terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Exercícios físicos ajudam na prevenção e controle da diabetes

 


A Diabetes afeta cerca de 13 milhões de brasileiros, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Caracterizada pela ausência, produção insuficiente ou baixa sensibilidade de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue, ela tem o exercício físico como um dos pilares para o seu tratamento. 

Mas, para isso, é necessário fazer no mínimo 150 minutos semanalmente, associando exercícios de fortalecimento com aeróbicos. "Tanto atividades físicas quanto nutrição fazem parte do tratamento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e dislipidemias", conta Gustavo Souza, profissional de educação física do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) das Unidades Básicas de Saúde Jardim Lídia e Maracá, gerenciadas pelo Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" (CEJAM).

Os exercícios auxiliam na captação da glicose e intensificam a ação da insulina para controlar o nível de açúcar no sangue. "É importante medir a glicemia antes de iniciar a atividade física. Caso esteja baixa, a prática do exercício pode baixar ainda mais, causando hipoglicemia, que é uma baixa concentração de glicose no sangue, levando a tontura, visão turva e palpitações", alerta o profissional.

Independentemente da aplicação de insulina, as atividades físicas ajudam na captação do açúcar em até 2 horas após o exercício e melhoram a sensibilidade à ação da insulina por até 48 horas. "O ideal é que a atividade seja de moderada a intensa e que não tenha um intervalo maior que dois dias. Em casa, é possível fazer exercícios de fortalecimento, como agachamento, flexão e abdominal, usando o próprio peso do corpo e aeróbicos como corrida no lugar, polichinelo e pular corda", exemplifica Souza, que recomenda estabelecer os exercícios conforme o condicionamento físico da pessoa, com orientação de um profissional e a recomendação do médico.

A população ainda pode contar com o Programa de Automonitoramento Glicêmico (PAMG), do Sistema Único de Saúde (SUS), que está presente em todas as Unidades Básicas de Saúde. O programa oferece monitoramento dos pacientes em tratamento para diabetes, com apoio no diagnóstico da doença, assim como na oferta de aparelhos e insumos necessários para acompanhamento da doença. Nas UBS gerenciadas pelo CEJAM no Jardim Lídia e Maracá, o paciente conta ainda com auxílio psicológico, físico ou nutricional. "Por conta da pandemia, temos oferecido assistência por telefone estimulando a prática de atividades físicas em casa ou em espaços sem aglomeração", conclui.

 

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Guia dos cílios postiços

 


Destacar o olhar e criar uma produção marcante nunca foi tão prático - é claro, com a ajuda dos cílios postiços! Para muitas pessoas, o acessório ainda deixa algumas dúvidas, desde a escolha até sua remoção. Para acabar de vez com essas dúvidas, a beauty artist parceira Belliz, Paola Gandolpho, preparou um guia de cílios postiços para nunca mais errar:

1- Como escolher os cílios ideais?

 “Tudo vai depender da intensidade que se quer aplicar ao olhar. Para não errar, é preciso prestar bastante atenção às numerações que identificam os cílios nas embalagens. Existem tamanhos variados que vão de curto a superlongo, com volumes que se diferenciam pela quantidade de fios. Para quem nunca teve contato com cílios, indico um tamanho curto de volume 3, por exemplo. O modelo vai criar um olhar delicado e com personalidade”, sugere Paola.

2- Como preparar?

 “Depois de escolher os cílios, abra a embalagem e pegue o acessório pela base, nunca pelos fios, para não deformar a curvatura. Com a ajuda de uma pinça, posicione os cílios postiços sobre a raiz dos fios naturais e meça o comprimento. Caso estejam maiores que o formato dos olhos, corte alguns tufinhos dos cantos externos para não prejudicar o formato dos fios.”

 3- Como aplicar?

 “Sobre o dorso da mão, pingue uma gota de cola para cílios postiços e passe a base do acessório sobre ela. Espere por 30 segundos, até que a cola esteja um pouco mais seca para facilitar a aplicação e, então, com a ajuda de um aplicador, posicione os cílios postiços rentes à raiz dos cílios naturais - sempre na pele, e não nos fios. Em seguida, pressione por alguns segundos até sentir que o acessório está firme”, esclarece a profissional, que reforça: “principalmente para iniciantes, o aplicador é essencial, porque ele acompanha o formato dos olhos, fazendo com que a base dos cílios seja fixada no local correto da pálpebra, sem qualquer dificuldade.”

4- Como remover?

 “Algumas pessoas têm o hábito de simplesmente puxar os cílios dos olhos quando querem removê-los, mas esse atrito pode danificar tanto os cílios postiços quanto os naturais”, explica a especialista. "O ideal é umedecer um cotonete com água morna e esfregar levemente a base dos cílios para que a cola amoleça e eles descolem. Depois, basta puxá-los com cuidado e eles sairão com muito mais facilidade", completa.

5- Quantas vezes se pode usar os mesmos cílios?

 Segundo a profissional, não existe um número certo de vezes que os cílios podem ser reaproveitados, isso vai depender do cuidado que se tem com eles. Por isso, é super importante limpá-los depois de cada uso, antes de guardá-los. “A higienização é bem simples, basta colocar os cílios em um recipiente com água morna e shampoo neutro por alguns minutos. Depois, os retire da água e, com uma pinça, puxe com bastante cuidado o restante da cola da base. Para remover o rímel, passe um algodão com demaquilante sobre os fios”, explica Paola. Para não prejudicar a curvatura do acessório, é preciso garantir que eles estejam secos antes de serem guardados.  

 

domingo, 29 de novembro de 2020

Praticar exercício depois de comer faz mesmo mal à saúde?

 


Os cuidados com a saúde muitas vezes são influenciados por conselhos populares que passam de geração em geração. Entre eles, aquele que contraindica a prática de exercício físico logo depois da alimentação. O dito popular está correto? Segundo a proctologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Maristela Gomes, sim. Ela explica que realmente a indicação tem fundamento, pois o hábito pode sim trazer riscos à saúde.

O perigo está relacionado a uma questão fisiológica: o organismo tende a concentrar o sangue nas regiões que mais necessitam esforço. Quando se opta por praticar alguma atividade física, principalmente de alto esforço aeróbico, após uma refeição, aumentam as chances de haver déficit de sangue na musculatura e no coração. “O organismo entende que a digestão é o fator principal logo depois de nos alimentarmos. Portanto, centraliza o sangue no sistema digestivo. Se há um esforço paralelo e o exercício demanda os músculos e o coração, essas áreas vão sofrer com menos sangue e oxigenação”, explica a médica. 

Como consequência, são comuns desmaios, vômitos e, nos casos mais graves, até mesmo infartos. Maristela lembra que é preciso compreender que esses efeitos não estão restritos a esportes como corrida ou musculação, mas também a esforços que podem parecer brincadeiras. “As pessoas esquecem que jogar futebol entre amigos, por exemplo, também é um exercício aeróbico. Portanto, é preciso cuidado em qualquer exercício, seja ela com função profissional ou de lazer”, reforça.

A fim de evitar qualquer problema à saúde, a dica é esperar o período de digestão para então seguir com as atividades físicas. A proctologista indica que essa espera seja de no mínimo 2 a 3 horas, dependendo do tipo de alimentação. “Não é preciso ficar imóvel. Caminhadas podem ocorrer. O que não se deve fazer é praticar exercícios”, alerta. “Outro ponto a ser destacado é a avaliação sobre o que compôs a refeição. Carboidratos leves não restringem a prática esportiva, por exemplo, enquanto refeições completas, como almoço e jantar, sim”, finaliza.

 

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Saiba quais cuidados adotar para não cair em golpes na ‘Black Friday’

 


A Black Friday no Brasil ocorre oficialmente dia 27 de novembro. Em 2020, há a expectativa de que esta sexta-feira seja o ponto de retomada de muitas compras. Empresas de vários segmentos já anunciam ofertas e ‘promessas’ de descontos. É preciso, no entanto, ter cuidado.

A coordenadora do curso de Direito da Anhanguera Sorocaba, Evelyn Priscila Santinon Sola, destaca quais devem ser os principais cuidados adotados pelos consumidores. O primeiro deles é pesquisar se a loja é confiável. “Atualmente, há dois documentos interessantes para a proteção do consumidor: o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e o Decreto 7.962/2013, que o complementa e regulamenta as lojas e-commerce no Brasil. É importante checar se existe a identificação do fornecedor no site, endereço físico e eletrônico, sobre a segurança dos dados e das informações pessoais do cliente. Se o site não possuir estes dados, é melhor o consumidor ter cuidado”, explica.   

A especialista alerta que devido à pandemia é importante ter maior cautela no segmento do e-commerce, porque muitas pessoas não estão acostumadas a desenvolver negócios neste ambiente. “A internet é local propício para divulgação de dados sensíveis do consumidor, que podem ser usados como combustível para novas fraudes.” 

Outra dica para tentar economizar e/ou aproveitar melhor a data é pesquisar os preços antes da Black Friday e, no dia, fazer um comparativo para não ter decepções e não sofrer golpes. Evelyn sugere nunca comprar por impulso, mas monitorar o que realmente precisa ou pensa em comprar na data. 

Para a coordenadora, desconfiar de preços muito convidativos também é recomendável. “Sempre digite o nome do site ou empresa em sites de buscas de reclamações como PROTESTE ou RECLAME AQUI, ou mesmo na base de dados do PROCON, para verificar a reputação da loja”, explica. Ela lembra que estas plataformas são abertas à pesquisa e podem facilitar a vida do consumidor.

Segundo Evelyn, parece óbvio, mas é extremamente importante verificar se o endereço da empresa realmente existe e se os canais de contato são fidedignos antes de fazer a compra. “E não esqueça, em caso de dúvida, nunca forneça seus dados pessoais e sensíveis, como endereço, CPF e número de cartões.”

Cuidado com golpes

Caso, por algum motivo, o consumidor tenha problemas com fraudes ou golpes, é necessário acionar o Procon ou verificar, em caso de dano, o Juizado Especial Cível. A coordenadora do curso de Direito informa que é importante ter conhecimento de quais são os órgãos de atendimento ao consumidor em sua cidade. A maioria destes serviços é gratuito. “Só não deixe de denunciar, pois isso pode estimular a empresa criminosa continuar operando”, finaliza.

 

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Sorteio de aniversário do Jornal Mexa-se!

Esse mês é aniversário do Jornal Mexa-se - completamos 22 anos! E quem ganha? Claro que são vocês! Corre lá no nosso Instagram, que dia 30/11 vamos sortear essa cesta maravilhosa repleta de produtos Natura e Avon (para ela e para ele)!

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Mitos e verdades sobre a imobilização ortopédica

 


Assim como os costumes passados de geração em geração, muitos pontos podem contradizer o comportamento do indivíduo no cenário atual. Na área da saúde isso não é diferente. Alguns costumes antigos de imobilização ortopédica atualmente já não são realizados usualmente. Com os avanços tecnológicos, a imobilização também evoluiu, eliminando alguns problemas que eram vivenciados e favorecendo novos benefícios. O que antes era uma situação crítica, hoje não tem sido mais e é necessário saber diferenciar os mitos e verdades sobre a imobilização ortopédica, além de se atentar aos benefícios que as novas tecnologias nos trazem.

1 - Gesso é poluente? 

Isso é fato. Você já se perguntou o que acontece com o gesso de imobilização depois que o paciente termina o tratamento? O processamento químico da degradação do material do gesso gera contaminação do solo e dos lençóis freáticos. Em casos de deposição em aterros sanitários comuns, o material torna-se inflamável, devido à dissolução dos componentes. Em outros casos, a incineração do gesso produz dióxido de enxofre - um dos principais poluentes do ar na queima industrial.

2 - Imobilização com gesso pode causar irritações na pele? 

Verdade. Ao imobilizar uma articulação com gesso comum, é impossível não sentir uma coceira no membro afetado. E por mais que tenhamos vontade, é indicado não utilizar nenhum objeto para coçar a pele, pois pode causar feridas e o atrito constante do gesso com a lesão intensifica mais o caso. Além disso, o gesso não pode ter nenhum contato com água e ambientes úmidos devem ser evitados. Por isso é sugerido que o gesso seja coberto por uma sacola ou proteção impermeável no momento do banho, por exemplo. O gesso úmido em contato com a pele também pode causar irritação cutânea e gerar mau cheiro.

3 - Imobilização ortopédica serve só para fraturas? 

Isso não é verdade. As fraturas ósseas são tratadas com a imobilização do membro acometido, mas engana-se quem pensa que essa imobilização é feita apenas quando um osso se quebra. As luxações também podem ser tratadas com uma imobilização, sendo caracterizadas pelo deslocamento do osso de sua cavidade articular. Além disso, contusões (lesões traumáticas caracterizada pelo impacto de um objeto contra o corpo), entorses e/ou rompimentos de tendões ou ligamentos, sinovites (inflamação do tecido que reveste as articulações), tendinites (inflamação no tendão) e doenças inflamatórias osteoarticulares (alteração patológica degenerativa da cartilagem) também podem ser tratadas por meio de imobilização, por exemplo.

4 - Talas em impressão 3D dão o mesmo resultado que o gesso? 

É verdade sim! As talas feitas a partir da impressão 3D são tão eficientes quanto o gesso comum ou gesso sintético. Utilizadas no tratamento comum de lesões ortopédicas ou neurológicas, elas podem imobilizar o membro afetado com a mesma precisão, pois facilmente pode-se escanear a região e criar uma tala personalizada com o desenho anatômico do paciente.

5 - Órteses em termoplástico não funcionam em casos de fraturas? 

Mito. Existem vários modelos de órteses em termoplástico. As personalizadas, que os profissionais capacitados confeccionam a partir de uma placa termomoldável e as manufaturadas em fábricas, que geralmente seguem um modelo padrão. Esses dois tipos de órtese podem funcionar em casos de fratura, mas sua indicação depende da avaliação do profissional e dos materiais disponíveis para imobilização no local.

6 - Existe tala imobilizadora que pode molhar? 

Para a nossa sorte, sim! A tecnologia da impressão 3D chegou ao mundo da saúde e hoje o mercado já disponibiliza as talas imobilizadoras, fabricadas por meio dessas impressoras, e geralmente feitas em plástico, gerando grandes benefícios para o cotidiano do paciente. A Fix it, por exemplo, é uma startup que trouxe essa tendência para o mercado brasileiro ao desenvolver talas a partir de impressão 3D e termoplástico. Além de o material ser completamente biodegradável, as soluções produzidas pela healthtech são impermeáveis, arejadas, higienizáveis, resistentes e hipoalergênicas.

Outro material de imobilização impermeável é o gesso sintético, que é hidrofóbico e permite que o paciente tome banho ou nade sem maiores preocupações. O problema é que o gesso sintético não soluciona o odor e pode gerar coceira e irritações, devido ao acúmulo de umidade em algumas regiões internas do gesso que fornecem o ambiente ideal para a proliferação de fungos e bactérias

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Atividade física durante a gravidez

 


A gestação é um dos momentos mais especiais na vida de muitas mulheres e também é uma fase de muita preocupação com a saúde, tanto do bebê quanto da gestante. É ideal manter esses cuidados e adaptar algumas das atividades do dia a dia, como por exemplo os exercícios físicos, que podem ser mantidos nesse período.

O fisioterapeuta Fábio Akiyama explica que, na verdade, se exercitar é ótimo hábito durante a gravidez. “Se movimentar é fundamental para a saúde em qualquer momento da vida. Além de produzir endorfina, o que deixa as pessoas mais felizes, também diminui dores e aumenta a disposição. Ainda assim, é necessário manter um ritmo apropriado durante a gestação, evitando movimentos que podem causar desconforto ou dores”, ele aconselha.

Uma boa ideia é encontrar algum tipo de esporte com que a gestante se identifique e que seja agradável de fazer durante nesse momento especial, já que é importante manter os cuidados. No entanto, também existem casos em que é necessário evitar ao máximo qualquer tipo de atividade, naqueles em que o repouso absoluto é fundamental para a uma gravidez saudável. A consulta com um médico especialista é o que faz toda a diferença.

Para o dr. Fábio Akiyama, algumas modalidades de exercício são ótimas durante esse período, pois, além da movimentação, também colabora com a gestação. É o caso do pilates, que tem como objetivo melhorar dores e a postura também. A vantagem é que ela fortalece a musculatura pélvica e pode ajudar na oxigenação que chega ao bebê, o tranquilizando, bem como alongamentos, que previne lesões e ajudam com prisão de ventre e gases.

Caminhadas também podem ser muito benéficas e podem ser executadas de 3 a 5 vezes por semana, mas é importante se atentar nesses casos para evitar as lesões musculares. O fisioterapeuta ressalta a importância da prática ainda fora do período de gestação. “Mudanças de hábito repentinas não são saudáveis. Tanto uma alimentação saudável quanto as atividades físicas devem ser realizadas com alguma frequência antes, durante e após a gestação, mantendo o bem estar da mãe e do bebê”, diz o dr. Fabio.

Mas é possível tentar coisas novas, como a hidroginástica e danças. A primeira opção combate o inchaço e dores nas pernas, além de promover o relaxamento. Outra prática recomendada por especialistas é a musculação, embora soe controverso: os exercícios ajudam a prevenir as varizes e diabetes gestacional, sem contar que também aumentam a flexibilidade, o que tem importância durante o parto.

O ginecologista dr. Rodrigo Ferrarese recomenda o acompanhamento de especialistas em qualquer um dos casos. “Toda a atividade deve ser indicada a partir de uma avaliação prévia junto aos médicos que estão assistindo a gestante. Sabemos da importância de manter a movimentação, mas em alguns casos pontuais isso podem colocar a mãe e o bebê em risco”, aconselha.

Como ressalta o médico, a atividade física é ideal em qualquer momento da vida, mas é ainda mais importante ter recomendações médicas para não ter qualquer tipo de complicação. “Estar acompanhada de instrutores durante os exercícios também é essencial, fazê-los sem o conhecimento pode prejudicar áreas que estão mais suscetíveis a lesões, como a região pélvica, o abdômen e as costas”, ele finaliza