios de cozinha, e a falta de tempo, espaço, habilidade, ou tudo junto, pode contribuir para a bagunça aumentar. Mas, segundo os especialistas da Prattico – facebook.com/pratticoorganizacao - é possível ter uma casa organizada, com cada coisa em seu lugar. Aquela roupa que não se usa nunca pode ser doada; o sapato sem solado vai para o sapateiro; os documentos, arquivados em pastas; as fotos em álbuns, e assim por diante. É importante deixar as boas energias circularem nesses ambientes onde impera a ordem, e é muito gostoso ter o que se precisa sempre à disposição.
A cozinha deve ser organizada de modo funcional: os utensílios do dia a dia sempre à mão, de materiais fáceis de limpar e empilhar, gavetas com divisórias. Tudo isso ajuda muito na hora de preparar uma refeição, mesmo quando se tem pouco tempo.
Os armários dos quartos contam, atualmente, com acessórios que ajudam muito na hora de colocar ordem na bagunça, como cabides específicos para cada tipo de roupa, divisórias para gavetas, caixas de todo tamanho, capas para proteção de roupas, sapatos e bolsas. Além disso, é preciso saber a melhor maneira de organizar todas essas peças: o que pode ser pendurado em cabides, o tipo ideal para cada tecido, as peças que devem ser dobradas, separadas por cores, estilos ou estações, o jeito certo de guardar sapatos, meias, lingerie.
Vale a pena experimentar a organização!

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Saiba mais sobre o reumatismo



Dores nos ossos, músculos, articulações e tendões. Estes são alguns dos sintomas de quem sofre com o reumatismo. Para conscientizar a população, no próximo dia 30 de outubro é celebrado o Dia Nacional de Luta contra a doença.
Existem mais de cem tipos de doenças reumáticas como a artrose, tendinite, bursite, lombalgia, gota, fibromialgia, e a artrite reumatoide que é a mais comum. Segundo o médico reumatologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Sebastião Cezar Radominski, o reumatismo pode afetar todo o aparelho músculo-esquelético, composto por ossos, articulações, músculos, ligamentos e tendões.“Todas as dores e as alterações funcionais sem causa traumática são consideradas doenças reumáticas”, explica .
Os sintomas iniciais são dores nas articulações, principalmente quando for superior a seis semanas e estiver acompanhada de inchaço, calor ou dificuldade para movimentar as juntas, sobretudo ao acordar pela manhã. Se o diagnóstico for descoberto nesses primeiros sinais e tiver um tratamento adequado, o paciente reumático pode levar uma vida normal, diminuindo assim os riscos da incapacidade física.
Dados do Ministério da Saúde revelam que 12 milhões de brasileiros possuem a doença, com maior prevalência entre as mulheres de 30 a 40 anos. “Por esse motivo, elas devem ficar mais atentas a alguns fatores de risco, como idade avançada, obesidade, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas em excesso e ingestão de medicamentos que podem contribuir para o surgimento da doença”, afirma o especialista.
Consulta médica e prevenção
Durante a consulta o médico deverá aferir a pressão, ouvir o coração, pulmões, procurar linfonodos, examinar o abdome, procurar sinais de retenção de líquido e se necessário realizar o exame neurológico, testando sensibilidade, força muscular e reflexos. “Os exames de sangue e de imagem permitirão ao médico confirmar o diagnóstico, determinar a gravidade da doença e programar o tratamento”, afirma a médica reumatologista do HNSG, Patrícia Martim.
Segundo ela, a alimentação rica em cálcio desde a infância e a prática de atividade física podem evitar a osteoporose. “Já a osteoartrose pode ser prevenida evitando a obesidade e o sobrepeso”, explica a médica.
A fibromialgia e o reumatismo de partes moles podem ser prevenidos com a prática de exercícios aeróbicos e de alongamentos, ginástica laboral e adequação do ambiente de trabalho. “Lembrando que parar de fumar também pode evitar a osteoporose e a artrite reumatóide”, ressalta a dra. Patrícia. Já o tratamento precoce das amigdalites com antibióticos adequados evitam a febre reumática. “Por isto é importante levar crianças com dor de garganta e febre imediatamente ao pronto atendimento para avaliação médica”, orienta.
Tratamento
Para as pessoas que precisam de tratamento, a médica faz uma ressalva – o médico escolherá o melhor tratamento para cada tipo de doença reumática. Os objetivos do tratamento são aliviar a dor, prevenir deformidades e no caso das doenças difusas do tecido conjuntivo evitar lesão permanente de órgãos alvos, como: rins e pulmões.
O tratamento se divide em terapia medicamentosa e não medicamentosa, tão importante quando o uso de medicamentos. A terapia não medicamentosa inclui controle do peso, fisioterapia, atividade física e abolição do tabagismo. “O cigarro piora o prognóstico de todas as doenças reumáticas. Em alguns casos a psicoterapia é uma importante ferramenta terapêutica”, enfatiza a médica.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Mieloma múltiplo: diagnóstico precoce melhora qualidade de vida

O mieloma múltiplo é um tipo de câncer de sangue raro e acomete geralmente pessoas acima de 60 anos. Atualmente, atinge 30 mil pessoas no Brasil e 700 mil no mundo. Os sintomas mais comuns são fortes dores nos ossos e anemia, além de fraqueza; com frequência é confundido com osteoporose, o que prejudica o tratamento inicial e a potencialização da qualidade de vida.
A doença pode ser identificada, sobretudo, por meio do exame de eletroforese de proteína, responsável por detectar a proteína monoclonal no sangue, referente à anomalia. Há diversas formas de terapias, de acordo com o estágio da doença.
O tratamento padrão do mieloma múltiplo em nível mundial é associado ao uso de três substâncias: bortezomibe, talidomida e lenalidomida, que podem ser utilizadas no mesmo momento ou separadamente. Esse trio, além de retardar os efeitos da doença, como dores ósseas, anemias e infecções por repetição, impede por um determinado período seu avanço e proporciona aumento da sobrevida de três para 10 anos.
Um dos impedimentos no Brasil para um bom resultado no tratamento da doença é a falta de registro da lenalidomida no País. A Anvisa negou o registro, e em audiência pública realizada em 2013 no Senado Federal alegou que não há estudo comparativo entre a lenalidomida e o bertozomibe. O medicamento é utilizado em mais de 80 países, entre eles Estados Unidos e outros 16 na América Latina.
Porém, o médico hematologista da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) Angelo Maiolino alega que a fomentação desse estudo seria antiética, pois os dois medicamentos são usados em fases diferentes do tratamento ou até mesmo associados em determinados momentos. “Uma substância não substitui a outra, por isso não há como compará-las”, expõe o especialista, que também é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Caso o médico, por meio de diagnóstico e análise clínica, identifique que o uso da lenalidomida beneficiará o paciente, será necessária uma ação judicial para que o tratamento seja realizado. Porém, não são todos os pacientes que conseguem a liberação do medicamento, mesmo com intervenção do Ministério Público.
O transplante de células-tronco hematopoéticas autólogo também é alternativa, ao utilizar as células-tronco (CTs) do próprio paciente após tratamento médico. As CTs são coletadas antes do início da quimioterapia, que causa lesões tóxicas na medula. Estas são coletadas, congeladas até 178 graus negativos em refrigerador apropriado e, no dia da intervenção, são descongeladas e aplicadas via intravenosa no paciente. “Em países onde o uso da lenalidomida é liberado, a substância aumenta a eficácia do transplante”, explica o hematologista.