segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Queda de cabelo aumenta no inverno


A alopecia (queda capilar) intensifica durante o inverno, já que neste período aumenta-se a temperatura da água do banho, diminui-se o número lavagens dos fios e usa-se com mais frequência secadores, boinas, chapéus, e, como consequência disso, aumenta a probabilidade de caspa, fios opacos e sem brilho, ressecamento e queda. Para compensar estes fatos, ocorre um abuso no uso de secadores de cabelos, cremes e leave in, que podem provocar irritações no couro cabeludo.
Acordar e perceber vários fios no travesseiro, a quantidade de cabelo que cai durante o banho ou ao pentear o cabelo assusta as pessoas. É normal perder de 100 a 150 fios durante o dia, porém essa quantidade podem aumentar até a 600 fios por dia durante o inverno.
A queda dos fios é parte natural do ciclo de vida dos cabelos. Este ciclo consiste em três fases de: a denominada fase anágena, que tem duração de 2 a 4 anos, podendo durar até 8 anos; repouso, também chamada de fase catágena, com duração média de 3 semanas; e queda, que constitui a fase telógena e tem duração de 3 a 4 meses.
Este tipo de queda, chamado de eflúvio telógeno, pode durar de 1 a 3 meses. O termo telógeno refere-se à fase de queda do cabelo que ocorre quando os fios que já estavam prontos para cair caem de forma excessiva em vez de caírem aos poucos.
Quantos fios temos?
São os folículos que determinam os mais variados tipos de pelos do corpo, desde a penugem até os do couro cabeludo. Essa quantidade varia de acordo com a idade da pessoa. Entre 20 e 30 anos, a cabeça humana tem, em média, 615 fios por centímetro quadrado – o que equivale a cerca de 150 mil fios. Dos 30 aos 50 anos, o número cai para 485 fios e vai diminuindo lentamente. Por exemplo, uma pessoa com 80 anos, saudável, possui 435 raízes por centímetro quadrado.
Os fios se formam muito cedo, quando o bebê ainda está na barriga da mãe. O recém-nascido tem de 100 mil a 150 mil folículos no couro cabeludo. Cada um produz um fio. Eles não desaparecem com a idade, apenas param de produzir cabelos. Esses números valem para os dois sexos e para todas as etnias. O que varia é a consistência do fio, que pode ser mais grosso ou mais crespo.
Alopecia androgenética
Há também outro tipo de queda de cabelos, em que não se nota tanto a queda, mas sim os cabelos mais “ralos”. Na alopecia androgenética os fios ficam extremamente finos e o couro cabeludo fica mais visível. Para não ficar na dúvida, é importante procurar um especialista e checar a saúde capilar. As receitas caseiras podem piorar o quadro de queda, por isso, é aconselhável sempre procurar um especialista.
O dermatologista avaliará toda a história clínica e o exame físico, que pode ser complementado com a tricodermatoscopia (exame relativamente simples, não invasivo, realizado com um aparelho chamado dermatoscópio). Em alguns casos o médico poderá solicitar exames laboratoriais: avaliação hormonal, hemograma completo, dosagem de vitaminas e minerais e, em alguns casos, biópsia da pele do couro cabeludo para definir o diagnóstico e o tratamento adequado. O tratamento é composto, basicamente, por medicações via oral e tópicas, shampoos e mesoterapia capilar (injeções intradérmicas aplicadas no couro cabeludo).

Artigo do médico dermatologista dr. Alexandre Haddad, que atua no Hospital VITA


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