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quinta-feira, 11 de maio de 2017

Esfriou? Cuidado com as doenças respiratórias!


Com as temperaturas mais baixas e o período de seca, a pouca umidade e o ar mais denso favorecem a menor dispersão de poluentes e a irritação das vias aéreas. Além disso, com a chegada das temperaturas mais amenas, as pessoas tendem a se aglomerar em locais com pouca ventilação, como transporte público e escritórios com janelas fechadas, o que propicia a maior proliferação das bactérias que causam gripes e resfriados. Nessa estação, pacientes portadores de doenças crônicas, como asma e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), por conta desses motivos, podem apresentar crises de exacerbação, isto é, um agravamento nos sintomas.

O diretor da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, dr. Mauro Gomes, comenta sobre a importância de observar os sinais do corpo. “Sintomas como cansaço excessivo, falta de ar e tosse frequente podem ser indícios de DPOC, doença que associa duas patologias que causam a obstrução crônica das vias aéreas dentro dos pulmões: a bronquite e o enfisema pulmonar”. A doença é causada principalmente pelo tabagismo e tem diagnóstico difícil, pois seus sintomas podem ser facilmente confundidos com sinais de envelhecimento. Dados do Ministério da Saúde estimam que a DPOC afete mais de 7 milhões de pessoas no Brasil e seja responsável pela morte de 40 mil brasileiros todos os anos.

É nessa temporada também que as internações por asma têm seu maior pico, pois é quando começam a ocorrer as primeiras frentes frias, promovendo mudanças bruscas de temperatura que irritam as vias aéreas. A asma é caracterizada pela inflamação crônica dos brônquios e leva à falta de ar e chiado no peito. Dados recentes do DATASUS mostram que três pessoas, com idades entre 5 e 64 anos, morrem a cada dia por asma no Brasil.

Dr. Mauro explica porque isso ocorre: Apesar de ser uma doença muito conhecida, ainda há muita falta de informação. Embora 91% dos asmáticos considerem a doença como controlada, 72% relatam perceber consequências da doença no dia a dia. Isso mostra que as pessoas ainda acham que é normal que indivíduos com asma tenham limitações, como falta de ar. Na verdade, com a doença controlada por meio da medicação de uso contínuo, o asmático deve levar uma vida normal com grande qualidade de vida”. A asma, quando não controlada, causa sintomas diurnos mais de duas vezes por semana, despertares noturnos, uso de medicamento de resgate (bombinha) mais de duas vezes na semana e qualquer limitação de atividade, como ausência na escola ou trabalho e impedimento na prática de atividades físicas.

Gripes e resfriados podem ser mais perigosos para pessoas que apresentam doenças crônicas, causando piora dos sintomas. Por isso, a vacinação antigripal também é uma importante ferramenta de prevenção do agravamento e internações. É importante destacar que, em portadores de DPOC, a vacinação reduz em cerca de 70% a mortalidade. “Por ser uma doença que afeta principalmente pessoas idosas, é importante a recomendação da vacinação que previne gripe e pneumonia. Esse cuidado evita complicações oportunistas e, juntamente com tratamento medicamentoso contínuo, é fundamental para diminuir as crises e internações”, diz o especialista.

Para a prevenção das crises de ambas doenças os pacientes devem ter atenção nos cuidados necessários. O dr. Gomes afirma que a continuidade do uso rotineiro e correto das medicações é um dos pontos principais para o controle de possíveis anormalidades. “Indivíduos que apresentam doenças crônicas devem estar atentos aos sinais de piora e realizar tratamento contínuo para que mantenham a condição sobre controle e tenham mais qualidade de vida. Além disso, deve-se evitar a exposição a mudanças de temperatura e o contato com fumaça, poluição e outros fatores agravantes”, finaliza o especialista.


sábado, 7 de maio de 2016

Asma não controlada limita a qualidade de vida

A asma, doença crônica e inflamatória dos brônquios de causa alérgica que provoca, principalmente, falta de ar e chiado do peito, causa sérios impactos na vida cotidiana do paciente, como insônia, cansaço durante o dia, diminuição do nível de atividades e falta na escola e no trabalho, é a quarta causa de internação hospitalar no Brasil. Porém, se for devidamente tratada, os sintomas podem ser controlados, o que proporciona aos pacientes maior qualidade de vida, sem impactos em suas rotinas.
Cerca de 20 milhões de brasileiros têm asma, segundo Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas, de acordo com uma pesquisa encomendada pela farmacêutica Boehringer Ingelheim do Brasil ao Ibope, esse número pode ser ainda maior. A pesquisa demonstrou que 44% dos brasileiros respondentes afirmaram apresentar sintomas respiratórios (tosse, falta de ar, chiado no peito e coriza) que podem ser sintomas de doenças como asma, bronquite e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). Desses respondentes, 35% disseram ter “asma” e 37% citaram “bronquite crônica”.
Segundo o dr. José Eduardo Delfini Cançado, professor da Santa Casa de São Paulo e diretor da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, que analisou os dados, muitas pessoas disseram ter ‘bronquite crônica’, sendo que essa doença é significativamente menos frequente e aparece depois de muitos anos de tabagismo (aproximadamente 20-30 anos). Por isso, é provável que a ‘bronquite crônica’, mencionada nos resultados, na verdade, seja ‘asma’ – principalmente se os primeiros sintomas surgirem ainda na infância, como é o caso de 73% dos entrevistados que responderam ter bronquite.
Esse mesmo levantamento indicou dados relevantes que mostram o pouco conhecimento que os pacientes têm sobre a doença: a pesquisa mapeou uma alta percepção de controle dos pacientes que disseram ter ‘asma’: 91% desses entrevistados percebem sua doença como ‘controlada’; no entanto, 72% reconhecem consequências da ‘asma’ nas atividades de rotina simples, como trabalhar, por exemplo. Quando questionados sobre o que gostariam de saber a respeito de sua doença, 58% os entrevistados responderam que buscam ‘dicas sobre como prevenir e controlar a asma’.
Muitas pessoas também não reconhecem os sintomas da doença. É o caso do André Luis Kato, 37, empresário: “Eu não sabia que tinha asma. Durante o fim de semana, eu sentia muito cansaço ao jogar futebol, mas pensava que não era nada. Eu só fui perceber que não estava bem quando comecei a praticar jiu-jitsu todos os dias e passei a sentir muita falta de ar e cansaço. Não conseguia acompanhar as outras pessoas. A partir daí, decidi procurar ajuda médica”, conta ele.
Segundo o dr. José Eduardo, com os dados da pesquisa, nota-se que a maioria dos pacientes alegaram ter a doença como controlada, porém, eles reconheceram o prejuízo nas atividades cotidianas e buscam por dicas de como controlar a asma. “Esse ponto é contraditório, pois se a asma estivesse controlada, a pessoa não teria os sintomas da doença em seu dia a dia e viveria normalmente, sem limitações. Isso demonstra o pouco conhecimento que os pacientes possuem sobre a asma, o que colabora para um tratamento incorreto e, consequentemente, aumenta os riscos de crises graves e riscos futuros da doença, tais como, perda definitiva de capacidade pulmonar, instabilidade, má qualidade de vida ou até o falecimento”, ressalta o especialista.
Estudos científicos apontam que mesmo entre os pacientes que estão em tratamento, cerca de 40% deles continuam com sintomas. Assim, é crucial conscientizar cada vez mais os pacientes sobre a importância do tratamento da asma, com broncodilatadores, para se obter o controle da doença e reduzir o impacto dela na sua rotina. Na correria do dia a dia as pessoas costumam ‘deixar passar’ o aparecimento dos sintomas quando, na verdade, deveriam considerar procurar seu médico e reavaliar o seu tratamento, complementa o médico.
Como saber se a asma não está controlada?
Se você apresentar um dos itens listados abaixo pelo menos uma vez nas últimas quatro semanas, a sua asma não está controlada:
·         Sintomas diurnos mais de duas vezes por semana;
·         Qualquer despertar noturno causado pela doença;
·         Uso de medicamentos para alívio da falta de ar mais de duas vezes por semana;
·         Se a asma estiver limitando as suas atividades cotidianas.
Este é o conceito da Global Initiative for Asthma (GINA), principal órgão internacional que reúne os estudos sobre a doença e elabora diretrizes de tratamento.
O especialista reforça o recado: Caso tenha se identificado com qualquer destas afirmações, procure seu médico para entender se seus sintomas realmente não estão controlados e busque o tratamento adequado para melhorar o controle da asma e sua qualidade de vida. É possível prevenir as crises e viver tranquilamente tendo asma, basta identificar a doença e trata-la adequadamente”.



quarta-feira, 23 de julho de 2014

Você sabe o que é embolia pulmonar?


A embolia pulmonar é causada quando um coágulo se desprende de algum vaso sanguíneo e obstrui a artéria pulmonar. Normalmente, esse coágulo (também conhecido como trombo ou êmbolo) se solta de vasos dos membros inferiores. A gravidade da TEP, sigla de tromboembolia pulmonar, varia de acordo com o tamanho do coágulo.
Segundo a dra. Andrea Sette, pneumologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, há casos menos graves em que não há repercussão hemodinâmica, ou seja, na circulação sanguínea. Porém, os casos mais graves de TEP, com formação de trombos muito grandes, podem causar parada cardíaca e levar a pessoa a óbito antes mesmo que ela chegue ao hospital.
Os sintomas mais frequentes da embolia pulmonar são:
Dor torácica: é uma dor no peito, mas diferente da dor do infarto. O paciente sente dor quando respira, como se houvesse uma fisgada no pulmão.
Falta de ar: dependendo da extensão da TEP, o indivíduo sente muita falta de ar.
Mal-estar: o paciente pode ter um mal-estar muito grande, com queda de pressão abrupta.
Taquicardia: na maioria dos casos, o coração dispara subitamente. No caso de um coágulo muito extenso, há uma sobrecarga do ventrículo direito, que vai á falência, causando a parada cardíaca. Por este motivo, ocorre o óbito.
Segundo a médica, um indivíduo com este quadro deve ser levado imediatamente para o hospital. O paciente que chega com estes sintomas deve ficar internado em terapia intensiva (UTI). Em geral, o tratamento é feito com anticoagulantes.
Doenças que aumentam a viscosidade do sangue são fatores de risco para a embolia pulmonar. Fumantes, pacientes de câncer, mulheres que tomam anticoncepcionais, pessoas com mobilidade reduzida nas pernas ou que sofreram grandes traumas, fraturas ou que ficaram acamadas têm maiores chances de desenvolver TEP. Voos prolongados, que dificultam a mobilidade, também podem levar à trombose.
Quanto mais fatores associados, maior a possibilidade de a pessoa sofrer uma embolia. Uma mulher, por exemplo, que usa anticoncepcional, fuma e pega um voo longo têm maior probabilidade de desenvolver tromboembolismo.