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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Cuidado com a gastrite!


Caracterizada pela inflamação crônica na mucosa do estômago por uma bactéria chamada Helicobacter pylori e responsável por sintomas como sensação de dor na “boca” do estômago, náusea e/ou vômitos, estima-se que 70% da população do Brasil seja portadora da gastrite, de acordo com a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG). Segundo o coordenador de diretrizes e protocolos da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), Claudio Lyoiti Hashimoto, a gastrite não tratada pode comprometer a saúde.
“Dependendo do tipo de gastrite, se o causador da lesão gástrica não for retirado, como no caso dos medicamentos anti-inflamatórios e álcool, a situação pode se agravar bastante, resultando em outros males como úlcera, gastrite crônica, atrofia gástrica e até mesmo câncer”, explica ele.
Hashimoto ressalta também que existem situações em que é necessário realizar exames antes de começar o tratamento com remédios. “A endoscopia digestiva e o raio-X do trato digestivo são procedimentos imprescindíveis para avaliar o aparelho digestivo, entretanto somente a endoscopia pode coletar amostras para a realização de biópsias.”
Confira os mitos e verdades sobre a gastrite, de acordo com a SOBED:
A gastrite é hereditária.
MITO. 
A gastrite é uma condição adquirida, causada por infecção ou pela ação de agentes irritantes e não tem relação com hereditariedade. Por outro lado, alguns tipos de câncer de estômago podem ter influência da hereditariedade.
O estresse do dia a dia causa gastrite.
VERDADE com ressalvas. 
Situações cada vez mais comuns no cotidiano como estresse com o trabalho, preocupação com segurança, resultam em liberação de maior quantidade de hormônios do estresse (cortisol e adrenalina), que aumentam a secreção de suco gástrico e reduzem a defesa do estômago. Podem, portanto, acentuar os sintomas de quem já é portador de gastrite.
Existe cura para a doença.
VERDADE com ressalvas. 
As lesões agudas da mucosa gástrica, causadas pelo consumo frequente de álcool, uso prolongado de anti-inflamatórios ou até mesmo pela bactéria Helicobacter pylori podem ser reversíveis com a interrupção do fator irritante ou com a erradicação da bactéria. Entretanto, a gastrite crônica com evolução para atrofia e metalepsia é irreversível.
Leite ameniza a dor.
MITO. 
A ingestão de leite frio pode amenizar o desconforto de imediato, entretanto, o leite é um alimento rico em proteína e cálcio, que são potentes estimulantes da secreção de ácido pelo estômago. Portanto, pode até acentuar os sintomas de dor posteriormente.
Ficar sem comer pode estimular a gastrite.
VERDADE. 
Longos períodos de jejum podem acentuar os sintomas da gastrite, mas não necessariamente causar a doença.
Chiclete piora a gastrite.
VERDADE. 
O hábito de mascar chiclete e chupar balas estimula a produção de suco gástrico e, consequentemente, da secreção de ácido pelo estômago. Nesse caso, os sintomas de gastrite podem piorar, sem, contudo, ser a causa primária da doença.
Quem tem gastrite não pode tomar café nem refrigerante.
Verdade com ressalvas. 
O café contém cafeína e xantinas, estimulantes do sistema nervoso que acabam por produzir o ácido no estômago, havendo o risco de aumentar os sintomas de refluxo e dor, sem, entretanto, ser a causa da doença, mas fator de piora dos sintomas. Já os refrigerantes podem agravar os sintomas pelo seu efeito irritativo devido ao pH ácido, além de acentuar o desconforto e distensão abdominal devido à alta quantidade de gases.


domingo, 20 de abril de 2014

Endoscopia sem medo

Mesmo prevenindo e tratando desde uma simples gastrite até hemorragias e tumores em seu estado inicial, a endoscopia digestiva ainda é vista com receio pela população. A Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) desvenda os principais mitos sobre o procedimento e esclarece a importância do exame, que vai desde o diagnóstico de doenças do aparelho digestivo até o tratamento de cânceres no estágio inicial.endoscopia
A endoscopia é um método menos invasivo e que fornece um diagnóstico preciso, além de evitar, em muitos casos, que o paciente seja submetido às cirurgias convencionais, já que por meio do exame é possível visualizar todo o interior do tubo digestivo com detalhes e assim tratar as lesões existentes, evitando o desenvolvimento de um possível tumor.
Entre os mitos estão:
O exame é dolorido: antigamente, o procedimento era feito sem anestesia e com um instrumento não muito flexível, por isso causava dor. Hoje, o paciente recebe um sedativo e o equipamento (gastrofibroscópio) é mais fino e flexível, não causando dor ou desconforto.
Pode causar choque anafilático: a probabilidade é muito pequena e não há casos relatados. Na verdade, a hipótese existe não pelo procedimento em si, mas sim pelo anestésico que é aplicado antes do exame.
O exame demora: o procedimento é realizado em 15 minutos, não mais que isso.
Uma reação que varia de paciente para paciente é o tempo de efeito da anestesia. Alguns voltam ao normal em 30 minutos, outros precisam de quase um dia inteiro,
Como funciona o exame
O procedimento é simples. Primeiro é aplicado um anestésico (geralmente em spray) na garganta do paciente, que deve estar deitado na posição lateral. Um protetor bucal é colocado para que ele não feche a boca. Os sedativos são injetados e depois que o paciente estiver dormindo é inserido o gastrofibroscópio.
Do tubo à cápsula
Um dos grandes avanços tecnológicos para a especialidade foi a criação da cápsula endoscópica. Embora não substitua a endoscopia, é indicada em alguns casos de doenças do intestino delgado, como sangramentos. O paciente engole uma cápsula, do tamanho de um comprimido, com um pouco de água, e a microcâmera instalada dentro dessa cápsula fotografa todo o trato digestivo. As imagens são transferidas para um computador e analisadas.