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quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Entenda a escoliose

 


Entre as condições da coluna sobre a qual mais ouvimos falar está a escoliose. Porém, nem sempre sabemos ao certo o que é a condição e o que há causa. Ainda, há dúvidas sobre formas de identificar o problema e de tratamento. Por isso, junho foi determinado como o mês de conscientização sobre a Escoliose, para que seja disseminado conhecimento sobre esse mal da coluna.

A escoliose é caracterizada por uma curvatura anormal da coluna, determinada pela rotação das vértebras. Dessa forma, a coluna vertebral, em vez de reta, fica com uma aparência de "C" ou de "S". Existem três principais tipos de escoliose, como explica o ortopedista dr. José Thiago Portela Kruppa, especialista em deformidades da coluna vertebral da Clínica SO.U:

• Idiopática: responsável por cerca de 80% dos casos, não tem causa definida. Afeta principalmente crianças e adolescentes e, majoritariamente, meninas jovens, entre 10 e 15 anos.

• Neuromuscular: um efeito colateral de condições que debilitam os músculos de forma que esses não consigam sustentar a espinha.

• Congênita: é o tipo menos comum e causada por uma falha na formação da coluna vertebral ainda no desenvolvimento antes do nascimento.

Estima-se que mais de 6 milhões de brasileiros tenham escoliose idiopática e que cerca de 2% a 4% da população mundial tenha a condição diagnosticada. Alguns desses desvios podem ser assintomáticos, porém, os sintomas mais comuns incluem:

• Ombros desiguais/ desnivelados

• Cabeça não centrada diretamente acima da pélvis

• Um lado do quadril, ou ambos, mais alto

• Costela mais saliente

• Linha da cintura desigual

• Textura ou aparência da pele sobre a espinha com alterações

• Corpo pendente para um lado

"Ainda, devido às alterações no tamanho e formato do tórax, é possível haver complicações respiratórias. Também é possível em casos mais severos haver danos nos nervos das pernas e/ou causar desconfortos na bexiga ou intestino", diz o médico.

A escoliose pode ser tratada e em casos de crianças, o diagnóstico prematuro é essencial. O tratamento varia de acordo com a gravidade da condição, que varia de leve a severa, dependendo do ângulo da curvatura da coluna. "Em casos mais brandos, podem ser indicados, a princípio, apenas a observação do desenvolvimento do quadro, o uso de colete e fisioterapia para fortalecimento dos músculos da região. Ainda, pode ser recomendada cirurgia, para situações nas quais é observado o progresso da curvatura, principalmente em crianças, e, para adultos, quando o grau da curvatura for superior a 50°", explica Dr. José Thiago.

É importante que, ao suspeitar da possibilidade de escoliose, um médico seja procurado para realização dos exames necessários para diagnóstico, como raio-x, tomografia ou ressonância. Se constada, é importante o início de tratamento e monitoramento especializado, para que problemas futuros sejam evitados.

 

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Mitos e verdades sobre a imobilização ortopédica

 


Assim como os costumes passados de geração em geração, muitos pontos podem contradizer o comportamento do indivíduo no cenário atual. Na área da saúde isso não é diferente. Alguns costumes antigos de imobilização ortopédica atualmente já não são realizados usualmente. Com os avanços tecnológicos, a imobilização também evoluiu, eliminando alguns problemas que eram vivenciados e favorecendo novos benefícios. O que antes era uma situação crítica, hoje não tem sido mais e é necessário saber diferenciar os mitos e verdades sobre a imobilização ortopédica, além de se atentar aos benefícios que as novas tecnologias nos trazem.

1 - Gesso é poluente? 

Isso é fato. Você já se perguntou o que acontece com o gesso de imobilização depois que o paciente termina o tratamento? O processamento químico da degradação do material do gesso gera contaminação do solo e dos lençóis freáticos. Em casos de deposição em aterros sanitários comuns, o material torna-se inflamável, devido à dissolução dos componentes. Em outros casos, a incineração do gesso produz dióxido de enxofre - um dos principais poluentes do ar na queima industrial.

2 - Imobilização com gesso pode causar irritações na pele? 

Verdade. Ao imobilizar uma articulação com gesso comum, é impossível não sentir uma coceira no membro afetado. E por mais que tenhamos vontade, é indicado não utilizar nenhum objeto para coçar a pele, pois pode causar feridas e o atrito constante do gesso com a lesão intensifica mais o caso. Além disso, o gesso não pode ter nenhum contato com água e ambientes úmidos devem ser evitados. Por isso é sugerido que o gesso seja coberto por uma sacola ou proteção impermeável no momento do banho, por exemplo. O gesso úmido em contato com a pele também pode causar irritação cutânea e gerar mau cheiro.

3 - Imobilização ortopédica serve só para fraturas? 

Isso não é verdade. As fraturas ósseas são tratadas com a imobilização do membro acometido, mas engana-se quem pensa que essa imobilização é feita apenas quando um osso se quebra. As luxações também podem ser tratadas com uma imobilização, sendo caracterizadas pelo deslocamento do osso de sua cavidade articular. Além disso, contusões (lesões traumáticas caracterizada pelo impacto de um objeto contra o corpo), entorses e/ou rompimentos de tendões ou ligamentos, sinovites (inflamação do tecido que reveste as articulações), tendinites (inflamação no tendão) e doenças inflamatórias osteoarticulares (alteração patológica degenerativa da cartilagem) também podem ser tratadas por meio de imobilização, por exemplo.

4 - Talas em impressão 3D dão o mesmo resultado que o gesso? 

É verdade sim! As talas feitas a partir da impressão 3D são tão eficientes quanto o gesso comum ou gesso sintético. Utilizadas no tratamento comum de lesões ortopédicas ou neurológicas, elas podem imobilizar o membro afetado com a mesma precisão, pois facilmente pode-se escanear a região e criar uma tala personalizada com o desenho anatômico do paciente.

5 - Órteses em termoplástico não funcionam em casos de fraturas? 

Mito. Existem vários modelos de órteses em termoplástico. As personalizadas, que os profissionais capacitados confeccionam a partir de uma placa termomoldável e as manufaturadas em fábricas, que geralmente seguem um modelo padrão. Esses dois tipos de órtese podem funcionar em casos de fratura, mas sua indicação depende da avaliação do profissional e dos materiais disponíveis para imobilização no local.

6 - Existe tala imobilizadora que pode molhar? 

Para a nossa sorte, sim! A tecnologia da impressão 3D chegou ao mundo da saúde e hoje o mercado já disponibiliza as talas imobilizadoras, fabricadas por meio dessas impressoras, e geralmente feitas em plástico, gerando grandes benefícios para o cotidiano do paciente. A Fix it, por exemplo, é uma startup que trouxe essa tendência para o mercado brasileiro ao desenvolver talas a partir de impressão 3D e termoplástico. Além de o material ser completamente biodegradável, as soluções produzidas pela healthtech são impermeáveis, arejadas, higienizáveis, resistentes e hipoalergênicas.

Outro material de imobilização impermeável é o gesso sintético, que é hidrofóbico e permite que o paciente tome banho ou nade sem maiores preocupações. O problema é que o gesso sintético não soluciona o odor e pode gerar coceira e irritações, devido ao acúmulo de umidade em algumas regiões internas do gesso que fornecem o ambiente ideal para a proliferação de fungos e bactérias

domingo, 15 de maio de 2016

Cuidado com o entorse ao praticar esportes

Entorse é uma lesão por  distensão ou rompimento dos ligamentos laterais e/ou mediais do tornozelo. Muito comum no esporte, atinge a 27 mil pessoas por dia nos EUA. “Cerca de 90% das pessoas que têm entorse evoluem com resultado funcional satisfatório por meio do tratamento conservador, porém 15% desenvolvem alguma sequela”, explica a especialista em pés e tornozelos do Hospital da PUC-Campinas, Cintia Bittar.
Segundo a especialista a classificação da lesão está relacionada à idade, qualidade do osso, intensidade das forças, posição e direção do pé. O que é mais frequente é quando o pé vai para dentro.
Há três tipos de gravidade, sendo que duas podem chegar a uma perda funcional. O tratamento depende da avaliação do médico ortopedista, mas, provavelmente, repouso, gelo, anti-inflamatórios, elevação e a imobilização, farão parte do cuidado.
“A prevenção é usar sapatos apropriados e de tamanho ideal, durante o exercício, bem como alongar antes e depois de atividades físicas ou de recreação. Evitar mudanças bruscas de posição e de direção, enfaixar ou usar tornozeleiras durante as atividades esportivas”, completa.


segunda-feira, 11 de maio de 2015

Treinamento funcional x dores nas costas



Do treinamento funcional constam exercícios que utilizam os movimentos normais das articulações, usando o peso do corpo. São focados na necessidade específica de quem o pratica, ou seja, são elaborados para alcançar o resultado que cada aluno precisa, seja fortalecimento ou queima de calorias. Mas, além de fortalecer e emagrecer, eles podem ser uma ótima ferramenta para tratar problemas na coluna.
Segundo ortopedista especialista em coluna dr. Wallace Tumani, além de todos os benefícios das atividades físicas, o treinamento funcional também fortalece a musculatura, melhorando a força e o equilíbrio. Esse treinamento consiste na prática de diferentes sequências, nas quais os músculos e articulações são acionados de forma global. “Essa é uma das principais diferenças para a musculação, que tende a isolar cada músculo, buscando resultados pontuais”, afirma o médico.
Este tipo de treinamento tem sido muito usado na reabilitação de pacientes com problemas na coluna, mas principalmente quando a dor causa restrições dos movimentos. “Problemas como desequilíbrio muscular e má postura podem ser facilmente corrigidos com treinamento funcional”, comenta o dr. Wallace Tumani.
De acordo com estimativas da OMS (Organização Mundial de Saúde), 85% da população sofrem ou ainda vão sofrer de dores na coluna, mas o que muita gente não sabe é que o principal motivo é a má postura. “Com este tipo de exercício é possível diminuir as chances de crises. Eles são importantes tanto para quem nunca teve problemas, quanto para quem já sofreu com as dores e não quer passar por isso novamente”, explica o médico.
Mas fica o alerta: feito de forma incorreta, o treinamento funcional pode trazer ainda mais problemas para a coluna. Por isso, ressalta o ortopedista, é imprescindível que os treinos sejam feitos com o acompanhamento de um profissional.